O documento descreve a parceria entre a SKF e a empresa Cavo para fornecimento de componentes e serviços de manutenção para os equipamentos da Cavo. A SKF também fornece software e graxas especiais para melhorar a performance e reduzir custos para a Cavo. O documento também menciona o patrocínio da SKF no esporte StockCar e novos produtos lançados pela SKF como kits para automóveis, guias prismáticas e fusos de esferas retificados.
1. newskf
Paulo Pampolim / Digna Imagem
Publicação trimestral da SKF do Brasil
Ano III
Junho/
Agosto
2004
Reparo de spindles
Destaque
Alinhamento a laser
Walter Bertoncini, da Mahle,
fala de sua experiência
com o novo serviço da SKF,
inédito no Brasil
Rolamentos
autocompensadores de
rolos: o raio x de uma
tecnologia de 86 anos
Com custo mais
acessível, tecnologia
chega às pequenas e
médias indústrias
2. AO LEITOR
Verificando e
agindo sempre
Uma das ferramentas para
alcançarmos a máxima
eficiência em nossas empresas é a utilização correta do processo de
melhoria contínua, o conhecido ciclo PDCA
(Plain, Do, Check and
Act) que compõe a grande parte dos programas de
qualidade total das indústrias. Planejar, executar,
checar e agir: eis as palavras mágicas que revelam
a eficiência total nas linhas
de produção.
Dentre essas etapas, a experiência da SKF junto a
plantas industriais no Brasil e no mundo tem comprovado: o “check” e o
“act” têm sido as fases
mais vulneráveis e também as grandes comprometedoras do alcance da
qualidade ideal. A análise
das falhas, que por sinal
constitui-se em uma excelente fonte de aprendizado, tem carecido de ações
efetivas, sejam de modo
preventivo ou corretivo.
O alcance da qualidade
“O processo muitas
vezes é interrompido
por não haver
persistência na
comprovação dos
resultados e na busca
de alternativas”
passa pela complementação de todo este ciclo
PDCA. E o que se nota é
que esse processo muitas
vezes é interrompido por
não haver persistência na
comprovação dos resultados e na busca de alternativas. A conseqüência é a
reincidência da falha, seja
no mesmo equipamento
ou em outro localizado ali
mesmo, naquela mesma
planta. O fato é
que tecnologia
de ponta e boa
vontade não bastam para
reduzir
perdas
e
retrabalho.
Foi pensando nessa lacuna do ciclo PDCA que a
SKF criou soluções integradas em seu leque de
serviços oferecidos aos
clientes industriais e que
visam a redução dos custos de manutenção e perdas de produtividade.
A SKF do Brasil – e seus
distribuidores localizados
em praticamente todos os
estados brasileiros – trabalha em conjunto com o
cliente buscando apurar e
eliminar definitivamente
as falhas dos ativos industriais que compõem o
processo produtivo. Aplicamos a tecnologia de
detecção mais moderna e
adequada para cada situação e, a partir do conhecimento pleno de todo o
universo que envolve os
sistemas rotativos das
máquinas, passamos a
ajudar a completar o ciclo de melhoria de forma
eficaz, assegurando realmente a eliminação de
falhas.
Este é o nosso objetivo
maior dentro do Programa
de Otimização da Eficiência de Ativos.
Leia mais a respeito em
nosso site: http://
www.skf.com.br.
Carlos Alberto Fernandes, gerente Executivo da
Divisão de Reliability Systems
SKF News é uma publicação trimestral da SKF do Brasil distribuída em todo o território nacional para clientes,
fornecedores, distribuidores e parceiros - Rodovia Castello Branco, km 30. CEP 06420-240 - Barueri - SP - Tel.
(11) 4619-9100 - Fax (11) 4619-9199 - Toll Free 0800-141-152 - Web Site: www.skf.com.br - Produção e
Edição: Conteúdo Comunicação Empresarial - Tel. (11) 3093-7800 - Jornalista Responsável - Diva de Moura
Borges (diva.borges@conteudonet.com) - Coordenação Editorial - Anthony Gladek e Fábio Merighi - Revisão: José Paulo Ferrer - Tiragem:
48.000 exemplares. Impressão:Leograf
TOP FIVE - 2003
SKF - A preferida em
rolamentos industriais
2
| newskf
AUTOP OF MIND 2003
SKF - a mais lembrada
em rolamentos
automotivos
3. Papel reciclado
GIRO RÁPIDO
A Cavo, empresa
que atua no setor de tratamento de lixos urbanos, entre eles os de origem industrial e hospitalar, procurou por diversos fornecedores no
mercado e encontrou na
SKF um parceiro estratégico e de peso em
manutenção e consultoria técnica para seus equipamentos. De
olho na redução do número de fornecedores de rolamentos,
mancais, graxas especiais e lubrificantes, a Cavo firmou contrato exclusivo com a SKF por esta possuir uma série de componentes que podem ajudá-los na melhoria do seu negócio. A
empresa pretende reduzir o estoque desses produtos e também
acompanhar toda a performance das máquinas. Os engenheiros envolvidos neste processo e que cuidarão de toda a
performance das máquinas, serão auxiliados pelo software
@ptitude. Além de produtos da SKF, estão sendo aplicadas nesse
processo as correias, polias e mangueiras da Goodyear. Antes
de firmar o contrato, a Cavo submeteu a SKF a uma bateria de
testes para saber se ela atende aos requisitos técnicos e
ambientais parametrizados internacionalmente. Constatou que
a SKF é preocupada com o meio ambiente e que faz uma série
de ações que a certificam como parceira no negócio, informou
Carlos Antonio Vilhena, engenheiro de Operações da Cavo.
Patrocínio na StockCar
Arquivo Pessoal
Alex Salim
SKF na Cavo
Nonô Figueiredo, piloto de StockCar, é um dos mais recentes desportistas patrocinados pela SKF do Brasil. A modalidade de automobilismo, que vem crescendo a cada ano e
caindo no gosto do brasileiro, está mobilizando cada vez mais
público e espaço na mídia. E a SKF, em busca do fortalecimento da marca e de interação com o mercado de reposição
automotiva, decidiu apostar neste esporte. Para o presidente
da empresa, Donizete Santos, “a modalidade tem permitido
a avaliação do desempenho dos produtos SKF num campo
de prova”. O piloto, que tem 33 anos e já competiu nesta
categoria na Europa, lembra que o Brasil vem se destacando
entre os 4 melhores campeonatos de turismo no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Inglaterra. “Nos Estados Unidos, a Stockcar é tão disputada como a Fórmula 1. Meu objetivo é ser campeão da
StockCar no Brasil”, afirma Nonô, que já foi campeão da
StockCar B (hoje chamada de Stock Car Light) e bicampeão
das Fórmulas Uno e Fiat.
Esta edição do NewSKF e, também, o novo Catálogo Geral de Produtos da SKF, foram impressos em papel offset
100% reciclado, livre de produtos químicos prejudiciais ao meio
ambiente. Devido à limitada escala de produção desse tipo de
papel, o custo de aquisição ainda é superior aos dos papéis convencionais. No entanto, a SKF encara o investimento adicional
em papéis reciclados como incentivo à utilização racional dos
recursos naturais e demonstração de respeito à preservação do
meio ambiente para gerações futuras.
Kit para automóveis
A divisão automotiva da SKF colocou no mercado brasileiro
um produto inédito para a área de manutenção. É um kit de
tensionador e correia para veículos leves e pick-ups. O mecânico
agora tem a opção de oferecer um serviço completo de reparo já
que as peças que compõem o sistema de sincronismo têm vida
útil semelhante. Isso significa que, na maioria das vezes, a troca
parcial desses componentes pode comprometer o sincronismo
do motor e gerar retornos prematuros do carro à oficina. A proposta do kit, além de economia, é oferecer ao usuário final maior
confiabilidade nos serviços de manutenção.
Guias Prismáticas
Guias prismáticas acabam de ser
incorporadas ao mix de produtos da
SKF no Brasil. O lançamento compõe a linha de produtos Linear
Motion, destinada aos segmentos de
máquinas-ferramenta, máquinas para
testes e aparelhos de medição. As guias prismáticas são utilizadas em sistemas de produção que exigem alta rigidez, precisão e grande capacidade de
carga. O produto está sendo oferecido em
kits com 4 guias, 2 gaiolas planas e 8 limitadores. Medidas
principais vão desde o LWR 3,6 e 9, com cursos úteis desde
125mm até 1.000 mm. Os produtos são intercambiáveis com
todos os similares de mercado.
Fusos de Esferas Retificados
Outro lançamento da linha Linear Motion é a série de Fusos
de Esferas Retificados, aplicados em máquinas-ferramenta, máquinas para madeira, retrofitting, automação e manutenções em
geral. Os fusos representam um elo importante na cadeia de transmissão de potência. Eles transformam movimentos de rotação
em deslocamento linear, absorvendo esforços no sentido axial tracionando ou comprimindo. São duas famílias complementares, com alta precisão de movimento: uma com
castanhas flangeadas, série ISO (redondas) e outra com castanhas flangeadas, conforme norma DIN
(facetadas). As capacidades de carga cobrem a faixa desde 20kN até
207kN. Os diâmetros disponíveis
vão desde 20 até 63mm. Os fusos
de esferas retificados podem ser
fornecidos somente cortados ou
com as pontas usinadas, conforme desenho do cliente.
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4. Foto: Divulgação
HISTÓRIAS DE SUCESSO
Cosipa
Laminação a frio
em nova etapa
Com fornecimento de graxas especiais, a SKF
contribui para eliminar problemas em
rolamentos do laminador de tiras a frio da
Companhia Siderúrgica Paulista - Cosipa e a
elevar performance do equipamento
Laminados Cosipa agora com maior variedade de
espessuras e aplicações. Na foto à direita, o
laminador de tiras a frio
Um programa de atualização tecnológica implantado pela Cosipa desde que foi privatizada, há
cerca de 10 anos, teve entre seus focos o revamp do
laminador de tiras a frio,
equipamento responsável
pela redução de chapas de
aço aplicadas nas indústrias automobilística, de tambores, de tubos e da chamada linha branca de eletrodomésticos.
Totalmente reformado
em 1997, o laminador de
uma das maiores siderúrgicas do País, passou a oferecer produtos de qualidade superior e com uma variedade bem maior de espessuras: entre 3,0 e 0,38
mm. Isto permitiu à Cosipa
uma ampliação de seu mer4
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cado e uma maior produtividade.
Contudo, a reestruturação do laminador a frio
também demandou da
equipe de engenharia de
manutenção um cuidado
redobrado e desafios diferentes os que antes enfrentavam. Maiores cargas e
velocidade de produção
significaram também mais
exigência dos sistemas
rotativos do laminador.
Após três meses do startup, o qual envolveu adoção
de rolamentos selados, capazes de proteger o sistema de contaminações e,
ainda, um novo sistema de
troca rápida dos cilindros
de laminação do aço, o
laminador começou a exigir intervenções.
Contaminação
“Começamos a perceber contaminação da graxa por emulsão e pittings
nas pistas do rolamento e
roletes”, conta Nelson
Martin Groessler, assistente da Oficina de Cilindros
da Laminação a Frio. Paralelo a essas observações,
o laminador também passou a ter paradas de emergência, apresentando escamações e trincas nos seus
rolamentos de mancais de
trabalho e, o mais grave, o
sucateamento de cilindros
de trabalho por causa de
trincas no pescoço. Para se
ter uma idéia, apenas em
1999, dois anos após a reforma, a Cosipa registrou
9 paradas do laminador de
tiras a frio devido a falhas
nos rolamentos.
Para checar as razões
dessas falhas, a Cosipa
estruturou um grupo de trabalho composto por mecânicos, técnicos, analistas e
até mesmo fornecedores,
entre os quais esteve a SKF
do Brasil.
O estudo conjunto indicou pelo menos dez pontos de melhoria do sistema
necessária para eliminar os
problemas verificados com
o equipamento. O diâmetro muito pequeno do furo
de dreno do mancal, responsável pela drenagem da
emulsão, e o uso de graxa
inadequada para os rolamentos foram dois pontos
considerados importantes e
prioritários para ajustes do
conjunto de mancal.
5. Testes
“No caso das graxas,
foram utilizados cinco tipos diferentes de marcas
disponíveis no mercado
seguindo as especificacões
dos fornecedores do equipamento”, explica o engenheiro mecânico e analista
de Engenharia de Projeto,
Wilson Roberto Nassar.
Mais próximos da aplicação do produto, os supor-
tes técnicos da Oficina de
Cilindros Nelson Groessler
e Célio Souza do Rosário
reforçam e relatam as dificuldades e variáveis encontradas nos diversos tipos de graxa: viscosidade
inadequada, pouca resistência à água e altas temperaturas, e problemas de
pronta-entrega, já que a
maioria dos produtos é importada.
Manutenção de rolamentos do
laminador de tiras a frio da Cosipa,
em Cubatão - SP
Vencendo desafios
de lubrificação
Os testes com lubrificantes no laminador a frio
terminaram em 2000, ano
em que a Cosipa passou a
adotar a graxa LGHB2.
Explica Ricardo Aquino
Perroni, engenheiro especialista em siderurgia da
SKF, que o produto se caracteriza por excelentes
propriedades de lubrificação mesmo sob elevadas
cargas de trabalho, redução
ao atrito e ao desgaste, elevada estabilidade mecânica, grande resistência à
agua e excelentes propriedades de proteção contra a
corrosão, necessários ao
processo de laminação. Os
resultados do novo lubrificante dos rolamentos foram significativos. A partir de 2001, nenhuma parada de emergência foi registrada pelo laminador de
tiras a frio devido a falhas
com rolamentos.
Resultados
A boa performance do
laminador é contabilizada
pelo grupo de técnicos da
Cosipa. Em 2003, o laminador atingiu a marca de
1 milhão e 100 mil toneladas de aço-laminado,
número que representa
uma produção 13,71%
maior que a do ano anterior ou, ainda, 50,06% a
mais que em 1998, ano
posterior ao da reforma da
máquina e cuja produção
alcançou 735,6 mil toneladas.
Entre os engenheiros
da Cosipa existe, no entanto, um clima de comedimento nas comemorações desses resultados.
“Sabemos que o laminador necessita de melhoria contínua. Precisamos nos aprofundar em
estudos dos tipos de rolamentos e também das melhores práticas com o
“novo laminador”, relata
Nassar, ressaltando que as
novas gerações de rolamentos trouxeram muitos
benefícios, mas também
aspectos novos para acompanhamento da manutenção. As modernizacões do
laminador de tiras a frio
proporcionaram ainda à
Cosipa uma economia de
R$ 245 mil ao ano.
Sobre a Cosipa
A Cosipa dedica-se à produção de aços planos
não-revestidos (placas, chapas grossas, laminados
a quente e a frio), que atendem a segmentos estratégicos da economia como automobilístico, ferroviário, automotivo, naval, construção civil, agrícola, embalagens, mecânico, eletroeletrônico, utilidades domésticas, máquinas e equipamentos de distribuição.
Após a renovação do seu parque industrial, finalizada em 2001, atingiu a capacidade nominal,
passando a operar num ritmo de produção de 4,5
milhões de toneladas/ano de aço líquido.
Essa transformação se deu através de um ciclo de
investimentos iniciado em 1995 e que consumiu recursos de mais de US$ 1 bilhão na atualização
tecnológica e melhorias ambientais na usina José
Bonifácio de Andrada e Silva, estrategicamente localizada em Cubatão-SP. No total, a usina possui
12,5 milhões de metros quadrados, incluindo um
porto privativo alfandegado.
Equipe da Oficina de Cilindros de Laminação a
Frio (Nelson, Célio e Nassar) ao lado de cilindros
preparados para uso no laminador
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6. TECNOLOGIA
Alinhamento a laser
chega às pequenas indústrias
Preço mais acessível e necessidade de aumentar produtividade fazem também empresas de menor porte adotar a tecnologia de alinhamento a laser e mudar o conceito de manutenção de máquinas
Foi-se o tempo em que
alinhamento de eixos de
máquinas com a sofisticada tecnologia a laser, uma
das atividades mais importantes de manutenção, era
adotado apenas por linhas
de produção com máquinas
de grande porte e de custo
elevado, do tipo petroquímicas e químicas. Hoje,
pequenas e médias indústrias do mais diversos ramos
já estão adotando a tecnologia do alinhamento a laser
de seus ativos e se beneficiando da rapidez e praticidade dos mais variados
equipamentos para este fim.
O que antes poderia levar
dois, três dias de trabalho,
hoje pode ser feito em três
ou quatro horas e com custo muito mais baixo. A adesão a essa tecnologia pode
ser comprovada pelos índices de venda da linha
Fixtulaser da SKF. A expectativa, no Brasil, é encerrar
2004 com 18% a mais de
unidades vendidas, se comparado ao ano passado.
“Antes, não se alinhavam máquinas menores
porque o procedimento era
caro e complicado. Entendia-se que era mais fácil levar a máquina à exaustão,
com quebras irreversíveis,
e então substituí-la por outra nova, do que investir na
manutenção preditiva”,
lembra Paulo Henrique
Manoel, gerente de Vendas
de Equipamentos de Moni6
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toramento da SKF. Além
de exigir técnicos altamente especializados, o procedimento de alinhamento, há
cerca de três décadas, demandava métodos rudimentares, como régua,
apalpador, relógio comparador e, entre eles, muitos cálculos matemáticos.
Um diagnóstico demorado,
de pouca precisão e confiabilidade.
A mudança de comportamento nos parques indus-
triais brasileiros, atesta o
especialista da SKF, tem a
ver com acesso à tecnologia, hoje bem mais barata do que quando foi lançada no Brasil, há cerca de
20 anos, e com a necessidade dos tempos modernos
de se atingir altos níveis de
produtividade. “Uma parada inesperada de máquina
hoje pode significar um
prejuízo até dez vezes maior do que o investimento
básico na tecnologia de ali-
nhamento”, calcula Paulo.
Sem considerar ainda que
a quebra de eixos por falta
de alinhamento, na verdade, esconde prejuízos em
cadeia: diminuição da vida
útil dos rolamentos, aumento do desgaste dos selos e dos acoplamentos,
comprometimento da qualidade da produção devido
ao aumento de vibrações e,
por fim, gastos maiores da
energia que move o equipamento.
Uma tecnologia de uso intuitivo
Longe dos cálculos trigonométricos dos métodos rudimentares que esquentavam a cabeça, os especialistas em manutenção hoje lidam com equipamentos
do tipo Fixturlaser, da linha Shaft, com comandos simples aplicados numa tela
touch screen (do tipo toque no visor, como os dos caixas eletrônicos de bancos).
Associada a esta facilidade, estão o próprios comandos em forma de pequenos
desenhos e que permitem ao operador um manuseio intuitivo. “É como a tela de
um computador em ambiente Windows. Pequenos ícones que, tocando com o
dedo, vai se alcançando as etapas”, simplifica Paulo Henrique Manoel, da SKF.
A partir daí é trabalhar com os parâmetros pedidos: alinhamento vertical ou
horizontal, porte da máquina e distância entre os eixos, precisão e dilatação térmica (já que o alinhador pode ser usado com a máquina parada ou em funcionamento), etc. No casos dos alinhadores da SKF, entre os seus cinco tipos diferentes,
está o TMEA-1/PEx totalmente blindado, à prova de explosão,
e que permite o uso em ambientes de alta segurança.
Mesmo com a facilidade de uso, a SKF do Brasil oferece treinamentos para os operadores e suporte técnico no
local da aplicação. “É
um diferencial importante da SKF por meio
de sua rede de distribuidores em todo o
Brasil”, salienta
Paulo.
7. MANUTENÇÃO
Reparo de spindles
agora também no Brasil
Unidade de serviços da SKF brasileira opera desde maio oferecendo reparos às principais marcas do mercado. Centro exigiu investimentos de
R$ 1 milhão em tecnologia e treinamento
Experiência na Mahle
O SKF Spindles Service
Center, recém-criada divisão de serviços da SKF do
Brasil, veio suprir uma lacuna importante no mercado de manutenção de máquinas operatrizes dos parques industriais nacionais.
Desde maio, o SSC, localizado em Cajamar, na Grande São Paulo, está reparando spindles de diferentes
marcas, entre elas as suíças
Fischer e Studer, as italianas Omlat e Gamfior e as
alemãs Franskessler e
GMN, além de toda a linha
de spindles fabricados pela
própria SKF. Até então, a
assistência técnica ocorria
somente no país do fabricante. Um processo considerado oneroso, complexo
e demorado para os usuários de spindles.
“Unimos a experiência
da SKF em fabricar
spindles, rolamentos, máquinas operatrizes e, ainda,
com assistência técnica,
para oferecer este tipo de
serviço”, explica Gilberto
Sanchez Júnior, coordenador do Centro de Serviços
da Divisão Reliability
Systems. O centro da unidade de Cajamar foi baseado em outros nove montados pela SKF em diferentes países desde que o modelo de prestação de servi-
ço foi concebido, no ano
2000: Suécia, Áustria, Alemanha, Japão, Reino Unido, Índia, Estados Unidos,
Itália e França. O Brasil,
neste caso, está saindo na
frente como um dos centros
mais sofisticados e com o
anteparo de uma network,
por meio da qual todas as
unidades, em seus diferente países, abastecem uma
base de dados única com
informações sobre reparo
de todos os tipos de spindle.
Uma biblioteca virtual nada
modesta, já que a SKF
mundial contabilizou, somente em 2003, mais de 6
mil reparos de spindles em
suas unidades de serviço.
SSC Brasil
O SSC integra o Centro
Ixion de Serviços Industriais e está alojado em um
pavilhão de 1.500 metros
quadrados da planta da SKF
localizada em Cajamar-SP.
O projeto consumiu investimento superior a R$ 1 milhão, distribuídos entre
tecnologia, treinamento e
ampliação de mão-de-obra
especializada. Ali é feito o
diagnóstico da peça defeituosa baseado em um
check-list que orienta a inspeção em 33 itens. Essa
avaliação não tem custo e,
após aprovação do orça-
No Brasil, a Mahle Metal Leve, que utiliza
mandriladoras para a fabricação de bronzinas, buchas e arruelas para motores de automóveis e caminhões, já pôde comprovar os benefícios do SKF SSC.
Os spindles Fischer, utilizados na usinagem de alta
velocidade pela indústria, sofriam reparos somente
na Suíça. “Tínhamos de exportar os spindles com
defeito para a matriz da Paulo Pampolim/Digna Imagem
Fischer e importá-los
após o reparo. Os prazos
e os custos destas transações tornavam este procedimento inviável”, relata
Walter Angelo Bertoncini
(foto à direita), supervisor da área de Projetos e
Desenvolvimento de Máquinas da Mahle.
Com a entrada do SSC
no Brasil, os spindles
Fischer da Mahle de São
Bernardo do Campo - SP,
passaram a ser reparados
em Cajamar, a menos de
70 km de distância. “Com
a proximidade e o apoio
técnico da equipe SKF estamos nos sentindo bastante seguros. Nossos
problemas com reparo
dos spindles de alta freqüência estão resolvidos. Os
custos que tínhamos no passado foram reduzidos e
temos total confiança que hoje dispomos da melhor
alternativa disponível para reparar nossos spindles”,
avalia Bertoncini.
mento, a SKF entrega o
spindle consertado entre 3
e 60 dias, a depender da
complexidade do caso e da
disponilidade de itens de re-
posição. “Se necessário, vamos também até o cliente
para ajudá-lo a melhorar a
performance do spindle”,
explica Sanchez.
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8. autocompensadores
de rolos
Inventados pela SKF em 1918, os rolamentos
autocompensadores de rolos são líderes
tecnológicos e também em vendas no mundo.
Veja por que essa tecnologia atravessa
décadas, sem superação no mercado
Os rolamentos autocompensadores de rolos foram inventados pela SKF em 1918 e a empresa é, desde então, líder tecnológico e também em vendas deste produto no mundo. Eles se
caracterizam pelos rolos simétricos e autoalinháveis, gaiolas
metálicas e anel de guia flutuante. Com diâmetro interno cilíndrico ou cônico, eles se adaptam a todos os tipos e métodos de
montagem. São ainda dotados de uma ranhura circular e três
orifícios para lubrificação no anel externo. Seus componentes
são considerados resistentes e dimensionalmente estáveis.
O produto é hoje aplicado principalmente em indústrias
de papel & celulose, metalurgia, mineração e construção, e
em maquinários para fluidos, de tratamento de materiais, caixas de câmbio e estradas de ferro. Além destes segmentoschave, este tipo de rolamento é freqüentemente utilizado em
pontes, comportas, motores elétricos, geradores, calandras de
plástico, máquinas têxteis, máquinas de extrusão por pressão,
máquinas de impressão e robôs.
Ao longo dessas oito décadas de evolução, os rolamentos
autocompensadores de rolos vêm sendo produzidos com aço
cada vez mais puro e homogêneo e apresentando versões mais
sofisticadas, compactas e resistentes. Isso significa maior gama
de aplicação, exposição a velocidades mais elevadas e um
funcionamento mais suave, silencioso e com menor quantidade de lubrificação.
Uma das principais razões por trás da posição dominante
da SKF no mercado dos rolamentos autocompensadores de
rolos é a conscientização cada vez maior de seus usuários sobre
o que significam rolamentos de maior qualidade para o custo
dos ciclos de vida das suas máquinas. A sua versão mais recente, da série Explorer, apresenta hoje uma vida útil até três
vezes superior ao de sua geração anterior, mantendo a máquina em maior tempo de funcionamento e exigindo cuidados mínimos de manutenção. Além disso, a possibilidade de
redução de tamanhos e alta confiabilidade os tornaram indispensáveis em diversas linhas de produção.
Dados gerais sobre os rolamentos
Desenhos
Os rolamentos autocompensadores de rolos possuem os
seguintes desenhos, a depender de seu tamanho e série.
Desenho E
Estes rolamentos têm rolos simétricos, um anel interno sem flange e um
anel de guia entre as duas carreiras de
rolos, posicionado virado para o anel
externo e centrado nas duas gaiolas de
aço do tipo janelas de aço prensado.
Desenhos C, CC e EC
Estes rolamentos têm rolos simétricos, um anel interno sem flanges e uma
gaiola de aço prensado para cada carreira de rolos. O anel de guia está centrado no anel interno entre as duas carreiras de rolos. Os rolamentos com o
desenho EC incorporam conjuntos de
rolos reforçados para capacidades de
carga maiores.
Desenhos CA, CAC, ECA e ECAC
Estes desenhos são utilizados para
os tamanhos maiores de rolamentos
autocompensadores de rolos SKF. Os
rolos são simétricos e o anel interno tem
flanges de retenção. O anel de guia está
centrado no anel interno entre as duas
carreiras de rolos e a gaiola é fabricada
com dois espigões em latão ou aço em
uma só peça. Os rolamentos com o desenho ECA e ECAC incorporam conjuntos de rolos reforçados para capacidades de carga maiores.
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PRODUTO EM DESTAQUE
Rolamentos
9. PRODUTO EM DESTAQUE
Furo cilíndrico ou cônico
Os rolamentos autocompensadores de rolos estão disponíveis com furos cilíndricos e cônicos. O furo cônico dos rolamentos das séries 240, 241, 248 e 249 tem um cone de 1:30 ao
passo que o furo de todos os outros rolamentos tem um cone
de 1:12. Os sufixos utilizados para identificar os diferentes
furos cônicos são:
K
K30
Furo cônico, cone 1:12
Furo cônico, cone 1:30
Ranhura circular e orifícios de lubrificação
Para facilitar a lubrificação eficaz dos rolamentos, a maioria dos rolamentos autocompensadores de rolos SKF são dotados de uma ranhura circular e/ou três orifícios para lubrificação no anel externo. Estes rolamentos são identificados por
um dos seguintes sufixos:
W20 Anel externo com três orifícios de lubrificação
W33 Anel externo com ranhura para lubrificação e três orifícios
Nos rolamentos do desenho E não é utilizado um sufixo
porque a ranhura circular e os três orifícios de lubrificação no
anel externo são partes integrantes do desenho E.
Dimensões
As dimensões-limite dos rolamentos estão em conformidade com a norma ISO 15-1998.
Tolerâncias
Os rolamentos autocompensadores de rolos SKF com furos cilíndricos e cônicos são produzidos em série com as tolerâncias normais correspondentes à norma ISO 492:1994.
Precisão de funcionamento
Nas disposições de rolamentos de velocidades elevadas, o
que se exige em termos de precisão de funcionamento é, freqüentemente, superior ao habitual. Para este tipo de disposições de rolamentos recomenda-se a utilização de rolamentos
autocompensadores de rolos SKF com a especificação C08.
Estes têm uma precisão de funcionamento que está em conformidade com as especificações de tolerância da classe 5 da ISO.
Os valores para a precisão de funcionamento estão em conformidade com a norma ISO 492:1994. É necessário confirmar,
antes da aquisição, se existem rolamentos em conformidade
com a especificação C08.
Desalinhamento
Valores de orientação para o
Os rolamentos autocomdesalinhamento angular permitido
pensadores de rolos são de
Séries dos
Desalinhamento
alinhamento automático, isto
rolamentos
angular permitido
é, o desalinhamento entre o
graus
anel externo e o anel interno
213
1
pode ser suportado com um
222
1,5
efeito mínimo sobre o rola223
2
230
1,5
mento. Em condições de car231
1,5
ga e de funcionamento nor232
2,5
mais, e quando o anel inter238
1
no gira em desalinhamento
239
1,5
240
2
constante, permitem-se os va241
2,5
lores de orientação para o
248
1,5
desalinhamento indicados na
249
1,5
tabela ao lado. Estes valores
irão ou não ser totalmente utilizados conforme o desenho da
disposição do rolamento, o tipo de vedação utilizada, etc.
Folga Normal
Os rolamentos autocompensadores de rolos SKF são fabricados em série com a folga Normal radial-padrão. Quase
todos os rolamentos estão igualmente disponíveis com a folga
Normal C3 maior e alguns podem
ser fornecidos com a folga C4, que
é ainda maior. Alguns tamanhos podem ser fornecidos com a folga interna C2 que é menor do que a normal. A disponibilidade de rolamentos com folgas internas radiais diferentes do padrão deve ser confirmada antes da aquisição. As diferentes
folgas internas radiais estão em conformidade com a norma ISO
5753:1991. São válidas para carga
de medição zero e para antes da
montagem.
Influência da temperatura
Os rolamentos autocompensadores de rolos SKF são normalmente submetidos a um tratamento térmico especial para poderem ser utilizados em temperaturas
elevadas. São dimensionalmente estáveis a +200 °C durante
um máximo de 2.500 horas, ou por breves períodos, mesmo
a temperaturas mais elevadas. Se forem tomadas as devidas
precauções para o sistema suportar ligeiras alterações de
encaixes e folgas, nesse caso serão aceitas temperaturas ainda mais elevadas ou períodos ainda maiores.
Capacidade de carga axial
Devido a sua geometria interna especial, os rolamentos
autocompensadores de rolos SKF não só apresentam menor
atrito do que os outros rolamentos autocompensadores de
rolos, como também conseguem suportar cargas axiais significativamente mais pesadas. Contudo, se Fa/Fr > e (• tabelas dos rolamentos), recomenda-se que os rolamentos sejam
relubrificados com maior freqüência do que a habitual.
Carga mínima
Para garantir o desempenho satisfatório dos rolamentos
autocompensadores de rolos, estes devem ser sempre submetidos a uma determinada carga mínima, especialmente se
forem utilizados em aplicações com velocidades elevadas
ou forem submetidos a acelerações altas ou mudanças rápidas na direção da carga. Nas referidas condições, as forças
de inércia dos rolos e da gaiola, bem como o atrito no lubrificante, podem ter uma influência negativa sobre as condições de rotação no rolamento, podendo originar a ocorrência de movimentos deslizantes que provoquem danos entre
os rolos e as pistas. A carga mínima necessária a ser aplicada
aos rolamentos autocompensadores de rolos nos casos mencionados pode ser calculada utilizando
Frm = 0,02 C – Y0Fa
e para os rolamentos Explorer, utilizando
Frm = 0,017 C – Y0Fa
onde
Frm = carga radial mínima, kN
C = especificação da carga dinâmica básica, kN
Fa = carga axial real do rolamento, kN
Y0 = fator de cálculo
Os valores de C e Y0 encontram-se nas tabelas dos rolamentos para cada um deles. Sempre que arrancar a baixas
temperaturas ou quando o lubrificante for extremamente viscoso, poderão ser necessárias cargas ainda maiores. Os pesos dos componentes suportados pelo rolamento, juntamente com as forças externas, excedem freqüentemente a carga
mínima exigida. Se este não for o caso, o rolamento deve ser
sujeito a uma carga radial suplementar.
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10. SOLUÇÕES REAIS PARA UM MUNDO REAL
Por trás de um grande rolamento
há sempre um grande lubrificante
A SKF apresenta as novas graxas para
rolamentos: LGMT 2 M (Multiuso) e
LGWA 2M (Alta Performance).
Devido às suas características superiores, são a
melhor alternativa em lubrificação. Pois são
produzidas pela SKF, empresa líder mundial
em rolamentos, e criadas para atender às
necessidades específicas que lhe permitirão
obter um maior rendimento em seus
equipamentos.
Graxas Especiais SKF: a evolução que
protege os melhores rolamentos.