2. Introdução
Os poríferos ou Porífera é um filo do
reino Animalia, sub-reino Parazoa,
onde se enquadram os animais
conhecidos como esponjas. Surgiram
provavelmente há cerca de 1 bilhão de
anos. Supõe-se que eles sejam
originados de seres unicelulares e
heterótrofos que se agrupam em
colônias.
3. Histórico
• Foram incluídos no primeiro tratado sobre classificação de organismos,
escrito em 350 A.C. na Grécia clássica por Aristóteles;
• Foram reconhecidos como animais no final do século XVIII (quando se
observaram as correntes de água no seu corpo);
• O naturalista inglês R.E. Grant foi quem primeiro compreendeu a anatomia e
fisiologia das esponjas e criou o nome Porífera;
• A elevação de Porífera ao nível de Filo, sugerida por Huxley em 1875 e por
Sollas em 1884, só foi aceita no início do século XX.
4. Características
• Não possuem tecidos bem definidos;
• Não apresentam órgãos e nem
sistemas;
• São exclusivamente aquáticos,
predominantemente marinhos, mas
existem algumas espécies que vivem
em água doce.
5. Os poríferos vivem fixos a rochas ou a estruturas
submersas, como conchas. Podem ser encontrados
desde as regiões mais rasas das praias até profundidades
de aproximadamente 6 mil metros.
Alimentam-se de restos orgânicos ou de
micro-organismos que capturam filtrando
a água que penetra em seu corpo.
6. O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa
divisão de trabalho. Algumas dessas células são organizadas de tal
maneira que formam pequenos orifícios, denominados poros.
Átrio: cavidade central.
A parede do corpo é revestida externamente por células achatadas
que formam a epiderme;
E internamente a parede do corpo é revestida por células
denominadas coanócitos.
Estrutura Corporal
7.
8. Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água
que penetra em seu corpo, retirando dela alimento e gás
oxigênio.
A água com resíduos do metabolismo desses animais é
eliminada para o ambiente por meio de uma abertura
denominada ósculo.
O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de
substâncias. Entre elas destacam-se as espícolas de calcário
ou de sílica, com formas variadas, e uma rede de proteína
chamada espongina.
9.
10. Além de atuar como defesa contra predadores e infecções
microbianas, essas substâncias tóxicas expelidas pelas
esponjas, são vantajosas na competição por espaço que os
poríferos travam com outros invertebrados, como os corais, e
até mesmo com outras esponjas. Isso permite a algumas
esponjas cresçam rapidamente. Também são muito comuns
relações de comensalismo.
Mecanismos de defesa
11. Reprodução:
A reprodução dos poríferos pode ser assexuada ou sexuada.
Assexuada: Ocorrem por três processos.
Regeneração: Qualquer parte cortada de uma esponja tem a capacidade de se
tornar uma nova esponja completa.
Gemulação: Consiste na produção de gêmulos, um grupo de ameboides que
são envolvidos por uma membrana grossa e resistente.
12. Brotamento: consiste na formação de um broto
a partir da esponja-mãe. Os brotos podem se
separar, constituindo novos animais.
13. Sexuada. Neste caso, quando os espermatozóides
(gametas masculinos) estão maduros, eles saem
pelo ósculo, junto com a corrente de água, e
penetram em outra esponja, onde um deles
fecunda um óvulo (gameta feminino). Após a
fecundação, que é interna, forma-se uma célula
ovo ou zigoto, que se desenvolve e forma uma
larva. A larva sai do corpo da esponja, nada com a
ajuda de cílios e se fixa, por exemplo, numa rocha,
onde se desenvolve até originar uma nova esponja.
14.
15. Tipos de esponjas
Reconhecem-se três tipos estruturas de esponjas: ascon,
sicon e lêucon, que diferem entre si pela complexidade da
parede do corpo.
Ascon: A parede é fina e possui poros inalantes que se abrem
diretamente na espongiocela. Esta é revestida por coanócitos.
As esponjas do gênero Leucosoleina pertecem aos ascons.
16. Sicon: A parede do corpo é formada por projeções em forma de dedos.
Identificam-se dois tipos de canais: os inalantes e os radiais. A água
penetra pelas camadas radiais, indo para a espongiocela. Os canais radiais
são revestidos internamente por coanócitos.
Lêucon: a parede do corpo é mais espessa e percorrida por um
complicado sistema de canais. Há canais inalantes e exalantes e, entre
eles, câmaras revestidas por coanócitos. A água penetra pelos canais
inalantes, passa por câmaras vibráteis e vai à espongiocela pelos canais
exalantes. As esponjas adultas não se locomovem.
17.
18. Classes
As três principais classes de esponjas são: Calcárias,
hexactinélidas e desmospôngias.
Calcárias: possuem espículas de carbonato de cálcio. Nessa
classe encontram-se esponjas dos tipos oscon, sicon e
leucon. São esponjas pequenas e vivem em águas rasas.
19. Hexactinálidas: possuem espículas silicosas. Na maioria das
vezes essas espículas formam uma rede que se assemelha a
vidro quando seca, por isso são conhecidas como esponjas-
de-vidro.
20. Desmospôngias: possuem
espículas silicosas, fibras de
espongina ou ambas. A esta
classe pertence a maioria das
esponjas. São todas do tipo
leucon e apresentam formatos
irregulares. Vivem em águas
rasas e profundas, e entre elas
estão as esponjas de banho.
21. Curiosidades
São usadas como esponjas de banho, cujo ápice se deu na década de 30
em locais como Cuba, Flórida e Bahamas. Atualmente são mais usadas as
esponjas sintéticas, por terem menor custo destas.
Estes organismos são bioindicadores da qualidade da água, sendo,
inclusive, bastante solicitadas em trabalhos de monitoramento ambiental.
22. São, ainda, um dos grupos de
organismos com maior porcentagem de
espécies produtoras de compostos
antibióticos, antitumorais e antivirais.
Cerca de uma dúzia de espécies do
litoral sudeste têm atividade antifúngica
demonstrada. Estes recursos podem ser
explorados por meio de cinco métodos
básicos: extrativismo direto, síntese
química, aquacultura, engenharia
genética, e cultura de células.