O sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missão
Afroempreendedorismo no Brasil e redes sociais
1. REDES SOCIAIS NA INTERNET E A ECONOMIA
ÉTNICA: BREVE ESTUDO SOBRE O
AFROEMPREENDEDORISMO NO BRASIL
Taís Oliveira
PPGCHS – UFABC
2018
2. CONTEXTO ACADÊMICO
Tema da dissertação em andamento.
UFABC e a Interdisciplinaridade; Programa de Pós
Graduação em Ciências Humanas e Sociais; Linha de
pesquisa Cultura, Comunicação e Dinâmica Social.
Orientadores Claudio Penteado e Ramatis Jacino.
3. CONTEXTO SOCIAL
54% da população brasileira se autodeclara preta ou
parda (Pnad, 2016).
61% da população brasileira com 10 anos ou mais usam
internet; 86% acessam a internet todos os dias ou quase
todos os dias; 78% para o uso de redes sociais (TIC
Domicílios, 2017).
Há 12,8 milhões de Afroempreendedores no Brasil
(Sebrae, 2013).
4. ECONOMIA ÉTNICA
Temática debatida na Sociologia Econômica que
investe esforços na compreensão de como os
atores econômicos são condicionados pela
interação e pela estrutura social, sobretudo ao
que se refere a mecanismos sociais como
confiança, integração e solidariedade entre
grupos co-étnicos de migrantes (GOLD, 1989;
GRUN, 1998; LIGHT, 2005; TRUZZI & SACOMANO,
2007).
5. ECONOMIA ÉTNICA
Dessa maneira, não se trata apenas do interesse
financeiro, mas de pressupostos ideológicos, do
qual a cultura gera negócios e os negócios
suportam a cultura (LIGHT, 2007).
6. ESTADO DA ARTE | METODOLOGIAS
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1
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Observação Participante
Trabalho de Campo
Pesquisa Longitudinal
Análise de Redes Sociais
Observação
Técnicas Geográficas
Estudo de Caso
Questionário
Estudo de Revisão Sistemática
Estudo Comparativo
Etnografia
Entrevista
Discussão Teórica
Análise de Dados Secundários
7. ESTADO DA ARTE | GRUPOS ÉTNICOS
21
42
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Grupo Étnico Não Especificado Grupo Étnico Especificado
9. CULTURA DIGITAL, RAÇA E IDENTIDADE
Falar da população negra no Brasil nessa
perspectiva é falar de pessoas sequestradas e
forçadas a trabalhar sob um regime de violência
para enriquecer determinados grupos étnicos.
(MOURA, 1988; 1992; DE ALBUQUERQUE &
FRAGA FILHO, 2006; DE AZEVEDO, 1987;
FERNANDES, 1989; 2013).
10. CULTURA DIGITAL, RAÇA E IDENTIDADE
Essa organização ocorre nos próprios navios negreiro, nos
quilombos, nas alternativas ao trabalhador negro livre e
posteriormente no rompimento da ideia de democracia
racial (MUNANGA, 1999, 2012; MOURA, 1988; SANTOS,
2015; DIAS, 1995; CASTRO, 1976; JACINO, 2008).
A organização em rede ocorre a partir da
consciência da trajetória de seus antecessores
étnicos na história do Brasil. Dessa forma buscam o
resgate de sua cultura, da valorização da sua cor
de pele e do reconhecimento da participação
positiva na construção do país.
11. CULTURA DIGITAL, RAÇA E IDENTIDADE
Podemos afirmar que as redes sociais na internet
também propiciam a formação de comunidades a
partir do fator raça/etnia. Logo, a reunião de
pessoas negras em comunidades online representa
estratégia de resistência e ressignificação de
quilombos identitários que, por sua vez,
reivindicam inclusão e coletividade (NOBLE &
SENFT, 2013; BOYD, 2010).
12. CULTURA DIGITAL, RAÇA E IDENTIDADE
A identidade enquanto construção de significado a
partir da experiência de um grupo social, nos
permite relacionar com o que Castells (2018) chama
de identidade de resistência, ou seja, daquela que
pertence aos que se encontram em posições
desvantajosas na sociedade e constroem
mecanismos de resistência e sobrevivência a
determinadas situações de exclusão.
13. PROBLEMÁTICA
A estrutura e as relações do
Afroempreendedorismo no Brasil representadas
por páginas de associações e grupos no Facebook
demonstram aproximação com a
Teoria da Economia Étnica?
14. HIPÓTESE
A economia étnica aplicada ao
Afroempreendedorismo no Brasil vai além dos
objetivos financeiros e estabelece dialogo com
outros aspectos relevantes da sociedade, pressupõe
ideologias e reforço de identidades.
15. METODOLOGIA: ANÁLISE DE REDES SOCIAIS NA INTERNET
Visualização da rede de Afroempreendedorismo.
Netvizz e Gephi.
Busca de páginas por termos específicos; Filtragem
por páginas que representem grupos e associações.
16. PÁGINAS DA BASE
Afro Brasil Cabeleireiros
Afro Divas
AfroBusiness
AfroCriadores
AfroPython
Associação Afro de Empreendedorismo e Cultura
Associação Catarinense de Afroempreendedores
BlackRocks Startup
Brasil Afroempreendedor Amapá
Coletivo De Afroempreendedorismo De Diadema
Rede de Mulheres Negras Empreendedoras de
SF/Conde
Movimento Black Money
Negras Empreendedoras do ES
Projeto Brasil Afroempreendedor
Rede Brasil Afroempreendedor de Santa
Catarina Reafro/SC
Remesfc
Rede de Profissionais Negros
Reafro SP
Reafro Campinas
Reafro Brasil
Reafro
Feira Cultural Preta
Mercado Negra
20. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O artigo representa uma breve análise de um universo maior
de possibilidades e variáveis.
Há certa aproximação entre o Afroempreendedorismo no
Brasil a partir de suas representações nas redes sociais na
internet e a Teoria da Economia Étnica. Sobretudo no reforço
de identidade, integração, confiança e solidariedade.
Nesse contexto o grupo manifesta a exigência de participação
política e econômica e desenvolve (ou se apropria) de
ferramentas para enfretamento de silêncios.
A rede demonstra reunião do grupo co-étnico, conexão de
cunho social e político e ainda diversos veículos de
comunicação com viés racial.
21. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por quais razões o movimento
Afroempreendedor se conecta com
determinadas representações em
detrimento de outras?
Qual representatividade numérica e como
se relacionam as mulheres negras
afroempreendedoras no Brasil?