1. NEWSLETTER LICINIA DE CAMPOS
A GOSMA ROSADA
Está sendo chamada de gosma rosada, e o USDA comprou no mínimo 3 ½ milhões desta porcaria
somente neste ano. Nos EUA, é adicionada à carne das cantinas escolares. A mamãe Obama fica
pregando melhorias na saudabilidade nas escolas, mas olhe o lixo que está sendo adicionado aos
alimentos das crianças.
Também é adicionado ao hambúrguer comprado no supermercado e nos fast food.
O aditivo alimentar – oficialmente (e seriamente) chamado de “carne magra de textura fina”, e à qual as
leis federais americanas permitem produzir quase 15% da carne moída – “é uma mistura de aparas e
outras partes bovinas, depois que os cortes de carne mais caros e mais reconhecíveis são coletados do
animal e enviados ao açougue”. A coleção das sobras é processada em uma centrífuga para remover o
excesso de gordura, lavada com uma solução desinfetante à base de amonia e então moída para ser
usada em vários tipos de aplicações.
Estima-se que esta gosma possa representar cerca de 70% da chamada carne moída nos EUA. Embora o
governo garanta que é segura, é nojenta. E pior, não se conhece nenhum teste realizado em termos de
efeitos a longo prazo. A celebridade gastronômica Jamie Oliver em 2004 convenceu o MacDonald a
parar de usar o aditivo, mas infelizmente a maioria das cadeias de fast food se recusam a fazê-lo.
A gosma rosada é o produto cabeça da companhia Dakota do Sul, Beef Products Inc, que veio com esta
maneira de baixo custo para ajudar o USDA a lidar com a bactéria mortal E. Coli que estava dando má
reputação à carne americana. O método é simples: injetar com amonia a carne.
Efeitos da amonia
O jornal Times relatou que a companhia “procurou expandir-se no negócio de produção de
hambúrgueres com um produto feito com carne bovina com aparas gordurosas incluídas, as quais até
então eram relegadas à ração de animais domésticos e óleo de cozinha. As aparas sào particularmente
suscetíveis à contaminação, mas um estudo comissionado pela cia demonstrou que o processamento
por amonia mata a E. Coli e a salmonella.
O USDA estava tão preocupado em como eliminar a bactéria, que a agência começou testes de rotina na
carne utilizada para hambúrguer vendido ao público em geral, e contratou os serviços da Beef Products.
Isso significa que a cia ganhou um rótulo de garantia para a cocção de gosma rosada, que se tornou
então uma constante nos hambúrgueres americanos. Mas como tanto a E. Coli como a salmonella foram
encontradas dúzias de vezes na carne da Beef Products, prontamente o USDA revogou a concessào.
O que são aparas de carne processada, tratadas com gás amonia para matar bactérias? Por que o gás
amonia é necessário? Porque as aparas podem ser literalmente raspadas das superfícies de trabalho e
do maquinário da planta de carne e se reutilizadas em sua forma não tratada, contém bactérias letais
suficientes para matar, daí a necessidade de lavagem com gás amonia.
2. O processamento, aprovado pelo USDA, envolve pegar as aparas e raspas, usando calor e uma
centrífuga para separar a gordura da carne, forçando-a através de um tubo estreito e expondo-a ao gás
amonia. Este processo diminui a acidez da carne e elimina passageiros perigosos não desejáveis como E.
Coli e Salmonella. É então misturada com a carne moída normal e pode ser vendida como “100% carne
bovina”.
Logo após os noticiários da mídia veicularem esta informação, a Cia responsável pela produção, a Beef
Products Inc, suspendeu suas operações em todas menos uma planta, admitindo que o clamor público
fez um rombo nos custos da Cia. Também em resposta à pressão pública, o USDA disse considerar cessar
a compra de carne contendo aparas para as escolas distritais.
A declaração da Beef Products: “Nossas fábricas orgulhosamente produzem alimentos para o país e para
o mundo – e fazemos isso com o maior comprometimento em relação à segurança alimentar dos
produtos. Carne magra com textura fina é um produto seguro, nutritivo, com respaldo na ciência. É
lamentável que informações imprecisas causem um pânico desnecessário entre os consumidores. Ao
retirar este produto seguro do mercado, atacadistas e consumidores estão permitindo que as
informações inexatas da mídia ganhem cunho de ciência. Isso é um desserviço à indústria da carne, e a
centenas de trabalhadores que passaram suas vidas produzindo este produto seguro e para os
consumidores em geral.
Outras carnes, é claro, também não estão fora do processamento. Carcaças de frango, peru e suíno após
a remoção dos cortes mais caros, são submetidos a um processo chamado de “separação mecânica”,
que essencialmente pega a carcaça e a passa através de uma máquina filtradora em alta pressão,
moendo cada pedacinho do animal, ossos, pele, mandíbulas, dentes, bicos ou penas. A carne resultante
é então lavada por uma química similar para eliminar germes antes que sejam moldados em outros
produtos: nuggets, embutidos, salsichas, linguiças, almôndegas ou carne moída.
A mensagem aqui é fácil de entender. Faça um bom investimento e compre um moedor manual ou
mecânico para sua casa. Sem tempo para moer sua própria carne? Compre carne bovina certificada
como orgânica, que não pode conter tais aparas. E na medida do possível, mantenha-se longe de
qualquer tipo de carne processada.