1) O documento discute as interpretações sobre o crescimento recente na China, focando se foi liderado pelas exportações ou pelos investimentos internos.
2) Dois desafios para a sustentação do crescimento chinês são reduzir a dependência dos mercados externos e mudar a composição da demanda para maior consumo interno.
3) Alguns problemas analíticos sugerem que o crescimento chinês teve autonomia em relação às exportações voláteis, indicando ser liderado pelo mercado interno.
Este documento discute as raízes estruturais da crise financeira asiática de 1997. A crise atingiu profundamente economias como Tailândia, Indonésia, Malásia, Filipinas e Coréia, colocando em pânico os mercados mundiais. O autor argumenta que mudanças estruturais na dinâmica do crescimento regional asiático entre 1995-1997, como a liberalização financeira e valorização cambial, resultaram em maior fragilidade financeira externa nestes países. A exaustão do dinamismo dos investimentos
O documento descreve o que é a macroeconomia. A macroeconomia analisa a economia como um todo, focando-se em agregados como o produto interno bruto, emprego, preços e inflação. Estuda os ciclos económicos de curto prazo e o crescimento económico de longo prazo.
1. A macroeconomia estuda variáveis econômicas agregadas como o PIB, desemprego e inflação para analisar o desempenho de uma economia como um todo.
2. A macroeconomia surgiu para explicar a Grande Depressão dos anos 1930, quando teorias microeconômicas não conseguiam explicar fenômenos de larga escala como recessões prolongadas.
3. A macroeconomia analisa tanto flutuações econômicas de curto prazo (ciclos) quanto tendências de longo prazo como crescimento e desen
Este relatório analisa a inflação no Brasil, projeções de crescimento econômico e condições monetárias e fiscais. A inflação acumulada em 12 meses atingiu 7,7% em fevereiro de 2015. Projeções apontam para inflação de 7,9% em 2015 desacelerando nos anos seguintes. O PIB brasileiro deve ter recuado 0,1% em 2014 e a projeção é de queda de 0,5% em 2015. O cenário contempla expansão moderada do crédito e compromisso com metas f
O documento discute a crise econômica no Brasil, seus motivos e consequências. Ele identifica a falta de investimento em infraestrutura e de planejamento estratégico de longo prazo como principais causas. A crise econômica de 2015 é vista como inevitável e trará como consequências a retomada da inflação, a disparada do dólar e problemas para a população e empresas.
O documento discute o desenvolvimento econômico e ascensão internacional da China desde as reformas de 1979. A estratégia de transição para uma economia de mercado liderada pelo Estado levou a um crescimento econômico extraordinário, tornando a China uma grande potência econômica mundial. No entanto, para manter altas taxas de crescimento, a China precisa elevar a especialização em setores intensivos em ciência e tecnologia e reduzir desigualdades sociais e regionais.
Este documento discute a relação entre política cambial e desenvolvimento econômico. Apresenta diferentes abordagens teóricas sobre como taxas de câmbio competitivas podem estimular o crescimento econômico, principalmente por meio de aumento do investimento, compensação de falhas de mercado e estímulo às exportações. Defende que a manutenção de taxas de câmbio desvalorizadas pode ser uma estratégia válida para países em desenvolvimento promoverem o crescimento.
O documento discute a relação entre crescimento econômico, estrutura econômica e distribuição de renda em economias em desenvolvimento. Analisa experiências de países que tiveram forte crescimento na última década e os limites das interpretações sobre os fatores que estariam por trás desse crescimento. Aborda também a evolução da demanda e do padrão de consumo das famílias brasileiras entre 2003 e 2009.
Este documento discute as raízes estruturais da crise financeira asiática de 1997. A crise atingiu profundamente economias como Tailândia, Indonésia, Malásia, Filipinas e Coréia, colocando em pânico os mercados mundiais. O autor argumenta que mudanças estruturais na dinâmica do crescimento regional asiático entre 1995-1997, como a liberalização financeira e valorização cambial, resultaram em maior fragilidade financeira externa nestes países. A exaustão do dinamismo dos investimentos
O documento descreve o que é a macroeconomia. A macroeconomia analisa a economia como um todo, focando-se em agregados como o produto interno bruto, emprego, preços e inflação. Estuda os ciclos económicos de curto prazo e o crescimento económico de longo prazo.
1. A macroeconomia estuda variáveis econômicas agregadas como o PIB, desemprego e inflação para analisar o desempenho de uma economia como um todo.
2. A macroeconomia surgiu para explicar a Grande Depressão dos anos 1930, quando teorias microeconômicas não conseguiam explicar fenômenos de larga escala como recessões prolongadas.
3. A macroeconomia analisa tanto flutuações econômicas de curto prazo (ciclos) quanto tendências de longo prazo como crescimento e desen
Este relatório analisa a inflação no Brasil, projeções de crescimento econômico e condições monetárias e fiscais. A inflação acumulada em 12 meses atingiu 7,7% em fevereiro de 2015. Projeções apontam para inflação de 7,9% em 2015 desacelerando nos anos seguintes. O PIB brasileiro deve ter recuado 0,1% em 2014 e a projeção é de queda de 0,5% em 2015. O cenário contempla expansão moderada do crédito e compromisso com metas f
O documento discute a crise econômica no Brasil, seus motivos e consequências. Ele identifica a falta de investimento em infraestrutura e de planejamento estratégico de longo prazo como principais causas. A crise econômica de 2015 é vista como inevitável e trará como consequências a retomada da inflação, a disparada do dólar e problemas para a população e empresas.
O documento discute o desenvolvimento econômico e ascensão internacional da China desde as reformas de 1979. A estratégia de transição para uma economia de mercado liderada pelo Estado levou a um crescimento econômico extraordinário, tornando a China uma grande potência econômica mundial. No entanto, para manter altas taxas de crescimento, a China precisa elevar a especialização em setores intensivos em ciência e tecnologia e reduzir desigualdades sociais e regionais.
Este documento discute a relação entre política cambial e desenvolvimento econômico. Apresenta diferentes abordagens teóricas sobre como taxas de câmbio competitivas podem estimular o crescimento econômico, principalmente por meio de aumento do investimento, compensação de falhas de mercado e estímulo às exportações. Defende que a manutenção de taxas de câmbio desvalorizadas pode ser uma estratégia válida para países em desenvolvimento promoverem o crescimento.
O documento discute a relação entre crescimento econômico, estrutura econômica e distribuição de renda em economias em desenvolvimento. Analisa experiências de países que tiveram forte crescimento na última década e os limites das interpretações sobre os fatores que estariam por trás desse crescimento. Aborda também a evolução da demanda e do padrão de consumo das famílias brasileiras entre 2003 e 2009.
Sistema De Metas De InflaçãO No Brasil 1999 2005 Impactos Sobre A DíVida PúBl...Shelbert Braz
Este documento discute os impactos da política monetária restritiva no Brasil entre 1999-2006 sobre variáveis macroeconômicas, criticando o modelo de metas de inflação. Apresenta a teoria econômica convencional e pós-keynesiana, analisando a evolução do PIB, investimento, emprego e dívida pública no período. Por fim, propõe alternativas pós-keynesianas de combinação de políticas fiscal e monetária para combater a inflação de forma sustentável.
Este documento fornece uma introdução à macroeconomia, definindo o campo de estudo e os principais conceitos. Resume os principais pontos abordados:
1) A macroeconomia estuda agregados econômicos como produto, renda e preços de forma agregada, diferente da microeconomia que analisa de forma desagregada.
2) Os modelos macroeconômicos relacionam agregados através de equações, considerando agentes como famílias, empresas e governo que interagem em mercados.
3) Indicadores como taxa de crescimento,
Este documento descreve um curso de mestrado em economia monetária, bancária e financeira ministrado pelo professor António Mendes da Silva Ferraz. O documento fornece (1) uma introdução ao curso, (2) os objetivos de aprendizagem, (3) um programa sucinto e (4) um programa detalhado com bibliografia.
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
O documento discute as políticas monetárias no Brasil entre 1964 e 1989, durante o milagre econômico, a fase de crescimento com endividamento e as experiências heterodoxas. A política monetária durante o milagre econômico focou no controle gradual da inflação e no crescimento das exportações através de planos como o PAEG e PED. Na fase de endividamento, a economia enfrentou choques de petróleo e alta dos juros externos, levando a políticas de desvalorização cambial e controle monetário. Ent
O documento apresenta um roteiro para um seminário sobre a crise econômica mundial e suas alternativas para o Brasil. Apresenta as origens e impactos da crise financeira global, como ela afetou a economia brasileira e de Pernambuco, e as principais medidas anticíclicas implementadas.
Slides de Análise de Conjuntura Econômica feitos pelo Grupo 3, composto pelos membros:
EDUARDO HENRIQUE PELLEGRINELLI SCARCELI
FELIPE SIGAUD
GUILHERME FERNANDES SILVA
ALAN JUNGERMAN CHUSID
GUSTAVO DE SAMPAIO LEITE RUIZ
PEDRO VAZ GUIMARAES MOREIRA
Angola registou melhorias económicas nos últimos cinco anos após crises, mas ainda depende muito do petróleo. O governo busca diversificar a economia e melhorar padrões de vida através de investimentos em agricultura, indústria e serviços. A política monetária controla a oferta de moeda para estabilizar preços, enquanto a fiscal apoia poupanças e reformas para sustentar as finanças públicas.
TEC 2010 06 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente no Brasil e indicadores do mercado de trabalho nas 6 maiores regiões metropolitanas.
2. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de crescimento do PIB foi de 2,4% e houve aumento no rendimento do trabalho e queda no desemprego.
3. Contudo, o alto crescimento também traz riscos como inflação e dependência de investimentos especulativos, o que pode afetar negativamente a população.
Análise de conjuntura - O Brasil e a crise - Maio de 2009Aloizio Mercadante
O documento discute a crise econômica internacional e seu impacto no Brasil. Apresenta os antecedentes da crise nos EUA e Europa, como o endividamento das famílias e empresas americanas e a bolha imobiliária. Detalha os efeitos financeiros, como a queda do valor de mercado dos bancos, e econômicos, como a desaceleração do crescimento global. Aponta a capacidade do Brasil de resistir melhor à crise, com redução da vulnerabilidade externa, consolidação fiscal e fortalecimento do mercado
O documento apresenta as principais variáveis macroeconômicas, como taxa de juros, inflação, desemprego, câmbio e PIB. Explica como cada uma é definida e calculada e como afetam a economia de um país.
O documento fornece uma introdução aos fundamentos da teoria macroeconômica, discutindo tópicos como políticas macroeconômicas, mercados, variáveis, instrumentos e objetivos. Explica a importância de entender a macroeconomia para avaliar políticas e prever tendências econômicas de alto nível.
O documento apresenta os destaques do comércio exterior de Minas Gerais no mês de julho e nos sete primeiros meses de 2011. Em julho, as exportações mineiras atingiram o maior valor histórico mensal de US$ 3,57 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 1,05 bilhão, resultando no maior saldo comercial de 2011 para Minas Gerais, de US$ 2,52 bilhões. No acumulado de janeiro a julho, as exportações cresceram 46,9% em relação
Este artigo tem como propósito mostrar como 3 países da Ásia (Japão, Coreia do Sul e China) promoveram seu desenvolvimento e, desta forma, demonstrar a absurda política econômica neoliberal do governo Michel Temer que busca congelar o gasto público nos próximos 20 anos para criar o ambiente econômico necessário à atração do investidor privado e, em consequência, alavancar o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Na prática, o governo Temer acredita que as forças do mercado privado são mais capazes do que o papel desenvolvimentista que seu governo realizasse para alavancar a economia brasileira. A política econômica do governo Temer é diametralmente oposta às adotadas pelo Japão, Coreia do Sul e China que tiveram no Estado papel primordial no desenvolvimento desses países na segunda metade do século 20.
Principais Indicadores econômicos para microempreendedoresMarinaContabil
O documento discute indicadores econômicos importantes para pequenas e microempresas, incluindo o IPCA, IGP-M, PIB, inflação, juros e rating. Explica que o IPCA e IGP-M afetam diretamente esses negócios, enquanto o PIB mede a riqueza produzida no país, a inflação representa a perda do poder de compra da moeda, os juros são taxas de empréstimos e o rating avalia o risco de inadimplência.
O brasil não superará a crise atual sem o abandono do modelo econômico neolib...Fernando Alcoforado
Foi o receituário neoliberal implantado em 1990 que levou a economia brasileira à bancarrota durante o governo Dilma Rousseff. A prática vem demonstrando a inviabilidade do modelo econômico neoliberal no Brasil inaugurado pelo presidente Fernando Collor em 1990 e mantido pelos presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Roussef. O baixíssimo crescimento econômico do Brasil, a acentuada desindustrialização do País, a elevação desmesurada da dívida pública federal, a falência generalizada de empresas, a volta da inflação de dois dígitos e o desemprego em massa durante o governo Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País. Diante da herança econômica maldita dos governos do PT, sobretudo do governo Dilma Rousseff, a equipe econômica do governo Michel Temer pretende adotar, de imediato, medidas voltadas para a busca do equilíbrio das contas públicas para fazer frente à insolvência da União e, em seguida, dar continuidade ao fracassado modelo econômico neoliberal. Trata-se de uma irracionalidade tentar ressuscitar o falido modelo econômico neoliberal quando deveria reestruturar a economia brasileira se inspirando na experiência desenvolvimentista dos bem sucedidos países asiáticos como o Japão, Coreia do Sul, Taiwan e China.
O documento discute os desafios fiscais, dívida e altas taxas de juros para a macroeconomia brasileira. Ele analisa as tentativas de flexibilização da ortodoxia do "tripé macroeconômico" no Brasil e os impactos da austeridade fiscal na Europa, argumentando que os ajustes fiscais tendem a piorar a desigualdade sem necessariamente promover o crescimento. O autor defende uma política fiscal contracíclica e objetivos monetários mais amplos.
O documento apresenta um resumo do cenário macroeconômico brasileiro e internacional, descrevendo o crescimento da economia mundial, com destaque para o Brasil. Apresenta dados sobre PIB, inflação, mercado consumidor, taxa de juros e câmbio, mostrando a retomada da economia brasileira com baixa inflação, taxa de juros estável, aumento do emprego e da renda da população.
O documento discute vários assuntos econômicos globais e nacionais, incluindo a tentativa da Argentina de conter a corrida ao dólar, o crescimento do PIB britânico no terceiro trimestre e a contração da indústria na Grã-Bretanha em outubro, gastos do Japão para defender o iene, e o aumento do desemprego na zona do euro.
Este documento discute as raízes estruturais da crise financeira asiática de 1997. A crise atingiu profundamente economias como Tailândia, Indonésia, Malásia, Filipinas e Coréia, colocando em pânico os mercados mundiais. O autor argumenta que mudanças estruturais na dinâmica do crescimento regional asiático entre 1995-1997, como a liberalização financeira e valorização cambial, resultaram em maior fragilidade financeira externa nestes países. A exaustão do dinamismo dos investimentos
O documento descreve o desenvolvimento econômico da China ao longo do século XX, incluindo os planos econômicos dos anos 1950 e 1960, as reformas de mercado a partir dos anos 1970 que levaram a um rápido crescimento, e a entrada do país na economia globalizada no século XXI.
O documento analisa a situação econômica internacional e nacional. Internacionalmente, há sinais de fim da crise com crescimento da produção industrial na Inglaterra. No entanto, a produção no ano ainda está 9,3% abaixo do ano passado. Discute-se também a proposta da ONU de criar uma moeda mundial, mas o dólar deve continuar como moeda de referência. Nacionalmente, o Copom manteve a taxa Selic em 8,75% por cautela, já que os efeitos das reduções anteriores ainda não foram totalmente sentidos.
Sistema De Metas De InflaçãO No Brasil 1999 2005 Impactos Sobre A DíVida PúBl...Shelbert Braz
Este documento discute os impactos da política monetária restritiva no Brasil entre 1999-2006 sobre variáveis macroeconômicas, criticando o modelo de metas de inflação. Apresenta a teoria econômica convencional e pós-keynesiana, analisando a evolução do PIB, investimento, emprego e dívida pública no período. Por fim, propõe alternativas pós-keynesianas de combinação de políticas fiscal e monetária para combater a inflação de forma sustentável.
Este documento fornece uma introdução à macroeconomia, definindo o campo de estudo e os principais conceitos. Resume os principais pontos abordados:
1) A macroeconomia estuda agregados econômicos como produto, renda e preços de forma agregada, diferente da microeconomia que analisa de forma desagregada.
2) Os modelos macroeconômicos relacionam agregados através de equações, considerando agentes como famílias, empresas e governo que interagem em mercados.
3) Indicadores como taxa de crescimento,
Este documento descreve um curso de mestrado em economia monetária, bancária e financeira ministrado pelo professor António Mendes da Silva Ferraz. O documento fornece (1) uma introdução ao curso, (2) os objetivos de aprendizagem, (3) um programa sucinto e (4) um programa detalhado com bibliografia.
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
O documento discute as políticas monetárias no Brasil entre 1964 e 1989, durante o milagre econômico, a fase de crescimento com endividamento e as experiências heterodoxas. A política monetária durante o milagre econômico focou no controle gradual da inflação e no crescimento das exportações através de planos como o PAEG e PED. Na fase de endividamento, a economia enfrentou choques de petróleo e alta dos juros externos, levando a políticas de desvalorização cambial e controle monetário. Ent
O documento apresenta um roteiro para um seminário sobre a crise econômica mundial e suas alternativas para o Brasil. Apresenta as origens e impactos da crise financeira global, como ela afetou a economia brasileira e de Pernambuco, e as principais medidas anticíclicas implementadas.
Slides de Análise de Conjuntura Econômica feitos pelo Grupo 3, composto pelos membros:
EDUARDO HENRIQUE PELLEGRINELLI SCARCELI
FELIPE SIGAUD
GUILHERME FERNANDES SILVA
ALAN JUNGERMAN CHUSID
GUSTAVO DE SAMPAIO LEITE RUIZ
PEDRO VAZ GUIMARAES MOREIRA
Angola registou melhorias económicas nos últimos cinco anos após crises, mas ainda depende muito do petróleo. O governo busca diversificar a economia e melhorar padrões de vida através de investimentos em agricultura, indústria e serviços. A política monetária controla a oferta de moeda para estabilizar preços, enquanto a fiscal apoia poupanças e reformas para sustentar as finanças públicas.
TEC 2010 06 - Distribuição dos grupos de cor ou raça e sexo pelos ramos de at...LAESER IE/UFRJ
1. O documento discute a conjuntura econômica recente no Brasil e indicadores do mercado de trabalho nas 6 maiores regiões metropolitanas.
2. No primeiro trimestre de 2010, a taxa de crescimento do PIB foi de 2,4% e houve aumento no rendimento do trabalho e queda no desemprego.
3. Contudo, o alto crescimento também traz riscos como inflação e dependência de investimentos especulativos, o que pode afetar negativamente a população.
Análise de conjuntura - O Brasil e a crise - Maio de 2009Aloizio Mercadante
O documento discute a crise econômica internacional e seu impacto no Brasil. Apresenta os antecedentes da crise nos EUA e Europa, como o endividamento das famílias e empresas americanas e a bolha imobiliária. Detalha os efeitos financeiros, como a queda do valor de mercado dos bancos, e econômicos, como a desaceleração do crescimento global. Aponta a capacidade do Brasil de resistir melhor à crise, com redução da vulnerabilidade externa, consolidação fiscal e fortalecimento do mercado
O documento apresenta as principais variáveis macroeconômicas, como taxa de juros, inflação, desemprego, câmbio e PIB. Explica como cada uma é definida e calculada e como afetam a economia de um país.
O documento fornece uma introdução aos fundamentos da teoria macroeconômica, discutindo tópicos como políticas macroeconômicas, mercados, variáveis, instrumentos e objetivos. Explica a importância de entender a macroeconomia para avaliar políticas e prever tendências econômicas de alto nível.
O documento apresenta os destaques do comércio exterior de Minas Gerais no mês de julho e nos sete primeiros meses de 2011. Em julho, as exportações mineiras atingiram o maior valor histórico mensal de US$ 3,57 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 1,05 bilhão, resultando no maior saldo comercial de 2011 para Minas Gerais, de US$ 2,52 bilhões. No acumulado de janeiro a julho, as exportações cresceram 46,9% em relação
Este artigo tem como propósito mostrar como 3 países da Ásia (Japão, Coreia do Sul e China) promoveram seu desenvolvimento e, desta forma, demonstrar a absurda política econômica neoliberal do governo Michel Temer que busca congelar o gasto público nos próximos 20 anos para criar o ambiente econômico necessário à atração do investidor privado e, em consequência, alavancar o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Na prática, o governo Temer acredita que as forças do mercado privado são mais capazes do que o papel desenvolvimentista que seu governo realizasse para alavancar a economia brasileira. A política econômica do governo Temer é diametralmente oposta às adotadas pelo Japão, Coreia do Sul e China que tiveram no Estado papel primordial no desenvolvimento desses países na segunda metade do século 20.
Principais Indicadores econômicos para microempreendedoresMarinaContabil
O documento discute indicadores econômicos importantes para pequenas e microempresas, incluindo o IPCA, IGP-M, PIB, inflação, juros e rating. Explica que o IPCA e IGP-M afetam diretamente esses negócios, enquanto o PIB mede a riqueza produzida no país, a inflação representa a perda do poder de compra da moeda, os juros são taxas de empréstimos e o rating avalia o risco de inadimplência.
O brasil não superará a crise atual sem o abandono do modelo econômico neolib...Fernando Alcoforado
Foi o receituário neoliberal implantado em 1990 que levou a economia brasileira à bancarrota durante o governo Dilma Rousseff. A prática vem demonstrando a inviabilidade do modelo econômico neoliberal no Brasil inaugurado pelo presidente Fernando Collor em 1990 e mantido pelos presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Roussef. O baixíssimo crescimento econômico do Brasil, a acentuada desindustrialização do País, a elevação desmesurada da dívida pública federal, a falência generalizada de empresas, a volta da inflação de dois dígitos e o desemprego em massa durante o governo Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País. Diante da herança econômica maldita dos governos do PT, sobretudo do governo Dilma Rousseff, a equipe econômica do governo Michel Temer pretende adotar, de imediato, medidas voltadas para a busca do equilíbrio das contas públicas para fazer frente à insolvência da União e, em seguida, dar continuidade ao fracassado modelo econômico neoliberal. Trata-se de uma irracionalidade tentar ressuscitar o falido modelo econômico neoliberal quando deveria reestruturar a economia brasileira se inspirando na experiência desenvolvimentista dos bem sucedidos países asiáticos como o Japão, Coreia do Sul, Taiwan e China.
O documento discute os desafios fiscais, dívida e altas taxas de juros para a macroeconomia brasileira. Ele analisa as tentativas de flexibilização da ortodoxia do "tripé macroeconômico" no Brasil e os impactos da austeridade fiscal na Europa, argumentando que os ajustes fiscais tendem a piorar a desigualdade sem necessariamente promover o crescimento. O autor defende uma política fiscal contracíclica e objetivos monetários mais amplos.
O documento apresenta um resumo do cenário macroeconômico brasileiro e internacional, descrevendo o crescimento da economia mundial, com destaque para o Brasil. Apresenta dados sobre PIB, inflação, mercado consumidor, taxa de juros e câmbio, mostrando a retomada da economia brasileira com baixa inflação, taxa de juros estável, aumento do emprego e da renda da população.
O documento discute vários assuntos econômicos globais e nacionais, incluindo a tentativa da Argentina de conter a corrida ao dólar, o crescimento do PIB britânico no terceiro trimestre e a contração da indústria na Grã-Bretanha em outubro, gastos do Japão para defender o iene, e o aumento do desemprego na zona do euro.
Este documento discute as raízes estruturais da crise financeira asiática de 1997. A crise atingiu profundamente economias como Tailândia, Indonésia, Malásia, Filipinas e Coréia, colocando em pânico os mercados mundiais. O autor argumenta que mudanças estruturais na dinâmica do crescimento regional asiático entre 1995-1997, como a liberalização financeira e valorização cambial, resultaram em maior fragilidade financeira externa nestes países. A exaustão do dinamismo dos investimentos
O documento descreve o desenvolvimento econômico da China ao longo do século XX, incluindo os planos econômicos dos anos 1950 e 1960, as reformas de mercado a partir dos anos 1970 que levaram a um rápido crescimento, e a entrada do país na economia globalizada no século XXI.
O documento analisa a situação econômica internacional e nacional. Internacionalmente, há sinais de fim da crise com crescimento da produção industrial na Inglaterra. No entanto, a produção no ano ainda está 9,3% abaixo do ano passado. Discute-se também a proposta da ONU de criar uma moeda mundial, mas o dólar deve continuar como moeda de referência. Nacionalmente, o Copom manteve a taxa Selic em 8,75% por cautela, já que os efeitos das reduções anteriores ainda não foram totalmente sentidos.
A crise econômica internacional que teve como epicentro os Estados Unidos ganhou dimensão internacional dramática a partir do último trimestre de 2008. O PIB mundial que vinha crescendo a taxas robustas em torno de 5% sofrerá uma reversão dramática em 2009 com vários organismos mundiais prevendo mesmo uma retração a nível mundial com impactos profundos no comércio exterior e emprego.
A resposta da maioria dos países, com destaque para Estados Unidos, China e Japão, tem sido a aplicação de políticas fiscais expansionistas de corte keynesiano. Aliás, a inflexão, ao menos conjuntural, na direção de políticas mais intervencionistas e expansionistas não só pelo lado fiscal como também, monetário-financeiro, têm sido um dos desenvolvimentos mais marcantes da crise econômica iniciada em 2008.
Curiosamente, tal reação relativamente generalizada, não é observada no Brasil. Os primeiros debates sobre como reagir à crise, num momento em que esta já ganhava contornos mais concretos e profundos, foram no sentido da contenção fiscal, com cortes nos gasto públicos. Dentro do próprio governo durante a discussão sobre o orçamento que se desenrolou por todo mês de março de 2009 parece haver acordo que uma estratégia fiscal cautelosa deve ser adotada, com redução do superávit primário, também reflexo da esperada queda nos juros básicos, mas ao mesmo tempo contenção de gastos com pessoal.
Essa reação parece, em grande medida, refletir uma inércia intelectual, ou seja, reflete uma avaliação que se consolidou em meios acadêmicos, políticos e de vários setores da sociedade civil, incluindo aí a grande imprensa, que identificava como um dos, ou o, “problema” (sic) principal da economia brasileira o excessivo montante de gastos públicos. A contrapartida dessa suposta elevação do gasto, dadas as metas de superávit primário que são um dos pilares da política macroeconômica recente, é uma elevação persistente da carga tributária bruta.
Essa leitura que chamaríamos de convencional, ou canônica, da política fiscal do período recente que, como salientamos, tem impactos relevantes sobre a resposta às condições econômicas mundiais a partir de 2008, tem vários aspectos que merecem uma análise mais detida. Aspectos que vão desde a simples análise da consistência e adequação dos dados utilizados, passando pela correta distinção entre gastos x transferências e, consequentemente, carga tributária bruta e líquida e, finalmente, sobre o próprio impacto do gasto público na economia brasileira.
O presente artigo pretende tratar destas três questões, cada uma apresentando, por si só, razoável grau de complexidade, de forma exploratória apontando para limitações e inconsistências da leitura crítica convencional sobre a política fiscal recente. Na primeira seção serã
Este documento analisa a ascensão econômica da China na segunda metade do século XX, abordando fatores sistêmicos e internos. Primeiramente, utiliza a teoria dos sistemas-mundo para analisar como a inserção da China na economia mundial influenciou seu crescimento. Em seguida, discute políticas internas do Estado chinês que criaram um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico desde os anos 1970.
Neste artigo, analisa-se a estratégia política econômica adotada pelo novo governo brasileiro, primeiramente do ponto de vista do erro de diagnóstico do Governo em relação: (a) à conjuntura internacional; (b) ao comportamento dos agentes nos mercados financeiros; e (c) à situação estrutural da conta corrente brasileira. Mostra-se, então, que essa estratégia, além de ter custos elevados, está fadada ao fracasso, se não for alterada rapidamente. Segue-se, então, uma lista de oito pontos que ilustram o tipo de mudança radical de estratégia, com o objetivo de tornar o combate à restrição externa da economia brasileira a prioridade número um da política econômica.
Neste trabalho procuramos mostrar, numa perspectiva Sraffiana, que a tese de que teria havido uma bem sucedida contração fiscal expansionista nos EUA derivado do ajuste fiscal feito pelo governo Clinton a partir de 1993 não passa de um mito. Nem o ajuste fiscal reduziu diretamente os juros nem a queda dos juros aumentou diretamente o investimento produtivo. Longe de ser uma conseqüência automática do ganho de “credibilidade” obtido pelo ajuste fiscal, a recuperação e o prolongado período de crescimento foram frutos do viés expansionista da política monetária.
REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...Fernando Alcoforado
1) A crise econômica mundial de 2008 teve origem nos Estados Unidos e ameaça se transformar em depressão global devido à grande dívida pública americana e dependência econômica entre EUA e China.
2) É necessária uma reforma do Estado brasileiro para promover o desenvolvimento do país em meio à crise mundial.
3) A reforma deve tornar o Estado mais eficiente e eficaz seguindo os exemplos das reformas de FHC nos anos 90 e do "Estado em rede" da União Europeia.
REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...Fernando Alcoforado
1) A crise econômica mundial de 2008 teve origem nos Estados Unidos e ameaça evoluir para uma depressão global prolongada.
2) O Brasil precisa de uma reforma do Estado para promover o desenvolvimento econômico e social diante da crise.
3) A reforma do Estado brasileiro é necessária para torná-lo mais eficiente e capaz de lidar com os desafios globais.
1) O documento discute a economia da Rússia desde sua criação em 1991, dividindo-a em duas fases: de 1992-1998 foi marcada por uma prolongada recessão após reformas de choque; de 1999-2008 houve uma recuperação nacionalista com taxas altas de crescimento após mudança na política econômica. 2) A recessão entre 1992-1998 ocorreu devido às falhas das reformas de choque em lidar com as imperfeições de mercado e a redução drástica do gasto público; 3) A recup
A crise econômica e financeira mundial é mais profunda e generalizada e seus efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. A crise continua a se desenrolar e as suas causas e intervenções serão, sem dúvida, objeto de debate por muitos anos. O cenário atual brasileiro é um dos mais favoráveis do mundo, em praticamente todos os setores de atividade econômica
As perspectivas para 2014 serão balizadas, externamente, pela evolução da crise nas economias mais desenvolvidas, cuja profundidade e efeitos serão mais duradouros do que se imaginava. No Brasil, estas perspectivas ainda serão condicionadas pela credibilidade da política econômica,
especialmente em um ano de eleições majoritárias. Além disso, é importante observar que a experiência brasileira, a partir de 2010, com uma "Nova Matriz Econômica" mostrou-se um fracasso
O objetivo deste ensaio é investigar o impacto da abertura financeira e da privatização sobre as estratégias nacionais de desenvolvimento sublinhando, em particular, a natureza radical e ideológica que estes processos assumiram na América Latina dos anos 90 em contraste com o pragmatismo observado em outras regiões. Na primeira seção, investiga-se de forma condensada algumas características do estado desenvolvimentista do pós guerra e as transformações recentes de abertura, desregulação e privatização; na segunda seção discute-se a economia política da abertura financeira e a natureza com que este processo na América Latina, a terceira seção examina deste mesmo ângulo o significado dos processos de privatização, por fim, na quarta seção, algumas breves considerações finais são apresentadas.
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
Boletim 39 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento discute a política econômica brasileira no terceiro trimestre de 2007, que apresentou bons resultados como crescimento do PIB, investimento e emprego.
2) A inflação aumentou pontualmente em agosto, mas não compromete a meta de 4,5% para 2007.
3) As perspectivas de longo prazo trazem incertezas devido ao cenário externo, com riscos de recessão mundial afetando o Brasil.
O documento discute a desindustrialização prematura do Brasil e propõe várias medidas para enfrentá-la, incluindo: 1) um imposto sobre entrada de capitais para desacelerar a apreciação do real; 2) desindexação da economia para combater a inflação; 3) redistribuição dos royalties do petróleo para educação e P&D.
Boletim 44 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica brasileira diante da crise internacional. A economia brasileira está enfrentando os efeitos da crise através da queda nas exportações, investimentos estrangeiros e aplicações financeiras. As medidas do governo para estimular o crédito e a demanda interna têm se mostrado insuficientes. A manutenção de altas taxas de juros e da meta fiscal limitam as ações anticíclicas do governo.
O documento discute como as mudanças no cenário econômico internacional afetarão a política monetária no Brasil nos próximos dois anos. A desaceleração do crescimento na China e queda nos preços das commodities encerraram a "bonança externa" que beneficiou o Brasil. Isso, somado ao fortalecimento do dólar americano e ajuste fiscal recessivo no Brasil, levarão a uma recessão com inflação crescente no país, exigindo uma política monetária contracionista. O déficit em conta corrente também
Semelhante a O ciclo recente de crescimento chinês e seus desafios (20)
Atualmente, diversos economistas das mais variadas origens e tendências argumentam que o Banco Central deve imprimir dinheiro para financiar o déficit público e zerar a taxa básica de juros para fazer políticas monetárias não convencionais, chamadas lá fora de Quantitative Easing (QE) e que consistem na compra de ativos privados e talvez até divida pública de prazos mais longos.
1) O artigo discute a evolução do conceito de Lei de Say no pensamento econômico, desde a versão original de Jean Baptiste Say até as interpretações clássicas, neoclássicas e da escola de Cambridge.
2) A versão original de Say tratava da identidade entre produção e consumo, onde toda produção gera demanda equivalente através dos salários pagos e do poder de compra gerado. Isso pressupunha a neutralidade da moeda e ausência de entesouramento.
3) Posteriormente, interpretações cl
The purpose of this paper is to contribute to an interpretation of Ricardo’s theory of foreign trade following the lead of Sraffa ́s own 1930 critique of Ricardo ́s alleged error and recently developed by other Sraffians. We argue that Ricardo assumed that trade happened at natural prices in each country. And once we take the process of gravitation towards those prices into account it follows that : (i) Ricardo’s theory is not incomplete, but fully determined so there is no need for price elastic demand functions, contrary to what John Stuart Mill argued; and (ii) in the simple cases of the examples of chapter 7 of Ricardo ́s Principles, the terms of trade are determined by the ratio of the given actually traded levels of reciprocal effectual demands.
Taking into account the pull-push debate on the weight that external or internal factors have on the behavior of capital flows and country-risk premium of developing economies, the aim of this article is to assess empirically the extent by which the push factors, linked to global liquidity and interest rates, (compared to country-specific factors) play on the changes in the risk premium of a set of countries of the periphery, in the period 1999-2019. This done using the methodology of Principal Component Analysis, which can relate the information from different countries to its common sources. We also test for a structural change in the premium risk series in 2003, by means of structural break tests. We find that push factors do play the predominant role in explaining country risk changes of our selected peripherical countries and that there was indeed a substantial general reduction in country risk premia after 2003, confirming that the external constraints of the periphery were significantly loosened by more favorable conditions in the international economy in the more recent period. The results are in line both with the view that cycles in peripherical economies are broadly subordinated to global financial cycles, in but also that such external conditions substantially improved compared to the 1990s.
This document analyzes Brazilian National Treasury primary auctions from the 2000s using a Modern Monetary Theory interpretation. It finds that:
1) The Brazilian government was always able to sell its treasury bonds and was not pressured into higher interest rates by bond markets or rating downgrades.
2) Downgrades by international rating agencies did not cause persistent pressure on auction rates or changes in bond sales volumes.
3) The Central Bank ensured liquidity for treasury bonds through repo operations, maintaining interest rate targets and guaranteeing demand for government bonds.
Taking into account the pull-push debate on the weight that external or internal factors have on the behavior of capital flows and country-risk premium of developing economies, the aim of this article is to assess empirically the extent by which the push factors, linked to global liquidity and interest rates, (compared to country-specific factors) play on the changes in the risk premium of a set of countries of the periphery, in the period 1999-2019. This done using the methodology of Principal Component Analysis, which can relate the information from different countries to its common sources. We also test for a structural change in the premium risk series in 2003, by means of structural break tests. We find that push factors do play the predominant role in explaining country risk changes of our selected peripherical countries and that there was indeed a substantial general reduction in country risk premia after 2003, confirming that the external constraints of the periphery were significantly loosened by more favorable conditions in the international economy in the more recent period. The results are in line both with the view that cycles in peripherical economies are broadly subordinated to global financial cycles, in but also that such external conditions substantially improved compared to the 1990s.
This paper extends the analysis of Haavelmo (1945), which derived the multiplier effect of a balanced budget expansion of public spending on aggregate demand and output. We first generalize Haavelmo's results showing that a fiscal expansion can have positive effects of demand and output even in the case of a relatively small primary surplus and establishing the general principle that what matters for fiscal policy to be expansionary is that the propensity to spend of those taxed should be lower that of the government and the recipients of government transfers. We also show that endogenizing business investment as a propensity to invest makes the traditional balanced budget multiplier to become greater than one. Moreover, if this propensity to invest changes over time and adjusts capacity to demand as in the sraffian supermultiplier demand led growth model, the net tax rate that balances the budget will tend to be lower the higher is the rate of growth of government spending, even in the presence of other private autonomous expenditures.
This paper extends the analysis of Haavelmo (1945), which derived the multiplier effect of a balanced budget expansion of public spending on aggregate demand and output. We first generalize Haavelmo´s results showing that a fiscal expansion can have positive effects of demand and output even in the case of a relatively small primary surplus and establishing the general principle that what matters for fiscal policy to be expansionary is that the propensity to spend of those taxed should be lower that of the government and the recipients of government transfers. We also show that endogenizing business investment as a propensity to invest makes the traditional balanced budget multiplier to become greater than one. Moreover, if this propensity to invest changes over time and adjusts capacity to demand as in the sraffian supermultiplier demand led growth model, the net tax rate that balances the budget will tend to be lower the higher is the rate of growth of government spending, even in the presence of other private autonomous expenditures.
Thirlwall’s law, given by the ratio of the rate of growth of exports to the income elasticity of imports is a key result of Balance of Payments (BOP) constrained long run growth models with balanced trade. Some authors have extended the analysis to incorporate long run net capital flows. We provide a critical evaluation on these efforts and propose an alternative approach to deal with long run external debt sustainability, based on two key features. First, we treat the external debt to exports ratio as the relevant indicator for the analysis of external debt sustainability. Second, we include an external credit constraint in the form of a maximum acceptable level of this ratio. The main results that emerge are that sustainable long run capital flows can positively affect the long run level of output, but not the rate of growth compatible with the BOP constraint, as exports must ultimately tend to grow at the same rate as imports. Therefore, Thirlwall’s law still holds.
(1) O documento discute a análise de Lara Resende sobre as ideias da Teoria Monetária Moderna (MMT) e propõe um arcabouço teórico alternativo baseado na abordagem do excedente.
(2) A análise de Lara Resende aceita o modelo do Novo Consenso, mas reconhece que não há restrições monetárias ou fiscais. No entanto, suas implicações de política econômica não decorrem desse modelo.
(3) O arcabouço teórico alternativo propõe
1. O documento apresenta um modelo matemático para analisar sistemas econômicos representados por matrizes que indicam insumos e horas de trabalho necessárias para a produção.
2. É definido o conceito de matrizes redutíveis e irredutíveis e apresentados teoremas sobre propriedades de matrizes irredutíveis como tendo um autovalor máximo único.
3. Explica como representar sistemas de preços com e sem excedente usando esse modelo, encontrando soluções relacionadas a autovalores e autovetores das matriz
1) O documento é uma tese de doutorado apresentada à Universidade Federal do Rio de Janeiro que analisa o crescimento liderado pela demanda na economia norte-americana nos anos 2000 a partir da abordagem do supermultiplicador sraffiano com inflação de ativos.
2) No primeiro capítulo, a tese faz uma crítica à abordagem da macroeconomia dos três saldos proposta por W. Godley, argumentando que ela tem inconsistências contábeis.
3) Em seguida, a tese apresenta o arcabouço teórico do
1) O documento discute as contribuições teóricas de Piero Sraffa à teoria do valor e distribuição.
2) Sraffa propôs retomar a abordagem clássica do excedente e criticou a abordagem marginalista neoclássica.
3) Ele mostrou que há uma relação inversa entre salário real e taxa de lucro para qualquer número de bens, confirmando os resultados clássicos.
Este documento é uma dissertação de mestrado que analisa criticamente os modelos neo-kaleckianos sobre como a competitividade internacional influencia a taxa de crescimento de uma economia aberta. O autor argumenta que esses modelos restringem excessivamente a relação entre taxa de câmbio e distribuição de renda e omitem fontes alternativas de desvalorização cambial. Além disso, eles podem permitir déficits comerciais permanentes sem mecanismos de ajuste e sugerem que a desvalorização pode piorar o déficit comercial.
1) O documento discute modelos pós-keynesianos de crescimento e distribuição de renda, comparando-os com a teoria da distribuição de Cambridge.
2) Nos modelos iniciais, o nível de produção e utilização da capacidade dependem negativamente da parcela de lucros, enquanto a taxa de lucro realizada é constante.
3) A teoria de Cambridge argumenta que a parcela de lucros é determinada endogenamente no longo prazo, variando positivamente com o grau de utilização da capacidade.
(1) Keynes criticou a suposição neoclássica de que a taxa de juros é flexível, argumentando que ela é determinada monetariamente e não se ajusta automaticamente para manter o pleno emprego. (2) Sraffa criticou a ideia de que há sempre substituição entre fatores, mostrando que com capital heterogêneo a intensidade do uso de um fator não se correlaciona necessariamente com seu preço. (3) Ambas as críticas questionam se os mecanismos propostos pela teoria neoclássica são suficientes para garant
This paper examines the semiconductor’s industry growing importance
as a strategic technology in the modern industrial system and in contemporary war
-
fare. It also analyzes this industry’s evolution in China and the Chinese semiconduc-
tor industrial policy over the last years. We review the Chinese interpretation of the
‘revolution in military affairs’ and China’s perception of its backwardness as well as
the possibilities of catch-up and evolution in the most sophisticated segments of this
productive chain through domestic firms and indigenous innovation.
1) O documento discute a Hipótese de Estagnação Secular (HES) e suas inconsistências teóricas ao analisá-la a partir de perspectivas neoclássicas e heterodoxas da teoria do crescimento econômico.
2) A HES sugere que economias avançadas enfrentam tendência de estagnação devido a fatores como baixo crescimento populacional, tecnológico e da produtividade que limitam o investimento.
3) O documento mostra que a HES apresenta inconsistências tanto na abordagem neo
A Hipótese de Estagnação Secular nas teorias do crescimento econômico: um lab...
O ciclo recente de crescimento chinês e seus desafios
1. Observatório da Economia Global – no. 1 – Abril, 2010
UNICAMP / INSTITUTO DE ECONOMIA
CENTRO DE E STUDOS DE CONJUNTURA E POLÍTICA ECONÔMICA (CECON)
Textos Avulsos – no.3– Junho, 2010
O CICLO RECENTE DE CRESCIMENTO CHINÊS E SEUS DESAFIOS
Carlos Aguiar de Medeiros ◊
Apresentação
A China, como de resto toda a economia mundial, foi intensamente abalada
pela crise financeira americana de 2008. Em resposta adotou um elevado programa
de gasto público superior a meio trilhão de dólares, centrados em investimentos em
infra-estrutura. Como resultado, após uma desaceleração em sua trajetória de
crescimento no primeiro trimestre de 2009, retomou um ritmo maior no último
trimestre recuperando sua trajetória de alto crescimento e situando-se acima da meta
prevista de 7,5% para o período de 2006 a 2010 estabelecida no 11º Plano Qüinqüenal.
Muito se especula sobre a sustentação deste crescimento no atual contexto
internacional e sobre as possíveis transformações neste padrão e seus impactos na
economia mundial. Com efeito, no âmbito do governo e do Partido Comunista, tem
sido crescente a disputa sobre o uso apropriado destes recursos públicos. De um
lado, se posicionam os defensores da agenda liberalizante e de continuidade do
padrão de crescimento atribuído às exportações e investimentos externos; de outro,
diversos críticos do modelo chinês, tanto aqueles críticos do export led quanto os que
atribuem a concentração da renda observada nos últimos anos à uma estratégia de
investimento centrada em setores intensivos em capital.
◊
Professor associado do IE da UFRJ e Pesquisador associado do Centro de Estudos de Conjuntura e
Política Econômica do IE da Unicamp.
Observatório
da economia globalda economia global
2. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
2
No plano externo, a linha seguida pelo Ministério de Comércio dos EUA
atribui ao crescimento do saldo chinês ao seu mercantilismo e, sobretudo, à política
de manipulação cambial. A crise americana teria acirrado esta linha na defesa dos
empregos americanos. Entre especialistas internacionais vinculados ou não a
organismos multilaterais, tornou-se senso comum a observação de que a crise
mundial teria apontado para a fragilidade de um sistema internacional baseado no
excesso de consumo americano e de poupança chinesa. A política do Banco Central
da China de concentrar suas reservas em dólares tem sido objeto de críticas,
reforçando os argumentos sobre a necessidade de uma mudança na estratégia do
crescimento chinês.
Tendo em vista estas questões, objetiva-se neste texto examinar brevemente o
padrão de crescimento chinês recente e discutir as transformações ora em curso
assinalando os desafios que a trajetória expansiva chinesa enfrenta no plano interno
e, sobretudo, em relação aos laços econômicos com os EUA. Além desta introdução o
texto está divido em cinco seções. Na primeira seção, discutem-se algumas
interpretações sobre o crescimento recente na China, na segunda identificam-se
alguns de seus problemas analíticos e empíricos, na terceira e quarta descrevem-se as
características do ciclo recente, apontando, respectivamente, os seus principais
conflitos internos e externos, na quinta são apresentadas algumas observações
conclusivas.
Interpretações sobre o Crescimento Recente na China
Existem duas formulações principais sobre o extraordinário ritmo de
crescimento apresentado pela China nos últimos anos. A primeira é a de que este se
deveu à expansão das exportações, que teriam se afirmado como a principal máquina
do crescimento chinês. Tal formulação é principalmente atribuída às transformações
observadas desde o início da presente década quando as exportações cresceram a
taxas bem superiores aos demais componentes da renda. Com efeito, como se pode
3. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
3
observar com base nos dados do Gráfico 1, as exportações chinesas elevaram- se de
forma substancial desde 2001, recuperando-se inteiramente da desaceleração
ocorrida no final da década anterior decorrente da crise asiática.
Gráfico 1
Evolução da participação das exportações(X), importações(M) e
Saldo Comercial no PIB (1978-2007)
Fonte: China Statistical Yearbook (2008).
Esta evolução teria resultado em elevados superávits comerciais com o resto
do mundo, em particular com os EUA e gerado grande expansão das reservas,
particularmente em títulos da dívida americana. Com base nesta aceleração das
exportações na frente dos demais componentes da renda e do seu peso relativo no
PIB a China teria se transformado nos anos mais recentes num caso de “crescimento
liderado pelas exportações” (Palley, 2006).
Esta formulação vai ao encontro de uma interpretação mais geral sobre o
desenvolvimento chinês, comum tanto entre intérpretes chineses quanto ocidentais,
de que o seu dinamismo e estratégia construída desde a política “de portas abertas”
de Deng Xiaoping teria sido uma construção operada em grande parte pelas
empresas multinacionais visando as exportações.1 Este padrão teria sido construído
1 As hipóteses microeconômicas baseiam-se no crescimento puxado pelos investimentos e spill overs
tecnológicos. Ver Cai, Lin & Zhou (2003).
4. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
4
pelo deslocamento produtivo e investimento das empresas americanas, européias e
japonesas movidas por uma lógica de localização e mecanismos de subcontratação
(outsourcing) buscando essencialmente aproveitar suas vantagens comparativas
baseados nos baixos custos de trabalho chineses. A política econômica chinesa teria
sido assim funcional e operada pelas grandes multinacionais.
A interpretação de que o crescimento chinês tenha sido liderado pelas
exportações encontra adeptos e críticos. Na China, entre os proponentes de uma
linha liberalizante em termos de política econômica2 esta estratégia deve se manter
através dos investimentos nas áreas exportadoras e com o prosseguimento da
abertura econômica induzida pelos compromissos chineses estabelecido quando do
seu ingresso na OMC. O prosseguimento da abertura deverá resultar em maior
importação na área de serviços e, sobretudo no pagamento de direitos de
propriedade intelectual, reduzindo o superávit na balança de transações correntes.
Para os críticos ocidentais de esquerda3 este padrão não apenas levou a uma
crescente polarização social como teria aumentado o grau de dependência chinesa ao
crescimento do comércio mundial. Por outro lado, tal estratégia teria tido um
impacto negativo sobre as demais economias em desenvolvimento deslocadas de seu
mercado externo pelo mercantilismo chinês e teria contribuído para o declínio dos
salários dos trabalhadores não qualificados, sobretudo nos EUA.
Uma segunda interpretação do modelo recente de crescimento na China (ver
Lo & Guicai, 2006) é de que a principal máquina foi o investimento interno, em
particular, os investimentos nos setores intensivos em capital. Tal “crescimento
liderado pelos investimentos” teria sido iniciado nos anos 90 e seria em parte uma
2 Desde o seu início a estratégia de abertura iniciada por Deng Xiaoping em 1979 oscilava entre duas
linhas principais. Uma liberalizante e mais próxima ao ocidente, seguida por seus discípulos como Hu
Yaobang e Zhao Zyang (premier nos anos 80) e posteriormente no final dos 90 pelo premier Zhu
Rongji e outra mais estatizante e próxima da tradição socialista representada por Li Peng (que também
foi premier nos anos 90) e atualmente pelo premier Wen Jiabao. Para uma discussão destas duas
linhas ver Medeiros (2008).
3 Ver, por exemplo, Harvey (2008), Palley (2008).
5. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
5
conseqüência das prioridades estabelecidas pelo governo com a concentração
espacial dos investimentos nas áreas urbanas e zonas especiais e pela marginalização
da agricultura e do interior. Tal estratégia teria gerado grande concentração de renda
e desaceleração no crescimento do consumo das famílias, induzindo um crescimento
desproporcional da indústria pesada com grande impacto na relação capital-produto.
Esta expansão, por sua vez, teria agravado a concentração da renda em função do
baixo crescimento do emprego industrial. Embora esta estratégia fosse complementar
e relacionada com as exportações ter-se-ia afirmado autonomamente4 levando a uma
extraordinária taxa da formação bruta de capital fixo de cerca de 43% do PIB, um fato
inédito até para as historicamente altas taxas de investimento chinesas (ver
Gráfico 2).
Gráfico 2
Investimento/PIB* e Taxa de Crescimento do PIB**(1950-2006)
Fonte: * IMF/IFS - Investimento Total (Porcentagem do PIB) – escala à esquerda.
** GDF & WDI – Taxa de Expansão PIB (Percentual) – escala à direita.
4 Este modelo de crescimento teria gerado, ao contrário dos principais casos conhecidos, uma
surpreendente dinâmica em que a aceleração do investimento tenha ocorrido ao mesmo tempo em
que a balança de transações correntes tenha apresentado resultados tão positivos. Tal articulação se
deu em detrimento da participação do consumo total e das famílias que teria se reduzido
proporcionalmente configurando um caso excepcional de crescimento liderado pelo investimento
financiado internamente por elevadas margens de lucro. A concentração pessoal, regional e funcional
de renda teria acomodado este padrão de crescimento (Chandraskhar; Ghoshi, 2007).
6. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
6
Esta análise está por detrás da Resolução da Conferência Econômica Anual de
2004, priorizando um modelo de crescimento mais equilibrado em que o consumo
das famílias tenha um papel protagonista. Tal proposição é a base do programa
econômico para uma “sociedade socialista harmoniosa” (proposição identificada com
o presidente Hu Jintao e o premier Wen Jiabao que no Partido Comunista Chinês
defendem uma linha crítica ao liberalismo excessivo associado às políticas dos anos
90) e plenamente consagrada no 11º Plano Qüinqüenal (2006-2010).
Estas duas interpretações se entrecruzam e chegam a algumas proposições
semelhantes ainda que por distintas razões. Com efeito, segundo a primeira
abordagem, a capacidade exportadora chinesa decorreu de elevada expansão dos
investimentos diretos estrangeiros (IDE) voltados ao mercado americano,
aumentando substancialmente a taxa de investimento. Para a segunda abordagem,
foram os investimentos das empresas estatais em setores intensivos em capital que
juntamente com os investimentos estrangeiros criaram as condições para a expansão
da capacidade produtiva e para o aumento das exportações.5 Reduzir a dependência
aos mercados externos através de uma maior expansão dos mercados internos seria,
de acordo com a primeira interpretação, o desafio crucial do padrão de
desenvolvimento chinês. Por outro lado, reduzir o presente saldo comercial que a
China possui com os EUA diminuiria os conflitos comerciais e as pressões
americanas sobre a política macroeconômica e o regime de comércio chinês com
efeitos positivos para o crescimento de ambas as economias. Mudar a composição da
demanda através de uma maior expansão do consumo das famílias, maior expansão
das indústrias intensivas em mão-de-obra e mais equânime distribuição de renda
seria também, na segunda interpretação, o desafio principal para a sustentação do
crescimento no contexto atual.
5 Estas interpretações independem de visões teóricas específicas. Os estudos de referência aqui citados
adotam abordagens keynesianas. Os estudos neoclássicos endossam ambas as interpretações, embora
com argumentos distintos, atribuindo o desempenho exportador à manipulação cambial o crescimento
excessivo dos investimentos ao intervencionismo do governo.
7. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
7
Alguns Problemas Analíticos e Empíricos
A maior dificuldade de comprovação da primeira interpretação é de
natureza empírica. Embora não seja trivial isolar uma medida que identifique
precisamente um regime de crescimento, é inquestionável que um crescimento
liderado pelas exportações tem na variação destas o fator determinante para a
variação do PIB; por outro lado, quando o componente importado das exportações é
muito elevado, como ocorre nas plataformas chinesas de processamento de
exportações, dificilmente estas, independentemente do seu tamanho em relação ao
PIB, podem arrastar o crescimento do PIB.
Em relação ao primeiro aspecto, o que se observa no crescimento recente na
China é uma relativa autonomia do PIB em face de uma muito maior volatilidade das
exportações. Historicamente, o crescimento econômico chinês apresentou uma rota
muito mais estável do que as exportações, que apresentaram uma muito maior
variação, ao contrário do que se passou com as economias menores asiáticas em que
a correlação entre crescimento do PIB e das exportações foi quase de um para um
(Anderson, 2007).
O Gráfico 3 apresenta a intensa volatilidade das exportações quando
comparada com a do PIB.
Gráfico 3
Exportações(X)/PIB* e Taxa de Crescimento do PIB** (1978/2006).
Em percentuais, escala direita e esquerda, respectivamente
Fonte: *China Statistical Yearbook (2008), ** GDF & WDI
8. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
8
Nos anos mais recentes, como argumenta Anderson (2007), há uma evidência
ainda mais contrastante. Com efeito, quando se tem em conta o profundo impacto da
contração da demanda por produtos da tecnologia de informação ocorrida em 2001
sobre as exportações e o crescimento de economias asiáticas como Hong Kong,
Cingapura e Tailândia em meio à estabilidade do crescimento da China, não se pode
deixar de considerar a existência de um padrão muito distinto de crescimento, um
crescimento essencialmente liderado pelo mercado interno.
Em relação a este segundo fator, observa-se que a participação dos
fornecedores chineses na produção nas áreas de processamento de exportações,
responsável em grande parte pelo crescimento recente das exportações chinesas é
bastante reduzida e, consequentemente, a contribuição das exportações líquidas para
o PIB (ver o Gráfico 1), embora importante, é relativamente modesta (abaixo de 10%
em 2007). O espetacular crescimento das exportações nos últimos anos na China
resultou da mudança estrutural em sua composição. Com efeito, a participação do
setor eletrônico que respondia por cerca de 20% das exportações totais em 1995 (ver
Anderson, 2007) passou a representar cerca de 42% em 2005. Neste setor o conteúdo
doméstico por valor exportado é bastante reduzido, de cerca de 30%. A expansão das
exportações chinesas traduz a sua afirmação no novo milênio como centro produtor
mundial da cadeia produtiva da indústria eletrônica especializada nas atividades de
montagem intensivas em mão de obra com grande importação de produtos
intermediários.6
É evidente que uma parcela substancial de exportações chinesas apresenta
maior conteúdo tecnológico e maior conteúdo doméstico, ambos decorrentes do
grande esforço de capacitação tecnológica priorizado pelo Governo e, em particular,
6 “Note that this does not imply that IT electronics production is somehow “lower value added” than
labor intensive toys or textile production, in the sense that most investors use the term. Quite the
opposite; electronics production generally requires higher worker skills and more capital-intensive
processing facilities in order to thrive, which means that the value generated per hour of labor is
higher as well. It’s just that the domestic content level is lower per dollar of export revenue – and this
is a very different issue altogether” (Anderson, 2007, p. 6).
9. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
9
com uma crescente produção doméstica de semicondutores. Esta substituição de
importações teve importante impacto no crescimento recente do saldo comercial.
Com efeito, este se deve não apenas ao crescimento das exportações não processadas
nas zonas especiais mas sobretudo ao comportamento das importações - que desde
2004 vêm se desacelerando (como se pode observar no Gráfico 1).7 A substituição de
importações em bens intermediários e elevação da capacidade produtiva na indústria
pesada afirmou-se uma base essencial do crescimento recente chinês como defendem
os autores que enfatizam o investimento como máquina de crescimento da China.
Se de um lado o crescimento recente chinês teve nos investimentos o
principal componente dinâmico, por outro, a estimativa sobre sua magnitude
encontra sérios problemas empíricos e analíticos.
Embora seja indiscutível que o investimento tenha atingido um patamar
elevado em termos do PIB – ver Gráfico 2 - há uma substancial superestimação nos
números a ele atribuída. Esta questão foi recentemente discutida por Lai (2008) e Li;
Yin, Li (2008). A origem desta superestimação está no cômputo das aquisições de
terras nas despesas de investimento das firmas, um fato novo na China tendo em
vista as reformas no regime de propriedade recentemente introduzidas. Como nos
últimos anos houve um boom especulativo dos investimentos imobiliários a elevação
dos preços das terras inflacionou as estimativas agregadas de investimentos8 (Lai,
2008).
7 “The widening of the trade surplus has been driven mainly by a significant slowdown in imports,
which started to lag export growth by large margins in early 2005. (…) The slowdown in imports
occurred during a period of booming investment, as China’s increased domestic production capacity
has enabled greater domestic sourcing for intermediate products. In some sectors, such as steel and
chemical materials, vast capacity was created following the investment boom during 2003 and 2004 in
response to surging commodity prices” (Cui, 2007, p. 2).
8 Governos locais visando obter rendas fiscais tentaram atrair investimentos vendendo terras com
isenções fiscais e participaram de projetos imobiliários, edifícios luxuosos, hotéis de forma a promover
as cidades (Li, Yin, Li, 2008). A transformação de terras agrícolas em área de construção urbana
ocorrida nos últimos anos ampliou substancialmente a especulação e a formação de fortunas e passou
a ser estritamente monitorada pelo governo central.
10. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
10
Decompondo os investimentos em investimento industrial, investimento em
infra-estrutura e investimentos imobiliário, Lai (2008) estima que estes dois últimos
componentes atingiram nos últimos anos mais da metade do investimento total,
cerca de 25% do PIB. O investimento industrial, cerca de 30% do investimento total e
16% do PIB é ainda alto, porém nada extraordinário no contexto histórico chinês e
asiático. Desfeito o exagero da estimativa, as proposições analíticas relativas a uma
aceleração na relação capital produto decorrente da adoção de técnicas intensivas em
capital parecem bem menos sólidas do ponto de vista empírico. Do mesmo modo,
também não encontra apoio a proposição de que o consumo das famílias diminuiu
sua importância para o crescimento econômico tendo em vista as evidências sobre a
extraordinária expansão do consumo de bens duráveis, automóveis, e massificação
do consumo em geral incluindo regiões distantes dos grandes centros.9
O Ciclo de Expansão Recente e suas Contradições Internas
A expansão recente da China vem sendo impulsionada pelos investimentos
em infra-estrutura, em particular em auto-estrada10 e construção residencial
associados ao seu processo de urbanização. Este arrastou o investimento na indústria
pesada “ferro, aço, cimento, alumínio, vidro e química” num amplo processo de
substituição de importações e também de rápida diversificação de exportações (vent-
for-surplus nestas indústrias), com significativo impacto sobre o padrão de
9 Dados do China Statistical Yearbook do National Bureau of Statistics apontam para um substancial
incremento ocorrido nos últimos anos da densidade de consumo de uma série de bens de consumo
duráveis nas residências urbanas e rurais. Apenas o automóvel é ainda um “bem de luxo”, mas é o
que mais cresce entre os bens de consumo no meio urbano.
10 ‘China is also trying to build an interstate highway system more extensive than America’s in just
fifteen years, while practically every large city is building or has just completed a big new airport.’ At
last count, China had ‘more than 15,000 highway projects in the works, which will add 162,000
kilometers of road to the country, enough to circle the planet at the equator four times’.17 This effort is
far larger in toto than that which the United States undertook during the 1950s and 1960s in
constructing the interstate highway system, and has the potential to absorb surpluses of capital and
labour for several years to come. It is, however, deficit-financed (in classic Keynesian style). It also
entails high risks, since if the investments do not return their value in due course, then a fiscal crisis of
the state will quickly ensue (Harvey, 2005, p. 141).
11. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
11
crescimento chinês. Ao lado deste bloco de investimentos e a ele complementar, a
China transformou-se nos últimos anos no terceiro maior mercado de automóvel e
quarto produtor mundial. Esta expansão, já em curso desde a crise asiática de 1997 e
1998 (Medeiros, 2007), mas ampliada nos anos mais recentes, fez do mercado interno
uma fonte principal de atração de investimento externo.
Segundo dados do China’s National Bureau of Statistics, a cada ano cerca de 10
milhões de pessoas são reclassificadas de rural para urbana, a população flutuante
(isto é, egressa do campo e sem registro urbano definitivo) estimada hoje é de 150
milhões de indivíduos. Parcela expressiva do investimento fixo chinês está
diretamente associada a este processo de construção residencial e comercial nas
cidades.11 A China encontra-se, presentemente, no centro deste processo de
urbanização e integração rodoviária em grandes (pela magnitude e velocidade) e
incomparáveis proporções.
Neste contexto, duas contradições estruturais internas sobressaem-se no
desenvolvimento chinês recente: o recrudescimento na demanda por energia
decorrente desta expansão na capacidade produtiva na indústria pesada e as
crescentes tensões sociais.
A extraordinária demanda por investimentos urbanos resultou num grande
acelerador dos investimentos da indústria pesada da cadeia produtiva da construção
civil. Devido a características do sistema de planejamento e de mudanças
institucionais no regime de propriedade de terras urbanas, gerou-se em muitas
indústrias um excesso de capacidade produtiva responsável pela simultânea
substituição de importações e expansão de exportações.12 Desde o aprofundamento
11 O 11º Plano Qüinqüenal (2006-2011) prevê um deslocamento de 45 milhões de indivíduos.
12 “From 2001 through 2005, the mainland economy saw an intense investment boom in construction
and machinery-related sectors. The wrenching slowdown in domestic demand following
macroeconomic tightening in 2004 would normally have cut production and wiped out profits in
these sectors, but firms in key industries were able to “validate” capacity increases by taking local
market share away from overseas suppliers, as well as boost their own export shipments. The result
was a big fall in import growth and buoyant export momentum—that is, a rapid increase in the trade
surplus. Profit margins did decline in overheated sectors, of course, but the market share gains
allowed firms to record a big increase in volumes at home and better margins than they would
otherwise have seen, which in turn helped push the massive increase in the level of corporate profits
as a share of the economy” (Anderson, 2007, p. 3).
12. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
12
do processo de transição ao capitalismo do início dos anos 90, a China possui um
sistema de planejamento próximo ao planejamento indicativo presente em diversas
economias capitalistas, mas com duas particularidades: de um lado, é maior o peso
das empresas e bancos estatais como operadores diretos do planejamento do
Governo sobre atividades estratégicas; de outro, há uma autonomia muito grande
dos governos sub-nacionais (que também possuem empresas públicas) sobre as
decisões de investimentos.13
É esta última característica, a da descentralização que em conjunto com as
mudanças no regime de uso das terras, que teve marcada influência no boom da
construção civil. Com efeito, a comercialização dos direitos de arrendamento das
terras (recentemente introduzido na China) levou a uma agressiva política dos
governos municipais de transformação de terras rurais (com indenização
proporcional ao valor mais baixo do estabelecimento rural) e sua transformação em
área urbana (com aluguel muito mais alto) visando a apropriação de rendas
diferenciais.14
Como resultado deste boom de investimentos, outra mudança fundamental
ocorreu na China: uma aceleração do consumo de energia, alterando a trajetória de
13 “The 16th Congress of the CCP, which met in November 2002, made provincial leaders the most
prominent group in the Politburo, representing 42 percent of its membership. By contrast, the military
represented only 8 percent of the Politburo, and central party institutions accounted for 25 percent.
The balance of the Politburo membership came from Shanghai political circles or from institutions
other than provincial leaderships or central government institutions. Given the dominant role of
provincial leaders in the shaping of national policy, it makes little sense to dwell on the possibility of a
conflict between the national and provincial leaders, especially when many of the central leaders came
from provincial posts” (Fogel, 2006, p. 16).
14 “While private land ownership does not exist, long term leases do (generally 50 years) and are
bought and sold between both individuals and enterprises. In more developed urban real-estate
markets like Beijing and Shanghai, there is little difference between these landleases and an ownership
deed. They are priced at market terms and transferred between holders with little interference from
the state. Outside the urban commercial and residential real estate markets, however, land transfers
are largely government domain. Local officials can appropriate farm land to create industrial parks.
While they are required to compensate farmers, the amount paid is typically determined by the
agricultural, not the industrial, use value. The effect is that in order to attract new industrial
investment, local officials have the ability to price land well under what a firm would pay elsewhere
in the world. Industrial users will in the future pay taxes to these governments, farmers will not”
(Rosen; Houser, 2007, p. 11).
13. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
13
crescimento anterior com grandes impactos econômicos e ambientais.15 Tal
crescimento decorreu menos do consumo residencial e da difusão do automóvel, e
mais da demanda da indústria pesada.
Com um suprimento de energia intensivo em carvão (cerca de 70%) e
petróleo (22%) a China transformou-se nos últimos anos em grande importadora de
petróleo, importando cerca de 50% de sua demanda.16
A questão do consumo de energia é percebida no 11º Plano Qüinqüenal
como um dilema fundamental a ser enfrentado, através de uma substancial redução
de 20%. Se esta sobre-capacidade na indústria pesada se desfizer progressivamente,
tal redução será obtida sem maiores impactos na trajetória chinesa. Entretanto, tendo
em vista as transformações ora em curso como os investimentos em infra-estrutura e
a maior difusão do consumo moderno, dificilmente este quadro de dependência
energética vai se reverter (embora possivelmente possa desacelerar-se), levando à
busca de supridores externos e de expansão para fora do país das estatais chinesas
(China National Petroleum Corporation - CPCP, China Petroleum & Chemical
Corporation - Sinopec, China National Offshore Oil Corporation - CNOOC) visando
ampliação de suas reservas de petróleo. Por outro lado, a alta dependência no carvão
tem tornado, por seu turno, muito difícil a busca de uma redução na poluição
15 “Between 1978 and 2000 the Chinese economy grew at 9 percent while energy demand grew at 4
percent. After 2001, economic growth continued apace, but energy demand growth surged to 13
percent a year. It is this fundamental shift in the energy profile of China’s economic growth that has
created shortages at home, market volatility abroad, and questions about the sustainability of China’s
trajectory. China is now the world’s second-largest energy consumer and is set to become the leading
source of greenhouse gas emissions as early as the end of 2007” (Rosen; Houser, 2007, p. 4)
16 “A net oil exporter until 1993, China was a major supplier of crude oil to the rest of East Asia during
much of its history. In fact, in the late 1970s industrial planners in Beijing hoped that doubling
production would allow them to finance their dreams of industrialization and modernization with oil
riches. Failure to find the new oil fields required for this vision helped precipitate economic reform.
While domestic production has increased modestly with the development of some offshore and
western fields, China’s relatively meager proven reserves suggest that annual oil output is near
peaking at the current 3.7 million barrels per Day” (Rosen; Houser, 2007, p. 20)
14. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
14
atmosférica (CO2),17 ainda que muitas perspectivas se abram com as negociações de
um pipeline para o suprimento de gás russo. Tais questões, como se observa mais a
frente, estão no núcleo da geopolítica chinesa.
A segunda contradição fundamental do desenvolvimentismo chinês é o
crescimento da desigualdade e o baixo crescimento do emprego urbano. Em relação
ao primeiro aspecto, as causas aproximadas mais importantes são o crescimento
setorial e regionalmente polarizado, a precariedade do sistema de proteção social -
sobretudo no campo, os termos de troca entre agricultura e indústria e a formação
das grandes fortunas (entre estas as imobiliárias). (Chang, 2002; Ravallion & Chen
2004).
A questão básica foi que com a dissolução da comuna – que garantia um
mínimo de proteção social - e o relaxamento das restrições às migrações internas,
centenas de milhões de camponeses (o maior processo de migração em massa
conhecido deslocaram-se nas últimas décadas para áreas urbanas ocupando-se de
forma precária em atividades industriais e de serviço. O baixo preço agrícola dos
anos 90 estimulou este fluxo levando à formação mais eloqüente de um processo de
“crescimento com oferta ilimitada de mão-de-obra”, tal como descrito por Arthur
Lewis (1954). Os salários dos trabalhadores residentes formais subiram
substancialmente nas cidades chinesas, ampliando o fosso entre as áreas urbanas e
rurais. Mas os salários dos imigrantes precariamente ocupados estagnaram ou
cresceram muito pouco, levando a uma grande concentração da renda pessoal e
funcional, ainda que em meio a um processo de grande mobilidade ascendente de
renda (Fan, 2006).
17 “The move from coal to cleaner alternatives faces several challenges. New hydropower projects
encounter political resistance (from displacing people—over 23 million already) and declining water
resources. Nuclear power plants have long construction lead times (even in China, since the usual
corners cannot be cut in nuclear) and still involve lengthy negotiations with foreign firms. Under
current electricity pricing schedules, natural gas is not a competitive fuel source for power generation
in most of the country in the absence of more severe pollution penalties or increased demand from
residential and commercial consumers” (Rosen; Houser, 2007, p. 27)
15. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
15
Com o deslocamento da estrutura industrial chinesa - de têxtil e brinquedos
para tecnologia de informação - e com a expansão da indústria pesada, a elasticidade
emprego do produto industrial caiu substancialmente nos últimos anos, afetando o
ritmo do emprego industrial. Ao lado deste fator estrutural um fato essencial aqui foi
a reforma das empresas estatais, que jogou dezenas milhões de trabalhadores no
desemprego.
A partir desta realidade, a construção de uma sociedade harmoniosa
consagrada no 11º Plano Qüinqüenal e as prioridades definidas no grande pacote
fiscal de 2008 buscam atacar o desafio e o grande número de protestos - sobretudo de
camponeses -, com metas definidas de emprego, investimentos sociais e distribuição
de renda.18 A questão fundamental estabelecida no Plano é a absorção do excedente
rural de mão de obra e a redução da divergência entre a renda rural e urbana. Para
tanto, a inclusão massiva da população rural nos sistemas públicos de saúde e
educação constitui um desafio essencial. A outra dimensão priorizada é a
interiorização do desenvolvimento através da difusão de pólos de desenvolvimento e
expansão da infra-estrutura.19
As Dimensões Externas
As transformações operadas neste ciclo expansivo, tal como aqui se
examinou tiveram grande impacto sobre as importações da China de matérias
18 “For the first time in the history of Five-Year Plans, each quantitative target is defined as either
“restricted” (yueshuxing) or “expected” (yuqixing)” …”Restricted targets are tied to the responsibilities
of governments at both the central and local levels. In other words, governments at various levels are
obliged to achieve these targets. Expected targets, on the other hand, are ones that the state anticipates
to achieve primarily through market forces with support by the government. The distinction between
these two sets of targets shows that Chinese leaders want to send a clear message that they take the
restricted targets seriously and are committed to achieving them” (Fan, 2006, p. 4).
19 “The Plan recommends four types of regional development trajectories: “upgraded development,”
“focused development,” “limited development,” and “prohibited development.” The eastern region,
for example, is recommended for “upgraded development” based on high-technology, advanced and
knowledge industries and services so as to reduce its reliance on industries that consume large
quantities of land and natural resources and also pollute the environment” (idem, p. 5).
16. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
16
primas, energia, alimentos e exportações de produtos da indústria pesada. Estas
transformações, ao lado da centralização na China da cadeia da indústria eletrônica
asiática e cadeia de subcontratação de bens leves de consumo (ambas em curso desde
os anos 90), tiveram um impacto importante na economia mundial não apenas
através dos fluxos de comércio, mas também através de sua influência sobre os
preços relativos.
No processo de ascensão chinesa e de sustentação de sua trajetória de
crescimento, os desafios se colocam em diversos planos e entre estes, destacam-se as
relações com os EUA no plano econômico e geopolítico. As observações que se
seguem neste artigo tratam do primeiro plano, ainda que inevitavelmente gerem
conseqüências para o segundo.
As relações comerciais entre os EUA e a China constituem as relações
econômicas mais importantes entre estes dois países. A transformação deste país no
maior credor dos EUA é um resultado desta relação. A China é hoje o segundo maior
país exportador para os EUA e superou a Alemanha e a Inglaterra como mercado
para exportações americanas. Os EUA são o maior mercado para as exportações
chinesas.20
Apesar dos investimentos americanos na China serem importantes (os EUA
são o segundo maior investidor), estes são, no total, muito modestos relativamente
aos investimentos americanos em países como o Canadá ou regiões como a Europa e
mesmo a América Latina. Muito menos importante ainda é o peso destes
investimentos em relação às exportações chinesas ou em relação às vendas das
20 “Since 2000, the United States has incurred its largest bilateral trade deficit with China ($201 billion
in 2005, a 25% rise over 2004). In 2003, China replaced Mexico as the second largest source of imports
for the United States. China’s share of U.S. imports was 14.6% in 2005, although this proportion still
falls short of Japan’s 18% of the early 1990s. The United States is China’s largest overseas market and
second largest source of foreign direct investment on a cumulative basis. U.S. exports to China have
been growing rapidly as well, although from a low base. In 2004, China replaced Germany and the
United Kingdom to become the fourth largest market for U.S. goods and remains the fastest growing
major U.S. export market” (Lum; Nanto, 2007, p. 1).
17. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
17
empresas americanas na China. Com efeito, dados recentes do Bureau of Economic
Analysis revelam que, no caso da China, as exportações de filiais americanas para as
sua matrizes e a importação destas foi 5% das vendas totais das firmas americanas
na China. Ou seja, o estoque de capital americano na China é relativamente pequeno
e em sua maior parte é voltado ao mercado interno.21
Por seu turno, os substanciais investimentos chineses nos EUA são quase
inteiramente concentrados em títulos da dívida americana e financiados
integralmente com o saldo comercial que a China possui com aquele país.
A análise das relações comerciais entre os dois países, deve distinguir dois
planos, a do saldo do comércio, terreno principal das pressões americanas sobre a
política econômica chinesa e a da estrutura do comércio em que diferentes setores
são afetados.
Respondendo por 22% do déficit comercial que os EUA têm com o mundo,22
a China tem sido objeto de grande ofensiva comercial americana, incluindo não
apenas ações em setores competitivos específicos como também ações voltadas a
alterar a política econômica e cambial chinesas. Nos últimos anos diversas ações de
retaliação do Congresso Americano foram apresentadas contra a China sob o
argumento de que esta manipulava artificialmente o seu câmbio.23
21 Branstetter e Foley (2007).
22 Este é o número do Departamento de Comércio dos EUA. Os dados chineses são muito diferentes
apontando um saldo muito menor. A diferença principal é Hong-Kong. Para os EUA, as exportações
da China para Hong-Kong e deste entreposto para os EUA são classificadas como chinesas
independente de haver algum valor adicionado em Hong-Kong e, de forma distinta, as exportações
americanas para o entreposto e daí para a China são classificadas como exportações para Hong-Kong.
A China, por sua vez classifica Hong-Kong como destino final de suas exportações e como americanas
as reexportadas pela ilha. Assim, ao invés de um saldo de 201 bilhões de dólares registrados em 2005,
para os dados chineses o saldo seria quase a metade, 114 bilhões de dólares.
23 “In December 2006, China hosted the first China-U.S. Strategic Economic Dialogue led by U.S.
Treasury Secretary Henry Paulson and PRC Vice-Premier Wu Yi. Talks focused on the following
issues: China’s exchange rate flexibility, the bilateral trade imbalance, PRC intellectual property rights
violations, energy, and the environment” (US Congressional Service, 2007, p. 8).
18. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
18
Em relação ao saldo da China com os EUA, deve-se observar que ainda que
este tenha crescido substancialmente no novo milênio, este se deu, pelo menos
parcialmente, em substituição ao saldo que outros países asiáticos, a começar do
Japão, tinham com os EUA. Com efeito, de acordo com os dados da China, e em
decorrência da desintegração vertical da indústria eletrônica, cerca de 70% das
exportações para os EUA contém componentes importados de Taiwan, Japão, Coréia.
O saldo destes países com os EUA bem como de países exportadores como Malásia e
Tailândia ou foram reduzidos ou se mantiveram constantes. Neste sentido, a
ofensiva americana contra o déficit deste país com a China decorre em boa parte da
centralização do saldo asiático na China (Medeiros, 2007).
Tendo em vista a crise atual, algumas medidas protecionistas contra
exportações chinesas (como a elevação das tarifas sobre pneus) foram introduzidas
pelos EUA em atenção a uma pressão dos sindicatos, em resposta a China ameaçou a
introdução de tarifas sobre diversas exportações americanas (de automóveis e carne
de frango, dois grandes itens da pauta exportadora americana para este país)
Entretanto, dificilmente, tais atritos parecem denotar uma guerra comercial.
Como se pretende argumentar aqui, a complementaridade do comércio entre os EUA
e a China tem esvaziado no primeiro país as iniciativas dos segmentos produtivos
favoráveis a uma ação retaliatória maior. Com efeito, o auge das pressões contra a
China ocorreram em 1995 através da Seção 301 (da lei comercial americana) na defesa
do principal grupo de interesse afetado pela expansão chinesa: a indústria de
softwares e de propriedade intelectual em geral (Zeng, 2002). Estas pressões
ameaçando a imposição de sanções bilionárias se a China não introduzisse
mecanismos de defesa da propriedade intelectual acirraram a disputa comercial com
a China, mas esta não introduziu nenhuma modificação substancial além das
estabelecidas para o seu ingresso na OMC.24
24 A observação do ministro do Comércio Exterior e Cooperação Econômica (MOFTEC), Wu Yi foi de
que a China poderia exportar e comprar de outros mercados (Zeng, 2002).
19. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
19
A falta de uma resposta chinesa às pressões comerciais não resultou,
entretanto, numa retaliação dos EUA. Ainda que estas ações contassem com o apoio
dos setores industriais americanos competitivos com as importações chinesas como
têxtil e vestuário, a retaliação foi sistematicamente desencorajada por setores
importadores liderados pelos grandes estabelecimentos varejistas como Wal Mart,
por setores exportadores americanos de alta tecnologia como a aviação e bens de
capital e por exportadores de alimentos e matéria primas. Estes setores sentiram-se
ameaçados por uma possível reação comercial chinesa a uma ação a favor dos
exportadores da indústria de propriedade intelectual.25
De fato, ainda que em rápida mudança, a estrutura do comercial entre EUA e
China é hoje de complementaridade. Possivelmente, por sua importância
quantitativa, é a estrutura produtiva mais complementar na economia mundial. Com
efeito, conforme reconheceu um detalhado estudo feito para o Congresso americano:
The sectors in which the United States runs the largest trade deficits are generally those that
depend on abundant and low-cost labor, while the United States accrues surpluses with
China in some advanced technology items, such as aircraft, as well as in some agricultural
products. In China’s trade with the developed countries, over two-thirds of its exports are
“low-end manufactures” — appliances, toys, furniture, footwear, apparel, and plastic goods
— while 85% of its imports are capital-intensive machinery and equipment, electronic goods,
and natural resource related products (Lum; Nanto, 2007, p. 12).
As grandes tradings americanas como a Wal Mart, são as principais indutoras
deste comércio em que a China exporta sobretudo brinquedos, material de esporte,
vestuário, calçado, móveis. Considerando o saldo comercial por setores, a única
exceção à divisão tradicional de trabalho é a grande expansão das exportações
chinesas de máquinas de escritório e de telecomunicação, máquinas elétricas em
geral, partes e componentes. Entretanto, tal sofisticação é aparente pois trata-se do
25 Como observou Zeng: “As in the debate over China´s Most-Favored-Nation Status, the Clinton
administration was learning that it could not punish China for its misbehaviour without encountering
opposition from other segments of the business community” (Zeng, 2002, p. 72).
20. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
20
setor em que mais se desenvolveu o processamento de exportações, centralizando na
China a produção de atividades de menor valor na cadeia produtiva asiática. Ou seja,
a rivalidade entre a indústria de semicondutor americana e japonesa passa pela
China.
Naturalmente, serão introduzidas novas tensões no comércio com os EUA à
medida que o progresso técnico da China nos produtos de tecnologia da informação
se acelerar. Mas mais do que a velocidade do progresso técnico na China nesta
indústria, o ciclo chinês recente resultou numa substancial expansão das exportações
chinesas de ferro, aço e demais produtos da indústria pesada em geral. As
exportações chinesas nestes setores, tal como ocorre com o têxtil e vestuário,
competem com os fornecedores americanos. E ainda, a possibilidade, real, de a China
transformar-se num grande exportador de automóveis, outro importante setor
competitivo, poderá aumentar o poder político da coalizão empresarial americana a
favor da retaliação ao comércio liderada pela indústria americana de propriedade
intelectual.
Todavia, não parece ser na indústria o terreno principal em que a disputa
entre os interesses dos EUA e da China possa assumir uma natureza mais
beligerante. O próprio excesso de capacidade da indústria pesada chinesa deverá ser
gradualmente absorvido pela expansão continuada da urbanização. A questão, como
já se argumentou, é a crescente dependência chinesa às importações de petróleo que
levou a saída das petroleiras estatais chinesas para a economia mundial em busca de
uma ampliação das reservas estratégicas do produto. Tendo em vista as íntimas
conexões dos negócios do petróleo com o das armas, em que a China é também um
grande produtor, as compras chinesa de petróleo no Oriente Médio e África têm
incluído contrapartida em armas que os EUA, devido a razões políticas, têm
embargado a estes países.
21. Observatório da Economia Global – no. 3 – Junho, 2010
21
A disputa pelo petróleo e o mercado de armas, ao contrário da indústria, não
possui qualquer complementaridade, mas competição estratégica com os EUA.
Notas Finais
Após discutir algumas interpretações sobre o crescimento recente na China,
buscou-se neste artigo descrevê-lo como um padrão induzido pelos investimentos na
indústria pesada. Argumentou-se que seu principal fator propulsor foi o vertiginoso
processo de urbanização. As migrações campo-cidade e a valorização das terras
urbanas levaram a grandes investimentos na cadeia produtiva da construção civil.
Tal movimento foi reforçado pelo pacote fiscal de 2008, sinalizando uma direção
estrutural. Esta transformação teve impacto importante sobre o investimento e sobre
o saldo comercial da China através de efeitos tanto sobre as exportações quanto sobre
as importações.
Associado a este processo de crescimento, discutiu-se algumas contradições
internas e externas. No plano interno, destacou-se a crescente demanda por energia e
as polarizações de renda e riqueza. No plano externo, argumentou-se que o crescente
questionamento dos EUA sobre o saldo comercial chinês encontra opositores a um
maior endurecimento a uma maior pressão comercial e cambial no próprio meio
empresarial americano, tendo em vista a grande complementaridade existente nos
dois países. Entretanto, a crescente dependência energética chinesa e a busca de
supridores externos bem como as exportações da indústria pesada introduziram
novos bens na pauta de comércio em que é menor a complementaridade e maior a
rivalidade.
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