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7 – EXPLICAÇÕES DE LÍSIAS
Repetiram-se as visitas periódicas de Clarêncio e a atenção diária de
Lísias. À medida que procurava habituar-me aos deveres novos,
sensações de desafogo me aliviavam o coração.
Diminuíram as dores e os impedimentos de locomoção fácil.
Notava, porém, que, a recordações mais fortes dos fenômenos
físicos, me voltavam a angústia, o receio do desconhecido, a
mágoa da inadaptação.
Apesar de tudo, encontrava mais segurança dentro de mim.
Deleitava-me, agora, contemplando os horizontes vastos, debruçado às
janelas espaçosas. Impressionavam-me, sobretudo, os aspectos da
Natureza.
Quase tudo, melhorada cópia da Terra. Cores mais harmônicas,
substâncias mais delicadas. Forrava-se o solo de vegetação.
Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos.
Desenhavam-se montes coroados de luz, em continuidade à planície onde
a colônia repousava.
Todos os departamentos apareciam cultivados com esmero.
A pequena distância, alteavam-se graciosos edifícios.
Alinhavam-se a espaços regulares, exibindo formas diversas.
Aves de plumagens policromas cruzavam os ares e, de quando em
quando, pousavam agrupadas nas torres muito alvas, a se erguerem
retilíneas, lembrando lírios gigantescos, rumo ao céu.
Das janelas largas, observava, curioso, o movimento do parque.
Extremamente surpreendido, identificava animais domésticos,
entre as árvores frondosas, enfileiradas ao fundo.
Nas minhas lutas introspectivas, perdia-me em indagações de toda sorte.
Não conseguia atinar com a multiplicidade de formas
análogas às do planeta, considerando a circunstância
de me encontrar numa esfera propriamente espiritual.
Lísias, o companheiro amável de todos os dias, não regateava
explicações. A morte do corpo não conduz o homem a situações
miraculosas, dizia. Todo processo evolutivo implica gradação.
Há regiões múltiplas para os desencarnados, como existem planos
inúmeros e surpreendentes para as criaturas envolvidas de carne
terrestre. Almas e sentimentos, formas e coisas, obedecem
a princípios de desenvolvimento natural e hierarquia justa.
Preocupava-me, todavia, permanecer ali, num parque de saúde, havia
muitas semanas, sem a visita sequer de um conhecido do mundo. Afinal,
não fora eu a única pessoa do meu círculo a decifrar o enigma da
sepultura.
Amigos vários, noutro tempo, me haviam precedido. Por que, então, não
apareciam naquele quarto de enfermidade espiritual, para conforto do
meu coração dolorido? Bastariam alguns momentos de consolação.
Um dia, não pude conter-me e perguntei ao solícito visitador:
- Meu caro Lísias, acha possível, aqui, o encontro com aqueles
que nos antecederam na morte do corpo físico?
- Como não? Pensa que está esquecido?!...
- Sim. Por que não me visitam? Na Terra, sempre contei com a
abnegação maternal. Minha mãe, entretanto, até agora não deu sinal de
vida. Meu pai, igualmente, fez a grande viagem; três anos
antes do meu trespasse.
-Pois note - esclareceu Lísias -, sua mãe o tem ajudado dia e noite, desde
a crise que antecipou sua vinda. Quando se acamou para abandonar o
casulo terrestre, duplicou-se o interesse maternal a seu respeito.
-Talvez não saiba ainda que sua permanência nas esferas inferiores
durou mais de oito anos consecutivos. Ela jamais desanimou.
Intercedeu, muitas vezes, em "Nosso Lar", a seu favor.
Rogou os bons ofícios de Clarêncio, que começou a visitá-lo
freqüentemente, até que o medico da Terra, vaidoso, se afastasse um
tanto, a fim de surgir o filho dos Céus.
Compreendeu?
Desejei conhecer os processos de proteção imperceptível,
mas não consegui. Minhas cordas vocais estavam entorpecidas,
com o nó de lágrimas represadas no coração.
-- No dia em que você orou com tanta alma -
prosseguiu o enfermeiro visitador -, quando compreendeu que tudo no
Universo pertence ao Pai Sublime, seu pranto era diferente.
Não sabe que há chuvas que destroem e chuvas que criam?
Lágrimas há também, assim. É lógico que o Senhor não espera
por nossas rogativas para nos amar; no entanto, é indispensável nos
colocarmos em determinada posição receptiva, a fim de compreender-lhe
a infinita bondade.
Um espelho enfuscado não reflete a luz.
Desse modo, o Pai não precisa de nossas penitências, mas
convenhamos que as penitências prestam ótimos serviços a nós mesmos.
Entendeu?
Clarêncio não teve dificuldade em localizá-lo,
atendendo aos apelos de sua carinhosa genitora da Terra;
você, porém, demorou muito a encontrar Clarêncio.
E quando sua mãezinha soube que o filho havia rasgado
os véus escuros com o auxílio da oração, chorou de alegria,
segundo me contaram...
- E onde está minha mãe? - exclamei, por fim. Se me é permitido,
Observando meu desapontamento, acrescentou, fraterno:
- Virá vê-lo, por certo, antes mesmo do que pensamos.
Quando alguém deseja algo ardentemente,
já se encontra a caminho da realização.
Tem você, nesse particular, a lição do próprio caso. Anos a fio rolou,
como pluma, albergando o medo, as tristezas e desilusões; mas, quando
mentalizou firmemente a necessidade de receber o auxílio divino, dilatou
o padrão vibratório da mente e alcançou visão e socorro.
Olhos brilhantes, encorajado pelo esclarecimento recebido,
exclamei, resoluto:
- Desejarei, então, com todas as minhas forças... ela virá. . . ela virá...
Lísias sorriu com inteligência, e, como quem previne,
generoso, afirmou ao despedir-se:
- Convém não esquecer, contudo, que a realização nobre exige três
requisitos fundamentais, a saber: primeiro, desejar; segundo, saber
desejar; e, terceiro, merecer, ou, por outros termos,
vontade ativa, trabalho persistente e
merecimento justo.
O visitador ganhou a porta de saída, sorridente,
enquanto eu me detinha silencioso, a meditar no extenso programa
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Nosso lar 07explicaçõesdelísias

  • 1. 7 – EXPLICAÇÕES DE LÍSIAS Repetiram-se as visitas periódicas de Clarêncio e a atenção diária de Lísias. À medida que procurava habituar-me aos deveres novos, sensações de desafogo me aliviavam o coração. Diminuíram as dores e os impedimentos de locomoção fácil. Notava, porém, que, a recordações mais fortes dos fenômenos físicos, me voltavam a angústia, o receio do desconhecido, a mágoa da inadaptação. Apesar de tudo, encontrava mais segurança dentro de mim. Deleitava-me, agora, contemplando os horizontes vastos, debruçado às janelas espaçosas. Impressionavam-me, sobretudo, os aspectos da Natureza. Quase tudo, melhorada cópia da Terra. Cores mais harmônicas, substâncias mais delicadas. Forrava-se o solo de vegetação. Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos. Desenhavam-se montes coroados de luz, em continuidade à planície onde a colônia repousava. Todos os departamentos apareciam cultivados com esmero. A pequena distância, alteavam-se graciosos edifícios. Alinhavam-se a espaços regulares, exibindo formas diversas.
  • 2. Aves de plumagens policromas cruzavam os ares e, de quando em quando, pousavam agrupadas nas torres muito alvas, a se erguerem retilíneas, lembrando lírios gigantescos, rumo ao céu. Das janelas largas, observava, curioso, o movimento do parque. Extremamente surpreendido, identificava animais domésticos, entre as árvores frondosas, enfileiradas ao fundo. Nas minhas lutas introspectivas, perdia-me em indagações de toda sorte. Não conseguia atinar com a multiplicidade de formas análogas às do planeta, considerando a circunstância de me encontrar numa esfera propriamente espiritual. Lísias, o companheiro amável de todos os dias, não regateava explicações. A morte do corpo não conduz o homem a situações miraculosas, dizia. Todo processo evolutivo implica gradação. Há regiões múltiplas para os desencarnados, como existem planos inúmeros e surpreendentes para as criaturas envolvidas de carne terrestre. Almas e sentimentos, formas e coisas, obedecem a princípios de desenvolvimento natural e hierarquia justa. Preocupava-me, todavia, permanecer ali, num parque de saúde, havia muitas semanas, sem a visita sequer de um conhecido do mundo. Afinal, não fora eu a única pessoa do meu círculo a decifrar o enigma da sepultura.
  • 3. Amigos vários, noutro tempo, me haviam precedido. Por que, então, não apareciam naquele quarto de enfermidade espiritual, para conforto do meu coração dolorido? Bastariam alguns momentos de consolação. Um dia, não pude conter-me e perguntei ao solícito visitador: - Meu caro Lísias, acha possível, aqui, o encontro com aqueles que nos antecederam na morte do corpo físico? - Como não? Pensa que está esquecido?!... - Sim. Por que não me visitam? Na Terra, sempre contei com a abnegação maternal. Minha mãe, entretanto, até agora não deu sinal de vida. Meu pai, igualmente, fez a grande viagem; três anos antes do meu trespasse. -Pois note - esclareceu Lísias -, sua mãe o tem ajudado dia e noite, desde a crise que antecipou sua vinda. Quando se acamou para abandonar o casulo terrestre, duplicou-se o interesse maternal a seu respeito. -Talvez não saiba ainda que sua permanência nas esferas inferiores durou mais de oito anos consecutivos. Ela jamais desanimou. Intercedeu, muitas vezes, em "Nosso Lar", a seu favor. Rogou os bons ofícios de Clarêncio, que começou a visitá-lo freqüentemente, até que o medico da Terra, vaidoso, se afastasse um tanto, a fim de surgir o filho dos Céus. Compreendeu?
  • 4. Desejei conhecer os processos de proteção imperceptível, mas não consegui. Minhas cordas vocais estavam entorpecidas, com o nó de lágrimas represadas no coração. -- No dia em que você orou com tanta alma - prosseguiu o enfermeiro visitador -, quando compreendeu que tudo no Universo pertence ao Pai Sublime, seu pranto era diferente. Não sabe que há chuvas que destroem e chuvas que criam? Lágrimas há também, assim. É lógico que o Senhor não espera por nossas rogativas para nos amar; no entanto, é indispensável nos colocarmos em determinada posição receptiva, a fim de compreender-lhe a infinita bondade. Um espelho enfuscado não reflete a luz. Desse modo, o Pai não precisa de nossas penitências, mas convenhamos que as penitências prestam ótimos serviços a nós mesmos. Entendeu? Clarêncio não teve dificuldade em localizá-lo, atendendo aos apelos de sua carinhosa genitora da Terra; você, porém, demorou muito a encontrar Clarêncio. E quando sua mãezinha soube que o filho havia rasgado os véus escuros com o auxílio da oração, chorou de alegria, segundo me contaram... - E onde está minha mãe? - exclamei, por fim. Se me é permitido,
  • 5. Observando meu desapontamento, acrescentou, fraterno: - Virá vê-lo, por certo, antes mesmo do que pensamos. Quando alguém deseja algo ardentemente, já se encontra a caminho da realização. Tem você, nesse particular, a lição do próprio caso. Anos a fio rolou, como pluma, albergando o medo, as tristezas e desilusões; mas, quando mentalizou firmemente a necessidade de receber o auxílio divino, dilatou o padrão vibratório da mente e alcançou visão e socorro. Olhos brilhantes, encorajado pelo esclarecimento recebido, exclamei, resoluto: - Desejarei, então, com todas as minhas forças... ela virá. . . ela virá... Lísias sorriu com inteligência, e, como quem previne, generoso, afirmou ao despedir-se: - Convém não esquecer, contudo, que a realização nobre exige três requisitos fundamentais, a saber: primeiro, desejar; segundo, saber desejar; e, terceiro, merecer, ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho persistente e merecimento justo. O visitador ganhou a porta de saída, sorridente, enquanto eu me detinha silencioso, a meditar no extenso programa
  • 6. Observando meu desapontamento, acrescentou, fraterno: - Virá vê-lo, por certo, antes mesmo do que pensamos. Quando alguém deseja algo ardentemente, já se encontra a caminho da realização. Tem você, nesse particular, a lição do próprio caso. Anos a fio rolou, como pluma, albergando o medo, as tristezas e desilusões; mas, quando mentalizou firmemente a necessidade de receber o auxílio divino, dilatou o padrão vibratório da mente e alcançou visão e socorro. Olhos brilhantes, encorajado pelo esclarecimento recebido, exclamei, resoluto: - Desejarei, então, com todas as minhas forças... ela virá. . . ela virá... Lísias sorriu com inteligência, e, como quem previne, generoso, afirmou ao despedir-se: - Convém não esquecer, contudo, que a realização nobre exige três requisitos fundamentais, a saber: primeiro, desejar; segundo, saber desejar; e, terceiro, merecer, ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho persistente e merecimento justo. O visitador ganhou a porta de saída, sorridente, enquanto eu me detinha silencioso, a meditar no extenso programa