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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA
COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI
Coordenação de Perícia de Incêndios
Estágio de Nivelamento de Peritos Militares da 6ª RM
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COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI
Coordenação de Perícia de Incêndios
OBJETIVOS:
• Incêndios Provocados por curto circuito, criminoso ou não;
• Conceituar aceleradores;
• Comportamento extremo do fogo;
• BLEVE;
• Estudo do epicentro
• Ondas de pressão
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Coordenação de Perícia de Incêndios
A investigação e perícia de incêndio é o processo de elucidação dos fatores e
circunstâncias que proporcionaram o surgimento, o desenvolvimento e a extinção
do incêndio.
O objetivo da perícia de incêndio e explosões para os Corpos de Bombeiros
consiste em avaliar e mensurar o complexo que envolve o sistema de segurança
contra incêndio e pânico.
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Essa avaliação tem a função de aprimorar a educação acerca da prevenção de
incêndio, concepção de normas técnicas, otimização do desempenho dos
profissionais envolvidos na prevenção e combate a incêndio, melhoria da relação
custo/benefício dos sistemas de prevenção ao incêndio, inovação tecnológica dos
equipamentos de prevenção e combate e dos materiais envolvidos no surgimento e
propagação dos incêndios.
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São finalidades da Atividade de Investigação e Perícia de Incêndio:
a) Apurar as causas de incêndios;
b) Levantar dados necessários à prevenção de incêndios, verificando a adequabilidade,
aplicabilidade, a conveniência e o cumprimento das normas técnicas vigentes;
c) Verificar a eficiência do uso dos recursos preventivos existentes, com vistas à
orientação adequada do público interno e externo;
d) Fornecer dados para divulgação de riscos e para o aprimoramento do senso de risco
do público externo e interno, através de ações educativas;
e) Verificar o desenvolvimento das operações de socorro, visando à eficiência
operacional da Corporação;
f) Verificar os riscos aos quais são submetidas as guarnições para orientar os cuidados
necessários ao combate a incêndio;
g) Coletar dados técnico-científicos com vistas à adequação de equipamentos,
normalização técnica, e treinamento da tropa;
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INCÊNDIOS RELACIONADOS À ELETRICIDADE
O manuseio incorreto da energia elétrica gera situações de risco para a vida e o
patrimônio, existindo uma relação entre o uso da eletricidade e a ocorrência de
sinistros.
Quando se relaciona incêndio ao fator eletricidade podem-se citar várias
vertentes dessas ocorrências como, por exemplo: incêndios residenciais, em
comércios e indústrias, em veículos, em vegetação, relacionados às descargas
atmosféricas, equipamentos eletroeletrônicos, subestações de energia entre
outros.
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Coordenação de Perícia de Incêndios
A norma brasileira NBR 5410, que trata das instalações elétricas em baixa tensão,
da ABNT, entre outras, possuem apenas um caráter orientativo, não havendo a
obrigatoriedade de seguir as orientações necessárias para fins de segurança das
instalações e de seus usuários.
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As instalações elétricas podem ser geradoras de fonte de ignição
por meio de suas conexões (contato imperfeito ou desconexão
parcial), de faíscas (centelhamento), de arcos elétricos (arco
voltaico), de curto-circuito, de sobrecarga e de outros fenômenos
elétricos
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Efeito Joule
Define-se como efeito Joule a passagem da corrente elétrica por um condutor que
provoca o aumento de temperatura e a consequente liberação de energia na forma de
calor
Q (J) é o calor gerado;
i (A) é a corrente elétrica que percorre o condutor com
determinada resistência (R);
R (Ω) é a resistência elétrica do condutor e;
t (s) é o intervalo de tempo em que a corrente elétrica
percorre o condutor.
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Fusão e Traço de Fusão
Define-se fusão como a mudança do estado sólido para o estado líquido de uma
substância qualquer, provocada por aquecimento.
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Coordenação de Perícia de Incêndios
Em um cenário de incêndio o perito em incêndio e explosões irá encontrar,
provavelmente, metais que sofreram fusão pelas mais diversas formas. Isso ocorre pelo
fato de, durante a fase desenvolvida do incêndio, as temperaturas atingirem valores
acima de 800 ºC, calor suficiente para que alguns metais sofram o processo de fusão.
Para o estudo correto dos fenômenos elétricos, faz-se necessário distinguir, de forma
precisa, o conceito de fusão e o conceito de traço de fusão no âmbito da perícia em
incêndio relacionado com a eletricidade.
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Coordenação de Perícia de Incêndios
O traço de fusão é definido como a mudança do estado físico (fusão) de um metal
qualquer, provocada por um fenômeno elétrico, e posterior retorno ao estado original de
antes do incêndio (solidificação).
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Para definição da causa do incêndio, torna-se imperioso a distinção entre os conceitos
de traço de fusão primário e traço de fusão secundário.
Traço de fusão indicando a existência de um curto circuito. Incêndio ocorrido no
em junho de 2016 no Conjunto Vera Cruz, Goiânia. Incêndio ocorrido em junho de
2016 no Conjunto Vera Cruz II, Goiânia. Fonte: CIPI/CBMGO 2016
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TRAÇO DE FUSÃO PRIMÁRIO
É definido como o fenômeno elétrico que causou o incêndio. O
traço de fusão primário é produzido quando a temperatura
não é tão elevada antes do momento da ocorrência do curto-
circuito, mas localmente esta atinge valores da ordem de
2000°C a 3000°C no momento do curto-circuito. Como
resultado de tal elevação térmica localizada, a superfície do
material condutor em contato, funde-se dando origem,
geralmente, a uma superfície polida, esférica e concentrada.
Traço de fusão primário
Fonte: https://www.yumpu.com/pt/document/view/12562806/incendios-
relacionados-com-eletricidadecppt/15
TRAÇO DE FUSÃO SECUNDÁRIO
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É definido como a consequência de um fenômeno elétrico
causado pelo incêndio. É o traço de fusão produzido pela
combustão do material isolante sobre o condutor
energizado que ocasionou o curto-circuito. Caracteriza-se
por possuir menor grau de polidez, maior rugosidade na
superfície do traço e que apresenta uma forma mais
irregular e de menor densidade Traço de fusão secundário com aumento de 30x
Fonte: Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e
Inovação (CRTI, 2016) em parceria com o Centro de
Investigação e Perícia de Incêndio (CIPI/CBMGO)
Podem ainda ser encontrados restos de material, como a
cobertura isolante, fundidos junto ao traço.
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Assim, cabe ao perito em incêndio e explosões caracterizar e identificar o tipo de traço
de fusão como consequência de um determinado fenômeno elétrico e delimitá-lo, com
exatidão, a possível causa do incêndio (traço de fusão primário) ou como resultado
dele (traço de fusão secundário).
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Traço de fusão
Incêndio ocorrido em janeiro de 2017 na Cidade Satélite São Luiz, Aparecida de
Goiânia. Fonte: CIPI/CBMGO 2017
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Curto-circuito
Quando pontos distintos, que apresentam certa diferença de potencial (ddp) ou
tensão elétrica (voltagem), entram em contato direto. Esse fenômeno ocasiona a
formação de uma elevada corrente elétrica associada a uma rápida elevação da
temperatura no local do contato causando a fusão dos materiais que se tocaram.
Curtos-circuitos não interrompidos provocam grande dissipação térmica causando a
deterioração do isolamento da fiação, o que pode resultar em combustão e, se
houver algum material combustível próximo há a possibilidade de se iniciar um
incêndio.
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Quando há o contato de partes desencapadas de condutores elétricos com regiões
condutoras, por exemplo, estruturas metálicas, denomina-se um curto-circuito
indireto.
O curto-circuito direto ocorre pelo contato de dois fios condutores.
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As principais causas que podem levar a ocorrência de um curto-circuito são:
- danos mecânicos ao material isolante;
- degradação do material dielétrico por passagem de corrente acima de sua capacidade;
- degradação do material dielétrico por subdimensionamento;
- utilização de conexões inadequadas;
- utilização de componentes na instalação subdimensionados.
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Aceleradores ou Acelerantes
Os acelerantes, como o próprio nome indica, são utilizados com o propósito de se
alcançar a rápida generalização e a consumação do incêndio no mais curto tempo
possível, à primeira vista, impedindo a revelação da verdadeira causa determinante.
Os acelerantes normalmente são compostos químicos orgânicos inflamáveis, voláteis,
com um baixo ponto de ebulição, com composição complexa. Os acelerantes mais usados
são gasolina, querosene, combustível diesel, diluente (como tíner e aguarrás) e solventes
orgânicos com um baixo ponto de ebulição (como álcool e acetona).
Acelerantes podem ser encontrados nos estados gasoso, líquido e sólido.
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Aceleradores
A ASTM – American Society Testing and Materials, uma organização reconhecida a nível
mundial pela produção de normas voluntárias para uma gama de campos, define 05 (cinco)
classes principais de acelerantes e uma categoria adicional marcada como miscelânea. As
cinco classes acelerantes na perícia de incêndios provocados são:
CLASSE ACELERANTES EXEMPLO
Classe 1 Destilados leves de petróleo Éter.
Classe 2 Todos os tipos de gasolina Gasolina.
Classe 3 Destilados médios de petróleo Solventes de pintura, solventes minerais, etc.
Classe 4 Querosene e alguns tipos de inseticida Querosene de aviação, inseticida com solvente inflamável.
Classe 5 Derivados pesados do petróleo Diesel, óleo de calefação.
Incêndios e Explosivos, por ARAGÃO,2020, 2ª Edição, pag. 310.
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COMPORTAMENTO EXTREMO
DO FOGO
✓ Flashing over;
✓ Back draft;
✓ Boil over;
✓ Bleve.
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Flashover
Momento em que todos os materiais presentes no ambiente, em virtude da
ação da fumaça quente e inflamável, entram em ignição após sofrerem a
pirólise.
Generalização do incêndio
É a generalização do incêndio, no qual todos os materiais presentes se
inflamam após terem atingido seus respectivos pontos de ignição.
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Generalização do incêndio (flashover)
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Back draft
É a deflagração rápida e violenta da fumaça aquecida e acumulada no ambiente pobre em
oxigênio, em forma de explosão, no momento em que essa massa gasosa entra em contato
com o oxigênio.
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Explosão da fumaça - Backdraft
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Coordenação de Perícia de Incêndios
É um fenômeno extremamente perigoso
que ocorre durante incêndios envolvendo
líquidos inflamáveis, como óleo ou
substâncias petroquímicas. Esse
fenômeno é caracterizado pela reação
violenta que ocorre quando água é
aplicada em um incêndio pré-existente
desse tipo de líquido.
Boil over - Explosão por Ebulição
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Boil over - Explosão por Ebulição
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BLEVE - Boiling liquid expanding vapor explosion
É o tipo de explosão que ocorre em recipientes que comportam líquidos, em
decorrência da pressão exercida em seus lados, quando aquecido, e ferve,
excedendo a capacidade do recipiente de suportar a pressão resultante.
A pressão do vapor irá aumentar até atingir um ponto em que o recipiente não
suportará mais, causando uma fissura em sua estrutura, com a liberação do vapor
de forma violenta.
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BLEVE - Boiling liquid expanding vapor explosion
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BLEVE - Boiling liquid expanding vapor explosion
Ocorrências envolvendo caminhões tanque ou tanques de armazenagem devem
ser consideradas como risco de explosão, tanto em relação ao isolamento da
área quanto à necessidade de resfriar o recipiente, por causa da possibilidade
da ocorrência de um BLEVE.
O BLEVE pode ocorrer tanto em recipientes que contenham líquidos
inflamáveis, quanto com líquidos não inflamáveis.
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Processo químico e físico caracterizado por uma grande velocidade
de transformação, pela formação de grande quantidade de gases em
elevada temperatura e por uma grande força expansiva que produz
efeitos mecânicos e sonoros.
Classificação
Mecânica
Química
Nuclear
Explosão
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Explosão mecânica
Uma explosão mecânica refere-se a uma situação em que ocorre uma rápida liberação de energia
mecânica, resultando em um impacto ou deslocamento violento de objetos ou estruturas.
Diferente das explosões químicas, que envolvem reações químicas, as explosões mecânicas
ocorrem devido ao armazenamento de energia potencial em um sistema mecânico, que é
liberada repentinamente em um evento descontrolado.
Essas explosões podem ocorrer em várias situações, algumas delas incluem:
1.Explosão de equipamentos industriais: Em ambientes industriais, algumas máquinas, como
caldeiras, cilindros ou tambores, podem armazenar energia potencial sob pressão. Se houver
uma falha no sistema, como uma ruptura de um componente ou válvula, a energia
armazenada é liberada rapidamente, causando uma explosão mecânica.
2.Explosão de pneus: Pneus inflados contêm uma quantidade significativa de energia potencial
armazenada. Se um pneu estiver sobrecarregado, danificado ou submetido a uma força
externa, pode ocorrer uma explosão mecânica, resultando na liberação repentina de ar e
estilhaços de borracha.
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3. Explosão de cilindros de gás comprimido: Cilindros que contêm gases comprimidos, como
oxigênio, acetileno ou gás liquefeito de petróleo (GLP), podem explodir se submetidos a altas
temperaturas, pressões excessivas, danos ou abuso no manuseio.
4. Explosão de motores: Em algumas situações extremas, como superaquecimento ou falha
grave do sistema, os motores podem experimentar uma explosão interna, levando a danos
significativos.
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Explosão química
É uma reação exotérmica extremamente rápida e violenta que envolve substâncias químicas.
Durante uma explosão, ocorre uma rápida liberação de energia na forma de calor, luz e gases.
Esse fenômeno pode ser desencadeado por uma variedade de fatores, como ignição,
combinação inadequada de substâncias químicas, exposição a altas temperaturas, pressão ou
choque.
Para que ocorra uma explosão, é necessário que haja uma reação química que libere uma
quantidade significativa de calor e gás em um curto período de tempo. O rápido aumento de
pressão gerado pela liberação desses gases pode levar à ruptura de recipientes ou estruturas
circundantes, resultando em danos materiais significativos e potencialmente lesões graves ou
fatais a pessoas próximas.
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As explosões químicas podem ocorrer em diversos ambientes, como laboratórios,
indústrias químicas, mineração, transporte e até mesmo em cenários de combate durante
guerras.
Imagens mostram o
momento da explosão
na refinaria do interior
paulista. O incidente
ocorreu na refinaria da
Petrobras, a Replan, em
Paulínia
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Explosão Nuclear
É uma reação exotérmica extremamente
poderosa e destrutiva que ocorre quando os
núcleos dos átomos são divididos (fissão
nuclear) ou fundidos (fusão nuclear). Essas
explosões são causadas por armas nucleares
ou ocorrem naturalmente em estrelas como o
Sol.
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1.Bomba Atômica (Fissão Nuclear): Uma bomba atômica é projetada para liberar
energia através da fissão nuclear, onde núcleos pesados, como o urânio-235 ou
plutônio-239, são divididos em núcleos menores quando atingidos por nêutrons.
Esse processo libera uma enorme quantidade de energia em forma de calor, luz e
radiação, causando uma explosão destrutiva.
2.Bomba de Hidrogênio (Fusão Nuclear): Uma bomba de hidrogênio, também
conhecida como bomba H ou termonuclear, usa uma reação de fusão nuclear
para liberar energia. Neste caso, núcleos leves, como os de hidrogênio, são
fundidos para formar núcleos mais pesados, liberando uma quantidade ainda
maior de energia do que a fissão nuclear. Para obter as altas temperaturas e
pressões necessárias para a fusão nuclear, uma bomba de hidrogênio geralmente
é detonada pela detonação inicial de uma bomba atômica.
Análise da Origem (Epicentro)
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Definição – Foco da explosão, lugar onde se achava a carga explosiva, a partir da qual
se desenvolveram os seus efeitos.
• A identificação dos vetores de força permitirá o rastreamento do epicentro, da área menos
danificada para a área mais danificada.
• A análise da dinâmica da explosão baseia-se no movimento de detritos para longe do
epicentro da explosão em um padrão aproximadamente esférico e na força decrescente da
explosão à medida que a distância do epicentro aumenta.
Incêndios e Explosivos, por ARAGÃO,2020, 2ª Edição, pag. 425.
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• Muitas vezes, como em explosões de gás vazado, pode não ser possível
identificar o epicentro mais precisamente do que para uma sala ou área
específica.
• A análise da dinâmica da explosão é muitas vezes complicada pela evidência de
uma série de explosões, cada uma com seu próprio epicentro. Esta situação
exige uma comparação detalhada dos vetores da força.
• O movimento de detritos mais sólidos, como paredes, pisos e telhados,
geralmente é menor em explosões subsequentes do que na explosão primária.
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• A primeira explosão vigorosa tende a ventilar a estrutura, permitindo que outras
explosões subsequentes sejam liberadas. Isto é verdadeiro, no entanto, somente
quando as explosões secundárias são da mesma ou menor força do que a
primeira.
• As explosões de poeira são uma notável exceção a esse fenômeno, com
explosões subsequentes quase sempre sendo mais poderosas do que as
primeiras.
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As ondas de pressão, também conhecidas como ondas de choque ou ondas de compressão, são
perturbações mecânicas que se propagam através de um meio, causando variações abruptas na
pressão atmosférica ou na pressão do meio em que se propagam. Essas ondas são caracterizadas
por um rápido aumento na pressão, seguido por uma diminuição acentuada, resultando em uma
mudança brusca na pressão em relação ao nível normal.
Ondas de pressão
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Onda positiva
✓ A onda de choque “empurra” o ar, gera o vácuo e vai enfraquecendo até sua
força equiparar-se com a força da pressão atmosférica.
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Onda negativa
✓Ocorre quando a pressão dos gases da onda positiva torna-se menor que a pressão
atmosférica e esta retorna em direção ao epicentro da explosão.
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Pericia criminal e prevenção em incêndio

  • 1. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Estágio de Nivelamento de Peritos Militares da 6ª RM
  • 2. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios OBJETIVOS: • Incêndios Provocados por curto circuito, criminoso ou não; • Conceituar aceleradores; • Comportamento extremo do fogo; • BLEVE; • Estudo do epicentro • Ondas de pressão
  • 3. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios A investigação e perícia de incêndio é o processo de elucidação dos fatores e circunstâncias que proporcionaram o surgimento, o desenvolvimento e a extinção do incêndio. O objetivo da perícia de incêndio e explosões para os Corpos de Bombeiros consiste em avaliar e mensurar o complexo que envolve o sistema de segurança contra incêndio e pânico.
  • 4. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Essa avaliação tem a função de aprimorar a educação acerca da prevenção de incêndio, concepção de normas técnicas, otimização do desempenho dos profissionais envolvidos na prevenção e combate a incêndio, melhoria da relação custo/benefício dos sistemas de prevenção ao incêndio, inovação tecnológica dos equipamentos de prevenção e combate e dos materiais envolvidos no surgimento e propagação dos incêndios.
  • 5. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios São finalidades da Atividade de Investigação e Perícia de Incêndio: a) Apurar as causas de incêndios; b) Levantar dados necessários à prevenção de incêndios, verificando a adequabilidade, aplicabilidade, a conveniência e o cumprimento das normas técnicas vigentes; c) Verificar a eficiência do uso dos recursos preventivos existentes, com vistas à orientação adequada do público interno e externo;
  • 6. d) Fornecer dados para divulgação de riscos e para o aprimoramento do senso de risco do público externo e interno, através de ações educativas; e) Verificar o desenvolvimento das operações de socorro, visando à eficiência operacional da Corporação; f) Verificar os riscos aos quais são submetidas as guarnições para orientar os cuidados necessários ao combate a incêndio; g) Coletar dados técnico-científicos com vistas à adequação de equipamentos, normalização técnica, e treinamento da tropa; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios
  • 7. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios INCÊNDIOS RELACIONADOS À ELETRICIDADE O manuseio incorreto da energia elétrica gera situações de risco para a vida e o patrimônio, existindo uma relação entre o uso da eletricidade e a ocorrência de sinistros. Quando se relaciona incêndio ao fator eletricidade podem-se citar várias vertentes dessas ocorrências como, por exemplo: incêndios residenciais, em comércios e indústrias, em veículos, em vegetação, relacionados às descargas atmosféricas, equipamentos eletroeletrônicos, subestações de energia entre outros.
  • 8. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios A norma brasileira NBR 5410, que trata das instalações elétricas em baixa tensão, da ABNT, entre outras, possuem apenas um caráter orientativo, não havendo a obrigatoriedade de seguir as orientações necessárias para fins de segurança das instalações e de seus usuários.
  • 9. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios As instalações elétricas podem ser geradoras de fonte de ignição por meio de suas conexões (contato imperfeito ou desconexão parcial), de faíscas (centelhamento), de arcos elétricos (arco voltaico), de curto-circuito, de sobrecarga e de outros fenômenos elétricos
  • 10. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Efeito Joule Define-se como efeito Joule a passagem da corrente elétrica por um condutor que provoca o aumento de temperatura e a consequente liberação de energia na forma de calor Q (J) é o calor gerado; i (A) é a corrente elétrica que percorre o condutor com determinada resistência (R); R (Ω) é a resistência elétrica do condutor e; t (s) é o intervalo de tempo em que a corrente elétrica percorre o condutor.
  • 11. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios
  • 12. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Fusão e Traço de Fusão Define-se fusão como a mudança do estado sólido para o estado líquido de uma substância qualquer, provocada por aquecimento.
  • 13. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Em um cenário de incêndio o perito em incêndio e explosões irá encontrar, provavelmente, metais que sofreram fusão pelas mais diversas formas. Isso ocorre pelo fato de, durante a fase desenvolvida do incêndio, as temperaturas atingirem valores acima de 800 ºC, calor suficiente para que alguns metais sofram o processo de fusão. Para o estudo correto dos fenômenos elétricos, faz-se necessário distinguir, de forma precisa, o conceito de fusão e o conceito de traço de fusão no âmbito da perícia em incêndio relacionado com a eletricidade.
  • 14. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios O traço de fusão é definido como a mudança do estado físico (fusão) de um metal qualquer, provocada por um fenômeno elétrico, e posterior retorno ao estado original de antes do incêndio (solidificação).
  • 15. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Para definição da causa do incêndio, torna-se imperioso a distinção entre os conceitos de traço de fusão primário e traço de fusão secundário. Traço de fusão indicando a existência de um curto circuito. Incêndio ocorrido no em junho de 2016 no Conjunto Vera Cruz, Goiânia. Incêndio ocorrido em junho de 2016 no Conjunto Vera Cruz II, Goiânia. Fonte: CIPI/CBMGO 2016
  • 16. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios TRAÇO DE FUSÃO PRIMÁRIO É definido como o fenômeno elétrico que causou o incêndio. O traço de fusão primário é produzido quando a temperatura não é tão elevada antes do momento da ocorrência do curto- circuito, mas localmente esta atinge valores da ordem de 2000°C a 3000°C no momento do curto-circuito. Como resultado de tal elevação térmica localizada, a superfície do material condutor em contato, funde-se dando origem, geralmente, a uma superfície polida, esférica e concentrada. Traço de fusão primário Fonte: https://www.yumpu.com/pt/document/view/12562806/incendios- relacionados-com-eletricidadecppt/15
  • 17. TRAÇO DE FUSÃO SECUNDÁRIO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios É definido como a consequência de um fenômeno elétrico causado pelo incêndio. É o traço de fusão produzido pela combustão do material isolante sobre o condutor energizado que ocasionou o curto-circuito. Caracteriza-se por possuir menor grau de polidez, maior rugosidade na superfície do traço e que apresenta uma forma mais irregular e de menor densidade Traço de fusão secundário com aumento de 30x Fonte: Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CRTI, 2016) em parceria com o Centro de Investigação e Perícia de Incêndio (CIPI/CBMGO) Podem ainda ser encontrados restos de material, como a cobertura isolante, fundidos junto ao traço.
  • 18. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Assim, cabe ao perito em incêndio e explosões caracterizar e identificar o tipo de traço de fusão como consequência de um determinado fenômeno elétrico e delimitá-lo, com exatidão, a possível causa do incêndio (traço de fusão primário) ou como resultado dele (traço de fusão secundário).
  • 19. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Traço de fusão Incêndio ocorrido em janeiro de 2017 na Cidade Satélite São Luiz, Aparecida de Goiânia. Fonte: CIPI/CBMGO 2017
  • 20. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Curto-circuito Quando pontos distintos, que apresentam certa diferença de potencial (ddp) ou tensão elétrica (voltagem), entram em contato direto. Esse fenômeno ocasiona a formação de uma elevada corrente elétrica associada a uma rápida elevação da temperatura no local do contato causando a fusão dos materiais que se tocaram. Curtos-circuitos não interrompidos provocam grande dissipação térmica causando a deterioração do isolamento da fiação, o que pode resultar em combustão e, se houver algum material combustível próximo há a possibilidade de se iniciar um incêndio.
  • 21. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Quando há o contato de partes desencapadas de condutores elétricos com regiões condutoras, por exemplo, estruturas metálicas, denomina-se um curto-circuito indireto. O curto-circuito direto ocorre pelo contato de dois fios condutores.
  • 22. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios As principais causas que podem levar a ocorrência de um curto-circuito são: - danos mecânicos ao material isolante; - degradação do material dielétrico por passagem de corrente acima de sua capacidade; - degradação do material dielétrico por subdimensionamento; - utilização de conexões inadequadas; - utilização de componentes na instalação subdimensionados.
  • 23. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Aceleradores ou Acelerantes Os acelerantes, como o próprio nome indica, são utilizados com o propósito de se alcançar a rápida generalização e a consumação do incêndio no mais curto tempo possível, à primeira vista, impedindo a revelação da verdadeira causa determinante. Os acelerantes normalmente são compostos químicos orgânicos inflamáveis, voláteis, com um baixo ponto de ebulição, com composição complexa. Os acelerantes mais usados são gasolina, querosene, combustível diesel, diluente (como tíner e aguarrás) e solventes orgânicos com um baixo ponto de ebulição (como álcool e acetona). Acelerantes podem ser encontrados nos estados gasoso, líquido e sólido.
  • 24. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Aceleradores A ASTM – American Society Testing and Materials, uma organização reconhecida a nível mundial pela produção de normas voluntárias para uma gama de campos, define 05 (cinco) classes principais de acelerantes e uma categoria adicional marcada como miscelânea. As cinco classes acelerantes na perícia de incêndios provocados são: CLASSE ACELERANTES EXEMPLO Classe 1 Destilados leves de petróleo Éter. Classe 2 Todos os tipos de gasolina Gasolina. Classe 3 Destilados médios de petróleo Solventes de pintura, solventes minerais, etc. Classe 4 Querosene e alguns tipos de inseticida Querosene de aviação, inseticida com solvente inflamável. Classe 5 Derivados pesados do petróleo Diesel, óleo de calefação. Incêndios e Explosivos, por ARAGÃO,2020, 2ª Edição, pag. 310.
  • 25. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios COMPORTAMENTO EXTREMO DO FOGO ✓ Flashing over; ✓ Back draft; ✓ Boil over; ✓ Bleve.
  • 26. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Flashover Momento em que todos os materiais presentes no ambiente, em virtude da ação da fumaça quente e inflamável, entram em ignição após sofrerem a pirólise. Generalização do incêndio É a generalização do incêndio, no qual todos os materiais presentes se inflamam após terem atingido seus respectivos pontos de ignição.
  • 27. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Generalização do incêndio (flashover)
  • 28. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Back draft É a deflagração rápida e violenta da fumaça aquecida e acumulada no ambiente pobre em oxigênio, em forma de explosão, no momento em que essa massa gasosa entra em contato com o oxigênio.
  • 29. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Explosão da fumaça - Backdraft
  • 30. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios É um fenômeno extremamente perigoso que ocorre durante incêndios envolvendo líquidos inflamáveis, como óleo ou substâncias petroquímicas. Esse fenômeno é caracterizado pela reação violenta que ocorre quando água é aplicada em um incêndio pré-existente desse tipo de líquido. Boil over - Explosão por Ebulição
  • 31. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Boil over - Explosão por Ebulição
  • 32. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios BLEVE - Boiling liquid expanding vapor explosion É o tipo de explosão que ocorre em recipientes que comportam líquidos, em decorrência da pressão exercida em seus lados, quando aquecido, e ferve, excedendo a capacidade do recipiente de suportar a pressão resultante. A pressão do vapor irá aumentar até atingir um ponto em que o recipiente não suportará mais, causando uma fissura em sua estrutura, com a liberação do vapor de forma violenta.
  • 33. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios BLEVE - Boiling liquid expanding vapor explosion
  • 34. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios BLEVE - Boiling liquid expanding vapor explosion Ocorrências envolvendo caminhões tanque ou tanques de armazenagem devem ser consideradas como risco de explosão, tanto em relação ao isolamento da área quanto à necessidade de resfriar o recipiente, por causa da possibilidade da ocorrência de um BLEVE. O BLEVE pode ocorrer tanto em recipientes que contenham líquidos inflamáveis, quanto com líquidos não inflamáveis.
  • 35. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Processo químico e físico caracterizado por uma grande velocidade de transformação, pela formação de grande quantidade de gases em elevada temperatura e por uma grande força expansiva que produz efeitos mecânicos e sonoros. Classificação Mecânica Química Nuclear Explosão
  • 36. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Explosão mecânica Uma explosão mecânica refere-se a uma situação em que ocorre uma rápida liberação de energia mecânica, resultando em um impacto ou deslocamento violento de objetos ou estruturas. Diferente das explosões químicas, que envolvem reações químicas, as explosões mecânicas ocorrem devido ao armazenamento de energia potencial em um sistema mecânico, que é liberada repentinamente em um evento descontrolado. Essas explosões podem ocorrer em várias situações, algumas delas incluem: 1.Explosão de equipamentos industriais: Em ambientes industriais, algumas máquinas, como caldeiras, cilindros ou tambores, podem armazenar energia potencial sob pressão. Se houver uma falha no sistema, como uma ruptura de um componente ou válvula, a energia armazenada é liberada rapidamente, causando uma explosão mecânica. 2.Explosão de pneus: Pneus inflados contêm uma quantidade significativa de energia potencial armazenada. Se um pneu estiver sobrecarregado, danificado ou submetido a uma força externa, pode ocorrer uma explosão mecânica, resultando na liberação repentina de ar e estilhaços de borracha.
  • 37. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios 3. Explosão de cilindros de gás comprimido: Cilindros que contêm gases comprimidos, como oxigênio, acetileno ou gás liquefeito de petróleo (GLP), podem explodir se submetidos a altas temperaturas, pressões excessivas, danos ou abuso no manuseio. 4. Explosão de motores: Em algumas situações extremas, como superaquecimento ou falha grave do sistema, os motores podem experimentar uma explosão interna, levando a danos significativos.
  • 38. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Explosão química É uma reação exotérmica extremamente rápida e violenta que envolve substâncias químicas. Durante uma explosão, ocorre uma rápida liberação de energia na forma de calor, luz e gases. Esse fenômeno pode ser desencadeado por uma variedade de fatores, como ignição, combinação inadequada de substâncias químicas, exposição a altas temperaturas, pressão ou choque. Para que ocorra uma explosão, é necessário que haja uma reação química que libere uma quantidade significativa de calor e gás em um curto período de tempo. O rápido aumento de pressão gerado pela liberação desses gases pode levar à ruptura de recipientes ou estruturas circundantes, resultando em danos materiais significativos e potencialmente lesões graves ou fatais a pessoas próximas.
  • 39. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios As explosões químicas podem ocorrer em diversos ambientes, como laboratórios, indústrias químicas, mineração, transporte e até mesmo em cenários de combate durante guerras. Imagens mostram o momento da explosão na refinaria do interior paulista. O incidente ocorreu na refinaria da Petrobras, a Replan, em Paulínia
  • 40. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Explosão Nuclear É uma reação exotérmica extremamente poderosa e destrutiva que ocorre quando os núcleos dos átomos são divididos (fissão nuclear) ou fundidos (fusão nuclear). Essas explosões são causadas por armas nucleares ou ocorrem naturalmente em estrelas como o Sol.
  • 41. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios 1.Bomba Atômica (Fissão Nuclear): Uma bomba atômica é projetada para liberar energia através da fissão nuclear, onde núcleos pesados, como o urânio-235 ou plutônio-239, são divididos em núcleos menores quando atingidos por nêutrons. Esse processo libera uma enorme quantidade de energia em forma de calor, luz e radiação, causando uma explosão destrutiva. 2.Bomba de Hidrogênio (Fusão Nuclear): Uma bomba de hidrogênio, também conhecida como bomba H ou termonuclear, usa uma reação de fusão nuclear para liberar energia. Neste caso, núcleos leves, como os de hidrogênio, são fundidos para formar núcleos mais pesados, liberando uma quantidade ainda maior de energia do que a fissão nuclear. Para obter as altas temperaturas e pressões necessárias para a fusão nuclear, uma bomba de hidrogênio geralmente é detonada pela detonação inicial de uma bomba atômica.
  • 42. Análise da Origem (Epicentro) CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Definição – Foco da explosão, lugar onde se achava a carga explosiva, a partir da qual se desenvolveram os seus efeitos. • A identificação dos vetores de força permitirá o rastreamento do epicentro, da área menos danificada para a área mais danificada. • A análise da dinâmica da explosão baseia-se no movimento de detritos para longe do epicentro da explosão em um padrão aproximadamente esférico e na força decrescente da explosão à medida que a distância do epicentro aumenta. Incêndios e Explosivos, por ARAGÃO,2020, 2ª Edição, pag. 425.
  • 43. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios • Muitas vezes, como em explosões de gás vazado, pode não ser possível identificar o epicentro mais precisamente do que para uma sala ou área específica. • A análise da dinâmica da explosão é muitas vezes complicada pela evidência de uma série de explosões, cada uma com seu próprio epicentro. Esta situação exige uma comparação detalhada dos vetores da força. • O movimento de detritos mais sólidos, como paredes, pisos e telhados, geralmente é menor em explosões subsequentes do que na explosão primária.
  • 44. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios • A primeira explosão vigorosa tende a ventilar a estrutura, permitindo que outras explosões subsequentes sejam liberadas. Isto é verdadeiro, no entanto, somente quando as explosões secundárias são da mesma ou menor força do que a primeira. • As explosões de poeira são uma notável exceção a esse fenômeno, com explosões subsequentes quase sempre sendo mais poderosas do que as primeiras.
  • 45. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios As ondas de pressão, também conhecidas como ondas de choque ou ondas de compressão, são perturbações mecânicas que se propagam através de um meio, causando variações abruptas na pressão atmosférica ou na pressão do meio em que se propagam. Essas ondas são caracterizadas por um rápido aumento na pressão, seguido por uma diminuição acentuada, resultando em uma mudança brusca na pressão em relação ao nível normal. Ondas de pressão
  • 46. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Onda positiva ✓ A onda de choque “empurra” o ar, gera o vácuo e vai enfraquecendo até sua força equiparar-se com a força da pressão atmosférica.
  • 47. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Onda negativa ✓Ocorre quando a pressão dos gases da onda positiva torna-se menor que a pressão atmosférica e esta retorna em direção ao epicentro da explosão.
  • 48. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios
  • 49. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Onda positiva P r e s s ã o a t m o s f é r i c a P r e s s ã o a t m o s f é r i c a
  • 50. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios Onda negativa
  • 51. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA COMANDO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – CSCI Coordenação de Perícia de Incêndios OBRIGADO