1. O documento discute riscos naturais como catástrofes climáticas (secas, inundações, ciclones), terremotos e erupções vulcânicas e como esses eventos se tornam riscos quando afetam sociedades humanas.
2. Também aborda poluições causadas por atividades humanas como indústria, agricultura e desenvolvimento que poluem o ar, solo e água.
3. Riscos naturais e poluições ambientais são agravados pela densidade populacional.
1. Riscos Naturais e Poluições
Os excessos térmicos, cinéticos, hídricos, etc… fazem parte do ciclo natural da
natureza, pq esta evolui por espamos e não segundo as médias. Os excessos só se
transformam em riscos quando impõem danos às sociedades humanas. O verdadeiro
factor agravante dos riscos naturais é a densidade da população. As acções antrópicas
desencadeiam por vezes acidentes generalizados como a poluição.
Riscos Naturais
Privilegia-se os cataclismos telúricos (sismos, erupções vulcânicas) embora as
catástrofes climáticas sejam a curto prazo muito mais graves para o equilibro dos meios.
1. As catástrofes climáticas
Um máximo ou um mínimo claramente desviado da média é um excesso, mas se o
excesso for raro, secular e se conduzir a um desequilíbrio durável no meio natural
considerado, é uma catástrofe.
Seca- faz parte integrante dos climas semiáridos.
Excessos de Água- inundações…
Ciclones Tropicais e Tufões- são habituais no clima de fachadas orientais dos
continentes, entre 5º e 30º de latitude. São temíveis devido à violência dos ventos (até
200km/h), dos dilúvios de chuva que provocam, das altas vagas. Quando um deles
chega a um litoral muito plano, à hora da maré-alta, o excesso transforma-se em
cataclismo.
Sismos ou Tremores de Terra- são uma catástrofe telúrica. As causas dos sismos são
variadas; queda de um meteorito (o que caiu na Sibéria Central em 1908, fez oscilar a
agulha dos sismógrafos do mundo inteiro).
As causas principais dos sismos são de 3 ordens.
1- Erupções vulcânicas ( a coluna de gás ou magma que força o seu caminho abala
o solo apenas localmente mas com grande violência)
2- Por outro lado a brusca dissipação das pressões tectónicas acumuladas na crosta
terrestre: os centros sísmicos de onde se propagam as ondas balizam as linhas de
téctonica activa do globo, por exemplo a falha de Santo André na Califórnia.
3- Sismos com centros muito profundos, ligados à tectónica de placas mas que
ainda se sabe pouco.
Os efeitos dos sismos são dramáticos nas regiões povoadas e os efeitos geomorfológicos
são igualmente espectaculares: rachas no solo, aparição de contra-inclinações, quedas de
pedras, deslizamentos de terreno arrastando consigo “frentes” inteiras de florestas, etc…
Os efeitos derivados: desordem dos aquíferos, obstáculos de lagos, desvios dos cursos
de água. Os sismos submarinos provocam vagas gigantes chamadas maremotos ou
tsunamis que atravessam os oceanos a grande velocidade.
Aparelhos que medem sismos- Sismógrafos que medem o logaritmo da energia do
sismo.
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2. Erupções Vulcânicas- O vulcanismo está ligado aos rifts e às linhas de afrontamento
interplacas. A sua repartição, tal como a sismicidade, é em princípio, azonal. Os relevos
construídos diferem conforme os materiais vulcânicos são gasosos, líquidos ou sólidos.
Riscos diversos- Biológicos, etc…
O homem não é o único a incendiar as florestas: o raio, a fermentação orgânica e as
erupções vulcânicas também são causas de incêndios.
Origem Antrópica –
1. A domesticação dos meios naturais – a exploração do planeta, indispensável à
expansão das sociedades humanas, deixa vestígios tão profundos e igualmente tão
visíveis na paisagem como nos agentes naturais.
Modificações da Topografia desde os tempos neolíticos que o homem escava,
constrói, fabrica, cultiva. A construção de cidades conduz ao arrasamento de colinas
inteiras (Hong-Kong e Rio de Janeiro), a construção de aterros litorais…
As Modificações da Hidrografia são mais graves. A navegação fluvial exige
frequentemente que sejam rectificados os meandros naturais de um rio, encurtam-se
trajectos mas a propagação das cheias acelera-se (caso da Hungria).
Modificações das Biocenoses a mais evidente é a desflorestação que causa enormes
prejuízos, pelo fogo, pelas máquinas. Certas espécies como os eucaliptos são
nocivas para os solos, quando plantadas fora do seu meio originário.
2. As Poluições devidas ao desenvolvimento Industrial – é uma prática evidente e
localizada. A poluição atmosférica é causada sobretudo por emissões industriais
de aerossóis, pelos resíduos de combustão (CO2 e SO2 ), o carvão revela ser a mais
nociva fonte de energia, mas a mais temida é a energia nuclear (acidente em
Tchernobyl em 1986).
3. A Poluição dos Solos – tem 3 origens; a queda dos poluentes atmosféricos
arrastados pela chuva, a utilização de doses excessivas de fertilizantes não
depurados, o emprego de herbicidas e de pesticidas não biodegradáveis.
4. A Poluição das Águas tem como causa directa os poluentes atmosféricos e como
causa indirecta os poluentes dos solos pelo escoamento e pelos vazamentos
antrópicos voluntários ou involuntários. Se os rios e lagos concentram localmente
os poluentes, as correntes marítimas diluem-nos e dispersam-nos pelo mundo
inteiro.
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