Orando com-os-salmos-dietrich-bonhoeffer-

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“Em 9 de Abril de1944, era executado o pastor Bonhoeffer pelo regime“Em 9 de Abril de1944, era executado o pastor Bonhoeffer pelo regime
nazista. O mdico do campo de concentra!"o #. $ischer%#&llstrung nazista. O mdico do campo de concentra!"o #. $ischer%#&llstrung
descre'e o (ue presenciou) “*a(uela madrugada, por uma portadescre'e o (ue presenciou) “*a(uela madrugada, por uma porta
entreaberta, 'i o pastor Bonhoeffer a+oelhado diante do seu eus. Aentreaberta, 'i o pastor Bonhoeffer a+oelhado diante do seu eus. A
maneira submissa e confiante da ora!"o desse homemmaneira submissa e confiante da ora!"o desse homem
extraordinariamente simp-tico abalou%me profundamente. Antes daextraordinariamente simp-tico abalou%me profundamente. Antes da
execu!"o ele fez aindaexecu!"o ele fez ainda uma bre'e ora!"o. epois subiu para auma bre'e ora!"o. epois subiu para a forcaforca
com coragem e serenidade. A morte ocorreu em poucos segundos. *ocom coragem e serenidade. A morte ocorreu em poucos segundos. *o
(uase / anos(uase / anos de exerc0cio da medicina, +amais 'i um homem morrer de exerc0cio da medicina, +amais 'i um homem morrer
em tal submiss"o a eus.em tal submiss"o a eus.
((DIETRICH BONHOEFFER DIETRICH BONHOEFFER  - Do livro - Do livro “Orando com os Salmos”“Orando com os Salmos”
pg. 7) pg. 7)
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“Orar n"o significa simplesmente derramar o cora!"o, mas significa“Orar n"o significa simplesmente derramar o cora!"o, mas significa
encontrarencontrar,, com o cora!"o sacom o cora!"o saturado ou 'azio, oturado ou 'azio, o caminho para +unto decaminho para +unto de
eus, e falar com ele. isto, porm, homem algum  capaz. 2ara poder  eus, e falar com ele. isto, porm, homem algum  capaz. 2ara poder
faz3%lo necessitamos de esus 5risto. faz3%lo necessitamos de esus 5risto.
pg. 10) pg. 10)
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“6e esus nos inserir na sua ora!"o, se pudermos orar com ele a sua“6e esus nos inserir na sua ora!"o, se pudermos orar com ele a sua
ora!"o, se ele nos le'ar em seu caminho para +unto de eus e nosora!"o, se ele nos le'ar em seu caminho para +unto de eus e nos
ensinar a orar,ensinar a orar, ent"o estaremos a sal'o daent"o estaremos a sal'o da angustiante incapacidadeangustiante incapacidade dede
orarorar. 7 +ustamente isto. 7 +ustamente isto (ue esus(ue esus 5risto (uer5risto (uer fazerfazer. Ele (uer orar . Ele (uer orar
conosco.conosco.
pg. 11 pg. 11))
11

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“6omente em esus 5risto podemo“6omente em esus 5risto podemos orar e, com ele,s orar e, com ele, tambm seremostambm seremos
ou'ido.ou'ido.
pg. 11 pg. 11))
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“*as 6agradas Escrituras encontramos o (ue eus falou em esus“*as 6agradas Escrituras encontramos o (ue eus falou em esus
5risto. 6e (uisermos orar com certeza e alegria, ent"o a pala'ras das5risto. 6e (uisermos orar com certeza e alegria, ent"o a pala'ras das
Escrituras 6agradas de'er- ser o fundamento s8lido de Escrituras 6agradas de'er- ser o fundamento s8lido de nossa ora!"o.nossa ora!"o.
A(ui, isto , na Escritura, sabemos (ue esus 5risto, o 'erbo de eus, A(ui, isto , na Escritura, sabemos (ue esus 5risto, o 'erbo de eus,
nos ensina anos ensina a orarorar.. As pala'ras (ueAs pala'ras (ue procedem de deus ser"oprocedem de deus ser"o os degrausos degraus
(ue nos fazem(ue nos fazem chegar até Deus”. chegar até Deus”.
pg. 12) pg. 12)
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“esus cristo le'ou toda a afli!"o, toda alegria, toda gratid"o e toda“esus cristo le'ou toda a afli!"o, toda alegria, toda gratid"o e toda
esperan!a da humanidade a eus. Em sua boca a pala'ra humanaesperan!a da humanidade a eus. Em sua boca a pala'ra humana
tornar%se pala'ra de eus.tornar%se pala'ra de eus.
pg. 13) pg. 13)
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“6e (uisermos orar de 'erdade, tal'ez se+a necess-rio orarmos contra o“6e (uisermos orar de 'erdade, tal'ez se+a necess-rio orarmos contra o
nosso pr8prio cora!"o. 2ois n"o importa o (ue dese+amos orar nestenosso pr8prio cora!"o. 2ois n"o importa o (ue dese+amos orar neste
momento, mas, sim, a(uilo pelo (ual eus (uer ser in'ocado por n8s.momento, mas, sim, a(uilo pelo (ual eus (uer ser in'ocado por n8s.
pg. 14) pg. 14)
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“6e depend3ssemos unicamente de n8s mesmos, com certeza“6e depend3ssemos unicamente de n8s mesmos, com certeza
acabar0amos reduzindo muitas 'ezes o 2ai nosso  (uarta prece, aoacabar0amos reduzindo muitas 'ezes o 2ai nosso  (uarta prece, ao
pedido pelo “p"o nosso de cada dia pedido pelo “p"o nosso de cada dia”. Mas a vontae e Deus é outra”.”. Mas a vontae e Deus é outra”.
pg. 14) pg. 14)
22

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“*ossa ora!"o de'e ser determinada pela ri(ueza da 2ala'ra de eus,
+amais pela pobreza d nosso cora!"o.
(DIETRICH BONHOEFFER  - Do livro “Orando com os Salmos”
pg. 14)
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“...se a B0blia tambm contm um li'ro de ora!:es, isto nos ensina (ue
a 2ala'ra de deus n"o engloba apenas a pala'ra (ue deus dirige a n8s.
;nclui tambm a pala'ra (ue ele (uer ou'ir de n8s.
pg. 14)
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“Os salmos nos foram dados para (ue aprendamos a orar em nome de
esus 5risto.
pg. 1!)
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“<odas as ora!:es da B0blia est"o resumidas no 2ai *osso. A sua
amplitude infinita abrange%as todas. *o entanto, o 2ai *osso n"o torna
as ora!:es da B0blia suprfluas, mas elas s"o a ri(ueza inesgot-'el do
2ai *osso e o 2ai *osso  sua coroa e s0ntese.
pg. 1!)
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“=utero diz) O 6altrio “est- 'oltado para o 2ai *osso e o 2ai *osso,
por sua 'ez, est- 'oltado para ele, de modo (ue se pode compreender e
sintonizar alegremente uma a partir do outro.
pg. 1!)
3

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“Assim o 2ai *osso se torna o gabarito pelo (ual conferimos se
estamos orando em nome de esus ou em nosso pr8prio nome.
pg. 1!)
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“os 1/ salmos, >? s"o atribu0dos ao rei a'i@ 1 a Asafe, msico
contratado por a'i@ 1  fam0lia 5or, cantores le'itas do tempo de
a'i. ois salmos s"o atribu0dos  6alom"o e um aos maestros #en" e
Et". Assim,  compreens0'el (ue o nome de a'i este+a relacionado de
modo especial com o 6altrio.
pg. 17)
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“...(uando aos 6almos como um todo, o pr8prio esus diz (ue eles
proclamam sua morte@, sua ressurrei!"o e a prega!"o do E'angelho. =c
4.44.
pg. 1")
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“5omo  poss0'el (ue uma pessoa humana e esus 5risto orem o
6altrio simultaneamente) O $ilho de eus se tornou homem e
suportou na sua pr8pria carne toda a fragilidade humana. A(ui ele
derrama o cora!"o de toda humanidade diante de eus. Ele assumiu o
nosso lugar e intercede por n8s. esus conheceu os tormentos e a dor, a
culpa e a morte em maior profundidade do (ue n8s. 2or isso ele ele'a a
eus a ora!"o da natureza humana (ue ele assumiu. 7 realmente nossa
ora!"o. Cas, como esus nos conhece melhor do (ue n8s mesmos D+-
(ue ele mesmo foi 'erdadeiro homem em nosso fa'or, a ora!"o 
realmente a sua ora!"o. A ora!"o s8 pode tornar%se nossa por(ue foi
sua.
pg. 1")
4

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“6altrio, originalmente, era um instrumento musical, e apenas
posteriormente passou a designar a coletFnea de ora!:es (ue foram
ofertadas a eus como cFnticos.
pg. 21)
_______________________________________
“...os salmos, em grande parte, destina'am%se ao uso no culto. Gozes
humanas e instrumentos de todos os tipos coopera'am em sua
apresenta!"o musical.
pg. 21)
_______________________________________
“5omo outrora o tanger da harpa afastara o esp0rito maligno, assim a
msica santa e cltica tem poder real.
pg. 21)
_______________________________________
“O fre(uente “sel- no meio de um salmo parece indicar uma
intercala!"o musical.
pg. 22)
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“O “sel- indica (ue de'emos parar (uietos e meditar aplicadamente
nas pala'ras do salmo. Elas re(uerem uma alma serena e a(uietada,
(ue compreenda e abrace o (ue o Esp0rito 6anto manifesta e coloca
diante dela.
(LUTERO citao por  DIETRICH BONHOEFFER  - Do livro
“Orando com os Salmos” pg. 22)
5

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“Huem, no entanto, come!ou a orara o 6altrio com seriedade e
regularidade, logo dispensar- as pr8prias ora!:es superficiais e
piedosas dizendo) “Elas n"o tem o sabor, a for!a, a paix"o e o fogo (ue
encontro no 6altrio. 6"o muito frias e r0gidas.
_______________________________________
“erInimo, um doa pais da igre+a, conta (ue na sua poca ou'ia%se o
cFntico de salmos nas la'ouras e nos (uintais.
pg. 24)
_______________________________________
“O 6altrio marca'a a 'ida da +o'em cristandade. Cais importante do
(ue isto, no entanto,  (ue esus 5risto morreu na cruz com pala'ras
dos salmos em seus l-bios.
pg. 24)
_______________________________________
“A cria!"o retrata o poder e a fidelidade (ue eus nos demonstrou na
re'ela!"o de esus 5risto. Adoramos o 5riador, (ue se re'elou a n8s
como redentor.
pg. 2#)
_______________________________________
“A cria!"o e todas as suas obras existem por causa de esus 5risto.
Assim, agradecemos a eus pela ma+estade da cria!"o com, em por
intermdio de esus 5risto, a (uem pertencemos.
pg. 2")
6

_______________________________________
“O salmista entende por “lei toda a obra da sal'a!"o di'ina, bem
como a orienta!"o para uma 'ida no'a em obedi3ncia.
pg. 31)
_______________________________________
“A alegria na lei e nos mandamentos de eus toma conta de n8s,
depois (ue eus transformou a nossa 'ida por meio de esus 5risto.
pg. 31)
_______________________________________
“5onhecer as ordens de eus  gra!a.
pg. 31)
_______________________________________
“eus nos d- seus mandamentos para (ue n8s os cumpramos@ e “os
seus mandamentos n"o s"o penosos. ; o .?, para a(uele (ue
encontrou toda a sal'a!"o em esus 5risto.
pg. 31)
_______________________________________
“2or causa de esus 5risto, rendemos gratid"o, prece e confiss"o a
eus.
pg. 34)
_______________________________________
“A hist8ria da sal'a!"o cumpre%se na 'inda do Cessias.
pg. 3")
7

_______________________________________
“Os salmos  e J9 s"o conhecidos da comunidade como os salmos da
paix"o de 5risto.
pg. 3")
_______________________________________
“*a cruz esus orou o in0cio do salmo , tornando%o assim sua
pr8pria prece. #b .1 coloca o 'ers0culo ? na boca de 5risto. Os
'ersos 9 e 19 s"o profecias diretas (uanto  crucifica!"o de esus.
pg. 3")
_______________________________________
“Os salmos  e 11/ confessam a 'it8ria de 5risto sobre seus inimigos, a
constitui!"o do seu reino e a adora!"o do po'o de eus.
pg. 40)
_______________________________________
“=utro considera o salmo11/ “o salmo principal e 'erdadeiramente
sublime do nosso amado 6enhor esus 5risto.
pg. 40)
_______________________________________
“6almo 4 fala do amor pelo rei messiFnico, de sua beleza e ri(ueza e
do seu poder. Ao casar%se com este Kei, a noi'a de'er- es(uecer%se do
seu po'o e de seu lar paterno DG.1/ para re'erenci-%lo. 2ara ele
somente ela h- de enfeitar%se, indo ao seu encontro com alegria. Este 
o cFntico e a ora!"o acerca do amor entre esus, o rei, e sua
comunidade, (ue lhe pertence.
pg. 41)
8

_______________________________________
“O (ue, para os israelitas, s"o o Conte 6i"o e o <emplo, para n8s  a
igre+a de eus em todo o mundo, onde (uer (ue eus habite atra's de
sua 2ala'ra e sacramento +unto  sua comunidade.
pg. 43)
_______________________________________
“O eus gracioso est- presente em sua comunidade por meio de
5risto.
pg. 43)
_______________________________________
“eus mesmo habitou em esus. Ainda assim ele ansia'a por
comunh"o com eus, por(ue foi pessoa humana como n8s =c .49. 2or
isso ele ora conosco pela proximidade e presen!a plena de eus com os
(ue lhe pertencem.
pg. 43)
_______________________________________
“eus prometeu estar presente nos cultos de sua comunidade. Assim, a
comunidade celebra seu culto segundo a ordem di'ina.
pg. 43)
_______________________________________
“O culto perfeito, o pr8prio esus 5risto celebrou, ao consumar todos
os sacrif0cios ordenados atra's de seu sacrif0cio 'olunt-rio e sem
pecado.
pg. 44)
9

_______________________________________
“5risto ofereceu o sacrif0cio de eus por n8s como sendo os nossos
sacrif0cios a eus, em sua pr8pria pessoa. Kesta%nos apenas o
sacrif0cio de lou'or e gratid"o, manifesto em ora!:es e cFnticos e numa
'ida orientada pelos mandamentos de eus.
pg. 44)
_______________________________________
“...toda a nossa 'ida torna%se oferta de gratid"o. eus aceita tais
sacrif0cios, re'elando sua sal'a!"o aos (ue lhe agradecem.
pg. 44)
_______________________________________
“este modo os salmos (uerem ensinar%nos a ser gratos a eus por
causa de 5risto e a lhe render lou'ores com o cora!"o, a boca e as
m"os, em meio  sua comunidade.
pg. 44)
_______________________________________
“Ao orarem os salmos, muitos crist"os sinceros s"o surpreendidos pelo
fre(uente pedido por 'ida e felicidade.
pg. 4!)
_______________________________________
“A prece pelo p"o de cada dia abrange toda a -rea das necessidades da
'ida terrena. Assim a prece por 'ida, sade e sinais 'is0'eis da
benignidade de eus pertence necessariamente  ora!"o dirigida a
eus, o 5riador e Cantenedor desta 'ida.
pg. 4!)
10

_______________________________________
“A 'ida f0sica n"o  algo desprez0'el. Cas, em esus 5risto, eus
presenteou%nos com comunh"o consigo mesmo, para (ue n8s
'i'3ssemos ligados a ele, tanto nesta 'ida como, naturalmente, tambm
na(uela. 5om este prop8sito, ele nos d- ora!:es terrenas, para (ue
possamos conhece%lo, lou'-%lo e am-%lo ainda mais.
pg. 4!)
_______________________________________
“eus dese+a (ue a(ueles (ue o temem passem bem.
pg. 4!)
_______________________________________
“O salmo 1/? nos ensina a compreender toda a plenitude das d-di'as
di'inas em sua unidade, desde a manuten!"o da 'ida at o perd"o dos
pecados, agradecendo e lou'ando a eus por elas D6l J.
pg. 4$)
_______________________________________
“O 5riador nos concede e mantm a 'ida por causa de esus 5risto.
pg. 4$)
_______________________________________
“esta forma ele nos prepara para recebermos a 'ida eterna, aos
perdermos todos os bens na morte.
pg. 4$)
11

_______________________________________
“6omente por esus 5risto e por sua incumb3ncia podemos pedir bens
materiais. E, tambm por sua causa, n8s o fazemos com confian!a.
Huando, porm, recebermos o (ue necessitamos, n"o deixemos de
agradecer a eus de cora!"o por ele ser t"o prestati'o por amor de
esus 5risto.
pg. 47)
_______________________________________
“Onde encontras pala'ras mais (ueixosas e lamuriosas em rela!"o 
tristeza dos (ue as contidas nos salmos de lamenta!"oL Atra's deles
se perscruta o cora!"o de todos os santos, bem como a morte e o
inferno. Hu"o tenebroso e escuro  nosso cora!"o em 'ista da ira de
eusM
“Orando com os Salmos” pg. 4")
_______________________________________
“O 6altrio nos ensina amplamente a achegar%nos de maneira
ade(uada a eus em 'ista dos mltiplos sofrimentos (ue o mundo nos
traz.
pg. 4")
_______________________________________
“*enhum indi'0duo pode orar os salmos de lamenta!"o a partir de sua
pr8pria experi3ncia. Eles renem o sofrimento de toda a comunidade,
de todos os tempos, sofrimento (ue unicamente esus 5risto
experimentou.
pg. 4")
12

_______________________________________
“6e sou culpado, por(ue eus n"o me perdoaL 6e sou inocente, por(ue
eus n"o d- cabo do sofrimento e e'idencia minha inoc3ncia diante
dos meus inimigosL D6l ?N@ >9@ 44. *"o existe resposta te8rica para
todas estas perguntas, nem mesmo no *o'o <estamento. A nica
resposta  esus 5risto.
pg. !1)
_______________________________________
“2or esta resposta os salmos +- imploram. Eles t3m em comum o fato
de lan!arem todo sofrimento e toda afli!"o sobre eus mesmo) “*"o
mais podemos suport-%laM <oma%a e carrega%a tu mesmo. 6omente tu
podes solucionar o sofrimento. Esta  a meta dos salmos de
lamenta!"o. Eles clamam por a(uele (ue pode tomar sobre si a
enfermidade e (ue carregou as nossas pisaduras, esus 5risto. Eles
anunciam (ue esus 5risto  o nico auxilio no sofrimento, pois nele
eus est- conosco.
pg. !1)
_______________________________________
“Os salmos de lamenta!"o clamam por comunh"o plena com eus,
(ue  +usti!a e amor.
pg. !1)
_______________________________________
“...sabemos (ue n"o existe sobre a face da terra sofrimento algum no
(ual 5risto, o nico auxiliador, n"o este+a conosco, sofrendo e orando
conosco.
pg. !1)
13

_______________________________________
“5onfian!a em deus, sem 5risto,  'azia e incerta@ nada mais  (ue
uma forma de autoconfian!a. Huem, no entanto, souber (ue, em 5risto,
eus mesmo penetrou em nosso sofrimento, poder- dizer com grande
confian!a) “<u est-s comigo) a tua 'ara e o teu ca+ado me consolam.
D6l ?@ ?>@ J?@ >?@ 91@11.
pg. !2)
_______________________________________
“2or amor de 5risto podemos deixar os pecados confiadamente para
tr-s.
pg. !!)
_______________________________________
“<oda a confian!a  depositada sempre no perd"o soberano (ue eus
nos oferece e promete em sua 2ala'ra, em esus 5risto, para toda a
eternidade.
pg. !!)
_______________________________________
“esus pede perd"o, n"o pelos seus pecados, mais pelos nossos, (ue
ele tomou sobre si e pelos (uais ele sofre. Ele se coloca ao nosso lado.
iante de eus, (uer ser uma pessoa igual a n8s. Assim ele ora a mais
humana de todas as ora!:es e nisto re'ela%se como 'erdadeiro $ilho de
eus.
pg. !$)
14

_______________________________________
“$az parte da f (ue o crist"o tornou%se totalmente +usto e inocente
aos olhos de eus por meio da gra!a di'ina e do mrito de esus
5risto. - n"o h- “nenhuma condena!"o para os (ue est"o em 5risto
esus. Km N.1.
pg. !7)
_______________________________________
“E faz parte da ora!"o do crist"o apegar%se a esta inoc3ncia e +usti!a
(ue lhe foi concedida e agradecer por ela, firmado na 2ala'ra de eus.
6e le'amos a srio a obra de eus em n8s, podemos, ali-s, at
de'emos, orar com toda humildade e certeza) “$ui 0ntegro para com
ele e me guardei da ini(uidade 6l 1N.?@ “6ondas%me o cora!"o... e
ini(uidade nenhuma encontras em mim 6l 1>.?. 5om tal ora!"o, nos
firmamos no centro do *o'o <estamento, na comunh"o estabelecida
pela cruz de esus 5risto.
pg. !7)
_______________________________________
“6e formos perseguidos por causa da obra de eus, ent"o estaremos
sofrendo inocentemente, sim, sofrendo com o pr8prio eus.
pg. !#)
_______________________________________
“E o fato de pedirmos perd"o dos nossos pecados e'idenciar- (ue
realmente estamos com eus e, por isto, somos inocente.
pg. !#)
_______________________________________
“*a cruz 5risto orou por seus inimigos e ensinou%nos a orar de modo
semelhante.
15

pg. $!)
_______________________________________
“6omente (uem  inocente diante do inimigo pode confiar a 'ingan!a
a eus.
pg. $$)
_______________________________________
“A ora!"o pela 'ingan!a de eus  a ora!"o pelo cumprimento de sua
+usti!a no +u0zo sobre o pecado. 6e eus manti'er a sua pala'ra, este
+u0zo acontecer-, atingindo a (uem (uer (ue se+a.
pg. $$)
_______________________________________
“5om o meu pecado, eu mesmo me encontro sob esse +u0zo. *"o tenho
o direito de (uerer impedi%lo. Ele se cumprir- por causa do pr8prio
eus@ ali-s, +- se cumpriu, ainda (ue de maneira mara'ilhosa e
estranha.
pg. $$)
_______________________________________
“A 'ingan!a di'ina n"o atingiu o pecador,mas, sim, o nico (ue n"o
te'e pecado algum, (ue entrou no lugar do pecador. esus 5risto. esus
5risto suportou a 'ingan!a de eus.
pg. $$)
_______________________________________
“eus odeia e +ulga seus inimigos atra's do nico +usto, e este
intercede pelo perd"o dos inimigos de eus.
pg. $7)
16

_______________________________________
“6omente pela cruz de 5risto podemos encontrar o amor de eus.
pg. $7)
_______________________________________
“Em esus 5risto o cumprimento da 'ingan!a transforma%se, agracia
toda a humanidade.
pg. $7)
_______________________________________
“Entrego a 'ingan!a a eus e pe!o pelo seu cumprimento de sua
+usti!a em todos os seus inimigos, sabendo (ue eus permanecer- fiel a
si mesmo. Ele fez +usti!a por meio do seu +u0zo irado na cruz, e esta ira
tornou%se, para n8s, em gra!a e alegria.
pg. $7)
_______________________________________
“O pr8prio esus 5risto pede pelo cumprimento da 'ingan!a di'ina em
si mesmo, reconduzindo%me diariamente  seriedade e graciosidade de
sua cruz, em rela!"o a mim e a todos os inimigos de eus.
pg. $7)
_______________________________________
“A cruz de 5risto abrange a todos. Huem (uer (ue se oponha  cruz de
5risto, distorcendo a pala'ra da cruz, sofrer- a 'ingan!a de eus,
ha'er- de tomar sobre si a maldi!"o de eus, agora ou na eternidade.
pg. $#)
_______________________________________
“esus, o crucificado, ensina%nos a orar corretamente os salmos de
'ingan!a.
17

pg. $#)
_______________________________________
“A esperan!a dos crist"os est- orientada para a 'olta de esus e para a
ressurrei!"o dos mortos.
pg. $")
_______________________________________
“A partir da ressurrei!"o de esus o final do mundo desdobra%se para a
igre+a numa longa se(u3ncia de e'entos sal'0ficos.
pg. $")
_______________________________________
“...a 'ida em comunh"o com o eus da re'ela!"o, a 'it8ria derradeira
de eus no mundo e o estabelecimento de seu reinado messiFnico s"o
ob+eto da ora!"o dos salmos.
pg. $")
_______________________________________
“...a 'ida em comunh"o com eus sempre est- alm do limite da
morte.
pg. $")
_______________________________________
“Os salmos (ue falam da 'it8ria final de eus e do seu Cessias
D@9>@9N@11/@14N%1/ le'am%nos, em lou'or, gratid"o e prece, ao fim
de todas as coisas, (uando todo mundo render- gl8rias a eus@ (uando
a comunidade redimida reinar- eternamente com eus@ (uando os
poderes do maligno sucumbir"o e todo o poder pertencer- unicamente
a eus.
pg. 70)
18

_______________________________________
“O nosso amado 6enhor, (ue nos ensinou a orar o 6altrio e o 2ai
*osso e presenteou%nos com eles, conceda%nos, tambm, o Esp0rito da
ora!"o e da gra!a, para (ue oremos sem cessar, com disposi!"o e
seriedade de f. *8s precisamos disso. Ele o ordenou e, portanto, o
re(uer de n8s. A ele se+a dados lou'or, honra e gratid"o. Amm.
_______________________________________
“A ora!"o da manh" decide sobre o resto do dia.
pg. 7!)
_______________________________________
“A 'ergonha (uanto ao tempo desperdi!ado, a fra(ueza e o desFnimo
no trabalho, bem como a confus"o e a indisciplina em nossos
pensamentos e nos relacionamentos com outras pessoas fre(uentemente
t3m sua origem no desleixo da ora!"o matinal.
pg. 7!)
_______________________________________
“A ordena!"o e o uso disciplinado do nosso tempo firmam%se (uando
procedem da ora!"o.
pg. 7!)
_______________________________________
“As tenta!:es (ue brotam dos afazeres di-rios s"o 'encidas pela busca
de eus.
pg. 7!)
19

_______________________________________
“As decis:es concernentes ao nosso trabalho tornam%se mais f-ceis e
mais le'es (uando s"o tomadas diante da face de eus e n"o no temor
de homens.
pg. 7!)
_______________________________________
“At as tarefas rotineiras s"o executadas com amis paci3ncia (uando
feitas a partir do conhecimento de eus e do seu mandamento.
pg. 7!)
_______________________________________
“A for!a para trabalhar cresce, (uando pedimos a eus (ue nos d3
ho+e a for!a (ue necessitamos para o nosso trabalho.
pg. 7!)
_______________________________________
“Em sua m"e ietrich Bonhoeffer destaca com gratid"o a disposi!"o
natural para a+udar, sua capacidade de enga+ar%se. Em seu pai, a
cautela extremamente s-bia e a sua capacidade de concentrar%se
na(uilo (ue  'i-'el.
pg. 77)
_______________________________________
“Bonhoeffer) 5onsiderei um dos principais fatores espirituais da
educa!"o em nossa fam0lia o fato de (ue ela, antes de podemos formar
opini"o pr8pria, nos fez superar tantas barreiras no (ue tange 
ob+eti'idade, clareza e naturalidade, bons modos e simplicidade.
pg. 7#)
20

_______________________________________
“*ascido em 4 de fe'ereiro de 19/J, em Breslau, ele cresceu em meio a
numerosos irm"os no bairro de runePald, em Berlim. Era um menino
forte e -gil. *"o perdia uma disputa, nem gosta'a de perd3%la.
pg. 7#)
_______________________________________
“*a 'izinhan!a mora'am os filhos de Adolf 'on #arnacQ e #ans
elbr&cQs. 5om eles empreendiam festas, concertos DietricQ tornar%
se%ia um pianista apaixonado, debates e caminhadas.
DIETRICH BONHOEFFER  - Do livro “Orando com os Salmos” pg.
(7#)
_______________________________________
“Bonhoeffer estudou com #arnacQ e com os outros influentes
professores berlinenses #oll, K.6eeberg, =ietzmann e =&tgert, todos
te8logos liberais, con(uistando a sua simpatia. Ainda assim Bonhoeffer
logo se tornaria um dos principais expoentes da “<eologia da igre+a.
6em +amais ter sido aluno de Rarl Barth, integrou%se ao mo'imento
teol8gico iniciado por este.
pg. #0)
_______________________________________
“*"o podemos abrir m"o Ddas confiss:es de Barmen e ahlem,
por(ue n"o podemos abrir m"o da 2ala'ra de eus.
pg. #$)
_______________________________________
“*esta poca tambm surgiram os li'ros iscipulado D19?>, (ue
conclama'a contra a “gra!a barata, e Gida em 5omunh"o D19?N, (ue
refletia biblicamente as experi3ncias de $inQenPald.
21

pg. #7)
_______________________________________
“En(uanto 'i'o, foram estes dois li'ros (ue tornaram conhecida sua
pessoa, bem como sua prega!"o acerca do (ue significa estar com
5risto. 6uscitou em muitos reno'ado amor pela Escritura. =ogo ap8s
ser publicado o presente li'rinho sobre os salmos o semin-rio de
pregadores foi fechado pela pol0cia e a censura proibiu (ual(uer
publica!"o sua.
pg. #7)
_______________________________________
“Goc3 precisa saber (ue, em momento algum, eu me arrependi de ter
'oltado em 19?9, nem de (ual(uer outra cousa (ue sucedeu
posteriormente. ;sto aconteceu com toda percep!"o e com consci3ncia
tran(uila. A meu 'er, o fato de eu estar preso agora est- inserido na
participa!"o no destino da Alemanha, pelo (uel optei.
pg. #")
_______________________________________
“Ent"o come!ou a 'ida entre as incumb3ncias da ;gre+a 5onfessante e
as tarefas decorrentes do en'ol'imento com a resist3ncia, as 'isita!:es
Dde igre+as, 'isagens e o trabalho teol8gico na sua 7tica. Esta seria
publicada em 1949, como fragmento. Ainda assim Bonhoeffer
considerou%a a principal tarefa de sua 'ida.
pg. #")
_______________________________________
“e  de abril de 194? a N de outubro de 1944 Bonhoeffer ficou preso
no pres0dio militar de <egel.
pg. "0)
22

_______________________________________
“7 um pastor entre prisioneiros, mas n"o se recolhe num nicho
religioso, separado do mundo sem eus.
pg. "0)
_______________________________________
“iante do inimagin-'el abalo causado pela not0cia do fracasso do
atentado contra #itler em / de +ulho de 1944 a sua responsabilidade
pol0tica transforma%se na no'a responsabilidade de assumir as
conse(u3ncias e as dores.
pg. "0)
_______________________________________
“Huando, em setembro de 1944, a estapo descobre nos ar(ui'os de
Sossen documentos dos grupos de resist3ncia em torno do almirante
5anaris, do general Oster e do +urista '. ohnanTi, inicia%se a ltima
etapa da 'ida de Bonhoeffer, (ue transcorre na pris"o da 2rinz%
Albrecht%6trasse e nos campos de concentra!"o de BuchenPald,
6chUnberg e $lossenb&rg. A partir desta data findam%se todos os
contatos. A estapo nega'a%se a prestar (ual(uer informa!"o.
pg. "2)
_______________________________________
“*as ltimas semanas Bonhoeffer 'i'eu entre homens e mulheres de
de'ersas na!:es) russos, ingleses, franceses, italianos e alem"es.
pg. "2)
23

_______________________________________
“2aTne Best, um oficial ingl3s, escre'e em “<he Genlo ;ncident)
“Bonhoeffer parecia%me irradiar sempre numa atmosfera de felicidade,
de alegria por cada acontecimento, por mais pe(ueno (ue fosse. <inha
profunda gratid"o por ainda estar 'i'o... $oi uma das poucas pessoas
(ue encontrei para (uem eus era real e sempre esta'a pr8ximo....
pg. "2)
_______________________________________
“2or causa da aproxima!"o das tropas aliadas os prisioneiros,
apinhados num caminh"o mo'ido a gasog3nio, eram le'ados de um
campo de concentra!"o a outro, de uma incerteza a outra.
pg. "2)
_______________________________________
“*o domingo N de abril de 194, Bonhoeffer dirigiu um bre'e culto.
$alou de tal forma (ue nos tocou o cora!"o. Ele encontrou as pala'ras
certas para expressar o esp0rito de nosso cati'eiro, dos pensamentos e
das decis:es (ue a pris"o tinha gerado em n8s. Cal terminara a ltima
ora!"o (uando a porta foi aberta e dois homens em tra+es ci'is
entraram, ordenando) “2risioneiro Bonhoeffer, acompanhe%nosM. 2ara
n8s, esta pala'ra “acompanhar assumiu um nico significado) forca.
issemos%lhe adeus. <omando%me  parte, ele disse) “7 o fim, mas para
mim  o in0cio da 'ida... *o dia seguinte ele foi enforcado em
$lossenb&rg. ;sto aconteceu numa sala de aula em 6chUnberg na
floresta da Ba'aria, a floresta descrita por 6tiffer, escritor (ue
Bonhoeffer tanto aprecia'a. A pala'ra b0blica sobre a (ual ele tinha
acabado de falar era) “2elas suas pisaduras somos saradosM D;s ?.
As ltimas pessoas (ue lhe assistiram foram irm"os de na!:es inimigas
e de di'ersas confiss:es outrora ad'ers-rias.
pg. "3)
24

_______________________________________
“6eu testemunho iniciou 'i'enciando e dizendo o (ue significa estar
com 5risto e findou para ensinar%nos o (ue significa (ue 5risto est-
conosco.
pg. "3)
_______________________________________
“Apenas importa (ue se+a poss0'el reconhecer no fragmento de nossa
'ida (ual era o seu prop8sito e de (ue material era constitu0do.
Existem, sem d'ida, fragmentos (ue s8 pertencem ao lixo. Outros s"o
significati'os por sculos a fio, por(ue sua conclus"o cabe ao pr8prio
eus. Existem fragmentos (ue precisam ser fragmento, isto me lembra
a arte das fugas musicais. 6e nossa 'ida refletir, ainda (ue
precariamente, tal fragmento, de modo (ue, apenas por um bre'e
per0odo, os di'ersos temas sintonizem, repetindo%se com intensidade
crescente@ se a nossa 'ida manti'er o grande contraponto do come!o ao
fim. e modo (ue, como coda, possa ser entoado o coral “Apresento%
me, assim, diante do seu trono, ent"o ao in's de lamentar%nos sobre
nossa 'ida fragment-ria, (ueremos alegrar%nos com ela. (%arta e
21.02.44).
pg. "4)
25

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