Este documento discute o projeto e execução de três túneis distintos. Apresenta problemas encontrados na construção de um túnel e as soluções adotadas, como nova classificação do solo e uso de revestimento total. Também mostra a modelagem numérica realizada para um outro túnel utilizando o software Plaxis e a análise dos resultados obtidos.
5. Problemas de execução
Cambotas com revestimento de pouca
espessura de concreto projetado. Notar as
“costelas”
Maciço muito alterado, com revestimento mal
aplicado.
6. Problemas de execução
Cambotas sem apoio e sem revestimento
Trecho com ocorrência de overbreaks geológicos,
comprometendo a geometria da seção escavada
7. Ocorrência de alterações do maciço
Ocorrência de material muito alterado, sem
revestimento, no lado da seção, em trecho
classe IV (classe V?)
Formação de cunha na parede, definida por 3
famílias de fraturas
8. Ocorrência de alterações do maciço
Núcleo de alteração (sulfeto) localizado no
pé da parede
Ocorrência de dique de basalto/diabásio alterado
para argila
9. Classificação geomecânica
Discrepâncias na classificação do maciço
Estaca
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190
Classificação
V
IV
III
II
I
Empresa 1
Construtora
Empresa 2
Terratek
10. Revestimento do túnel
Discrepâncias na classificação incial do maciço
Estaca
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190
Classificação
V
IV
III
II
I
Construtora
Terratek
Concreto projetado
11. Nova classificação do maciço
Classe I
Classe II
Construtora
Sistema Barton (“Q”)
Terratek
21. Instabilidade com chuva forte
Ru = 0,1
Ru = 0,2
Ru = 0,3
Geralmente
admitido no Rio
de Janeiro
FS = 1,2
FS = 1,1
FS = 0,98
22. Cálculo tensão deformação das
contenções dos emboques
Pode ser feito com Plaxis (ver exemplo Tie-back excavation)
Com K-Rea (Terrasol) se altura for pequena
• Coeficientes de reação
36. Métodos de cálculo antigos: revestimento
super dimensionado
50 cm de concreto para solo com
cobertura de apenas 30 m !
M. Rocha (1976):
Pressão máxima vertical:
Uso de modelos elásticos lineares
Carregamento potencial - M. Rocha
36
43. Características do túnel
• Diâmetro hidráulico (interno): 3,35m
• Vazão em escoamento livre : 8,5 m3/s
• Vazão em escoamento forçado Atibainha – Jaguari:
12,2 m3/s com uma carga piezométrica de 20m (200 kPa)
44. Tratamento para classe de maciço I
Granito/granodiorito/gnaisse/granitoide
Fraturas não persistentes pequenas
cargas hidráulicas
45. Tratamento para classe de maciço II
Granito / granodiorito /
gnaisse / granitoide:
Fraturas não
persistentes
Pequenas cargas
hidráulicas
46. Tratamento para classe de maciço III-A
Granito/granitoide
fraturado:
Fraturas prováveis
Diaclases tri-ortogonais
Diques de diabásico
H alta
pre-injeção (jet-grouting)
TBM NATM
DHP /m
47. Tratamento para classe de maciço III-B
Mica xisto:
TBM
Foliação: mergulhos entre 0 e 90°
48. Tratamento para classe de maciço IV
Milonito - falha:
NATM & arco invertido
Risco: grande carga hidráulica
DHP /m
49. Tratamento para classe de maciço V
Milonito alterado – falha:
NATM & arco invertido
Milonitos muito alterados com consistência
de solo
Risco grande carga hidráulica DHP /m
50. Geração do
estado de tensão
inicial
Escavação da
seção
Instalação de
suporte (24hrs)
Instalação de nível
freático e suporte
Modelagem da seção C1 – TBM - Plaxis
66. UDEC Estrutura
“blocky”, rochas fraturadas
com queda de blocos
possíveis
Utilização do Plaxis em rochas
Phase2, Flac Rochas
fraturadas com coesão
(sem queda de blocos)
(F2, F3, F4)
Plaxis: somente pouquíssimas descontinuidades e
espaçadas (F1, A1, C1, E1, abertura mínima, sem
preenchimento)
67. Aplicação do Plaxis nas rochas
Plaxis
Plaxis
Flac ou Phase2
Udec
Flac, Phase2 ou Udec
68. Conclusões
Investimentos em investigações > 2% (ITA)
Caracterização geomecânica: insuficiente
Ensaios especiais PMT, CPTU, etc
Necessária modelagem numérica
Cuidado com a escolha do modelo e do
programa
Notas do Editor
Ed: módulo de deformação da rocha
Er: módulo de elasticidade da rocha
Ed: módulo de deformação da rocha
Er: módulo de elasticidade da rocha
Classe 1 e 2 de granito/granodiorito/gnaisse/granitoide:
Nos trechos correspondentes, prevemos a utilização da TBM. De forma geral, as fraturas encontradas não terão uma persistência que leve a considerar grandes cargas hidráulicas.
Classe 1-2-3 do mica xisto:
Espera-se encontrar uma foliação principalmente sub-vertical, mas eventualmente dobrada, o que levará, se for o caso, a mergulhos entre 0 e 90 graus nessas zonas. Prevemos que a TBM seja usada nessas classes.
Classe 1 e 2 de granito/granodiorito/gnaisse/granitoide:
Nos trechos correspondentes, prevemos a utilização da TBM. De forma geral, as fraturas encontradas não terão uma persistência que leve a considerar grandes cargas hidráulicas.
Classe 1-2-3 do mica xisto:
Espera-se encontrar uma foliação principalmente sub-vertical, mas eventualmente dobrada, o que levará, se for o caso, a mergulhos entre 0 e 90 graus nessas zonas. Prevemos que a TBM seja usada nessas classes.
Classe 3 granito/granitoide fraturado:
É muito provável encontrar zonas de granito fraturado com diaclases do tipo tri-ortogonal características da época do rift sul-americano. Nessas zonas, é possível encontrar zonas com diques de diabásico com cargas hidráulicas correspondentes à altura do lençol freático. Nestas zonas, como a profundidade do túnel alcança 160 m de profundidade e, por tanto, a carga hidráulica poderia chegar a 1600 kPa, será necessário a pre-injeção do maciço com colunas de jet-grouting, como por exemplo colunas de CCP-H. Neste caso, a TBM não poderá ser utilizada e o método de escavação terá que ser variante em NATM. Além, é previsto que seja também necessário a implementação de drenos a vácuo sistemáticos a cada metro para diminuir a vazão.
Classe 1-2-3 do mica xisto:
Espera-se encontrar uma foliação principalmente sub-vertical, mas eventualmente dobrada, o que levará, se for o caso, a mergulhos entre 0 e 90 graus nessas zonas. Prevemos que a TBM seja usada nessas classes.
Classe 3 granito/granitoide fraturado:
É muito provável encontrar zonas de granito fraturado com diaclases do tipo tri-ortogonal características da época do rift sul-americano. Nessas zonas, é possível encontrar zonas com diques de diabásico com cargas hidráulicas correspondentes à altura do lençol freático. Nestas zonas, como a profundidade do túnel alcança 160 m de profundidade e, por tanto, a carga hidráulica poderia chegar a 1600 kPa, será necessário a pre-injeção do maciço com colunas de jet-grouting, como por exemplo colunas de CCP-H. Neste caso, a TBM não poderá ser utilizada e o método de escavação terá que ser variante em NATM. Além, é previsto que seja também necessário a implementação de drenos a vácuo sistemáticos a cada metro para diminuir a vazão.
Classe 1-2-3 do mica xisto:
Espera-se encontrar uma foliação principalmente sub-vertical, mas eventualmente dobrada, o que levará, se for o caso, a mergulhos entre 0 e 90 graus nessas zonas. Prevemos que a TBM seja usada nessas classes.
Classe 4: milonito - falha:
São zonas de falha constituídas por milonitos pouco alterados. Prevemos o uso do método NATM com arco invertido. O risco de ter uma grande carga hidráulica nos leva a recomendar o uso do dreno a vácuo sistemático a cada metro para diminuir as infiltrações e a carga hidráulica.
Classe 5: milonito alterado – falha:
São zonas de falha constituídas por milonitos muito alterados com consistência de solo do tipo argilo siltoso. Prevemos o uso do método NATM com arco invertido. O risco de ter uma grande carga hidráulica nos leva a recomendar o uso do dreno a vácuo sistemático a cada metro para diminuir as infiltrações e a carga hidráulica