Documento Orientador da Rede de Formação - Janeiro 2011
1. Programa Nacional de Apoio à Inclusão
Digital nas Comunidades – Telecentros.BR
Rede Nacional de
Formação para Inclusão Digital
Curso de Formação de Monitores do
Telecentros.BR
Documento orientador – versão 2.0
Janeiro de 2011
2.
3. REDE NACIONAL DE FORMAÇÃO PARA INCLUSÃO DIGITAL
Coordenação Geral
Ministério do Planejamento
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) - Assessoria de Inclusão Digital
Programa Telecentros.BR
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 3o andar , sala 329 CEP: 70046-900- Brasília – DF
Tel. (61) 2020-1316 Fax: (61) 2020-1058
rede.telecentros@planejamento.gov.br
www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede
Polo Nacional Polo Regional Norte
Universidade de São Paulo – USP Universidade Federal do Pará - UFPA
Laboratório Escola do Futuro Laboratório de Eletromagnestismo Aplicados –
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, ITEC/UFPA
Av. Augusto Corrêa, 01. Cidade Universitária Prof.
travessa 4- bloco 02 – Cidade Universitária
José da Silveira Netto
CEP 05508-900 - São Paulo, SP Prédio dos laboratórios de Engenharia Elétrica e
Tel.: (11) 3091-6325 da Computação, 1º andar sala 22
Tel./Fax: (11) 3815-3083 CEP: 66075-900 – Belém - PA
www.futuro.usp.br Telefone: (91) 3201 7740
http://www.portal.ufpa.br/
Polo Regional Nordeste Polo Regional Centro-Oeste
Universidade Estadual da Bahia - UNEB Programando o Futuro
Polo Universitário de Santo Amaro de Ipitanga – PUSAI. Quadra 5B Lote 03 Sala 01 - Parque Esplanada III
Rua dos Vereadores - Loteamento CEP: 72.876-305 - Valparaiso de Goiás - GO
Jóquei Clube s/n, Tel.: (61) 3629-0803 Fax: (61) 3223-8996
CEP 42700-000 - Lauro de Freitas – BA. http://www.programandoofuturo.org.br
Tel./Fax:(71) 32885564
www.uneb.br
Polo Regional Sul
Polo Regional Sudeste
Rede Marista de Educação e Solidariedade
Universidade Federal de Minas Gerais
Província Marista do Rio Grande do Sul
Av. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha -
Rua Ir. José Otão, 11 – Bom Fim
CEP 31270-901 - Belo Horizonte – MG
CEP:90035-060 – Porto Alegre - RS
Fone: (31) 3409.5000
Tel.:0800 54 11 200
http://www.ufmg.br/
http://www.maristas.org.br/
Polo Estadual São Paulo Polo Estadual Ceará
Coletivo Digital. Instituto Idear
Rua Cônego Eugênio Leite, 1117 - Pinheiros Rua 07, 268 - Jereissati I
CEP: 05414-012 - - São Paulo - SP CEP: 61900-320 - Maracanaú - CE
Telefone: (11) 3083-5134 Tel.:(85) 3382-6273
http://www.coletivodigital.org.br http://www.idear.org.br
4.
5. Sumário
Resumo Geral
PARTE I – REDE NACIONAL DE
FORMAÇÃO PARA INCLUSÃO DIGITAL 11
1. Contexto 12
2. Estruturação da Rede de Formação 14
2.1. Nascimento da Rede Formação 14
2.2.Gestão Colaborativa da Rede de Formação 15
2.3. A Construção de Uma Forma Própria de Trabalhar Em Rede 17
2.4.Mapeamento, Classificação e Categorização das Atividades de
Formação das Iniciativas de Inclusão Digital dos Órgãos Federais 19
PARTE II – CURSO DE FORMAÇÃO DE
MONITORES DO TELECENTROS.BR 21
1. Apresentação 22
2. Objetivos 22
3. Metodologia 23
4. Funcionamento do Curso 24
5. Materiais Pedagógicos 27
6. Organização de Turmas 28
7. Avaliação 28
8. Certificação 29
9. Pesquisa Online de Perfil dos Monitores 29
10. Formação de Tutores e Gestores 30
6.
7. Apresentação
Esse documento apresenta as diretrizes, a metodologia e a operacionalização do
Curso de Formação de Monitores do Programa Telecentros.BR, o primeiro projeto
da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital (Rede de Formação). Também
apresenta o histórico, os objetivos, as diretrizes e a forma de constituição da Rede
de Formação.
O documento foi construído coletivamente pelos Polos Regionais e Nacional
e pela Coordenação da Rede de Formação. Ele organiza as principais ideias e
concepções que emergiram e foram pactuadas ao longo de intensos debates em
encontros presenciais e a distância, tendo como referência o Manual Operacional
da Rede de Formação - disponível na página da Internet www.inclusaodigital.
gov.br/telecentros/telecentros/materiais-rede/manual_rede.pdf. Esses debates
ocorreram simultaneamente ao processo de estruturação da Rede de Formação e de
suas diversas ações formativas. É, portanto, o resultado direto de uma reflexão sobre
a prática. Tendo em vista que o processo de formação em rede é muito dinâmico, o
presente documento será constantemente atualizado e aperfeiçoado.
O documento está organizado em duas partes: a primeira faz um resgate da
origem da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital, sua constituição,
estrutura e forma de gestão; a segunda parte mostra em detalhes o projeto do
Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR, explicitando as diretrizes
metodológicas e suas formas de operacionalização.
Seja bem vinda, seja bem vindo.
8. Resumo Geral
O Curso de Formação de Monitores do Programa Telecentros.BR é o primeiro
projeto da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital. Visa a formação de
aproximadamente 16 mil monitores dos telecentros apoiados pelo Programa
Telecentros.BR ao longo de 2011, por meio de um curso de 480 horas e 12 meses de
duração.
A formação busca o desenvolvimento da habilidade de usar as tecnologias da
informação e comunicação como ferramentas para alavancar transformações sociais
na comunidade em que o monitor está inserido.
O curso é desenvolvido na modalidade a distância e propõe uma formação
em rede, baseada em relações colaborativas. Estão previstas também algumas
atividades presenciais, de caráter vivencial e prático.
A meta do monitor ao longo do curso é criar um projeto que envolva a
comunidade do telecentro onde ele atua. Para isso, o monitor transitará por
diferentes Zonas Temáticas que provocarão reflexões sobre a sua realidade: Inclusão
Digital, Compartilhamento, Comunicação Comunitária, Telecentros, Comunidade,
Cultura Digital, História, Monitor e Redes.
Esse percurso tem duas fases. Na primeira fase, de 80h de duração, os monitores
passam pela ambientação no curso e acessam os conteúdos básicos em todas
as Zonas Temáticas. Na segunda fase, com 400 horas de duração, os monitores
se aprofundam nas Zonas Temáticas de seu interesse, de acordo com as suas
necessidades, e desenvolverão seus projetos comunitários. A partir da troca de
experiências on-line e presencial, os monitores de telecentros de todo o País
9. formarão uma rede social, potencializando suas ações.
O gestor do telecentro tem o importante papel de apoiar presencialmente
o monitor no seu processo de aprendizagem e na sua ação na comunidade. Para
incentivá-lo a desempenhar esse papel e colaborar com a proposta da Rede Nacional
de Formação, um curso específico foi desenhado para o gestor do telecentro.
Durante a passagem no ambiente virtual de aprendizagem, os monitores
e gestores contam com o acompanhamento de tutores – um tutor para cada 30
cursistas. Os tutores têm uma visão geral sobre os percursos da formação, mediando
o aprendizado individual e coletivo, de forma dialógica, dinâmica e interativa. Os
tutores também participam de um curso de formação produzido pela Rede de
Formação para desempenhar essa função estratégica.
Cinco Polos Regionais, um para cada região do país (Norte, Nordeste, Centro-
Oeste, Sudeste e Sul) e dois Polos Estaduais (Ceará e São Paulo)1 são os responsáveis
pela formação dos monitores, gestores e tutores, com o apoio das iniciativas
participantes do Programa Telecentros.BR e sob a orientação do Polo Nacional,
vinculado à Coordenação da Rede de Formação, conduzida pelo Ministério do
Planejamento. Todas estas organizações compõem a gestão da Rede de Formação
e, de forma coerente com a proposta do curso, também se constituem como uma
comunidade de aprendizagem. Ao mesmo tempo em que são formadoras, as
organizações estão se formando a partir desse processo em rede.
1. Criados em função do expressivo número de telecentros a serem
atendidos pelo Programa Telecentros.BR nessas Unidades Federativas.
12. 1. Contexto
Inclusão Digital em todo o Brasil
O Programa Telecentros.BR é uma política de inclusão digital do Governo Federal que pretende ajudar
a implantação de novos telecentros, além de fortalecer as unidades já existentes em todo o País.
Para o Programa, telecentros públicos e comunitários são espaços que proporcionam acesso público e
gratuito às tecnologias da informação e comunicação, com computadores conectados à internet e disponíveis
para múltiplos usos, incluindo navegação livre e assistida, cursos e outras atividades de promoção do
desenvolvimento local em suas diversas dimensões - tudo sob responsabilidade de uma entidade local de
natureza pública ou privada sem fins lucrativos.
Os telecentros apoiados recebem equipamentos de informática, conexão à internet e selecionam jovens
da comunidade para atuarem como agentes de inclusão digital. Esses jovens monitores são bolsistas do
Programa Telecentros.BR, que devem participar do Curso de Formação com duração de 12 meses e atender
ao público do telecentro.
A Coordenação-Geral do Telecentros.BR é feita em conjunto pelos Ministérios do Planejamento, das
Comunicações, e da Ciência e Tecnologia. A Coordenação Executiva é feita pela Secretaria de Logística e
Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento.
O Programa Telecentros.BR, foi criado mediante o Decreto nº 6.991, de 27 de outubro de 2009, e a
publicação de suas regras operacionais pela Portaria MP/MCT/MC nº 535, de 31 de dezembro de 2009. As
informações detalhadas sobre o histórico do Programa e seu funcionamento estão disponíveis na página da
Internet www.inclusaodigital.gov.br/telecentros
Tendo em vista o aperfeiçoamento, melhoria da qualidade e continuidade das ações promovidas pelos
telecentros, está sendo constituída a Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital.
12
13. Formação permanente e continuada
Há um rico conjunto de processos de formação para inclusão digital no Brasil, porém muitas vezes
realizados de forma isolada, fragmentada e pontual. A Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital
tem o potencial de articular as diferentes iniciativas de formação para inclusão digital existentes no País para
pactuar as diretrizes, princípios, missão, objetivos, critérios e procedimentos para a condução de processos
formativos no âmbito da inclusão digital, além da ativação das redes sociais de agentes de inclusão digital
e usuários dos telecentros.
O objetivo geral da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital é desenvolver ações conjuntas
(entre órgãos do Governo Federal, Estados, municípios e sociedade civil) que possibilitem a formação
permanente e continuada, em larga escala, de agentes de inclusão digital.
Seus objetivos específicos são:
• Construir uma agenda integrada de formação para inclusão digital em nível nacional, otimizando
esforços e recursos na realização das atividades.
• Promover processos de formação social e humana que favoreçam à transformação social, por meio
de ações de inclusão digital.
• Desenvolver processos formativos participativos, cooperativos e solidários, que respeitem e
valorizem a diversidade étnico-racial e sexual, o equilíbrio nas relações de gênero e intergeracionais,
as diferenças entre as comunidades urbanas e rurais, a sustentabilidade ambiental e favoreçam a
acessibilidade.
• Promover processos de colaboração e ação em rede.
Neste primeiro momento, a Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital está sendo criada para
oferecer o Curso de Formação para Monitores, Tutores e Gestores do Telecentros.BR. Espera-se que, a
partir desse projeto, a Rede de Formação se consolide, amplie seus horizontes e se torne uma referência na
área de formação para a inclusão digital no Brasil.
13
14. 2. Estruturação da Rede de Formação
2.1. Nascimento da Rede Formação
A proposta da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital foi criada e reformulada com a participação
de organizações atuantes no tema, tanto da sociedade civil e como do governo. A primeira proposta foi
submetida a consulta e a audiência públicas no primeiro semestre de 2009. Depois de reformulada, foi
apresentada na 8ª Oficina para Inclusão Digital1, em Belo Horizonte, em novembro de 2009. Mais uma vez
a proposta recebeu importantes contribuições para a definição de suas diretrizes, conteúdos, atividades
e avaliação. Em março de 2010 foi lançado o Manual Operacional da Rede de Formação e os editais de
chamamento público para a seleção de entidades responsáveis pela condução do Polo Nacional, dos Polos
Regionais e Estaduais da Rede de Formação. Os documentos estão disponíveis nas páginas da Internet:
www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/telecentros/materiais-rede/manual_rede.pdf.
www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede/telecentros/aviso_polo_regional.pdf
www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/rede/telecentros/aviso_polo_nacional.pdf
Para o primeiro projeto da Rede de Formação, considerou-se pertinente selecionar instituições com vasta
experiência na condução de processos de qualificação de agentes comunitários de inclusão digital. Com
um polo da Rede em cada região do País, polos estaduais de apoio nas regiões com maior demanda por
formação e um polo nacional para coordenação das atividades, a intenção é permitir que as especificidades
de cada região possam ser contempladas e enraizadas, sem perda da dimensão nacional do programa.
Sendo assim, em junho de 2010 foi estabelecida a primeira composição de gestão da Rede Nacional de
Formação para Inclusão Digital, coordenada pelo Ministério do Planejamento. Cinco Polos Regionais, um
para cada região do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) e dois Polos Estaduais (Ceará
e São Paulo)2 são os responsáveis pela condução do Curso de Formação para Monitores do Programa
Telecentros.BR, com o apoio das iniciativas participantes e sob a orientação de um Polo Nacional, vinculado
à Coordenação da Rede de Formação.
1. Evento nacional realizado anualmente pelo Comitê Técnico de Inclusão Digital
e parceiros. Cada edição ocorre em uma localidade diferente do país. Informações
disponíveis no endereço de internet: http://ofi cina.inclusaodigital.gov.br/.
2. Criados em função do expressivo número de telecentros a serem atendidos
pelo Programa Telecentros.BR nessas Unidades Federativas.
14
15. 2.2. Gestão Colaborativa da Rede de Formação
A principal instância de tomada de decisão da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital é o
Comitê Gestor, constituído pelo Polo Nacional, pelos Polos Regionais e Estaduais, e pelo Ministério do
Planejamento. Cabe ao Comitê Gestor desenvolver as diretrizes da Rede de Formação, bem como orientar
e avaliar as práticas de formação, os modos de cuidar e de operar gestão da Rede de Formação, entendendo
que são práticas distintas, mas indissociáveis. O Comitê Gestor surge do entendimento de que uma Rede de
Formação se constitui numa rede de relações, permeada por diferenças de poder e de saber, por diversas
visões e lógicas que se traduzem em fragmentação entre saberes e práticas. Essas diferenças precisam
de espaço para serem expressadas, articuladas e transformadas em novas práticas coletivas, para que se
traduzam em modos de formar e de gerir o processo de formação.
Quem é quem na Rede de Formação
Polo Nacional Tem o papel de promover e garantir espaço para colaboração e articulação entre os
Polos Regionais e Estaduais da Rede de Formação para a produção, deliberação e análise dos processos
sociais e formativos da Rede. Prepara, organiza e media as reuniões do Comitê Gestor, bem como garante
e facilita a integração das atividades e produções para que suas ações estejam de acordo com as diretrizes
e padrões decididos coletivamente. É responsável pela coordenação e produção, em nível nacional dos
Cursos de Formação dos Monitores, Tutores e Gestores, em conjunto dos Polos Regionais. O Polo Nacional
é também responsável por reunir o Comitê de Formação Nacional, composto pelas Iniciativas de âmbito
nacional do Programa Telecentros.BR e outros parceiros do Programa.
Polos Regionais e Estaduais Tem o papel de produzir e implementar os Cursos de Formação
dos Monitores, Tutores e Gestores em suas respectivas áreas de atuação, de maneira articulada com o
Comitê Gestor da Rede. Participa de forma ativa no Comitê Gestor da Rede de Formação, respeitando suas
deliberações, assim como propõe sugestões, encaminhamentos e adaptações regionais de conteúdo a
serem deliberados coletivamente. Os Polos Regionais e Estaduais também trabalham em conjunto com seus
respectivos Comitês de Formação Regional, constituído pelos representantes das iniciativas do Programa
Telecentros.BR com abrangência nas respectivas regiões.
15
16. Iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR São programas, projetos ou ações, em
andamento ou planejadas, para implantação e funcionamento de telecentros sob responsabilidade de uma
entidade. Escolhidas mediante seleção pública como participantes do Programa Telecentros.BR, congregam
um conjunto de telecentros na abrangência geográfica de sua área de atuação. No Curso de Formação,
serão responsáveis pelo acompanhamento dos telecentros e viabilização da formação dos monitores dos
telecentros.
Comitê de Formação Nacional É o espaço para discussão de conteúdos de formação, troca de
experiências, coordenação e agenda compartilhada de atividades. Reúne o Polo Nacional da Rede de
Formação e os representantes das iniciativas de formação nacionais para: inclusão dos órgãos federais
para articulação de estratégias de acompanhamento da realização das formações; validação dos materiais
das formações em realização; levantamento de material que possa compor com as formações de forma a
garantir que sejam contemplados temas transversais do Governo Federal à Rede de Formação.
Comitês de Formação Regionais É o espaço para discussão de conteúdos de formação, troca
de experiências, coordenação e agenda compartilhada de atividades na região. Reúne os Polos Regionais
e estaduais da Rede Nacional de Formação e representantes das iniciativas participantes do Programa
Telecentros.BR e das iniciativas de órgãos federais de âmbito regional para: articulação de estratégias de
acompanhamento da realização das formações; validação dos materiais das formações em realização, dar
subsídio a produção de conteúdo, atividades e materiais regionais.
Tutor É a pessoa responsável por mediar o processo de formação em rede dos monitores e
gestores. O tutor deve atuar em rede, desempenhando um papel fundamental na mediação do aprendizado
individual e coletivo, de forma dialógica, dinâmica e interativa.
Gestor É a pessoa responsável pela administração do telecentro, que não se confunde com a
figura do monitor bolsista. Acompanha presencialmente as atividades do monitor e o incentiva a participar
ativamente da formação e a atuar junto à comunidade.
Monitor de telecentro Pessoa responsável pelo atendimento ao público no espaço do telecentro,
auxiliando e propondo processos que permitam aos frequentadores fazerem uso das tecnologias da
informação e comunicação disponíveis, de maneira articulada ao desenvolvimento da comunidade. O
monitor bolsista é jovem de baixa renda, com idade entre 16 e 29 anos, morador da comunidade em que o
telecentro está localizado, estudante do ensino fundamental ou médio, ou com o ensino médio concluído,
selecionado. O jovem e a jovem selecionado1 para atuar como monitor no telecentro recebe auxílio financeiro
do Programa Telecentros.BR. A bolsa, concedida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico) e pelo MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), terá duração de doze meses e
estará vinculada à participação dos jovens nas atividades do Curso de Formação.
Comunidade Moradores da área do entorno e usuários do telecentro. Espera-se que as atividades
desenvolvidas pelo monitor e o gestor contribuam para apropriação, pela comunidade, do espaço do
telecentro e de suas ferramentas na melhoria da qualidade de vida coletiva de seu entorno.
1. Guia de seleção de bolsistas:
http://www.inclusaodigital.gov.br/telecentros/telecentros/documentos/guia_
selecao_bolsistas_Set2010.pdf
16
17. 2.3. A construção de uma forma própria de trabalhar em rede
A escolha de um modo de produzir uma formação em rede gera novos desafios e novas possibilidades
de organização e de auto-gestão, bem como a necessidade contínua de espaços de reflexão e revisão
dessas escolhas. Para tanto, a Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital investiu na constituição
e fortalecimento dos laços entre seus diferentes atores e concentrou sua atuação nos cursos de formação
dos monitores, tutores e gestores do Programa Telecentros.BR durante os seus seis primeiros meses de
trabalho.
Esta produção foi viabilizada por meio de debates em encontros presenciais, na lista de discussão na
internet e no trabalho de edição coletiva das proposta em livros colaborativos, disponíveis na Internet na
página www.telecentros.br.com/content/formação. Este portal da Rede de Formação foi construído para:
publicar todos os materiais produzidos pela própria Rede, publicar materiais de referência relevantes para
a formação em inclusão digital, promover a interação com Redes Sociais, apresentar os Polos e divulgar, por
meio de um blog, as informações sobre os principais acontecimentos da Rede de Formação.
Histórico das ações
Em maio de 2010, as entidades selecionadas como Polos da Rede de Formação foram convidadas pelo
Ministério do Planejamento a participar de um Seminário em Brasília, sendo este o primeiro espaço de troca
entre os atores que compõem a Rede de Formação. O objetivo do encontro foi discutir conjuntamente os
ajustes necessários em suas propostas, tendo em vista o desenvolvimento de um trabalho conjunto. Foi o
início de um trabalho de forma dialógica, participativa e colaborativa.
Em julho de 2010 o Polo Nacional criou uma lista de discussão online entre todos os Polos. Esta lista,
em seu princípio, teve o papel de apresentação e acolhimento das pessoas que estavam começando a
compor os Polos da Rede de Formação. Posteriormente a lista configurou-se como um importante espaço
de articulação e decisões entre os Polos.
Oficialmente, o primeiro encontro presencial com os integrantes da Rede de Formação foi o 1º Seminário
da Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital do Programa Telecentros.BR, em agosto de 2010. Este
encontro promoveu a interlocução entre diferentes concepções de projetos e de propostas para implementar
o Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR. Um acordo estratégico resultante deste encontro
foi a decisão de todos os Polos colaborarem para a construção conjunta da formação em nível nacional,
levando em consideração a experiência e conhecimento de todos os envolvidos. O relatório deste seminário
está disponível na página da Internet www.telecentros.br.com/node/1.
A partir das discussões deste encontro, o Polo Nacional produziu um projeto da formação dos monitores,
indicando as principais temáticas e referências de atividades. Este projeto, inicialmente visto como o Módulo
1 da formação, foi debatido por todos os Polos na lista de discussão e na primeira reunião gerencial da
Rede de Formação, em setembro de 2010. Por fim, foi estabelecido um ambiente de livro colaborativo para
a edição coletiva, contemplando as diferentes visões.
17
18. Na sequência, foi realizado o 1º Seminário Nacional do Programa Telecentros.BR, de 22 a 24 de setembro
de 2010. Este seminário marcou o início de uma relação mais próxima entre os Polos da Rede de Formação
e as Iniciativas responsáveis pelos telecentros atendidos pelo Programa Telecentros.BR. Foram fundados
os Comitês Regionais e o Comitê Nacional de Formação, visando estreitar uma parceria com as Iniciativas
na implementação do projeto de formação. Foi aberta para as iniciativas a edição e contribuição com o
projeto de formação, por meio do livro colaborativo. O relatório deste seminário está disponível na página
da Internet www.telecentros.br.com/node/70.
Também em setembro, os Polos Regionais e Estaduais lançaram os primeiros editais para a seleção de
tutores e supervisores de tutoria. Os critérios para a definição dos perfis desta equipe foram definidos em
conjunto durante os encontros presenciais e por meio da lista de discussão.
Em outubro de 2010, os Polos da Rede de Formação reuniram-se novamente no 2º Seminário da Rede de
Formação. Neste encontro foram constituídos grupos de trabalho para: definir o design instrucional do projeto
de formação de monitores; as estratégias para a formação de gestores do telecentros e para a formação
dos tutores; e as diretrizes pedagógicas da Rede Nacional de Formação. A lista de discussão apoiou a
operacionalização das atividades definidas coletivamente no encontro, bem como os livros colaborativos. O
relatório deste seminário está disponível na página da Internet www.telecentros.br.com/node/87.
Ainda em outubro de 2010, os Polos da Rede Nacional de Formação se reuniram presencialmente por
mais um dia, com foco na construção do ambiente virtual da formação dos monitores.
Durante o mês de novembro, o ambiente da formação no Moodle foi implementado. Foi pactuado como
um ambiente comum a todas as formações online realizadas pela Rede de Formação.
Em novembro também foi definido o projeto de formação dos tutores, nas modalidades presencial e
distância. O curso online de formação dos tutores foi completamente implementado no moodle num esforço
conjunto que abarcou todos os Polos. Isto feito, teve início a formação presencial e a distância de tutores
selecionados pelos Polos Regionais Norte, Sudeste, Sul e Ceará nos meses de novembro e dezembro. O
projeto está disponível na página da Internet www.telecentros.br.com/node/127.
Em seu último encontro no ano de 2010, nos dias 9 e 10 de dezembro, a Rede de Formação se reuniu
novamente, redefiniu e alinhou aspectos prioritários em relação a metodologia do curso de formação dos
monitores e avaliou os processos e os resultados até então obtidos na formação dos tutores, levantando
elementos para dar consistência a avaliação destes atores da formação.
18
19. 2.4. Mapeamento, classificação e categorização das atividades de formação
das iniciativas de inclusão digital dos órgãos federais
A primeira atividade estratégica dos Polos da Rede Formação foi o mapeamento de atividades de
formações das iniciativas de inclusão digital, que, devido a sua relevância estratégica para a condução dos
trabalhos, está relatada em detalhes neste tópico.
Desde o início dos anos 2000, o Governo Federal implantou dezenas de projetos de inclusão digital.
Todos eles, com objetivos e métodos variados, realizaram ações de formação. O trabalho do mapeamento
de formações das iniciativas de inclusão digital foi buscar os documentos (apostilas, tutoriais, avaliações,
descrições, relatórios, etc.) produzidos para ou a partir dessas ações, para servir como uma espécie de
ponto de partida, ajudando a conhecer e analisar o que poderia ser incorporado à construção de uma política
pública de inclusão digital.
Foram encontrados materiais de 26 formações e o processo para encontrar estes materiais e seus
registros disponíveis deram boas dicas para a política de publicização de processos e produções da Rede
Nacional de Formação para Inclusão Digital.
Foi constatado que a maior parte dos programas de formação não produziu ou não publicizou qualquer
relato sobre suas atividades (relatórios com objetivos, temas abordados, metodologias, etc.). Alguns não
publicaram, também, os materiais de apoio usados em suas ações. E que, dentro de um espectro variado
de propostas de inclusão digital, este é o principal dado dificultador, já que a falta de uma sistematização de
suas ações e reflexões sobre formação impossibilita que esses projetos sejam tomados como referência na
construção de um programa nacional de formação para a inclusão digital.
Além disso, constatou-se que os processos de formação não são processos: são experiências/ações/
atividades pontuais. As ações oferecidas pelos projetos são, essencialmente, cursos sem continuidade.
Ainda, revelou-se que a maior parte dos projetos não tem uma equipe fixa responsável pela formação. Os
materiais encontrados na rede são conteúdos desenvolvidos para os cursos e ações de formação, mas
são elaborados fora desses encontros, não apresentando a reflexão sobre os processos de formação e
impedindo que conheçamos as escolhas, apostas, princípios de cada projeto.
Estas constatações nos levaram a considerar que todo o material ganha mais sentido se for concebido,
desde o princípio, para ser compartilhado. Produzi-lo refletindo sobre a necessidade de seu partilhamento
com as demais iniciativas de inclusão digital possibilitará um trabalho mais consciente em relação ao
histórico das descobertas e dificuldades das formações realizadas. Pensar estas formações incluindo em
seu processo a atenção para a publicização de seus pressupostos e ações torna a formação em inclusão
digital mais coerente, pois ela se constitui como ação online e em rede.
19
22. 1. Apresentação
O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR é o primeiro projeto da Rede Nacional de
Formação para Inclusão Digital. Visa a formação, ao longo de 2011, de aproximadamente 16 mil monitores
dos telecentros apoiados pelo Programa Telecentros.BR por meio de um curso de qualificação básica1 de
12 meses de duração.
O curso é desenvolvido principalmente na modalidade a distância, via internet, por meio do ambiente
colaborativo Moodle, disponível na página http://ead.telecentros.br.com/login.php, com a interação de tutores
com os cursistas e deles entre si - um tutor para 30 cursistas -, e das interações nas redes sociais, acessíveis
a partir do Portal da Rede Nacional de Formação para a Inclusão Digital, disponível na página http://www.
telecentros.br.com. Estão previstas algumas atividades presenciais, de caráter vivencial e prático. A carga
horária total é de 480 horas distribuídas em doze meses de atividades. O cursista dedicará aproximadamente
10 horas semanais para a formação ao longo de um ano.
2. Objetivos
2.1. Propiciar o desenvolvimento de um conjunto de capacidades individuais, sintetizado pela habilidade
de usar as tecnologias da informação e comunicação como ferramentas para alavancar transformações
sociais na comunidade em que o monitor está inserido. Esta macrocapacidade, por sua vez, traz consigo
três outras habilidades necessárias que deverão ser desenvolvidas no Curso de Formação de Monitores do
Telecentros.BR:
• que cada monitor tenha domínio técnico e instrumental das ferramentas relacionadas às tecnologias da
informação e comunicação, no escopo desta formação;
• que cada monitor atue de forma solidária, cooperativa e interativa com os seus colegas de formação e
de trabalho;
• que cada monitor tenha condições de se reconhecer e de atuar como agente de transformação social
na comunidade onde está inserido.
2.2. Ativar uma rede social de agentes de inclusão social atuante na comunidade.
1. Cursos não sujeitos a regulamentação legal, que oferecem, a jovens e adultos, com
escolaridade variável, preparação básica para o domínio de competências necessárias ao
exercício profissional, visando à sua profissionalização, requalificação e/ou reprofissionalização.
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23. 3. Metodologia
O Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR é o primeiro projeto da Rede Nacional de
Formação para Inclusão Digital. Visa a formação, ao longo de 2011, de aproximadamente 16 mil monitores
dos telecentros apoiados pelo Programa Telecentros.BR por meio de um curso de qualificação básica1 de
doze meses de duração.
Para alcançar estes objetivos, o curso propõe uma formação em rede, baseada em relações flexíveis,
abertas e horizontais entre monitores e tutores. Isso acontece por meio de comunidades de aprendizagem,
nas quais as pessoas interagem entre si de modo generoso, criando soluções coletivas para os desafios
comuns e promovendo o sentimento de pertencimento.
Para iniciar a ativação desta rede, é fundamental uma intensa interação entre os tutores e os monitores.
É nessa interação que as informações serão contextualizadas e transformadas, de modo a constituir
conhecimentos e saberes.
A proposta é criar ambientes de aprendizagem participativos, cooperativos, solidários, marcados pela
afetividade, o prazer da convivência, cuidado com o outro, respeito às diferenças, baseados na cooperação.
O foco não é transmitir conhecimentos, mas favorecer o processo interativo e colaborativo de ensino e de
aprendizagem. Buscar o desenvolvimento de potencialidades que o indivíduo possui, valorizar o saber local
e incentivar a formação de sujeitos autônomos.
As atividades partem de uma perspectiva sistêmica da realidade, por meio da identificação de questões
locais de interesse comum, tendo em vista a apropriação do telecentro pela comunidade de seu entorno.
Buscam contemplar as diferenças entre as comunidades urbanas e rurais, o respeito e a valorização da
diversidade étnico-racial e sexual, o equilíbrio nas relações de gênero e intergeracionais, a sustentabilidade
ambiental e a garantia da acessibilidade, entre outros.
O trabalho a partir de Zonas Temáticas, percorridas de forma livre, sem indução e com enfoque em
projetos comunitários oferecerá repertório, orientação prática e sistematizada para facilitar sua adequação
a cada realidade local.
A familiarização e desmistificação das tecnologias facilitará a aproximação da comunidade aos diferentes
tipos de artefatos tecnológicos para que possam fazer uso de suas possibilidades em busca da autonomia,
da ação colaborativa em rede e da transformação social.
Por fim, a promoção desse intenso processo cooperativo na Rede de Formação incentivará a construção
de uma rede social de agentes de inclusão digital atuante nas comunidades.
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24. 4. Funcionamento do curso
A estratégia adotada para incentivar este movimento em torno da aprendizagem está centrada num
desafio, como num jogo: o monitor tem como meta desenvolver pelo menos um projeto que envolva a
comunidade do telecentro onde ele atua. É o chamado projeto comunitário.
O projeto comunitário busca vincular os processos de aprendizagem no curso à realidade local. E, para
além disso, o projeto é um incentivo à inserção e atuação do monitor como um agente de transformação
social em sua comunidade.
Um projeto comunitário deve:
• ser uma ação prática,
• ser oferecido gratuitamente,
• envolver a comunidade,
• ocorrer no telecentro,
• ter um registro público.
Para conseguir orientações que o ajudem a desenvolver o projeto comunitário, o monitor transitará
por diferentes Zonas Temáticas, de acordo com seus interesses e necessidades. Suas dúvidas, ideias e
propostas ao longo dessa caminhada serão compartilhadas com todos os membros da rede, num intenso
processo de aprendizagem coletiva.
São oito Zonas Temáticas:
1. Inclusão Digital – aborda a história e as diferentes experiências da inclusão digital e questões como
lixo eletrônico, metareciclagem e ética hacker.
2. Compartilhamento – apresenta técnicas e a importância de registrar os trabalhos e aprendizados para
permitir a troca de experiências com outros telecentros e com outras comunidades.
3. Comunicação Comunitária – estimula a leitura crítica dos meios de comunicação e produção coletiva
de comunicação.
4. Telecentros – apresenta e discute as diversas possibilidades de usos de telecentros, os diferentes
espaços físicos, acessibilidade e o cotidiano de gestão do telecentro.
5. Comunidade – aborda os conceitos de comunidade, técnicas para conhecimento e envolvimento da
comunidade visando a apropriação comunitária no telecentro.
6. Cultura Digital – apresenta técnicas para instalação e manutenção básica da infraestrutura técnica do
telecentro; uso e desenvolvimento de softwares livres e de um banco de soluções para situações que
fazem parte do cotidiano de um telecentro.
7. Redes – mostra a dimensão do trabalho e as possibilidades de atuação e organização em rede,
incluindo o acesso a serviços públicos e interação com o poder público.
8. História – faz um percurso de reavivamento da história do monitor e das histórias de sua comunidade,
oferecendo possibilidades de registro, reflexão e divulgação delas.
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25. Estrutura do Curso
A abertura do curso será realizada preferencialmente em encontros presenciais microrregionais, reunindo
monitores e tutores. Nestes encontros, ocorrerá a apresentação do contexto do Curso de Formação no
âmbito do Programa Telecentros.BR; a apresentação dos tutores e monitores; a ambientação na plataforma
de educação a distância; a apresentação da metodologia e estrutura do curso, além de abordar os requisitos
para a certificação dos cursistas; a promoção de atividades práticas (oficinas).
O Curso na Plataforma Moodle está organizado em duas fases. Na primeira fase (80 horas) os monitores
passam por uma ambientação no curso e acessam conteúdos que apresentam cada uma das oito Zonas
Temáticas. Na segunda fase (400 horas), os monitores se aprofundam nas Zonas Temáticas de acordo com
seus interesses e necessidades, e desenvolvem seus projetos comunitários.
Fase 1 – Ambientação e Voo Rasante
Na plataforma de educação a distância, a primeira fase do curso tem 80 horas de duração. A porta de
entrada é o módulo Ambientação, que promove a apresentação da formação, dos recursos do Moodle, do
Programa Telecentros.BR e discute o papel e a importância de um monitor nessa política pública de inclusão
digital.
Depois de realizada a etapa de Ambientação, todos os monitores participam de um módulo de introdução
em cada uma das oito zonas de conhecimento. Cada participante estabelece a sua própria trajetória de “Voo
Rasante” nas oito Zonas Temáticas. Não há ordem pré-estabelecida, ou seja, cada monitor define por qual
zona deseja iniciar e concluir as suas atividades. Ao final da Fase 1, o monitor realizará uma atividade que
provocará reflexões sobre este seu início de percurso.
Segundo Passo:
Voo Rasante – 35 horas
Conteúdo Introdutório de todas as Zonas Temáticas
Primeiro Passo: O monitor escolhe a ordem de percurso entre elas
Ambientação – 40 horas
Conteúdo básico pelo qual
todos iniciarão o curso
Certificação:
Terceiro Passo:
após a conclusão das 80 horas Atividade Final - 5 horas
Atividade de finalização da primeira fase
Reflexão sobre seu percurso
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26. Fase 2 – Mergulho – adensamento conceitual, construção e realização do
projeto comunitário
Na segunda fase, com 400 horas de duração, os monitores se aprofundam em uma ou até oito Zonas
Temáticas de acordo com as suas necessidades e interesses. Ao escolher se aprofundar em uma Zona
Temática, o monitor deve participar de, pelo menos, 50 horas de atividades naquela zona. Terminadas estas
50 horas, ele poderá optar por continuar se aprofundando nela ou migrar para outra Zona Temática. Ao longo
da segunda fase o projeto comunitário deverá ser desenvolvido e concluído.
Espera-se, ao longo e ao final desse percurso, a ativação de redes sociais entre os agentes de inclusão
digital.
O monitor escolhe uma Zona Temática segundo seus
interesses e necessidades
Carga horária mínima na Zona Temática: 50Hrs
Após estas 50 hrs, o monitor pode continuar na mesma Zona
Temática, ou iniciar outra Zona a sua escolha.
Realizar a Zona Temática alimenta seu Projeto comunitário.
Certificação:
Por Zona Temática, após a Conclusão
da carga horária mínima em cada uma.
Por Projeto Comunitário Concluído
Após a Conclusão de 400 horas de
atividade.
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27. Atividades presenciais
As atividades presenciais ao longo do curso serão realizadas de forma complementar às atividades a
distância. Além da abertura do curso, em encontros presenciais microrregionais, uma parte dos monitores
cursistas (cerca de 5%) também participarão de atividades presenciais na Oficina para Inclusão Digital1 e
nos encontros presenciais organizados pelas iniciativas participantes do Programa Telecentros.BR e em
eventos significativos da região, de forma complementar às atividades da segunda fase.
Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR – Quadro Resumo
Presencial Abertura do curso
Rede Social de Agentes
Fase 1
Projeto Comunitário
Conceitos básicos
de Inclusão Digital
80h
A distância Ambientação, Introdução nas oito
Zonas Temáticas
Adensamento conceitual nas oito
A distância
Zonas Temáticas
Fase 2
400h Atividades práticas na Oficina para
Presencial Inclusão Digital e nos eventos
regionais
5. Materiais Pedagógicos
Os materiais pedagógicos são disponibilizados no ambiente colaborativo Moodle, com base nos
princípios da interação, problematização, resolução de problemas e cooperação. Apresenta como principais
características: linguagem dialógica, leve e acessível, textos curtos e sucintos, ilustrações, animações,
áudios, vídeos e ferramentas de interatividade.
Para a elaboração do material pedagógico, devem ser considerados os objetivos a serem alcançados
pelos cursistas em cada Zona Temática. A partir dos objetivos, o material pedagógico deverá ser estruturado
de forma que possibilite a relação autônoma do cursista com esse material. A produção de textos básicos,
das atividades e a avaliação de aprendizagem devem considerar, ainda, os conhecimentos prévios dos
cursistas.
Além da produção de materiais pedagógicos especialmente para essa formação, serão ofertados, como
parte integrante da Fase 2 da formação, os cursos próprios das iniciativas que compõem os Comitês de
Formação Regionais e o Comitê de Formação Nacional e de outras iniciativas significativas de formação
para inclusão digital. Esses cursos serão certificados e integrados à formação quando convergirem com as
diretrizes e objetivos das Zonas Temáticas.
1. Evento nacional realizado anualmente pelo Comitê Técnico de Inclusão Digital
e parceiros. Cada edição ocorre em uma localidade diferente do país. Informações
disponíveis no endereço de internet: http://ofi cina.inclusaodigital.gov.br/.
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28. 6. Organização de turmas
Em todas as regiões do país serão organizadas turmas de cursistas que iniciarão as atividades em
diferentes períodos, de acordo com o calendário de concessão de bolsas para os monitores do Programa
Telecentros.BR. Cada turma terá aproximadamente 30 cursistas e será acompanhada por um tutor. A turma
concluirá o curso após doze meses do início das atividades.
7. Avaliação
A avaliação neste processo é entendida como uma oportunidade para os monitores compreenderem
os resultados de suas ações e, assim, regular seu desempenho na rede e na sua comunidade, buscando
resultados concretos de sua participação na Rede de Formação. A discussão entre os monitores, e destes
com os tutores, pode oportunizar não apenas o aperfeiçoamento dos projetos desenvolvidos por eles, mas
principalmente influenciar na motivação para suas atuações na rede de monitores, na melhoria da ação
comunitária e no aumento da participação da comunidade em rede. Na avaliação na qual prevalece o diálogo,
a ação do tutor e do monitor é induzir a uma re-interpretação do papel do agente de inclusão digital na
comunidade, enquanto agente de transformação social. Por fim, a avaliação também tem o importante papel
de servir para retroalimentar o sistema, promovendo a superação de dificuldades e o seu aperfeiçoamento.
Nesta perspectiva, pensou-se que a avaliação do Curso de Formação de Monitores no Programa
Telecentros.BR deve considerar as seguintes dimensões:
• Monitor: a avaliação deve garantir a visão do próprio monitor sobre seu caminhar na formação.
• Tutor: a avaliação necessita da visão do agente da formação que está mais próximo dos monitores no
acompanhamento da sua formação.
• Comunidade: a avaliação deve incluir a visão da comunidade sobre os efeitos das ações produzidas
pelo agente de inclusão digital em seu contexto.
Tendo por base estas dimensões de investigação, as avaliações produzidas terão como foco:
• O processo - buscar que os monitores, tutores e supervisores de tutoria avaliem criticamente, teçam
amarrações e constituam uma visão que explicite os processos formativos percorridos.
• Os Indicadores das Redes e do Moodle - considerar indicadores quantitativos e qualitativos dos
percursos, participações e produções tanto nas diversas redes sociais referentes ao programa quanto
dentro do ambiente Moodle.
• Produtos - considerar as atividades realizadas, portfólio e Projetos Comunitários como produções que
refletem a relação entre o monitor e a formação.
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29. O critério fundamental que orienta o olhar da avaliação no Curso de Formação de Monitores é a relação
dos processo/indicadores/produtos com os projetos que estão sendo realizados pelo monitor. Isto é
fundamental para que a formação, em seus mais diversos âmbitos, consiga agregar complexidade às ações
e aos registros das ações realizadas pelos monitores.
Por exigências da manutenção da bolsa do CNPq, deverá ser publicada uma avaliação de cada monitor
mensalmente, produzida pelos Polos Regionais e, caso seja identificado algum ponto que necessita maior
atenção, a avaliação deverá ser encaminhada para os coordenadores de bolsa das iniciativas.
8. Certificação
Os monitores cursistas participantes de todas das fases da formação receberão o certificado de conclusão
do curso. Além disto, serão emitidos certificados na conclusão da Fase 1 (80 horas), para cada Zona Temática
na Fase 2 (após a conclusão do mínimo de 50 horas) e para cada projeto comunitário produzido. Os Polos
da Rede de Formação em conjunto com o Ministério do Planejamento emitirão os certificados.
9. Pesquisa Online de Perfil dos Monitores
A Pesquisa Online de Perfil dos Monitores do Programa Telecentros.BR – PONLINE será uma pesquisa
quantitativa com todos os monitores participantes do curso de formação com o objetivo de conhecer o perfil
geral desses monitores e também QUAIS SÃO as especificidades dos diferentes PERFIS que existem no
universo do curso dando visibilidade às características desta população em sua chegada no programa.
Será utilizado um questionário online, com 45 questões que serão respondidas pelo monitor no início de
sua formação.
A partir da construção de sua série histórica, a pesquisa entrará para o cenário dos conhecimentos
sistematizados e públicos sobre processos de inclusão digital e trará DADOS relevantes para a própria
FORMAÇÃO dos monitores, possibilitará reflexões sobre a estrutura da formação e orientará desafios a
serem trabalhados nas formações de tutores e gestores.
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30. 10. Formação de Tutores e Gestores
Para a viabilização do Curso de Formação de Monitores do Telecentros.BR é fundamental a formação
das equipes responsáveis pela condução do processo formativo, de forma condizente com as diretrizes
proposta para o curso. Neste sentido, estão sendo desenvolvidos o Curso de Formação de Tutores e o
Curso de Formação de Gestores do Telecentros.BR
Formação de Tutores
O Curso de Formação de Monitores Telecentros.BR envolve encontros presenciais e atividades a
distância, com o acompanhamento de um tutor, cuja participação de forma dialógica, dinâmica, interativa
e inspiradas em princípios de Educação Popular Participativa é fundamental na mediação do aprendizado
individual e coletivo. O tutor deve ter uma visão geral sobre os percursos formativos de cerca de 30 cursistas,
interagindo e problematizando as escolhas feitas pelos monitores e relacionando os caminhos percorridos
aos projetos em andamento. Para tanto, uma formação de tutores foi desenvolvida, visando instrumentalizá-
los com habilidades e competências necessárias para sua atuação.
São objetivos da formação de tutores:
• Refletir sobre o papel do tutor e sobre sua atuação como educador a distância enquanto mediador do
processo de ensino e aprendizagem;
• Conhecer a ferramenta Moodle e suas possibilidades de uso a educação a distância;
• Conhecer a Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital do Programa Telecentros.BR;
• Conhecer e vivenciar o Curso de Formação dos Monitores do Telecentros.BR;
• Analisar as principais características da educação à distância, mediante a comparação das diversas
propostas de ensino-aprendizagem a distância;
• Compreender a importância das organizações sociais para o fortalecimento dos programas de
inclusão digital;
• Elaborar um plano de ação para acompanhamento dos monitores na Rede de Formação do
Telecentros.BR;
• Ativar a Rede Social dos Tutores como um dispositivo de formação contínua, a partir da criação de
uma comunidade que promova aprendizagem de seus próprios membros.
O eixo transversal de toda a formação é a construção de um plano de ação. A formação de tutores
deve acontecer com encontros presenciais e ações a distância, envolvendo atividades no Moodle e uso de
redes sociais, num total de 36 horas de atividades. Os encontros presenciais, vistos como disparadores do
processo, devem acolher os participantes, promover a ativação da rede entre eles e apresentar os canais das
Rede de Formação. Além disso, na formação de tutores devem ser apresentadas as diretrizes e a lógica da
formação proposta pela Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital. Os tutores serão acompanhados
por um supervisor de tutoria, sendo um supervisor para 15 tutores, e participarão de listas de discussão por
email que auxiliem durante sua ação.
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31. Formação de gestores
O gestor do telecentro tem o importante papel de apoiar o monitor presencialmente no seu processo de
aprendizagem e na sua ação na comunidade. Para incentivá-lo a desempenhar esse papel, também foi
desenhado um curso específico para esse agente de inclusão digital. No curso o gestor poderá se apropriar
de habilidades para incentivar o monitor no seu processo de aprendizagem e na sua ação na comunidade.
O curso será desenvolvido na modalidade a distância, a partir da interação do tutor com os cursistas via
internet, por meio do ambiente colaborativo Moodle e de redes sociais, acessíveis a partir do Portal da Rede
Nacional de Formação para a Inclusão Digital. A carga horária total é de 20 horas, sendo que o cursista
dedicará aproximadamente duas horas diárias para a formação ao longo de duas semanas.
O foco do curso é o Programa Telecentros.BR. O gestor poderá compreender, com mais profundidade, os
mecanismos de funcionamento do Programa e, desta forma, colaborar ativamente na sua implementação.
As iniciativas terão um papel fundamental no acompanhamento da formação dos gestores, esclarecendo
questões relacionada ao Programa Telecentros.BR e orientando as atividades de funcionamento do
telecentro, de acordo as diretrizes estabelecidas no Telecentros.BR.
Espera-se que ao longo do curso seja ativada uma rede social entre os gestores e iniciativas, que contribua
para a consolidação da política de inclusão.
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