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MENINO DEUSMENINO DEUSMENINO DEUS
A HISTÓRIA DO BAIRRO MAIS ANTIGO DEA HISTÓRIA DO BAIRRO MAIS ANTIGO DEA HISTÓRIA DO BAIRRO MAIS ANTIGO DE
PORTO ALEGREPORTO ALEGREPORTO ALEGRE
3
Bairro Menino Deus
O bairro é considerado o mais antigo arraial de Porto Alegre, ou seja, tratou-se do
primeiro território reconhecido enquanto agrupamento semi-independente, que
mantinha com o Centro relações comerciais e administrativas. Localizava-se ao sul do
Riachinho, atual Arroio Dilúvio, nas antigas terras que pertenciam a Sebastião
Francisco Chaves, na Estância São José.
A denominação do bairro ocorreu em função da devoção ao Menino Deus,
introduzida por açorianos, que culminou na construção de capela em estilo gótico junto
à praça - também denominada Menino Deus -, e inaugurada na noite de natal de 1853. A
capela converteu-se em centro de peregrinação, em virtude das festas natalinas que
atraíam moradores de outros bairros, sendo também responsável pela procissão dos
Navegantes que, posteriormente, foi transferida para o bairro de mesmo nome. A bela
igreja foi demolida, nos anos de 1970, dando lugar a uma outra de arquitetura moderna,
com acesso pela avenida Getúlio Vargas.
Por sua crescente vitalidade e importância para o centro urbano, na segunda
metade do século XIX foram instaladas no bairro linhas de transportes coletivos e em
1870, inaugurou-se a linha de transporte público denominada, “maxambomba”, que
transitava sobre trilhos de madeira. Por sua ineficiência, cedeu lugar aos “bondes
puxados a burro”, em 1873.
Na época, o Menino Deus caracterizava-se pela presença de casas bem cuidadas e
hortas, ligadas a uma camada da população de maior poder aquisitivo, que desfilava
por suas ruas em finas carruagens. Era o mais movimentado de Porto Alegre, em
função de suas festas paroquiais e pela instalação, em 1888, do hipódromo Rio-
Grandense, que funcionava entre as ruas Botafogo e Saldanha Marinho.
No ano de 1909, foram construídos no local, pavilhões destinados a exposições
agropecuárias. Outra construção que contribuiu para dar maior movimentação ao
bairro foi a inauguração do Estádio dos Eucaliptos, pertencente ao Sport Club
Internacional, no ano de 1931, tendo sido demolido em 2012.
Nos anos de 1940, o bairro sofreu sua primeira grande modificação física e
urbana, em decorrência da canalização do Arroio Dilúvio, que produzia graves
enchentes. A realização do aterro (onde hoje se situa o Parque Marinha do Brasil), no
final dos anos 50 e início dos anos 60, possibilitou o prolongamento da Av. Borges de
Medeiros que, por sua vez, providenciou melhor acesso e conseqüente expansão do
bairro. A canalização nos anos 70 do Arroio Cascata, que formava sérios alagamentos à
região, foi outro fator de valorização do bairro. Um tradicional clube está sediado no
bairro há mais de setenta anos, o Grêmio Náutico Gaúcho. Trata-se, no entanto, de um
bairro que é considerado residencial desde sua origem até os tempos atuais,
predominando antigas características de sociabilidade junto à abertura de vias que
produziram o surgimento de centros comerciais e de lazer.
4
Avenida Getúlio Vargas
Localizada no bairro Menino Deus, inicia-se nas avenidas Aureliano de Figueiredo
Pinto e Érico Veríssimo e estende-se até a Rua José de Alencar. A avenida foi
concebida em 1848, logo depois da Revolução Farroupilha. A Avenida José de
Alencar, no arraial do Menino Deus, se chamava Rua Caxias. A Avenida Venâncio
Aires era, então, a Rua da Imperatriz. Eram vias recém-criadas e abertas e precisam
de uma ligação entre elas. Para resolver isso, foi concebida a Rua do Menino Deus,
também chamada na época de Estrada do Menino Deus, cuja á medida foi fixada em
cem palmos ou cerca 22 metros de largura.
Acabou recebendo temporariamente o nome de Santa Teresa, por ser o caminho de
acesso ao colégio de mesmo nome, fundado por Dom Pedro II e dona Teresa
Cristina em 1846.
A rua era reta e plana, e o único obstáculo era um arroio sobre o qual foi construída
uma ponte de madeira. Em 1873, começaram a circular por ela os bondes de tração
animal.
A Rua Menino Deus também dava acesso a primeira capela do menino deus.
Em 1888, como homenagem à abolição da escravatura, a via foi batizada de Rua 13
de Maio.
Em 1903, depois de a ponte ter sido vítima de problemas a cada enchente, foi
construída outra, com estrutura de ferro e com 25 metros de vão.
Em 1935, o nome foi mudado para Avenida Getúlio Vargas, em homenagem ao
então presidente da república e gaúcho nascido em São Borja.
No princípio da década de 1940, o Arroio Dilúvio foi desviado e canalizado, e a
ponte, que existe hoje num nível um pouco mais elevado, substituiu á antiga, que
era de metal.
Atualmente é uma das avenidas mais importantes do bairro Menino Deus, com
importante comércio para o bairro.
Por Luís Bissigo e Renan Marks
5
Rua Barão do Gravataí
Localizada no bairro Menino Deus, estende-se entre a Avenida Praia de Belas e
Avenida Getúlio Vargas. A rua recebeu esse nome em homenagem ao Barão de
Gravataí.
A história de João Batista da Silva Pereira, o Barão de Gravataí, começa com a
sua chegada da cidade de Braga (Portugal) a Porto Alegre em 1823.
Chegou pobre, e logo começou a trabalhar. Naquele tempo, a margem do Guaíba se
estendia ao longo do Caminho do Belas (atual Avenida Praia de Belas). Foi ali, na
altura onde hoje se encontra o Colégio Pão dos Pobres, que montou um modesto
estaleiro. Fazia pequenos barcos para navegação fluvial.
Em abril de 1823, João Batista da Silva Pereira casou com dona Maria Emília
de Menezes, a Baronesa de Gravataí, moça de tradicional família açoriana radicada
em Rio Pardo.
Em 1826, construiu o palacete que viria a ser conhecido mais tarde como o
solar da Baronesa do Gravataí. Com o passar do tempo, João Batista da Silva
Pereira foi comprando grandes lotes de terra nos arredores de sua mansão, até
formar uma enorme chácara, com as dimensões de um verdadeiro bairro. Esta foi a
origem do Arraial da Baronesa (ou areal).
Em 1845, no final, quando aqui estiveram o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz
Dona Theresa Cristina, na primeira visita oficial a cidade, foram regiamente
recebidos por João Batista e dona Maria Emília e hospedaram-se no Solar da
Baronesa. E foram tratados com tanta fidalguia, que o imperador resolveu agraciar
o dono da casa com um título de nobreza.
Em 29 de dezembro de 1852, João Batista da Silva Pereira foi agraciado com o
título definitivo de “Barão de Gravataí”.
Em 1853 João Batista da Silva Pereira, 56 anos, morreu de repente, fulminado
por uma inexplicável hemorragia. Em respeito e gratidão ao Barão de Gravataí, D.
Pedro II sentiu-se no dever de levar um gesto de conforto a viúva Maria Emília de
Menezes Pereira. E concedeu-lhe então o título de “Baronesa do Gravataí”. Em 17
de marco de 1888, em Porto Alegre, morre dona Maria Emília Pereira, “Baronesa do
Gravataí”, aos 80 anos, depois que suas terras foram transformadas em um bairro.
A rua também é sede do Clube Atlético Patropi, clube amador de futebol fundado
em 31 de outubro de 1971.
Por Francisco R. de O. Cabreira
6
Rua João Alfredo
Localizada no bairro Cidade Baixa, inicia-se na Avenida Loureiro da Silva Avenida,
e se estende até a Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, continuando no bairro
Menino Deus pela Rua Múcio Texeira.
A Rua João Alfredo era conhecida no século XIX, como Rua da Margem ou Margem
do Riacho, onde na época chegava o rio Guaíba. Da Rua da Margem saíam várias
ruelas todas conhecidas por becos. Muitas delas se tornariam famosas por seus
nomes estranhos tais como: Beco do Vintém, Beco do Curral das Éguas, Beco dos
Coqueiros e Beco Ajuda-me a viver.
A implantação na segunda metade do século XIX, de linhas de bonde de tração
animal, através do da Rua da Margem (João Alfredo) e Caminho da Azenha (Av.
João Pessoa), contribuiu para a urbanização do Bairro Cidade Baixa, já que a região
era conhecida pelo nome de "Emboscadas", por causa do terreno baixo e
acidentado, cortado por árvores e capões, que dificultavam o trânsito e facilitavam
os esconderijos. O lugar abrigava tanto escravos fugidos como bandidos e
caracterizava-se como "uma zona de meter medo aos mais valentes", segundo Ary
V. Sanhudo.
A Rua João Alfredo ainda preserva um pouco da arquitetura antiga, com casas sem
pátio frontal e cujas portas abrem diretamente para a rua. Casas assim ainda são
encontradas em muitas cidades da metade sul do estado. Muitas dessas casas da
Cidade Baixa já foram ao chão, cedendo lugar a prédios residenciais de pequeno
porte. Mas muitas casas conseguiram resistir ao teste do tempo e foram pintadas
na Rua João Alfredo, com uma grande variedade de cores.
Na rua atualmente se Localizam inúmeros estabelecimentos de entretenimento,
principalmente noturnos, o que tornou a rua uma das principais regiões boêmias de
Porto Alegre. Também se localiza na Rua João Alfredo, o Museu de Porto Alegre
Joaquim José Felizardo, inaugurado em 1982 e reinaugurado em 2007, contando a
história de Porto Alegre, tendo em seu acervo cerca de 40 mil fotos, sendo que 6 mil
delas já estão digitalizadas, além disso possui um acervo arqueológico com seis
mil evidências e miniaturas de antigas residências açorianas. Também apresenta
exposições temporárias, promove cursos, debates, oficinas e outras atividades
culturais.
Por Renan Marks
7
Rua Dezessete de Junho
Localizada no bairro Menino Deus, estende-se da Avenida Praia de Belas e até a
Rua Marechal Setembrino de Carvalho. Sua denominação anterior era Rua dos
Coqueiros.
A rua recebeu o atual nome em homenagem a data que recorda a restauração da
legalidade no Estado do Rio Grande do Sul, em 17 de junho de 1892 e também a
queda do chamado “governicho”, que por ter apoiado o Marechal Manuel Deodoro
da Fonseca( Primeiro presidente do Brasil), quando este, em 3 de novembro de
1891, decretou a dissolução do Congresso, lançando um "Manifesto à Nação", para
explicar as razões do seu ato. Tropas militares cercaram os prédios do Legislativo e
prenderam líderes oposicionistas, a imprensa do Distrito Federal foi posta sob
censura total, decretando, assim, o estado de sítio no país.
Essa data também é consagrada a comemoração da volta de Júlio de Castilhos, ao
comando do governo do Rio Grande do Sul, após ser obrigado a deixar o governo
do estado em 12 de setembro de 1891.
Na rua atualmente localiza-se 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) de Porto
Alegre.
Por Renan Marks
Localizada nos bairros Menino Deus e Azenha, estende-se da Avenida Getúlio Vargas até a
Avenida da Azenha. A rua recebeu o nome em 1877, em homenagem ao General Caldwell,
sendo que sua antiga denominação era Rua 24 de Maio.
João Frederico Caldwell, nasceu em 1801, na cidade de Santarém em Portugal. Veio ao
Brasil com seus pais na transferência da corte portuguesa em 1808, quando o rei português
Dom João VI fugindo da invasão napoleônica em Portugal, transferiu seu reinado para o Bra-
sil, transformando a colônia em reino. Foi 1° cadete do regimento de cavalaria da corte do
Rio de Janeiro em 1810. Em 1817, combateu a Revolução Pernambucana, sob o comando do
general Luís do Rego Brandão. Regressou ao Rio em 1820, sendo promovido a tenente.
Promovido a capitão em 1821, foi enviado a Pernambuco para sufocar a revolução re-
publicana. No ano seguinte, após breve passagem pela corte, partiu para o Rio Grande do
Sul, para onde já havia ido o 1° regimento, então participando das operações da Guerra Cis-
platina. Lá foi serviu sob o comando por Bento Gonçalves, sendo por este elogiado.
Retornou à corte, e com a família tentou retornar ao Rio Grande do Sul, obtendo su-
cesso somente em 1834, como major avulso. Tornou-se comerciante no Rio Grande do Sul,
porém com o iniciar da Revolução Farroupilha, foi convocado pelo governo para acompa-
nhar o presidente deposto da província do Rio grande do sul em viagem à corte, abandonan-
do seus negócios e ficando a disposição da corte para retornar ao Sul.
Recebeu o comando militar de Rio Grande, em 1836. Logo foi designado major da bri-
gada de provisória de cavalaria organizada por João da Silva Tavares, com a qual combateu
na Batalha do Seival. Lá foi ferido na mão direita ( a qual posteriormente perdeu) e feito prisi-
oneiro. Em 23 de outubro seguinte conseguiu escapar e reintegrou-se as tropas legalistas.
Após uma temporada na corte, retornou ao Rio Grande do Sul, onde ficou até o térmi-
no do conflito. Em 1842 foi promovido a coronel, e em 1845 foi nomeado comandante das ar-
mas do Pará, onde permaneceu até 1846. Transferido de volta para o Rio Grande do Sul, foi
promovido a brigadeiro no mesmo ano e também comandante de armas da província, cargo
no qual ficou até 1848, tendo reassumido o cargo em 1850 interinamente.
Em 1850, foi nomeado comandante da segunda divisão do exército do sul, com o qual
marchou para a Guerra contra Rosas. Em 1852 foi nomeado marechal, sendo nomeado co-
mandante de armas do Rio Grande do Sul, ficando até 1856, novamente de 1857 a 1865, onde
estava no início da Guerra do Paraguai. Comandou o Ministério da Guerra, entre 29 de se-
tembro a 10 de novembro de 1870. Faleceu no Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 1873.
Por Renan Marks.
8
9
Rua Barão do Triunfo
Localizada nos bairros Menino Deus e Azenha, estende-se da Avenida Getúlio
Vargas até a Avenida da Azenha. A rua recebeu esse nome em homenagem ao
Barão do Triunfo, por decreto da câmara municipal no ano de 1880.
José Joaquim de Andrade Neves, o Barão do triunfo, nasceu em Rio Pardo, 22 de
janeiro de 1807. Aos 19 anos de idade sentou praça no 5° regimento de cavalaria.
Pouco depois abandonou a carreira para ajudar o pai na fazenda da família. Casou-
se com Ana Carolina de Andrade Neves com quem teve três filhos.
Em 1835, quando rebentou a Revolução Farroupilha, Andrade Neves, deixou a
agricultura, alistou-se, voluntariamente, no lado imperial. Tomou parte ativa em um
grande número de combates como membro da Guarda Nacional, tendo se
distinguido no ataque à ilha do Fanfa (no rio Jacuí), onde Bento Gonçalves da Silva
foi feito prisioneiro. Elevado a major da Guarda Nacional em 1840 e a tenente-
coronel em 1841. De alferes a tenente-coronel, conquistou todos os postos no
campo de batalha, por ato de bravura.
Após um breve período de vida, em paz, no campo, retorna às armas para lutar
na Guerra contra Rosas, em 1851, reunindo um grupo de voluntários, destacando-
se na batalha de Moron.
Em 1864, quando à invasão brasileira a República Oriental do Uruguai, para
defender os interesses brasileiros, o já General Andrade Neves ia à frente da 3ª
Brigada de Cavalaria. Por ocasião do Sítio de Montevidéu, foi ele designado para
atacar a fortaleza do Cerro. A 3ª Brigada avança e a guarnição uruguaia rende-se.
Terminada a campanha no Uruguai, pelo tratado de 20 de fevereiro de 1865, o
exército imperial marcha a caminho do Paraguai. Chegou no território do Paraguai
em 1867, e em 21 de outubro ataca quatro regimentos de cavalaria paraguaias e os
derrota. Sua divisão era apelidada pelos paraguaios de caballeria loca de cuenta
(cavalaria louca varrida). Por causa desta vitória foi nomeado Barão do Triunfo, em
19 de outubro de 1867.
Após a batalha de Avaí, no Paraguai, José Joaquim de Andrade Neves foi
ferido gravemente e levado a Assunção, onde faleceu no dia 6 de janeiro de 1869.
Por Renan Marks
10
Rua Comendador Rodolfo Gomes
Localizada no bairro Menino Deus, estende-se da Avenida Borges de Medeiros até a
Avenida Getúlio Vargas. A rua recebeu esse nome em homenagem ao Comendador
Rodolfo Gomes.
Rodolfo Gomes nasceu na cidade de Rio Grande no século XIX, filho de
portugueses.
Dedicado ao comércio, estabeleceu-se em Porto Alegre, organizando uma das
maiores firmas comerciais da cidade e do Rio Grande do Sul.
Era comendador por Portugal (Comendador é alguém que recebeu uma comenda,
isto é um benefício que antigamente era concedido a eclesiásticos e a cavaleiros de
ordens militares, mas que atualmente costuma designar apenas uma distinção
puramente honorífica. No passado, podia remeter ainda a uma porção de terra
doada oficialmente como recompensa por serviços prestados, ficando o
beneficiado com a obrigação de defendê-la de malfeitores e inimigos.).
Foi também proprietário de regular área em Porto Alegre. Terras que após a sua
morte foram divididas pela rua que recebeu seu nome.
Por Renan Marks
11
Rua Múcio Teixeira
Localizada no bairro Menino Deus, estende-se da Avenida Aureliano de Figueiredo
Pinto até a Rua José de Alencar. A rua recebeu esse nome em homenagem ao poeta
Múcio Teixeira.
Múcio Scevola Lopes Teixeira, nasceu em Porto Alegre em 13 de setembro de 1857,
e foi um escritor, jornalista, diplomata e poeta gaúcho.
Filho de Manuel Lopes Teixeira e Maria José Sampaio Teixeira. Foi aluno do Colégio
Gomes, em Porto Alegre e um dos fundadores da Sociedade Pártenon Literário.
Era cônsul do Brasil na Venezuela em 1889, quando houve á Proclamação da
República. Em 1896 mudou-se para a Bahia, onde tornou-se amigo da família de
Castro Alves. Maçom, em 1898 fundou a Grande Oriente do Rio Grande do Sul,
junto com Luís Afonso de Azambuja e João Pereira Maciel Sobrinho, separando a
maçonaria rio-grandense da maçonaria do Rio de Janeiro.
Em 1899 passou a residir no Rio de Janeiro com a esposa e seus seis filhos. Ao
saber da morte de Vitor Hugo (escritor francês, autor de Os Miseráveis), organizou
uma obra em sua homenagem, a Hugonianas, coleção de alguns de seus poemas
traduzidos para a língua portuguesa.
Nos seus últimos anos, dedicando-se ao ocultismo, escreveu sob o pseudônimo
Barão Ergonte. É patrono de uma das cadeiras da Academia Rio-Grandense de
Letras e da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Foi um dos autores mais
prolíficos de seu tempo, escrevendo mais de setenta obras, entre ensaios,
romances, dramas e biografias. Morreu no Rio de Janeiro em 8 de agosto de 1926.
O antigo nome da rua era Travessa Pacífico, tendo seu nome mudado para Rua
Múcio Teixeira em 1936.
Por Renan Marks
12
Rua Marcílio Dias
Localizada nos bairros Menino Deus e Azenha, estende-se da Avenida Praia de
Belas até a Avenida da Azenha. A rua recebeu esse nome em homenagem ao
Marinheiro Marcílio Dias.
Marcílio Dias, nascido em Rio Grande em 1838, foi um marinheiro da Armada
Imperial brasileira, herói da Batalha Naval do Riachuelo, durante a Guerra da
Tríplice Aliança.
Ingressou na Armada Imperial como grumete(Recruta) em 1855, e aos 16 anos
de idade, sentando praça no Corpo de Imperiais Marinheiros em agosto do mesmo
ano. Em 1856 embarcou na corveta Constituição e, logo após, no navio Tocantins,
com o então Capitão-de-Fragata Francisco Manuel Barroso da Silva como seu
comandante.
Em 1864 embarcou na corveta Parnaíba, em expedição ao Rio da Prata. No
regresso, a 20 de julho do mesmo ano, foi promovido a Marinheiro de Primeira
Classe(equivalente hoje a Cabo). Matriculou-se na Escola Prática de Artilharia, em
Janeiro de 1863, quando foi aprovado, passando a usar o distintivo de Marinheiro-
Artilheiro(Especialização de Cabo).
Marcilio Dias participou da Batalha de Paysandú. Em 6 de dezembro de 1864, o
Almirante Tamandaré iniciou o cerco a Paysandú durante a Campanha Oriental
contra o Uruguai (1864-1865). Durante o assalto final à Praça-forte de Paysandú em
31 de dezembro de 1864, uma batalha que durou 52 horas, terminando em 2 de
janeiro de 1865, Marcílio Dias foi um dos mais bravos combatentes, tendo ficado
famoso o seu grito de 'vitória', quando subiu à torre da Igreja Matriz de Paysandú
acenando para os seus companheiros com a bandeira do Brasil.
Sagrou-se herói na Batalha Naval do Riachuelo, em 11 de junho de 1865, no
início da Guerra da Tríplice Aliança. Quando a corveta Parnaíba, foi abordada por
três navios paraguaios, travou uma luta corpo a corpo contra quatro inimigos,
armado de sabre, abatendo dois deles. Na luta teve seu braço decepado na defesa
da bandeira do Brasil. Os ferimentos sofridos causaram-lhe a morte no dia
seguinte, 12 de junho, sendo sepultado com as honras do cerimonial marítimo nas
próprias águas do rio Paraná, em 13 de junho de 1865.
Porto Alegre, Achylles. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, 1917.
13
Rua Barbedo
Localizada no bairro Menino Deus, estende-se da Avenida Borges de Medeiros até a
Avenida Getúlio Vargas. A rua recebeu esse nome em homenagem a Isidoro de
Pereira de Barbedo.
Isidoro de Pereira de Barbedo nasceu em Portugal no ano de 1835.
Viajou de Portugal e estabeleceu-se em Porto Alegre, com uma casa comercial na
então Rua da Praia(Atual Rua dos Andradas).
Adquiriu uma chácara nos matos do Menino Deus e doou ao município uma faixa de
terreno que dividiu sua chácara para a abertura da rua.
Essa rua acabou conhecida popularmente como Barbedo e recebeu esse nome
oficialmente.
Na rua atualmente se localiza á SENERGISUL(Sindicato dos eletricitários do Rio
Grande do Sul).
Por Renan Marks
14
Rua Silveiro
Localizada nos bairros Menino Deus e Santa Tereza, estende-se da Rua José de
Alencar e termina na junção das Rua da Zaida e Rua da Malvina. A rua recebeu esse
nome em homenagem a Dionísio de Oliveira Silveiro.
Dionísio de Oliveira Silveiro, nasceu em Évora, Portugal em 1802.
Formou-se em medicina pela faculdade de Coimbra, e logo após transferiu sua
residência para Porto Alegre.
Foi um médico humanitário e popular em Porto Alegre, sendo grande proprietário
de terras na zona do Menino Deus, no mesmo local onde hoje passa a rua com seu
nome.
Foi casado e teve dois filhos, morreu em Porto Alegre em 1871.
Na rua se localizava o primeiro estádio do Sport Club Internacional, o Estádio dos
Eucaliptos inaugurado em março de 1931, com um Gre-Nal, vencido pelo Inter por 3
a 0. O Eucaliptos (que mais tarde ganhou o nome de Ildo Meneghetti) tinha
inicialmente 10 mil lugares, com um pavilhão de madeira na Rua Silveiro e uma
arquibancada de cimento no lado oposto. Para a Copa do Mundo de 1950 o pavilhão
da Silveiro também passou a ser de concreto, por conta da Confederação Brasileira
de Desportos, CBD. O Mundial teve dois jogos no estádio - Suiça x México, e
México x Iugoslávia. A última partida no Eucaliptos foi disputada em março de 1969:
o Inter ganhou do time mais antigo do futebol brasileiro, o Rio Grande, por 4 a 1; o
velho ídolo Tesourinha entrou só no final, jogou alguns minutos, e arrancou a rede
de uma das goleiras. O estádio resistiu ao tempo por mais de 80 anos no bairro
Menino Deus, tendo sido demolido em 2012.
Atualmente na rua se localiza importantes sedes de TV e Rádio de Porto Alegre.
Por Renan Marks e Sport Club Internacional, clube, Histórico.
ANTIGA IGREJA DO MENINO DEUSANTIGA IGREJA DO MENINO DEUS —— 19401940
Antiga Igreja do Menino DeusAntiga Igreja do Menino Deus -- 19401940

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  • 1. ANOANO 11 —— 2° EDIÇÃO2° EDIÇÃO —— DISTRIBUIÇÃO GRATUITADISTRIBUIÇÃO GRATUITA MENINO DEUSMENINO DEUSMENINO DEUS A HISTÓRIA DO BAIRRO MAIS ANTIGO DEA HISTÓRIA DO BAIRRO MAIS ANTIGO DEA HISTÓRIA DO BAIRRO MAIS ANTIGO DE PORTO ALEGREPORTO ALEGREPORTO ALEGRE
  • 2.
  • 3. 3 Bairro Menino Deus O bairro é considerado o mais antigo arraial de Porto Alegre, ou seja, tratou-se do primeiro território reconhecido enquanto agrupamento semi-independente, que mantinha com o Centro relações comerciais e administrativas. Localizava-se ao sul do Riachinho, atual Arroio Dilúvio, nas antigas terras que pertenciam a Sebastião Francisco Chaves, na Estância São José. A denominação do bairro ocorreu em função da devoção ao Menino Deus, introduzida por açorianos, que culminou na construção de capela em estilo gótico junto à praça - também denominada Menino Deus -, e inaugurada na noite de natal de 1853. A capela converteu-se em centro de peregrinação, em virtude das festas natalinas que atraíam moradores de outros bairros, sendo também responsável pela procissão dos Navegantes que, posteriormente, foi transferida para o bairro de mesmo nome. A bela igreja foi demolida, nos anos de 1970, dando lugar a uma outra de arquitetura moderna, com acesso pela avenida Getúlio Vargas. Por sua crescente vitalidade e importância para o centro urbano, na segunda metade do século XIX foram instaladas no bairro linhas de transportes coletivos e em 1870, inaugurou-se a linha de transporte público denominada, “maxambomba”, que transitava sobre trilhos de madeira. Por sua ineficiência, cedeu lugar aos “bondes puxados a burro”, em 1873. Na época, o Menino Deus caracterizava-se pela presença de casas bem cuidadas e hortas, ligadas a uma camada da população de maior poder aquisitivo, que desfilava por suas ruas em finas carruagens. Era o mais movimentado de Porto Alegre, em função de suas festas paroquiais e pela instalação, em 1888, do hipódromo Rio- Grandense, que funcionava entre as ruas Botafogo e Saldanha Marinho. No ano de 1909, foram construídos no local, pavilhões destinados a exposições agropecuárias. Outra construção que contribuiu para dar maior movimentação ao bairro foi a inauguração do Estádio dos Eucaliptos, pertencente ao Sport Club Internacional, no ano de 1931, tendo sido demolido em 2012. Nos anos de 1940, o bairro sofreu sua primeira grande modificação física e urbana, em decorrência da canalização do Arroio Dilúvio, que produzia graves enchentes. A realização do aterro (onde hoje se situa o Parque Marinha do Brasil), no final dos anos 50 e início dos anos 60, possibilitou o prolongamento da Av. Borges de Medeiros que, por sua vez, providenciou melhor acesso e conseqüente expansão do bairro. A canalização nos anos 70 do Arroio Cascata, que formava sérios alagamentos à região, foi outro fator de valorização do bairro. Um tradicional clube está sediado no bairro há mais de setenta anos, o Grêmio Náutico Gaúcho. Trata-se, no entanto, de um bairro que é considerado residencial desde sua origem até os tempos atuais, predominando antigas características de sociabilidade junto à abertura de vias que produziram o surgimento de centros comerciais e de lazer.
  • 4. 4 Avenida Getúlio Vargas Localizada no bairro Menino Deus, inicia-se nas avenidas Aureliano de Figueiredo Pinto e Érico Veríssimo e estende-se até a Rua José de Alencar. A avenida foi concebida em 1848, logo depois da Revolução Farroupilha. A Avenida José de Alencar, no arraial do Menino Deus, se chamava Rua Caxias. A Avenida Venâncio Aires era, então, a Rua da Imperatriz. Eram vias recém-criadas e abertas e precisam de uma ligação entre elas. Para resolver isso, foi concebida a Rua do Menino Deus, também chamada na época de Estrada do Menino Deus, cuja á medida foi fixada em cem palmos ou cerca 22 metros de largura. Acabou recebendo temporariamente o nome de Santa Teresa, por ser o caminho de acesso ao colégio de mesmo nome, fundado por Dom Pedro II e dona Teresa Cristina em 1846. A rua era reta e plana, e o único obstáculo era um arroio sobre o qual foi construída uma ponte de madeira. Em 1873, começaram a circular por ela os bondes de tração animal. A Rua Menino Deus também dava acesso a primeira capela do menino deus. Em 1888, como homenagem à abolição da escravatura, a via foi batizada de Rua 13 de Maio. Em 1903, depois de a ponte ter sido vítima de problemas a cada enchente, foi construída outra, com estrutura de ferro e com 25 metros de vão. Em 1935, o nome foi mudado para Avenida Getúlio Vargas, em homenagem ao então presidente da república e gaúcho nascido em São Borja. No princípio da década de 1940, o Arroio Dilúvio foi desviado e canalizado, e a ponte, que existe hoje num nível um pouco mais elevado, substituiu á antiga, que era de metal. Atualmente é uma das avenidas mais importantes do bairro Menino Deus, com importante comércio para o bairro. Por Luís Bissigo e Renan Marks
  • 5. 5 Rua Barão do Gravataí Localizada no bairro Menino Deus, estende-se entre a Avenida Praia de Belas e Avenida Getúlio Vargas. A rua recebeu esse nome em homenagem ao Barão de Gravataí. A história de João Batista da Silva Pereira, o Barão de Gravataí, começa com a sua chegada da cidade de Braga (Portugal) a Porto Alegre em 1823. Chegou pobre, e logo começou a trabalhar. Naquele tempo, a margem do Guaíba se estendia ao longo do Caminho do Belas (atual Avenida Praia de Belas). Foi ali, na altura onde hoje se encontra o Colégio Pão dos Pobres, que montou um modesto estaleiro. Fazia pequenos barcos para navegação fluvial. Em abril de 1823, João Batista da Silva Pereira casou com dona Maria Emília de Menezes, a Baronesa de Gravataí, moça de tradicional família açoriana radicada em Rio Pardo. Em 1826, construiu o palacete que viria a ser conhecido mais tarde como o solar da Baronesa do Gravataí. Com o passar do tempo, João Batista da Silva Pereira foi comprando grandes lotes de terra nos arredores de sua mansão, até formar uma enorme chácara, com as dimensões de um verdadeiro bairro. Esta foi a origem do Arraial da Baronesa (ou areal). Em 1845, no final, quando aqui estiveram o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz Dona Theresa Cristina, na primeira visita oficial a cidade, foram regiamente recebidos por João Batista e dona Maria Emília e hospedaram-se no Solar da Baronesa. E foram tratados com tanta fidalguia, que o imperador resolveu agraciar o dono da casa com um título de nobreza. Em 29 de dezembro de 1852, João Batista da Silva Pereira foi agraciado com o título definitivo de “Barão de Gravataí”. Em 1853 João Batista da Silva Pereira, 56 anos, morreu de repente, fulminado por uma inexplicável hemorragia. Em respeito e gratidão ao Barão de Gravataí, D. Pedro II sentiu-se no dever de levar um gesto de conforto a viúva Maria Emília de Menezes Pereira. E concedeu-lhe então o título de “Baronesa do Gravataí”. Em 17 de marco de 1888, em Porto Alegre, morre dona Maria Emília Pereira, “Baronesa do Gravataí”, aos 80 anos, depois que suas terras foram transformadas em um bairro. A rua também é sede do Clube Atlético Patropi, clube amador de futebol fundado em 31 de outubro de 1971. Por Francisco R. de O. Cabreira
  • 6. 6 Rua João Alfredo Localizada no bairro Cidade Baixa, inicia-se na Avenida Loureiro da Silva Avenida, e se estende até a Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, continuando no bairro Menino Deus pela Rua Múcio Texeira. A Rua João Alfredo era conhecida no século XIX, como Rua da Margem ou Margem do Riacho, onde na época chegava o rio Guaíba. Da Rua da Margem saíam várias ruelas todas conhecidas por becos. Muitas delas se tornariam famosas por seus nomes estranhos tais como: Beco do Vintém, Beco do Curral das Éguas, Beco dos Coqueiros e Beco Ajuda-me a viver. A implantação na segunda metade do século XIX, de linhas de bonde de tração animal, através do da Rua da Margem (João Alfredo) e Caminho da Azenha (Av. João Pessoa), contribuiu para a urbanização do Bairro Cidade Baixa, já que a região era conhecida pelo nome de "Emboscadas", por causa do terreno baixo e acidentado, cortado por árvores e capões, que dificultavam o trânsito e facilitavam os esconderijos. O lugar abrigava tanto escravos fugidos como bandidos e caracterizava-se como "uma zona de meter medo aos mais valentes", segundo Ary V. Sanhudo. A Rua João Alfredo ainda preserva um pouco da arquitetura antiga, com casas sem pátio frontal e cujas portas abrem diretamente para a rua. Casas assim ainda são encontradas em muitas cidades da metade sul do estado. Muitas dessas casas da Cidade Baixa já foram ao chão, cedendo lugar a prédios residenciais de pequeno porte. Mas muitas casas conseguiram resistir ao teste do tempo e foram pintadas na Rua João Alfredo, com uma grande variedade de cores. Na rua atualmente se Localizam inúmeros estabelecimentos de entretenimento, principalmente noturnos, o que tornou a rua uma das principais regiões boêmias de Porto Alegre. Também se localiza na Rua João Alfredo, o Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo, inaugurado em 1982 e reinaugurado em 2007, contando a história de Porto Alegre, tendo em seu acervo cerca de 40 mil fotos, sendo que 6 mil delas já estão digitalizadas, além disso possui um acervo arqueológico com seis mil evidências e miniaturas de antigas residências açorianas. Também apresenta exposições temporárias, promove cursos, debates, oficinas e outras atividades culturais. Por Renan Marks
  • 7. 7 Rua Dezessete de Junho Localizada no bairro Menino Deus, estende-se da Avenida Praia de Belas e até a Rua Marechal Setembrino de Carvalho. Sua denominação anterior era Rua dos Coqueiros. A rua recebeu o atual nome em homenagem a data que recorda a restauração da legalidade no Estado do Rio Grande do Sul, em 17 de junho de 1892 e também a queda do chamado “governicho”, que por ter apoiado o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca( Primeiro presidente do Brasil), quando este, em 3 de novembro de 1891, decretou a dissolução do Congresso, lançando um "Manifesto à Nação", para explicar as razões do seu ato. Tropas militares cercaram os prédios do Legislativo e prenderam líderes oposicionistas, a imprensa do Distrito Federal foi posta sob censura total, decretando, assim, o estado de sítio no país. Essa data também é consagrada a comemoração da volta de Júlio de Castilhos, ao comando do governo do Rio Grande do Sul, após ser obrigado a deixar o governo do estado em 12 de setembro de 1891. Na rua atualmente localiza-se 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) de Porto Alegre. Por Renan Marks
  • 8. Localizada nos bairros Menino Deus e Azenha, estende-se da Avenida Getúlio Vargas até a Avenida da Azenha. A rua recebeu o nome em 1877, em homenagem ao General Caldwell, sendo que sua antiga denominação era Rua 24 de Maio. João Frederico Caldwell, nasceu em 1801, na cidade de Santarém em Portugal. Veio ao Brasil com seus pais na transferência da corte portuguesa em 1808, quando o rei português Dom João VI fugindo da invasão napoleônica em Portugal, transferiu seu reinado para o Bra- sil, transformando a colônia em reino. Foi 1° cadete do regimento de cavalaria da corte do Rio de Janeiro em 1810. Em 1817, combateu a Revolução Pernambucana, sob o comando do general Luís do Rego Brandão. Regressou ao Rio em 1820, sendo promovido a tenente. Promovido a capitão em 1821, foi enviado a Pernambuco para sufocar a revolução re- publicana. No ano seguinte, após breve passagem pela corte, partiu para o Rio Grande do Sul, para onde já havia ido o 1° regimento, então participando das operações da Guerra Cis- platina. Lá foi serviu sob o comando por Bento Gonçalves, sendo por este elogiado. Retornou à corte, e com a família tentou retornar ao Rio Grande do Sul, obtendo su- cesso somente em 1834, como major avulso. Tornou-se comerciante no Rio Grande do Sul, porém com o iniciar da Revolução Farroupilha, foi convocado pelo governo para acompa- nhar o presidente deposto da província do Rio grande do sul em viagem à corte, abandonan- do seus negócios e ficando a disposição da corte para retornar ao Sul. Recebeu o comando militar de Rio Grande, em 1836. Logo foi designado major da bri- gada de provisória de cavalaria organizada por João da Silva Tavares, com a qual combateu na Batalha do Seival. Lá foi ferido na mão direita ( a qual posteriormente perdeu) e feito prisi- oneiro. Em 23 de outubro seguinte conseguiu escapar e reintegrou-se as tropas legalistas. Após uma temporada na corte, retornou ao Rio Grande do Sul, onde ficou até o térmi- no do conflito. Em 1842 foi promovido a coronel, e em 1845 foi nomeado comandante das ar- mas do Pará, onde permaneceu até 1846. Transferido de volta para o Rio Grande do Sul, foi promovido a brigadeiro no mesmo ano e também comandante de armas da província, cargo no qual ficou até 1848, tendo reassumido o cargo em 1850 interinamente. Em 1850, foi nomeado comandante da segunda divisão do exército do sul, com o qual marchou para a Guerra contra Rosas. Em 1852 foi nomeado marechal, sendo nomeado co- mandante de armas do Rio Grande do Sul, ficando até 1856, novamente de 1857 a 1865, onde estava no início da Guerra do Paraguai. Comandou o Ministério da Guerra, entre 29 de se- tembro a 10 de novembro de 1870. Faleceu no Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 1873. Por Renan Marks. 8
  • 9. 9 Rua Barão do Triunfo Localizada nos bairros Menino Deus e Azenha, estende-se da Avenida Getúlio Vargas até a Avenida da Azenha. A rua recebeu esse nome em homenagem ao Barão do Triunfo, por decreto da câmara municipal no ano de 1880. José Joaquim de Andrade Neves, o Barão do triunfo, nasceu em Rio Pardo, 22 de janeiro de 1807. Aos 19 anos de idade sentou praça no 5° regimento de cavalaria. Pouco depois abandonou a carreira para ajudar o pai na fazenda da família. Casou- se com Ana Carolina de Andrade Neves com quem teve três filhos. Em 1835, quando rebentou a Revolução Farroupilha, Andrade Neves, deixou a agricultura, alistou-se, voluntariamente, no lado imperial. Tomou parte ativa em um grande número de combates como membro da Guarda Nacional, tendo se distinguido no ataque à ilha do Fanfa (no rio Jacuí), onde Bento Gonçalves da Silva foi feito prisioneiro. Elevado a major da Guarda Nacional em 1840 e a tenente- coronel em 1841. De alferes a tenente-coronel, conquistou todos os postos no campo de batalha, por ato de bravura. Após um breve período de vida, em paz, no campo, retorna às armas para lutar na Guerra contra Rosas, em 1851, reunindo um grupo de voluntários, destacando- se na batalha de Moron. Em 1864, quando à invasão brasileira a República Oriental do Uruguai, para defender os interesses brasileiros, o já General Andrade Neves ia à frente da 3ª Brigada de Cavalaria. Por ocasião do Sítio de Montevidéu, foi ele designado para atacar a fortaleza do Cerro. A 3ª Brigada avança e a guarnição uruguaia rende-se. Terminada a campanha no Uruguai, pelo tratado de 20 de fevereiro de 1865, o exército imperial marcha a caminho do Paraguai. Chegou no território do Paraguai em 1867, e em 21 de outubro ataca quatro regimentos de cavalaria paraguaias e os derrota. Sua divisão era apelidada pelos paraguaios de caballeria loca de cuenta (cavalaria louca varrida). Por causa desta vitória foi nomeado Barão do Triunfo, em 19 de outubro de 1867. Após a batalha de Avaí, no Paraguai, José Joaquim de Andrade Neves foi ferido gravemente e levado a Assunção, onde faleceu no dia 6 de janeiro de 1869. Por Renan Marks
  • 10. 10 Rua Comendador Rodolfo Gomes Localizada no bairro Menino Deus, estende-se da Avenida Borges de Medeiros até a Avenida Getúlio Vargas. A rua recebeu esse nome em homenagem ao Comendador Rodolfo Gomes. Rodolfo Gomes nasceu na cidade de Rio Grande no século XIX, filho de portugueses. Dedicado ao comércio, estabeleceu-se em Porto Alegre, organizando uma das maiores firmas comerciais da cidade e do Rio Grande do Sul. Era comendador por Portugal (Comendador é alguém que recebeu uma comenda, isto é um benefício que antigamente era concedido a eclesiásticos e a cavaleiros de ordens militares, mas que atualmente costuma designar apenas uma distinção puramente honorífica. No passado, podia remeter ainda a uma porção de terra doada oficialmente como recompensa por serviços prestados, ficando o beneficiado com a obrigação de defendê-la de malfeitores e inimigos.). Foi também proprietário de regular área em Porto Alegre. Terras que após a sua morte foram divididas pela rua que recebeu seu nome. Por Renan Marks
  • 11. 11 Rua Múcio Teixeira Localizada no bairro Menino Deus, estende-se da Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto até a Rua José de Alencar. A rua recebeu esse nome em homenagem ao poeta Múcio Teixeira. Múcio Scevola Lopes Teixeira, nasceu em Porto Alegre em 13 de setembro de 1857, e foi um escritor, jornalista, diplomata e poeta gaúcho. Filho de Manuel Lopes Teixeira e Maria José Sampaio Teixeira. Foi aluno do Colégio Gomes, em Porto Alegre e um dos fundadores da Sociedade Pártenon Literário. Era cônsul do Brasil na Venezuela em 1889, quando houve á Proclamação da República. Em 1896 mudou-se para a Bahia, onde tornou-se amigo da família de Castro Alves. Maçom, em 1898 fundou a Grande Oriente do Rio Grande do Sul, junto com Luís Afonso de Azambuja e João Pereira Maciel Sobrinho, separando a maçonaria rio-grandense da maçonaria do Rio de Janeiro. Em 1899 passou a residir no Rio de Janeiro com a esposa e seus seis filhos. Ao saber da morte de Vitor Hugo (escritor francês, autor de Os Miseráveis), organizou uma obra em sua homenagem, a Hugonianas, coleção de alguns de seus poemas traduzidos para a língua portuguesa. Nos seus últimos anos, dedicando-se ao ocultismo, escreveu sob o pseudônimo Barão Ergonte. É patrono de uma das cadeiras da Academia Rio-Grandense de Letras e da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Foi um dos autores mais prolíficos de seu tempo, escrevendo mais de setenta obras, entre ensaios, romances, dramas e biografias. Morreu no Rio de Janeiro em 8 de agosto de 1926. O antigo nome da rua era Travessa Pacífico, tendo seu nome mudado para Rua Múcio Teixeira em 1936. Por Renan Marks
  • 12. 12 Rua Marcílio Dias Localizada nos bairros Menino Deus e Azenha, estende-se da Avenida Praia de Belas até a Avenida da Azenha. A rua recebeu esse nome em homenagem ao Marinheiro Marcílio Dias. Marcílio Dias, nascido em Rio Grande em 1838, foi um marinheiro da Armada Imperial brasileira, herói da Batalha Naval do Riachuelo, durante a Guerra da Tríplice Aliança. Ingressou na Armada Imperial como grumete(Recruta) em 1855, e aos 16 anos de idade, sentando praça no Corpo de Imperiais Marinheiros em agosto do mesmo ano. Em 1856 embarcou na corveta Constituição e, logo após, no navio Tocantins, com o então Capitão-de-Fragata Francisco Manuel Barroso da Silva como seu comandante. Em 1864 embarcou na corveta Parnaíba, em expedição ao Rio da Prata. No regresso, a 20 de julho do mesmo ano, foi promovido a Marinheiro de Primeira Classe(equivalente hoje a Cabo). Matriculou-se na Escola Prática de Artilharia, em Janeiro de 1863, quando foi aprovado, passando a usar o distintivo de Marinheiro- Artilheiro(Especialização de Cabo). Marcilio Dias participou da Batalha de Paysandú. Em 6 de dezembro de 1864, o Almirante Tamandaré iniciou o cerco a Paysandú durante a Campanha Oriental contra o Uruguai (1864-1865). Durante o assalto final à Praça-forte de Paysandú em 31 de dezembro de 1864, uma batalha que durou 52 horas, terminando em 2 de janeiro de 1865, Marcílio Dias foi um dos mais bravos combatentes, tendo ficado famoso o seu grito de 'vitória', quando subiu à torre da Igreja Matriz de Paysandú acenando para os seus companheiros com a bandeira do Brasil. Sagrou-se herói na Batalha Naval do Riachuelo, em 11 de junho de 1865, no início da Guerra da Tríplice Aliança. Quando a corveta Parnaíba, foi abordada por três navios paraguaios, travou uma luta corpo a corpo contra quatro inimigos, armado de sabre, abatendo dois deles. Na luta teve seu braço decepado na defesa da bandeira do Brasil. Os ferimentos sofridos causaram-lhe a morte no dia seguinte, 12 de junho, sendo sepultado com as honras do cerimonial marítimo nas próprias águas do rio Paraná, em 13 de junho de 1865. Porto Alegre, Achylles. Homens Illustres do Rio Grande do Sul. Livraria Selbach, 1917.
  • 13. 13 Rua Barbedo Localizada no bairro Menino Deus, estende-se da Avenida Borges de Medeiros até a Avenida Getúlio Vargas. A rua recebeu esse nome em homenagem a Isidoro de Pereira de Barbedo. Isidoro de Pereira de Barbedo nasceu em Portugal no ano de 1835. Viajou de Portugal e estabeleceu-se em Porto Alegre, com uma casa comercial na então Rua da Praia(Atual Rua dos Andradas). Adquiriu uma chácara nos matos do Menino Deus e doou ao município uma faixa de terreno que dividiu sua chácara para a abertura da rua. Essa rua acabou conhecida popularmente como Barbedo e recebeu esse nome oficialmente. Na rua atualmente se localiza á SENERGISUL(Sindicato dos eletricitários do Rio Grande do Sul). Por Renan Marks
  • 14. 14 Rua Silveiro Localizada nos bairros Menino Deus e Santa Tereza, estende-se da Rua José de Alencar e termina na junção das Rua da Zaida e Rua da Malvina. A rua recebeu esse nome em homenagem a Dionísio de Oliveira Silveiro. Dionísio de Oliveira Silveiro, nasceu em Évora, Portugal em 1802. Formou-se em medicina pela faculdade de Coimbra, e logo após transferiu sua residência para Porto Alegre. Foi um médico humanitário e popular em Porto Alegre, sendo grande proprietário de terras na zona do Menino Deus, no mesmo local onde hoje passa a rua com seu nome. Foi casado e teve dois filhos, morreu em Porto Alegre em 1871. Na rua se localizava o primeiro estádio do Sport Club Internacional, o Estádio dos Eucaliptos inaugurado em março de 1931, com um Gre-Nal, vencido pelo Inter por 3 a 0. O Eucaliptos (que mais tarde ganhou o nome de Ildo Meneghetti) tinha inicialmente 10 mil lugares, com um pavilhão de madeira na Rua Silveiro e uma arquibancada de cimento no lado oposto. Para a Copa do Mundo de 1950 o pavilhão da Silveiro também passou a ser de concreto, por conta da Confederação Brasileira de Desportos, CBD. O Mundial teve dois jogos no estádio - Suiça x México, e México x Iugoslávia. A última partida no Eucaliptos foi disputada em março de 1969: o Inter ganhou do time mais antigo do futebol brasileiro, o Rio Grande, por 4 a 1; o velho ídolo Tesourinha entrou só no final, jogou alguns minutos, e arrancou a rede de uma das goleiras. O estádio resistiu ao tempo por mais de 80 anos no bairro Menino Deus, tendo sido demolido em 2012. Atualmente na rua se localiza importantes sedes de TV e Rádio de Porto Alegre. Por Renan Marks e Sport Club Internacional, clube, Histórico.
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  • 16. ANTIGA IGREJA DO MENINO DEUSANTIGA IGREJA DO MENINO DEUS —— 19401940 Antiga Igreja do Menino DeusAntiga Igreja do Menino Deus -- 19401940