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As frases complexas podem ser construídas com orações subordinadas que desempenham
funções típicas de um grupo nominal, sendo designadas por orações subordinadas substantivas.
É o caso das orações subordinadas substantivas completivas e das orações subordinadas
substantivas relativas sem antecedente.
Orações subordinadas substantivas completivas
As subordinadas substantivas completivas são geralmente introduzidas por “que”, “se” ou
“para”.
As orações subordinadas substantivas completivas podem desempenhar várias funções
sintáticas:
1) Ter ganho causou grande alegria à equipa. (sujeito)
2) Todos desejam que a equipa ganhe. (complemento direto)
3) O empenho levou a que a equipa saísse vencedora. (complemento oblíquo)
4) Alegrei-me com o facto de terem vencido. (complemento do nome)
5) Estavam conscientes de que tinham merecido a vitória. (complemento do adjetivo)
Orações subordinadas substantivas relativas sem antecedente
No caso das subordinadas substantivas relativas sem antecedente, encontramos orações
introduzidas por advérbios relativos (“onde” e “como”), pelo pronome “quem” ou “que” e pelo
quantificador “quanto” (precedidos ou não de preposição). A designação destas orações
justifica-se pelo facto de não terem antecedente, ou seja, não serem precedidos por uma
expressão a retomar.
1) Não percebi como venceu.
2) Dou valor a quem vence.
3) Lutou quanto lhe foi possível.
Tal como as orações subordinadas substantivas completivas, as relativas sem antecedente
podem desempenhar várias funções sintáticas:
1) Quem vence fica feliz. (sujeito)
2) Admiro quem vence. (complemento direto)
3) Todos desejaram sorte a quem conheciam. (complemento indireto)
4) Refleti acerca do quanto se empenharam. (complemento oblíquo)
5) Os vencedores não são quem parece. (predicativo do sujeito)
6) A vitória foi obtida por quem mais lutou. (complemento agente da passiva)
7) Ele compete como gosta. (modificador do grupo verbal da subordinante)
Frase complexa
Oração subordinada substantiva
Português
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De acordo com a conjugação das formas verbais, as orações subordinadas substantivas podem
ser finitas ou não finitas. Consideram-se não finitas as orações com o verbo no infinitivo
(pessoal ou impessoal). As restantes são consideradas finitas.
Oração subordinada substantiva
completiva não finita
Oração subordinada substantiva
completiva finita
Admito ter pedido ajuda. Admito que pedi ajuda.

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  • 1. Português www.escolavirtual.pt © Escola Virtual 1 / 2 As frases complexas podem ser construídas com orações subordinadas que desempenham funções típicas de um grupo nominal, sendo designadas por orações subordinadas substantivas. É o caso das orações subordinadas substantivas completivas e das orações subordinadas substantivas relativas sem antecedente. Orações subordinadas substantivas completivas As subordinadas substantivas completivas são geralmente introduzidas por “que”, “se” ou “para”. As orações subordinadas substantivas completivas podem desempenhar várias funções sintáticas: 1) Ter ganho causou grande alegria à equipa. (sujeito) 2) Todos desejam que a equipa ganhe. (complemento direto) 3) O empenho levou a que a equipa saísse vencedora. (complemento oblíquo) 4) Alegrei-me com o facto de terem vencido. (complemento do nome) 5) Estavam conscientes de que tinham merecido a vitória. (complemento do adjetivo) Orações subordinadas substantivas relativas sem antecedente No caso das subordinadas substantivas relativas sem antecedente, encontramos orações introduzidas por advérbios relativos (“onde” e “como”), pelo pronome “quem” ou “que” e pelo quantificador “quanto” (precedidos ou não de preposição). A designação destas orações justifica-se pelo facto de não terem antecedente, ou seja, não serem precedidos por uma expressão a retomar. 1) Não percebi como venceu. 2) Dou valor a quem vence. 3) Lutou quanto lhe foi possível. Tal como as orações subordinadas substantivas completivas, as relativas sem antecedente podem desempenhar várias funções sintáticas: 1) Quem vence fica feliz. (sujeito) 2) Admiro quem vence. (complemento direto) 3) Todos desejaram sorte a quem conheciam. (complemento indireto) 4) Refleti acerca do quanto se empenharam. (complemento oblíquo) 5) Os vencedores não são quem parece. (predicativo do sujeito) 6) A vitória foi obtida por quem mais lutou. (complemento agente da passiva) 7) Ele compete como gosta. (modificador do grupo verbal da subordinante) Frase complexa Oração subordinada substantiva
  • 2. Português www.escolavirtual.pt © Escola Virtual 2 / 2 De acordo com a conjugação das formas verbais, as orações subordinadas substantivas podem ser finitas ou não finitas. Consideram-se não finitas as orações com o verbo no infinitivo (pessoal ou impessoal). As restantes são consideradas finitas. Oração subordinada substantiva completiva não finita Oração subordinada substantiva completiva finita Admito ter pedido ajuda. Admito que pedi ajuda.