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PROJETO DE ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO
SANITÁRIO
Layane Priscila de Azevedo Silva
Bióloga e Gestora Ambiental
Mestre em Engenharia Sanitária
Analista de Saneamento na A&E Equipamentos e Serviços Ltda
Maio/ 2021
SUMÁRIO
1. Caracterização do efluente;
2. Legislação pertinente;
3. Levantamento dos dados de projeto;
4. Seleção da tecnologia de tratamento;
5. Memorial descritivo e Projeto Gráfico;
6. Literatura recomendada.
ETAPAS
1. CARACTERIZAÇÃO DO
EFLUENTE
1.1 Tipo de Efluente
 Efluente sanitário/doméstico: dejetos provenientes de
residências, empreendimentos comerciais, indústrias,
instituições ou quaisquer edificações que contenham
banheiros e/ou cozinhas; compõem-se basicamente de
líquidos de hábitos higiênicos, das necessidades fisiológicas,
restos de comida, lavagem de áreas comuns, etc.
 Efluente industrial: possui características próprias, inerentes
ao processo industrial específico; suas características
químicas, físicas e biológicas não são padronizadas, mas
variam de acordo com o ramo de atividade da indústria,
operação, matérias-primas utilizadas, etc.
2. LEGISLAÇÃO PERTINENTE
 Legislação estadual, quando houver (mais restritiva).
Fonte: Manual Técnico
001 – CPRH/2004.
2.1 Legislação local ou nacional?
Obs: RN não dispõe
de regulamentação
para o lançamento
de efluentes.
 Legislação nacional (menos restritiva).
Fonte:
CONAMA
430/2011.
2.1 Legislação local ou nacional?
 CONAMA 430/2011 – Artº 1: Esta Resolução dispõe sobre
condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do
lançamento de efluentes em corpos de água receptores.
 Não há legislação nacional para o lançamento de efluentes
tratados no solo;
 Maioria dos empreendimentos fazem lançamento no solo,
por não haver corpos receptores perenes próximos;
 Leva-se em conta as especificidades da área para definir o
padrão de lançamento. Ex: Infiltração de efluentes no solo,
em proximidades de um manancial utilizado para
abastecimento.
2.2 Lançamento por infiltração no solo
3. LEVANTAMENTO DOS DADOS
DE PROJETO
1. Caracterização do efluente (parâmetros médios esgoto sanitário);
2. Tratabilidade do efluente;
3. Vazão de esgotos (mínima, média e máxima);
4. Vazão de infiltração;
5. Destino final do esgoto tratado (infiltração ou lançamento em
corpo receptor);
6. Área disponível para ETE;
7. Clima;
8. Geração de odor;
9. Custos permitidos (porte do empreendimento);
10. Possibilidade de reúso dos efluentes tratados;
11. Profundidade de chegada do último PV.
3.1 Dados necessários para o projeto da ETE
Fonte: Von Sperling (2005).
3.1.1 Caracterização do efluente sanitário
a) Relação DQO/DBO no efluente;
• As matérias biodegradáveis são aquelas aptas à decomposição
por microrganismos, podendo ser classificadas como rapidamente,
moderadamente ou lentamente biodegradáveis (MORAVIA, 2007).
Fonte: Von Sperling (2005)
3.1.2 Tratabilidade do efluente
a) Dimensionamento da vazão de contribuição;
• População (Hab)
• Cota Per capita (L/hab.dia)
• Coeficiente de retorno
Q = P x Cp x Ce = L/dia
3.1.3 Vazões
Fonte: NBR
7229/93
(ABNT,1993)
3.1.3 Vazões
a) Dimensionamento da vazão de contribuição;
• A cota per capita varia em função do padrão do empreendimento.
3.1.3 Vazões
a) Dimensionamento da vazão de contribuição;
• A relação entre o volume de esgoto produzido e o de consumo de
água denomina-se coeficiente de retorno.
Fonte: NBR
9649/86
(ABNT,1993)
3.1.3 Vazões
b) Dimensionamento da vazão de infiltração;
• As infiltrações podem ter as seguintes origens:
 Subsolo (Nível máximo do lençol freático)
 Encaminhamento acidental de águas pluviais
 Encaminhamento clandestino de águas pluviais
• A infiltrações podem ocorrer:
 Paredes das tubulações
 Juntas das tubulações
 Dispositivos acessórios da rede (PV, TIL, TL, EEE)
3.1.3 Vazões
b) Dimensionamento da vazão de infiltração;
QINF = TINF x Extensão da rede = L/s
Fonte: NBR
9649/86
(ABNT,1993)
c) Dimensionamento da vazão média;
QMÉD = Q + QINF
3.1.3 Vazões
NÃO ESQUECER DE
COMPATIBILIZAR AS
UNIDADES DAS VAZÕES!!!
3.1.3 Vazões
d) Dimensionamento da vazão máxima;
• Multiplicar a vazão de contribuição (Q) pelo coeficiente de vazão
máxima diária (K1) e horária (K2).
Fonte: NBR
9649/86
(ABNT,1993)
d) Dimensionamento da vazão máxima;
QMÁX = (Q x K1 x K2) + QINF
3.1.3 Vazões
A QINF DEVE SER SOMADA!!
3.1.3 Vazões
e) Dimensionamento da vazão mínima;
• Multiplicar a vazão de contribuição (Q) pelo coeficiente de vazão
mínima (K2).
Fonte: NBR
9649/86
(ABNT,1993)
e) Dimensionamento da vazão mínima;
QMÍN = (Q x K2) + QINF
3.1.3 Vazões
A QINF DEVE SER SOMADA!!
3.1.4 Destino Final
3.1.5 Área disponível para ETE
3.1.6 Clima
• A faixa ótima de temperatura para a atividade microbiológica é entre
25 a 35ºC. (JORDÃO & PESSÔA, 2011).
• A diminuição da temperatura afeta o desempenho de todos os
processos biológicos. A diminuição em 10ºC reduz a atividade
microbiológica pela metade (KLUSERNER, 2006).
3.1.7 Geração de odor
• Proximidade das residências;
• Tecnologia para o tratamento dos gases.
3.1.8 Custos permitidos
• Sistemas centralizados x descentralizados
• Sistemas centralizados: são destinados a coletar, transportar,
reunir, tratar e dispor os efluentes. As ETEs são construídas em
regiões periféricas, na qual redes de tubulações e elevatórias
permitem a coleta e o transporte dos esgotos. Apresenta alto custo de
implantação e manutenção, alto consumo energético e tecnologias
onerosas específicas para atender a demanda das grandes cidades.
• Sistemas descentralizados: são autônomos e visam atender ao
grupo que não possui acesso ao saneamento básico,
compreendendo núcleos isolados e de baixa renda. Exigem a
participação das comunidades usuárias, as quais assumem a
responsabilidade pela construção ou pela operação de métodos
tradicionais de tratamento.
3.1.8 Custos permitidos
3.1.9 Profundidade de chegada do esgoto
• Escavação;
• Altura do tanque de equalização;
• Dimensionar a altura manométrica das bombas de recalque.
3.1.10 Possibilidade de reúso do esgoto tratado
a) Distribuição de água no mundo
3.1.10 Possibilidade de reúso do esgoto tratado
b) Distribuição de água no Brasil
3.1.10 Possibilidade de reúso do esgoto tratado
c) Demandas de água no mundo
Reúso
Reúso
Reúso
Uso Racional
3.1.9 Possibilidade de reúso do esgoto tratado
d) Cenário brasileiro
 No Brasil, ainda não existe uma
legislação federal que regulamente o
reúso de água;
 Falta de conhecimento e da importância
do reúso gera incredibilidade;
 a maioria das ETEs brasileiras não
apresentam segurança no projeto,
operação, manutenção e monitoramento
dos efluentes. Esses fatores, aliados a
não fiscalização prejudicam a
confiabilidade e disseminação do reúso.
3.1.10 Possibilidade de reúso do esgoto tratado
d) Cenário brasileiro
4. SELEÇÃO DA TECNOLOGIA DE
TRATAMENTO
 Conhecer as
tecnologias;
 Aplicações;
 Eficiências.
4.1 Tecnologias para tratamento de esgotos
 Pré-tratamento
 Elevatória de esgoto bruto
 Reator Anaeróbio de Manto de Lodo (UASB)
 Filtro Biológico Aerado Submerso
 Decantador secundário
 Desinfecção com Cloro
 Pós-tratamento para reúso
 Remoção: 85-95% DBO, 75-90% DQO, 90-95% SS, 1-2 unid. Log de CT
resultantes
 ETE compacta, requerendo menor área para instalação;
 Os gases odoríferos são coletados e neutralizados;
 Baixa produção de lodo, sendo esse com alto grau de estabilização e
adensamento;
 Baixo custo de manutenção;
 Simplicidade operacional.
4.2 Linha A&E Saneamento – BIOFIBER SMART
4.2 Linha A&E Saneamento – BIOFIBER SMART
5. MEMORIAL DESCRITIVO E
PROJETO GRÁFICO
1. Justificativa do tratamento
2. Descrição do tratamento;
3. Memória de cálculo;
4. Especificações técnicas;
5. Referências bibliográficas.
5.1 Composição do memorial descritivo
5.2 Peças Gráficas
1. Planta baixa;
2. Vistas (lateral e frontal);
3. Isométrico;
4. Casa de operação;
5. Locação das bases;
6. Implantação.
5.2 Peças Gráficas
a) Planta baixa + vistas
5.2 Peças Gráficas
b) Isométrico
5.2 Peças Gráficas
c) Casa de operação
5.2 Peças Gráficas
d) Locação das bases
5.2 Peças Gráficas
e) implantação
6. LITERATURA RECOMENDADA
Obrigada!
(84) 994052799
layane_azevedo@hotmail.com
sep@aesaneamento.com.br

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  • 1. PROJETO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO Layane Priscila de Azevedo Silva Bióloga e Gestora Ambiental Mestre em Engenharia Sanitária Analista de Saneamento na A&E Equipamentos e Serviços Ltda Maio/ 2021
  • 2. SUMÁRIO 1. Caracterização do efluente; 2. Legislação pertinente; 3. Levantamento dos dados de projeto; 4. Seleção da tecnologia de tratamento; 5. Memorial descritivo e Projeto Gráfico; 6. Literatura recomendada. ETAPAS
  • 4. 1.1 Tipo de Efluente  Efluente sanitário/doméstico: dejetos provenientes de residências, empreendimentos comerciais, indústrias, instituições ou quaisquer edificações que contenham banheiros e/ou cozinhas; compõem-se basicamente de líquidos de hábitos higiênicos, das necessidades fisiológicas, restos de comida, lavagem de áreas comuns, etc.  Efluente industrial: possui características próprias, inerentes ao processo industrial específico; suas características químicas, físicas e biológicas não são padronizadas, mas variam de acordo com o ramo de atividade da indústria, operação, matérias-primas utilizadas, etc.
  • 6.  Legislação estadual, quando houver (mais restritiva). Fonte: Manual Técnico 001 – CPRH/2004. 2.1 Legislação local ou nacional? Obs: RN não dispõe de regulamentação para o lançamento de efluentes.
  • 7.  Legislação nacional (menos restritiva). Fonte: CONAMA 430/2011. 2.1 Legislação local ou nacional?
  • 8.  CONAMA 430/2011 – Artº 1: Esta Resolução dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores.  Não há legislação nacional para o lançamento de efluentes tratados no solo;  Maioria dos empreendimentos fazem lançamento no solo, por não haver corpos receptores perenes próximos;  Leva-se em conta as especificidades da área para definir o padrão de lançamento. Ex: Infiltração de efluentes no solo, em proximidades de um manancial utilizado para abastecimento. 2.2 Lançamento por infiltração no solo
  • 9. 3. LEVANTAMENTO DOS DADOS DE PROJETO
  • 10. 1. Caracterização do efluente (parâmetros médios esgoto sanitário); 2. Tratabilidade do efluente; 3. Vazão de esgotos (mínima, média e máxima); 4. Vazão de infiltração; 5. Destino final do esgoto tratado (infiltração ou lançamento em corpo receptor); 6. Área disponível para ETE; 7. Clima; 8. Geração de odor; 9. Custos permitidos (porte do empreendimento); 10. Possibilidade de reúso dos efluentes tratados; 11. Profundidade de chegada do último PV. 3.1 Dados necessários para o projeto da ETE
  • 11. Fonte: Von Sperling (2005). 3.1.1 Caracterização do efluente sanitário
  • 12. a) Relação DQO/DBO no efluente; • As matérias biodegradáveis são aquelas aptas à decomposição por microrganismos, podendo ser classificadas como rapidamente, moderadamente ou lentamente biodegradáveis (MORAVIA, 2007). Fonte: Von Sperling (2005) 3.1.2 Tratabilidade do efluente
  • 13. a) Dimensionamento da vazão de contribuição; • População (Hab) • Cota Per capita (L/hab.dia) • Coeficiente de retorno Q = P x Cp x Ce = L/dia 3.1.3 Vazões
  • 14. Fonte: NBR 7229/93 (ABNT,1993) 3.1.3 Vazões a) Dimensionamento da vazão de contribuição; • A cota per capita varia em função do padrão do empreendimento.
  • 15. 3.1.3 Vazões a) Dimensionamento da vazão de contribuição; • A relação entre o volume de esgoto produzido e o de consumo de água denomina-se coeficiente de retorno. Fonte: NBR 9649/86 (ABNT,1993)
  • 16. 3.1.3 Vazões b) Dimensionamento da vazão de infiltração; • As infiltrações podem ter as seguintes origens:  Subsolo (Nível máximo do lençol freático)  Encaminhamento acidental de águas pluviais  Encaminhamento clandestino de águas pluviais • A infiltrações podem ocorrer:  Paredes das tubulações  Juntas das tubulações  Dispositivos acessórios da rede (PV, TIL, TL, EEE)
  • 17. 3.1.3 Vazões b) Dimensionamento da vazão de infiltração; QINF = TINF x Extensão da rede = L/s Fonte: NBR 9649/86 (ABNT,1993)
  • 18. c) Dimensionamento da vazão média; QMÉD = Q + QINF 3.1.3 Vazões NÃO ESQUECER DE COMPATIBILIZAR AS UNIDADES DAS VAZÕES!!!
  • 19. 3.1.3 Vazões d) Dimensionamento da vazão máxima; • Multiplicar a vazão de contribuição (Q) pelo coeficiente de vazão máxima diária (K1) e horária (K2). Fonte: NBR 9649/86 (ABNT,1993)
  • 20. d) Dimensionamento da vazão máxima; QMÁX = (Q x K1 x K2) + QINF 3.1.3 Vazões A QINF DEVE SER SOMADA!!
  • 21. 3.1.3 Vazões e) Dimensionamento da vazão mínima; • Multiplicar a vazão de contribuição (Q) pelo coeficiente de vazão mínima (K2). Fonte: NBR 9649/86 (ABNT,1993)
  • 22. e) Dimensionamento da vazão mínima; QMÍN = (Q x K2) + QINF 3.1.3 Vazões A QINF DEVE SER SOMADA!!
  • 25. 3.1.6 Clima • A faixa ótima de temperatura para a atividade microbiológica é entre 25 a 35ºC. (JORDÃO & PESSÔA, 2011). • A diminuição da temperatura afeta o desempenho de todos os processos biológicos. A diminuição em 10ºC reduz a atividade microbiológica pela metade (KLUSERNER, 2006).
  • 26. 3.1.7 Geração de odor • Proximidade das residências; • Tecnologia para o tratamento dos gases.
  • 27. 3.1.8 Custos permitidos • Sistemas centralizados x descentralizados • Sistemas centralizados: são destinados a coletar, transportar, reunir, tratar e dispor os efluentes. As ETEs são construídas em regiões periféricas, na qual redes de tubulações e elevatórias permitem a coleta e o transporte dos esgotos. Apresenta alto custo de implantação e manutenção, alto consumo energético e tecnologias onerosas específicas para atender a demanda das grandes cidades. • Sistemas descentralizados: são autônomos e visam atender ao grupo que não possui acesso ao saneamento básico, compreendendo núcleos isolados e de baixa renda. Exigem a participação das comunidades usuárias, as quais assumem a responsabilidade pela construção ou pela operação de métodos tradicionais de tratamento.
  • 29. 3.1.9 Profundidade de chegada do esgoto • Escavação; • Altura do tanque de equalização; • Dimensionar a altura manométrica das bombas de recalque.
  • 30. 3.1.10 Possibilidade de reúso do esgoto tratado a) Distribuição de água no mundo
  • 31. 3.1.10 Possibilidade de reúso do esgoto tratado b) Distribuição de água no Brasil
  • 32. 3.1.10 Possibilidade de reúso do esgoto tratado c) Demandas de água no mundo Reúso Reúso Reúso Uso Racional
  • 33. 3.1.9 Possibilidade de reúso do esgoto tratado d) Cenário brasileiro  No Brasil, ainda não existe uma legislação federal que regulamente o reúso de água;  Falta de conhecimento e da importância do reúso gera incredibilidade;  a maioria das ETEs brasileiras não apresentam segurança no projeto, operação, manutenção e monitoramento dos efluentes. Esses fatores, aliados a não fiscalização prejudicam a confiabilidade e disseminação do reúso.
  • 34. 3.1.10 Possibilidade de reúso do esgoto tratado d) Cenário brasileiro
  • 35. 4. SELEÇÃO DA TECNOLOGIA DE TRATAMENTO
  • 36.  Conhecer as tecnologias;  Aplicações;  Eficiências. 4.1 Tecnologias para tratamento de esgotos
  • 37.  Pré-tratamento  Elevatória de esgoto bruto  Reator Anaeróbio de Manto de Lodo (UASB)  Filtro Biológico Aerado Submerso  Decantador secundário  Desinfecção com Cloro  Pós-tratamento para reúso  Remoção: 85-95% DBO, 75-90% DQO, 90-95% SS, 1-2 unid. Log de CT resultantes  ETE compacta, requerendo menor área para instalação;  Os gases odoríferos são coletados e neutralizados;  Baixa produção de lodo, sendo esse com alto grau de estabilização e adensamento;  Baixo custo de manutenção;  Simplicidade operacional. 4.2 Linha A&E Saneamento – BIOFIBER SMART
  • 38. 4.2 Linha A&E Saneamento – BIOFIBER SMART
  • 39. 5. MEMORIAL DESCRITIVO E PROJETO GRÁFICO
  • 40. 1. Justificativa do tratamento 2. Descrição do tratamento; 3. Memória de cálculo; 4. Especificações técnicas; 5. Referências bibliográficas. 5.1 Composição do memorial descritivo
  • 41. 5.2 Peças Gráficas 1. Planta baixa; 2. Vistas (lateral e frontal); 3. Isométrico; 4. Casa de operação; 5. Locação das bases; 6. Implantação.
  • 42. 5.2 Peças Gráficas a) Planta baixa + vistas
  • 43. 5.2 Peças Gráficas b) Isométrico
  • 44. 5.2 Peças Gráficas c) Casa de operação
  • 45. 5.2 Peças Gráficas d) Locação das bases
  • 46. 5.2 Peças Gráficas e) implantação
  • 48.

Notas do Editor

  1. - No RN não há legislação local
  2. Menos restritiva, para que a estadual possa ser mais restritiva.
  3. - CONAMA 430 é para lançamento em corpo receptor
  4. - porte: 1 residencia, minha casa minha vida, condomínio alto padrão (permite acrescentar um sistema de reúso)
  5. Vai indicar qual o tipo de tratamento adotado, se biológico, físico químico ou misto, associando os dois tipos. DBO: demanda de oxigênio para estabilizar bioquimicamente a matéria orgânica (medida indireta do teor de matéria orgânica a partir do consumo de oxigênio dissolvido). DQO: demanda de oxigênio para estabilizar quimicamente a matéria orgânica (parcela não biodegradável). -relação DQO/DBO quem vai indicar a biodegradabilidade do esgoto, ou seja, se há uma fração biologicamente degradável nesse efluente que justifique a implantação de um tratamento biológico. Caso contrário faz-se necessário implantar um tratamento físico-químico.
  6. Vai indicar qual o tipo de tratamento adotado, se biológico, físico químico ou misto, associando os dois tipos. DBO: demanda de oxigênio para estabilizar bioquimicamente a matéria orgânica (medida indireta do teor de matéria orgânica a partir do consumo de oxigênio dissolvido). DQO: demanda de oxigênio para estabilizar quimicamente a matéria orgânica (parcela não biodegradável). -relação DQO/DBO quem vai indicar a biodegradabilidade do esgoto, ou seja, se há uma fração biologicamente degradável nesse efluente que justifique a implantação de um tratamento biológico. Caso contrário faz-se necessário implantar um tratamento físico-químico.
  7. Vai indicar qual o tipo de tratamento adotado, se biológico, físico químico ou misto, associando os dois tipos. DBO: demanda de oxigênio para estabilizar bioquimicamente a matéria orgânica (medida indireta do teor de matéria orgânica a partir do consumo de oxigênio dissolvido). DQO: demanda de oxigênio para estabilizar quimicamente a matéria orgânica (parcela não biodegradável). -relação DQO/DBO quem vai indicar a biodegradabilidade do esgoto, ou seja, se há uma fração biologicamente degradável nesse efluente que justifique a implantação de um tratamento biológico. Caso contrário faz-se necessário implantar um tratamento físico-químico.
  8. O oposto também é ruim. Quando são as águas residuais da chuva que caem equivocadamente na rede de esgoto, aumentam as chances de extravasamentos, com o retorno do esgoto para as residências. Esse problema causa um enorme transtorno, pois toda a sujeira e mau cheiro do esgoto acabam retornando para dentro de casa, o que não é nada agradável! Isso acontece porque a tubulação da rede de esgoto foi dimensionada para receber somente o volume de resíduos líquidos gerado pelas residências. A presença da água da chuva, assim, sobrecarrega o sistema de coleta de esgoto e pode até provocar o rompimento das tubulações. Mesmo quando a estrutura consegue suportar o volume excessivo de água, a eficiência do tratamento fica prejudicada porque o esgoto já chega muito diluído.
  9. Vai indicar qual o tipo de tratamento adotado, se biológico, físico químico ou misto, associando os dois tipos. DBO: demanda de oxigênio para estabilizar bioquimicamente a matéria orgânica (medida indireta do teor de matéria orgânica a partir do consumo de oxigênio dissolvido). DQO: demanda de oxigênio para estabilizar quimicamente a matéria orgânica (parcela não biodegradável). -relação DQO/DBO quem vai indicar a biodegradabilidade do esgoto, ou seja, se há uma fração biologicamente degradável nesse efluente que justifique a implantação de um tratamento biológico. Caso contrário faz-se necessário implantar um tratamento físico-químico.
  10. Porque já que é considerada água pluvial, teoricamente ela não tem carga, portanto não pode ser multiplicada com a vazão de contribuição de esgoto, que tem matéria orgânica.
  11. Vai indicar qual o tipo de tratamento adotado, se biológico, físico químico ou misto, associando os dois tipos. DBO: demanda de oxigênio para estabilizar bioquimicamente a matéria orgânica (medida indireta do teor de matéria orgânica a partir do consumo de oxigênio dissolvido). DQO: demanda de oxigênio para estabilizar quimicamente a matéria orgânica (parcela não biodegradável). -relação DQO/DBO quem vai indicar a biodegradabilidade do esgoto, ou seja, se há uma fração biologicamente degradável nesse efluente que justifique a implantação de um tratamento biológico. Caso contrário faz-se necessário implantar um tratamento físico-químico.
  12. Porque já que é considerada água pluvial, teoricamente ela não tem carga, portanto não pode ser multiplicada com a vazão de contribuição de esgoto, que tem matéria orgânica.
  13. Pq tecnologias onerosas? Geralmente os corpos receptores que atravessam as grandes cidades já estão com a sua capacidade de suporte quase exauridas para alguns componentes, principalmente nutrientes. A exemplo do Rio Potengi. A CAERN havia projetado as grandes ETEs do projeto Natal 100% saneada apenas para a remoção de matéria orgânica e patógenos. No entanto, na etapa do licenciamento (câmara aprovou na semana passada o projeto de lei que dispensa o licenciamento ambiental para algumas atividades, e uma delas é a ETE), foi feito um estudo da capacidade de suporte do rio potengi e foi verificado que ele não tem mais condições de receber elevadas concentrações de nitrogênio e fósforo. Desta forma o projeto não foi aprovado, e a CAERN necessitou se adequar e revisar o projeto, incluindo as etapas de remoção desses nutrientes. Isso mostra a importância do licenciamento, até mesmo para obras de infraestrutura, para garantir a defesa do meio ambiente. Autonomos: O esgoto é coletado, tratado e descartado (ou reutilizado) próximo ao local da geração”. Tem condições de eu colocar uma flotação por ar dissolvido, com bomba de alta pressão, compressor de alta, regulagem das bolhas etc, numa comunidade rural do menor interior de um estado? Um sistema oneroso, complexo de operar, que demanda alto custo energético? Nos precisamos pensar num sistema economicamente viável, não apenas na implantação, mas nos insumos, na manutenção, na operação e na qualificação de mão de obra que ele requer, pra aquela estação não virar um elefante branco.
  14. Fossa filtro bem operado e bem dimensionado
  15. Fossa filtro bem operado e bem dimensionado
  16. Fossa filtro bem operado e bem dimensionado
  17. Fossa filtro bem operado e bem dimensionado
  18. Fossa filtro bem operado e bem dimensionado
  19. Fossa filtro bem operado e bem dimensionado
  20. Fossa filtro bem operado e bem dimensionado
  21. São muitas tecnologias, vcs vão ter que atender a todos esses requisistos que já falamos anteriormente: requisitos legais, custos, área etc Com a experiencia e bastante estudo que vcs terão essa expertise Tem esse quadro do livro de introdução a qualidade da água e ao tratamento de esgotos do von sperling, que eu gosto muito.
  22. - Insumo: hipoclorito
  23. - Insumo: hipoclorito
  24. local, diagnóstico dos efluentes, legislação pertinente, eficiência da ETE etc; Descrição básica de cada unidade de tratamento Dimensionamento de cada unidade de tratamento Especificações de todos os materiais da ETE, inclusive os acessórios, como: escada, passarela, quadro de comando etc.