O documento descreve o movimento intenso e o barulho no centro de Belo Horizonte em uma terça-feira, com engarrafamentos causados por um acidente envolvendo um ônibus. Do alto de um prédio é possível ver a organização do trânsito e ouvir o som de panelas de aço sendo tocadas. Dois idosos conversam sobre como a cidade mudou com o êxodo rural e a falta de planejamento para o crescimento populacional.
1. E STA D O D E M I N A S ● D O M I N G O , 8 D E A B R I L D E 2 0 0 7
2 CLASSIFICADOSVEÍCULOS
TRÊS VISÕES DO UMBIGO
ROLIMÃ c
m
y
Muita coisa acontece entre as avenidas k
Amazonas e Afonso Pena. São 15h45
de terça-feira e um ônibus da Viação Sandra
esztá parado na pista da esquerda, na Avenida
Afonso Pena, sentido Mangabeiras. Três policias
conversam com o motorista e com duas
mulheres, que reclamam de um esbarrão que
levaram, quando atravessavam a avenida.
BARULHO A interdição da pista por quase 10
minutos é suficiente para elevar o nível de
ruídos do epicentro de Belo Horizonte. As
ambulâncias, presas no trecho interrompido,
aumentam o estridente som da sirene, as
buzinas dos carros e, no outro lado da Praça
Sete, no triângulo da Rua Rio Janeiro com
avenidas Amazonas e Afonso Pena, o inglês
Michel Fields toca suas steel pan, ou, em bom
português, panelas de aço. Atrai pequena
grupo, contribuindo para o barulho intenso
do coração da cidade.
FESTA O auê se completa com três trios
elétricos e uma pequena carreata BETO MAGALHÃES/EM - 1/7/04
acompanhada de buzinaço, que promove a
inauguração de uma ótica no centro. Um ciclistas e até skatistas, como um que Porém, de uma das janelas da Clínica Médica
carro da Polícia Militar, com o giroflex ligado, cruzou o asfalto entre os carros. Sempre Vida, no 22º andar, é possível
encosta perto do posto de observação da PM e vislumbrar grande parte do ponto nevrálgico
seus ocupantes perguntam sobre a multidão FEIRA MODERNA Tem de tudo na Praça Sete. da metrópole. O som do trânsito fica abafado,
que se forma. Ao saberem das panelas de aço, Apesar do movimento intenso, David faz o movimento parece organizado e até as
seguem caminho. amizade com os freqüentadores do espaço. Um faixas de pedestres aparentam ser menos
de seus amigos encosta no parapeito e larga na desgastadas.
OUTRAS RODAS David Antunes, fiscal da calçada sua encomenda: um carrinho de
prefeitura, tem que fiscalizar a ação de supermercado, carregado de melancias, batatas ALTURA Dos mais de 60 metros de altura, o
camelôs no quarteirão da Rua Rio de e tomates. Depois, atravessa despreocupado e barulho que se destaca é o das panelas de aço
Janeiro. Ele conta que atropelamentos, fora da faixa de pedestre (foto abaixo). de Michel Fields. Os pedestres atravessam no
como o que ocorreu com o ônibus da Viação momento certo e os motociclistas nem
Sandra, são comuns. Também são habituais BELEZA DISTANTE A entrada do Edifício esperam o sinal verde abrir para engatar a
figuras exóticas, batedores de carteira, Joaquim de Paula fica na Rua Carijós, 424. primeira marcha e acelerar. Lá do alto, até o
ar-condicionado, mesmo que mambembe,
ameniza o calor de quase 30°C da tarde de
outono. MARIA TEREZA CORREIA/EM - 5/3/07
SOMBRA Os aposentados Luiz Cláudio Lopes trânsito da cidade e que acabou com as
de Carvalho, 75 anos, e Geraldo Santos, de 73, peladas do tempo de infância é conseqüência
conversam na sombra do concreto, todos os do êxodo rural. “A cidade não foi planejada
dias, próximo aos jogadores de dama, no para tanta gente”, afirma. Geraldo concorda
quarteirão da Praça Sete, entre ruas Tamóios e com o amigo. Ele deixou Itaúna aos 27 anos e
PRETO
Rio de Janeiro. Luiz saiu de São Pedro dos acredita que faltam soluções urbanas
Ferros quando tinha 14 anos e lembra do inteligentes. “Belo Horizonte acabava na
tempo em que jogava bola um quarteirão Gameleira. Quem perdia o ônibus papa-filas, à
acima, na esquina das ruas Tupis e Rio de meia-noite, tinha que voltar a pé para casa.
AMARELO
Janeiro, onde seus pais tinham uma pensão. Morava na Cidade Industrial e, quando perdia
esse ônibus, tinha que ir andando”, conta
MUDANÇAS O caos a que ele assiste no Geraldo.
FOTOS DANIEL CAMARGOS/ESPECIAL PARA O EM
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REPRESENTANTE SEGUROS
A Goodyear teve presença mar-
cante no Salão de Acessórios, que
terminou na segunda-feira, em São
Paulo. A marca foi representada no
evento pelo gerente nacional da
área comercial de pneus, Rodrigo
Ribeiro, o diretor da Fon Fon Pneus
(BH), Wilson Navarro, a coorde-
nadora Elza Tanaka, o gerente
regional de São Paulo, Marco
Antonio Surdo, e o gerente comer-
cial nacional da área de caminhões e CHAVES
ônibus, Antonio Roncolati.
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