O estudo analisou a população de Macrobrachium jelskii na Barragem do Jazigo em Pernambuco entre outubro de 2008 e junho de 2009. M. jelskii foi encontrado em grande quantidade e frequência. O número de fêmeas foi maior que machos e os meses de fevereiro a junho tiveram mais fêmeas ovígeras. A relação comprimento-peso mostrou correlação positiva para ambos os sexos.
Biologia reprodutiva de Gymnotus aff. carapo Linnaeus, 1758 (Teleostei: Gymnotidae) do Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul, Brasil.
DIEGO DE PAULA COGNATO
Orientadora: Profa. Dra. Clarice Bernhardt Fialho
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Instituto de Biociências. Programa de Pós Graduação em Biologia Animal
Dissertação. Porto Alegre, 2005
Neste documento, apresentamos um resumo de todas as publicações pertinentes ao tema, de autoria da orientadora Dra. Marta Luciane Fischer e parceiros colaboradores.
Primeiros dados quali-quantitativos do mexilhão-dourado, Limnoperna fortunei (Dunker), no Delta do Jacuí, no Lago Guaíba e na Laguna dos Patos, Rio Grande do Sul, Brasil e alguns aspectos de sua invasão no novo ambiente.
MARIA CRISTINA DREHER MANSUR, CÍNTIA PINHEIRO DOS SANTOS, GUSTAVO DARRIGRAN, INGRID HEYDRICH, CLAUDIA T. CALLIL, FELIPE ROSSONI CARDOSO
Fundação Antorchas (Cooperação Brasil-Chile-Argentina) e Programa Pró-Guaíba
Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul - FZB
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
Faculdade de Ciências Naturais e Museu (UNLP) -Argentina
Artigo Científico. Revista Brasileira de Zoologia 20(1): 75-84, março 2003
Biologia reprodutiva de Gymnotus aff. carapo Linnaeus, 1758 (Teleostei: Gymnotidae) do Parque Estadual de Itapuã, Rio Grande do Sul, Brasil.
DIEGO DE PAULA COGNATO
Orientadora: Profa. Dra. Clarice Bernhardt Fialho
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Instituto de Biociências. Programa de Pós Graduação em Biologia Animal
Dissertação. Porto Alegre, 2005
Neste documento, apresentamos um resumo de todas as publicações pertinentes ao tema, de autoria da orientadora Dra. Marta Luciane Fischer e parceiros colaboradores.
Primeiros dados quali-quantitativos do mexilhão-dourado, Limnoperna fortunei (Dunker), no Delta do Jacuí, no Lago Guaíba e na Laguna dos Patos, Rio Grande do Sul, Brasil e alguns aspectos de sua invasão no novo ambiente.
MARIA CRISTINA DREHER MANSUR, CÍNTIA PINHEIRO DOS SANTOS, GUSTAVO DARRIGRAN, INGRID HEYDRICH, CLAUDIA T. CALLIL, FELIPE ROSSONI CARDOSO
Fundação Antorchas (Cooperação Brasil-Chile-Argentina) e Programa Pró-Guaíba
Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul - FZB
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS
Faculdade de Ciências Naturais e Museu (UNLP) -Argentina
Artigo Científico. Revista Brasileira de Zoologia 20(1): 75-84, março 2003
RELATÓRIO FINAL – MONITORAMENTO DA PESCA, ESTUDO DOS ASPECTOS REPRODUTIVOS E BIOMASSA DO ROBALO-FLECHA Centropomus undecimalis (Bloch 1972) NA ILHA DAS CANÁRIAS
Estudo comparado da taxocenose de peixes em dois ambientes aquáticos do Parque Estadual de Itapuã, sul do Brasil.
ANA PAULA S. DUFECH, CLARICE BERNHARDT FIALHO
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Instituto de Biociências. Departamento de Zoologia
Artigo Científico. Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 99(2):177-188, 30 de junho de 2009
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
R1070 1
1. BIOECOLOGIA DO CAMARÃO
MACROBRACHIUM JELSKII (MIERS, 1877)
(CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE)
NA BARRAGEM DO JAZIGO, SERRA TALHADA,
PERNAMBUCO.
Izadora dos Santos Silva 1,3 e Girlene Fábia Segundo Viana2
Introdução Material e métodos
No Brasil, são encontradas 18 espécies Foram realizadas coletas mensais, diurnas de
de Macrobrachium, algumas delas de outubro/2008 a junho/2009 na Barragem do
importância econômica; outras, porém, são Jazigo, bacia hidrográfica do rio Pajeú, Serra
muito utilizadas como iscas em pescarias com Talhada, PE.
anzol, alimento para a população ribeirinha Utilizou-se um puçá com abertura de malha
além de compor uma parte importante na teia de 2mm, uma rede de arrasto retangular com
trófica de ambientes límnicos. Dentre estas se armação de tubo de pvc (2m x 1m) com abertura
destaca M. jelskii por também ser utilizada na de malha de 5mm, nas margens da barragem em
ornamentação de aquários. profundidades variando de 20 cm a 100 cm.
M. jelskii (“camarão sossego”), está Os camarões coletados foram colocados em
restrita ao ambiente de água doce e de acordo potes plásticos etiquetados, fixado em etanol a
com Melo (2003) é freqüentemente 70% e levados ao laboratório da Unidade
encontrada em águas escuras com pouca Acadêmica de Serra Talhada onde foram
vegetação marginal e em substrato lodoso, quantificados e identificados através de
águas transparentes e rápidas, com gramíneas, estereomicroscópio e bibliografia pertinente,
pedras e areia. entre elas, Holthuis (1952) e Melo (2003). Todos
Poucas são as pesquisas sobre a os camarões foram pesados individualmente:
biologia deste animal para as águas interiores peso, em gramas, do camarão fixado em balança
do sertão pernambucano. digital com precisão de 0,00 g; sexados, onde foi
observada a presença do apêndice masculino nos
Desta forma, nota-se a importância do
machos, e a ausência deste apêndice nas fêmeas.
conhecimento da população do M. jelskii no
O período de reprodução foi observado
semiárido nordestino para um melhor
através da presença da massa de ovos presos aos
aproveitamento da pesca artesanal local, bem
pleópodos na região abdominal das fêmeas.
como o incentivo à produção.
A abundância dos camarões foi calculada a
partir da seguinte fórmula: A= N.100/n, onde N é
o número de indivíduos de cada táxon na amostra
e n é o número total de indivíduos de todos os
táxons na amostra. A freqüência de ocorrência foi
________________
1. Aluna do curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-UAST).
E-mail para contato: izadorasantos@yahoo.com.br
2. Professora do Curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-
UAST). E-mail: fabiaviana@uast.ufrpe.br.
3. Bolsista de Iniciação Científica – PIBIC / UFRPE
2. calculada empregando-se a seguinte fórmula: quantidades relevantes (>80%), mostrando ser
F=n.100/N, onde F é a freqüência de muito freqüente no ambiente amostrado.
ocorrência; n é o número de amostras onde o Para a análise da proporção sexual foram
táxon ocorreu e N é o número total das analisados 3.050 camarões distribuídos em 1.185
amostras. A porcentagem de machos e fêmeas machos (38,9%) e 1.865 fêmeas (61,1%) (Figura
foi observada mensalmente possibilitando 4). A quantidade de fêmeas foi visivelmente
verificar se há ou não diferença significativa maior que os machos em todos os meses de
entre os sexos. coleta. Considerando as fêmeas ovígeras, tanto as
Para todo o período amostrado foram coletadas pela rede quanto pelo puçá, observa-se
determinadas as relações peso- comprimento que os meses onde houve uma maior incidência
dos camarões, machos e fêmeas separados, destas foram fevereiro, março, maio e junho de
sendo o peso a variável dependente (y) e o 2009 (figura 5).
comprimento a variável independente. Segundo Taddei (2006 apud Soares, 2008), o
Foram obtidos dados de pluviosidade, maior número de fêmeas favorece um maior
temperatura da água e salinidade para índice de fecundação, devido principalmente a
relacionar com a abundância das espécies. característica de reprodução contínua da espécie.
Analisando a relação peso/comprimento
Resultados e discussão para os machos, verificou-se que a correlação
média entre as duas variáveis apresentou
Do total de indivíduos coletados coeficiente de correlação (R2= 0,8) e a relação
registrou-se 7.752 organismos (45% do total) peso-comprimento para as fêmeas apresentou
distribuídos em 10 táxons e 9.407 camarões coeficiente de correlação (R2= 0,8) (Figuras 6 e
(55%), todos M. jelskii. A presença em sua 7).
totalidade de M. jelskii nas amostras, Com relação à estrutura da população
possivelmente está associada à metodologia quanto ao comprimento e peso, observa-se que as
empregada e ao local de amostragem que foi fêmeas apresentaram tamanho maior que os
de pouca profundidade (até 1 m). Em coleta machos, fato também observado por Soares
avulsa realizada com tarrafa a 6 metros de (2008).
profundidade foram coletados 42 espécimes Com relação aos fatores abióticos
de M. amazonicum o que comprova a analisados, temperatura do ar e da água não foi
existência do mesmo na região, e demonstra possível estabelecer nenhuma correlação com o
que o emprego de outros métodos de coleta número de camarões. A pluviosidade, por sua
possivelmente possibilitaria seu estudo. vez, mostrou uma discreta relação, porém
O maior número de indivíduos foi inversa.
registrado no mês de dezembro/2008 seguido
pelo mês de fevereiro/2009 (figura 1). Com o Referências
puçá foram coletados 6.306 camarões (figura
2) e com a rede 3.101(figura 3). [1] HOLTHUIS, L.B. 1952. A general revision of the
Palaemonidae (Crustacea, Decapoda, Natantia) of the Americas.
Soares (2008) realizou coletas na II. The subfamily Palaemoninae. OCC. Pap. Allan. Handcock
Represa Três Marias e no Rio São Francisco, Found. 12: 396 p., 55 pls.
Minas Gerais com um puçá com abertura de [2] MELO, G.A.S. 2003. Manual de identificação dos Crustacea
Decapoda de água doce do Brasil. São Paulo: Ed. Loyola, Museu
malha de 1,42 mm passado na vegetação de Zoologia, Universidade de São Paulo, 430p.
marginal e na água próximo à margem, e [3] SOARES, M.R.S. 2008. Bioecologia populacional de
também constatou a presença da espécie Macrobrachium jeskii (Crustacea, Decapoda, Palemonidae) na
Represa de Três Marias e no Rio São Francisco, M.G. Brasil.
durante todo o período estudado com uma Dissertação (Pós-Graduação em biologia animal. 74p.
maior quantidade de indivíduos nos meses de
janeiro e junho.
Com relação à frequência de
ocorrência, o M. jelskii esteve presente em
ambos os petrechos citados acima em
3. 4000
3500
3500
3000 3000
Número de indivíduos
Número de indivíduos
2500 2500
2000 2000
1500
1500
1000
1000
500
500
0
0 ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun
ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun 2008 - 2009
2008 - 2009
Figura 2. Abundância de Macrobrachium jelskii
Figura 1. Abundância de Macrobrachium jelskii
coletados com puçá de malha 2 mm na Barragem do
coletados durante o período de agosto/2008 a junho/2009
Jazigo, Serra Talhada – PE, de agosto/2008 a
na Barragem do Jazigo, Serra Talhada – PE.
junho/2009.
100%
900
800
80%
700
Número de indivíduos
Abundância relativa (%)
600
60%
500 fêmea
macho
400 40%
300
20%
200
100
0%
out nov dez jan fev mar abr mai jun
0
2008 - 2009
out nov dez jan fev mar abr mai jun
2008 - 2009
Figura 4. Porcentagem de machos e fêmeas coletados
Figura 3. Abundância de M. jelskii coletados com rede mensalmente na Barragem do Jazigo, no período de
de malha 5 mm na Barragem do Jazigo, Serra Talhada – agosto/2008 a junho/2009.
PE, de agosto/2008 a junho/2009 .
100% 3,2
y = 0,0259e0,0675x
R2 = 0,6997
2,8
80%
2,4
Abundância relativa (%)
60% 2
peso (g)
fêmea ovígera
fêmea 1,6
40%
1,2
20% 0,8
0,4
0%
out nov dez jan fev mar abr mai jun 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
2008 - 2009
comprimento (mm)
Figura 5. Proporção de fêmeas e fêmeas ovígeras
Figura 6. Relação peso x comprimento para machos de
coletadas com rede de malha 5mm na Barragem do
Macrobrachium jelskii coletados com rede de 5 mm na
Jazigo, Serra Talhada – PE de agosto/2008 a
Barragem do Jazigo, Serra Talhada – PE de agosto/2008
junho/2009 . a junho/2009.
3,2
2,8
2,4
0,1049x
y = 0,0084e
2 2
R = 0,808
peso (g)
1,6
1,2
0,8
0,4
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
comprime nto (mm)
Figura 7. Relação peso x comprimento para fêmeas de
Macrobrachium jelskii coletadas com rede de 5 mm na
Barragem do Jazigo, Serra Talhada – PE de agosto/2008
a junho/2009.