1. No filme não há meio marco, Chaplin verdadeiramente quis passar uma mensagem social.
Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada
parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam a
criminalidade, a escravidão. O amor também surge, mas surge quase paternal: o de um
vagabundo por uma menina de rua.
Um trabalhador (Chaplin) de uma fábrica, tem um colapso nervoso por trabalhar de forma
quase escrava. É levado para um hospital, e quando retorna para a “vida normal”, para o
barulho da cidade, encontra a fábrica já fechada. Vai em busca de outro destino, mas acaba se
envolvendo numa confusão: pois é tomado como o cabeça por trás da greve que está a
acontecer e acaba por ser preso. Quando é libertado e depois d uma agradável estadia na
prisão, decide fazer de tudo para voltar para lá e ao ver uma jovem (Paulette) roubar um pão
para comer, decide se entregar em seu lugar. Não dá certo, pois uma grã-fina tinha visto o que
houve e estraga tudo. Mesmo assim, ele faz de tudo para ir preso, mas os dois acabam
escapando e vão tentar a vida de outra maneira. A amizade que surge entre os dois é bela,
porém não os alimenta. Ele tem que arrumar um emprego rapidamente.
Consegue um emprego numa outra fábrica, mas logo os operários entram em greve e ele
mete-se novamente em perigo. No meio da confusão, vai preso ao jogar sem querer uma pedra
na cabeça de um policial.
Paulette consegue trabalho como dançarina num music Hall e emprega seu amigo como
garçom. Também não dá certo, e os dois seguem, numa estrada, rumo a mais aventuras.
O artigo “Relação entre empregador e empregado” me fez perceber que a realidade entre
empregador e empregado não está distante da ficção do filme que vimos anteriormente
“Tempos Modernos”. Ele nos mostra a total ligação em diversos trechos, porém, me
identifiquei com essa citação:
“o trabalho ao invés de realizar o homem, o escraviza, ao invés de humaniza-lo, o desumaniza,
mortificando seu corpo e arruinando sua mente.”
Onde o homem, está exposto ao sistema da burguesia, porém, acredita-se na mudança
positiva da imagem de “chefe”, procurar tratar o homem não só como uma máquina e sim
como ser humano, dando-lhe os créditos de seus esforções e dedicações em suas funções.