O documento descreve a vida sob o regime do Estado Novo em Portugal, onde Salazar queria manter uma economia agrícola e de pesca tradicional em vez de industrializar o país. As pessoas viviam em pobreza extrema e eram muito religiosas, enquanto os filmes da época promoviam a ideia de que o trabalho duro traria felicidade.

1. O Estado Novo: texto sobre a visualização dos filmes
Em ambos os filmes, podemos concluir que o que António de Oliveira Salazar
pretendia, era tornar Portugal numa espécie de aldeia. Não queria industrializar o país, muito
pelo contrário, queria que a economia se baseasse nas atividades tradicionais como a pesca e
agricultura.
Os principais temas de conversa da época eram os casamentos e a profissão. Os pais
desejavam que as suas filhas se casassem com alguém que fosse dedicado ao trabalho, pois
isso significava dinheiro e alimento.
Também existia pobreza extrema que se verificava nas roupas que eram remendadas e
sujas, nas casas que tinham pouco mobiliário, a própria alimentação e o aspeto das pessoas
que tinham dentes em bastante mau estado e a barba por fazer, por exemplo.
As pessoas eram muito religiosas, havia sempre um pequeno altar em suas casas, e por
isso, as festas eram dedicadas aos santos onde dançavam à volta da fogueira e conversavam
entre si, ou seja, dava-se grande importância a Deus.
Mesmo a própria pesca era rudimentar: barcos pequenos e técnicas pouco avançadas,
ou seja, o objetivo não era comercializar para todo o mundo, apenas para sustentar a família.
O objetivo dos dois filmes era transmitir que o que era nacional era bom, e era do
trabalho que provinha a felicidade, como mostra no segundo filme onde as mulheres estavam
muito contentes e até cantavam por estarem a lavar e secar a roupa. Transmitia-se a
simplicidade e a poupança.