1) Em 1989, o Muro de Berlim caiu após 28 anos dividindo a cidade de Berlim entre a Alemanha Oriental e Ocidental, representando o fim do regime socialista no país.
2) 25 anos depois, a Alemanha unificada emergiu como a principal liderança econômica na Europa, embora a antiga Alemanha Oriental ainda apresente desigualdades.
3) A queda do Muro de Berlim não impediu a construção de outros muros e barreiras físicas em locais como Cisjordânia, Mé
1. 11/02/2015 Queda do Muro de Berlim: 25 anos depois, saiba mais sobre este e outros "muros" Resumo das disciplinas UOL Vestibular
http://vestibular.uol.com.br/resumodasdisciplinas/atualidades/quedadomurodeberlim25anosdepoissaibamaissobreesteeoutrosmuros.htm 1/3
Queda do Muro de Berlim: 25 anos
depois, saiba mais sobre este e
outros "muros"
Andréia Martins
Da Novelo Comunicação 14/11/2014 16h41
m n o H J Imprimir F Comunicar erro
Tobias Schwarz/AFP
7.nov.2014 - Luzes são acesas em balões da instalação 'Lichtgrenze' (Muro de Luz) que
marca o antigo curso do Muro de Berlim. A instalação é uma homenagem aos 25 anos da
queda do Muro de Berlim, que dividiu a capital alemã entre dois países, a Alemanha
Oriental e a Alemanha Ocidental, por quase três décadas
1989 foi um ano em que o mundo mudou. O Brasil realizava sua primeira eleição
direta para presidente depois da ditadura; nascia a World Wide Web (www), que só
seria difundida para os usuários quatro anos mais depois; o mundo se despedia de
figuras de referência como Samuel Beckett e Salvador Dalí. Mas nada marcaria
mais o ano como a queda do Muro de Berlim.
Em 1961, a Alemanha viveu uma experiência até então inédita em outros países:
viu sua capital, Berlim, ser dividida em dois lados por um muro, com cada lado
governado por regimes politicamente contrários simbolizando a divisão do mundo
entre os blocos capitalista e socialista, uma herança da Guerra Fria.
Direto ao ponto: Ficha-resumo
A divisão era resultado do final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando a
Alemanha foi invadida por todos os lados e ficou dividida em dois países: a
Alemanha Ocidental (ou República Federal da Alemanha, a RFA), capitalista e
ocupada pelas tropas de Inglaterra, França e Estados Unidos, e a Alemanha
Oriental, chamada também de República Democrática Alemã (RDA) - governada
pelos comunistas e União Soviética.
Como consequência, a capital, Berlim, também acabou dividida. A cidade ocupava
uma posição estratégica, no centro da parte oriental da Alemanha. Por isso, os
Aliados pressionaram para que ela fosse dividida em quatro setores, sendo o russo
o maior de todos.
Berlim ocidental, apoiada pelos Estados Unidos, tornou- se capital da RFA,
enquanto Berlim oriental, com apoio soviético, era capital da RDA. Como o lado
ocidental apresentava melhores índices econômicos e de prosperidade, o governo
da RDA temia uma fuga em massa dos moradores do lado soviético e decidiu
separar a cidade. Primeiro com um arame farpado, depois erguendo um muro de
cimento. O resto da história é conhecido.
Atualidades
Related Searches
Vestibular
Rehabilitation Therapy
Vestibular Neuronitis
Benign Paroxysmal
Positional Vertigo
Vestibular
Rehabilitation
Solution Real
2. 11/02/2015 Queda do Muro de Berlim: 25 anos depois, saiba mais sobre este e outros "muros" Resumo das disciplinas UOL Vestibular
http://vestibular.uol.com.br/resumodasdisciplinas/atualidades/quedadomurodeberlim25anosdepoissaibamaissobreesteeoutrosmuros.htm 2/3
Até 1989, o muro permaneceu dividindo a cidade e só cairia no dia 9 de novembro
daquele ano, representado o fim do regime socialista no país. Fato é que 25 anos
após a queda e a unificação do país, ocorrida em 3 de outubro de 1990, a
Alemanha saiu de país partido para se tornar líder na Europa, embora ainda veja as
regiões leste e oeste divididas economicamente.
Desde a queda do muro, a atividade econômica do leste não acompanha o oeste.
Vale lembrar que, logo após o final da 2ª Guerra, os Estados Unidos lançaram o
Plano Marshall, plano de ajuda econômica aos aliados o pós-guerra, ação que
beneficiou a Alemanha ocidental.
Hoje, o PIB (produto interno bruto) da área que antes formava a Alemanha Oriental
corresponde a 67% da produção do lado ocidental. Outros números corroboram o
descompasso das regiões: o índice de desemprego, um terço mais alto no leste, e o
salário, 20% mais alto na região oeste. Para especialistas da área econômica,
embora o leste tenha apresentado certos progressos, essas diferenças ainda são
uma herança da divisão do país.
Naquela época, o fim do regime socialista representou o desemprego de 2 milhões
de pessoas e enfraqueceu a atividade econômica. Embora algumas cidades do
leste tenham apresentado uma evolução -- como, por exemplo, Leipzig, que hoje
tem negócios de empresas como Amazon e BMW --, elas são uma exceção.
Segundo o governo federal, apenas 10% das grandes empresas instaladas no país
oferecem emprego na região leste.
Tentando diminuir esse "atraso", o governo federal da Alemanha criou um plano de
apoio, o Pacto de Solidariedade. Hoje em sua segunda fase, que se estenderá até
2019, o plano prevê o repasse de 156 bilhões de euros para o leste. A continuidade
e ampliação deste pacto gera divergências entre as autoridades e ainda não foi
definida.
Outra questão que coloca os dois lados em ritmos opostos é a idade da população.
Como muitos jovens saíram da Alemanha oriental para buscar melhores empregos
e condições de vida no lado ocidental, houve um envelhecimento do outro lado.
Com isso, estima-se que até 2030 um terço dos moradores do leste tenham mais de
65 anos de idade.
Alemanha: de país dividido ao mais forte da Europa
No ano da queda do muro, a então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher,
fez uma comentário que podemos chamar de profecia: "Vencemos os alemães em
duas oportunidades e aqui estão eles de volta". A declaração, dada após a queda
do Muro de Berlim em 1989, fazia referência ao receio de que a reunificação
resultasse no predomínio da Alemanha na Europa.
Hoje, o país liderado pela presidente Angela Merkel (que veio da antiga Alemanha
oriental), é visto como o líder do continente, especialmente pela forma como reagiu
à crise econômica de 2008 e à crise do euro e ainda seu posicionamento frente aos
conflitos na Líbia, quando se absteve de votar a favor da intervenção militar, e na
Ucrânia, onde o ministro do exterior interveio para evitar uma guerra civil.
A instabilidade de outros países também permitiu que a Alemanha assumisse este
papel, como uma França mergulhada em uma crise econômica, o Reino Unido
desinteressado pela União Europeia e que enfrenta pedidos de separação de uma
parte de seu território, e até mesmo Itália e Espanha, o primeiro com baixos índices
de crescimento e o segundo tentando minimizar os efeitos da crise econômica.
Desde 2005, a economia alemã cresceu 11,6% e o país tem uma das mais baixas
taxas de desemprego do continente: 5,5%. Como disse o canal de TV alemão
Deutsche Welle, um dos mais importantes canais do país, "a Alemanha deixou de
ser uma 'criança problema' da Europa, como ainda era vista na virada do milênio,
para se tornar o aluno modelo do continente".
Os outros “Muros de Berlim”