Jovens infratores e a convivência com drogas no ambiente familiarAnderson Souza
1) O estudo investigou o consumo de drogas dentro das famílias de 11 jovens institucionalizados e discutiu o papel da família como indutora do uso de drogas pelos jovens.
2) Foi observado que em 10 das 11 famílias havia envolvimento de outros membros com drogas, incluindo pais, tios e primos.
3) Os achados empíricos parecem indicar uma cultura familiar favorável ao uso de drogas.
O consumo de drogas lícitas e ilícitas por mulheres no Brasil: uma leitura so...Fernanda Valentin
Reflexões sobre o consumo de drogas por mulheres, a partir da perspectiva de gênero. É consenso entre as pesquisas que homens usam mais drogas ilícitas, como cocaína, maconha, álcool e anabolizantes e mulheres, drogas lícitas, como anfetamínicos e ansiolíticos. Esses dados evidenciam a invisibilidade da dependência química das mulheres e nos fazem questionar as formas de tratamento naturalizadas que silenciam o sofrimento e reasseguram a conformidade das mulheres às normas sociais. O consumo de drogas, que poderia ser um ato subversivo para as mulheres, torna-se mais uma forma de controle e desempenho dos papéis de gênero esperados. Dados encontrados em levantamentos recentes como o uso na vida de tabaco e álcool maior no gênero feminino comparado ao masculino e ainda, mulheres que fazem uso de drogas ditas masculinas, apontam para a necessidade de pesquisas qualitativas para uma escuta da subjetividade dessas mulheres e uma leitura sociocultural do fenômeno.
O que a telenovela ensina sobre ser mulherCassia Barbosa
O documento discute as representações femininas na telenovela Caminho das Índias. A telenovela valoriza a maternidade e retrata as mulheres como donas de casa e mães dedicadas, com o trabalho sendo secundário. Duas personagens principais, Melissa e Sílvia, ilustram esses papéis - Melissa como má mãe que se redime no final, e Sílvia como boa mãe cuja felicidade vem de um novo casamento, não do trabalho. O documento analisa essas representações à luz de estudos femin
Este artigo analisa o contexto e enfrentamento do estupro por mulheres vítimas no Brasil. As entrevistas com cinco mulheres mostraram que o estupro pode ocorrer em diversos contextos, incluindo locais públicos, residências e locais de trabalho. As vítimas utilizam estratégias de sobrevivência diante da frieza dos estupradores, que podem apresentar comportamentos variáveis. O atendimento às vítimas após o estupro é deficiente.
Este documento discute a maternidade entre adolescentes pobres que vivem nas periferias sociais e urbanas à luz da psicologia ambiental. Analisa como os riscos do território, como criminalidade e tráfico de drogas, afetam essas adolescentes. Também discute como a falta de oportunidades educacionais e problemas de enraizamento contribuem para a gravidez nessa população. Defende uma abordagem interdisciplinar que considere os fatores socioambientais.
Here is a summary of the document in 3 sentences or less:
[SUMMARY] The document presents Magda Machado Ribeiro Venancio's dissertation research which aimed to understand the meanings that youth in a socioeducational measure of assisted liberty and their socioeducators attribute to the measure. The theoretical framework was historical-cultural psychology. The methodology included observation of interactions in the context of the measure and interviews to analyze contradictions that emerged.
Este documento discute os principais enfoques teóricos sobre violência contra as mulheres nos estudos feministas brasileiros nas últimas décadas. Identifica três correntes teóricas: 1) dominação masculina, que vê a violência como resultado da dominação dos homens sobre as mulheres; 2) dominação patriarcal, que entende a violência como expressão do patriarcado que subjuga socialmente as mulheres; 3) enfoque relacional, que relativiza as noções de dominação e vitimização feminina. O documento analisa a evolução des
Jovens infratores e a convivência com drogas no ambiente familiarAnderson Souza
1) O estudo investigou o consumo de drogas dentro das famílias de 11 jovens institucionalizados e discutiu o papel da família como indutora do uso de drogas pelos jovens.
2) Foi observado que em 10 das 11 famílias havia envolvimento de outros membros com drogas, incluindo pais, tios e primos.
3) Os achados empíricos parecem indicar uma cultura familiar favorável ao uso de drogas.
O consumo de drogas lícitas e ilícitas por mulheres no Brasil: uma leitura so...Fernanda Valentin
Reflexões sobre o consumo de drogas por mulheres, a partir da perspectiva de gênero. É consenso entre as pesquisas que homens usam mais drogas ilícitas, como cocaína, maconha, álcool e anabolizantes e mulheres, drogas lícitas, como anfetamínicos e ansiolíticos. Esses dados evidenciam a invisibilidade da dependência química das mulheres e nos fazem questionar as formas de tratamento naturalizadas que silenciam o sofrimento e reasseguram a conformidade das mulheres às normas sociais. O consumo de drogas, que poderia ser um ato subversivo para as mulheres, torna-se mais uma forma de controle e desempenho dos papéis de gênero esperados. Dados encontrados em levantamentos recentes como o uso na vida de tabaco e álcool maior no gênero feminino comparado ao masculino e ainda, mulheres que fazem uso de drogas ditas masculinas, apontam para a necessidade de pesquisas qualitativas para uma escuta da subjetividade dessas mulheres e uma leitura sociocultural do fenômeno.
O que a telenovela ensina sobre ser mulherCassia Barbosa
O documento discute as representações femininas na telenovela Caminho das Índias. A telenovela valoriza a maternidade e retrata as mulheres como donas de casa e mães dedicadas, com o trabalho sendo secundário. Duas personagens principais, Melissa e Sílvia, ilustram esses papéis - Melissa como má mãe que se redime no final, e Sílvia como boa mãe cuja felicidade vem de um novo casamento, não do trabalho. O documento analisa essas representações à luz de estudos femin
Este artigo analisa o contexto e enfrentamento do estupro por mulheres vítimas no Brasil. As entrevistas com cinco mulheres mostraram que o estupro pode ocorrer em diversos contextos, incluindo locais públicos, residências e locais de trabalho. As vítimas utilizam estratégias de sobrevivência diante da frieza dos estupradores, que podem apresentar comportamentos variáveis. O atendimento às vítimas após o estupro é deficiente.
Este documento discute a maternidade entre adolescentes pobres que vivem nas periferias sociais e urbanas à luz da psicologia ambiental. Analisa como os riscos do território, como criminalidade e tráfico de drogas, afetam essas adolescentes. Também discute como a falta de oportunidades educacionais e problemas de enraizamento contribuem para a gravidez nessa população. Defende uma abordagem interdisciplinar que considere os fatores socioambientais.
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[SUMMARY] The document presents Magda Machado Ribeiro Venancio's dissertation research which aimed to understand the meanings that youth in a socioeducational measure of assisted liberty and their socioeducators attribute to the measure. The theoretical framework was historical-cultural psychology. The methodology included observation of interactions in the context of the measure and interviews to analyze contradictions that emerged.
Este documento discute os principais enfoques teóricos sobre violência contra as mulheres nos estudos feministas brasileiros nas últimas décadas. Identifica três correntes teóricas: 1) dominação masculina, que vê a violência como resultado da dominação dos homens sobre as mulheres; 2) dominação patriarcal, que entende a violência como expressão do patriarcado que subjuga socialmente as mulheres; 3) enfoque relacional, que relativiza as noções de dominação e vitimização feminina. O documento analisa a evolução des
Dissertação - Pierre de Souza Monteiro - 2022 - Completa.pdfPierreMonteiro1
1. Este trabalho realiza uma análise psicanalítica das relações raciais e da formação sócio-racial brasileira, considerando aspectos históricos como a escravidão e a colonização.
2. O objetivo é localizar a lógica singular do racismo no Brasil e seus efeitos na estrutura inconsciente e na constituição do sujeito racializado.
3. A pesquisa é organizada em quatro capítulos que abordam a memória, a história e a subjetividade; a história da formação sócio-
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia com o objetivo de compreender a diversidade entre as psicólogas brasileiras e os possíveis efeitos da hegemonia feminina na profissão. Foram realizados 18 grupos focais e entrevistas em capitais brasileiras, abordando temas como gênero, sexualidade e família. O estudo visa dar visibilidade às experiências das psicólogas e colocar em debate os desafios de exercer uma profissão majoritariamente femin
Este artigo descreve uma pesquisa sobre as práticas de psicólogos em escolas públicas no Paraná, Brasil. A pesquisa analisou como os psicólogos lidam com queixas escolares. Historicamente, a atuação de psicólogos escolares foi influenciada por uma abordagem clínica e individualista, mas agora há uma mudança para uma perspectiva histórico-cultural marxista que considera fatores sociais. Os resultados indicam que os profissionais estão em transição para práticas que envolvem todo o contexto
Jovens infratores e a convivência com drogas no ambiente familiar e seus manejosAnderson Souza
1) O estudo investigou o consumo de drogas dentro das famílias de 11 jovens institucionalizados e discutiu o papel da família como indutora do uso de drogas pelos jovens.
2) Foi observado que em 10 das 11 famílias havia envolvimento de outros membros com drogas, incluindo pais, tios e primos.
3) As atitudes das famílias em relação ao uso de drogas pelos jovens variaram entre repressão, aconselhamento e indiferença.
1) O documento analisa dados sobre a percepção da discriminação homofóbica entre estudantes do ensino médio no Brasil de 2004 a 2008, mostrando que um número significativo sofreu ou presenciou discriminação.
2) Os estudantes que sofreram discriminação avaliaram sua experiência escolar de forma mais negativa do que aqueles que não sofreram discriminação.
3) O documento conclui que a discriminação homofóbica é um problema grave nas escolas brasileiras que afeta negativamente a percepção dos estudantes sobre o ambiente
O discurso do combate às drogas e suas ideologiasmulticentrica
O documento discute o discurso do "combate às drogas" e suas ideologias subjacentes. Ele argumenta que tal discurso adota uma abordagem moralista e repressiva, ignorando fatores sociais importantes. A análise do discurso é usada para revelar como tal discurso serve para manter certas estruturas de poder na sociedade ao invés de abordar a questão das drogas de forma objetiva.
O discurso do combate às drogas e suas ideologiasmulticentrica
O documento discute o discurso do "combate às drogas" e suas ideologias subjacentes. Ele argumenta que tal discurso adota uma abordagem moralista e repressiva, ignorando fatores sociais importantes. A análise do discurso é usada para revelar como tal discurso serve para manter certas estruturas de poder na sociedade ao invés de abordar a questão das drogas de forma objetiva.
1) O artigo discute como a perspectiva histórico-cultural de Vigotski pode contribuir para a práxis do psicólogo comunitário.
2) A perspectiva de Vigotski enfatiza a natureza social e mediada dos processos psicológicos, o método de investigação genético e a zona de desenvolvimento proximal.
3) Essas abordagens podem ajudar a superar dicotomias entre social e individual e enfatizar as interações dinâmicas em comunidades.
Psicologia, direitos humanos e movimentos sociaisZé Neto
Este documento apresenta um livro organizado pela ABRAPSO sobre psicologia, direitos humanos e movimentos sociais. O livro contém artigos de diversos autores sobre capturas e insurgências na cidade.
O documento discute a complexidade da drogadição na sociedade contemporânea, analisando como pessoas, famílias e serviços se relacionam nesse contexto. Aborda como a drogadição reflete as características da sociedade atual, marcada pelo consumo e urgência, e como famílias podem ser afetadas e perpetuar o problema. Defende uma compreensão multidimensional do tema usando o pensamento complexo de Edgar Morin.
O documento discute os fundamentos da Terapia Interpessoal (TIP), um tratamento psicoterapêutico breve focado nas relações interpessoais do paciente. A TIP foi desenvolvida inicialmente para o tratamento de depressão em adultos e tem como objetivo aliviar sintomas e melhorar relacionamentos. O texto explica como problemas nas relações podem estar ligados ao surgimento e manutenção da depressão, e descreve as três fases do tratamento TIP para depressão.
Este estudo comparou o uso de álcool, tabaco e outras drogas entre idosos homossexuais e heterossexuais no Brasil. Os resultados mostraram que os idosos homossexuais tinham maior probabilidade de abuso de substâncias, embora mais pesquisas sejam necessárias. O estudo sugere que fatores sociais como estigma e apoio podem influenciar os hábitos de uso de drogas entre idosos da comunidade LGBT.
Artigo Psicologia Sobre Crianças em Situação de Rua .pdfDaniBonetiDany
Artigo apresentado na disciplina de Psicologia da Educação na licenciatura em Pedagogia do Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú. O texto aborda o projeto CEP-Rua, desenvolvido no Rio Grande do Sul, com o objetivo de mapear e orientar sobre as crianças em situação de rua.
O documento apresenta um método de autópsia psicológica e psicossocial para estudar casos de suicídio em idosos no Brasil. O método envolveu a aplicação e avaliação de um instrumento de entrevista semiestruturada por pesquisadores de oito instituições. A metodologia foi aplicada em 51 casos de idosos que se suicidaram em dez municípios brasileiros e permitiu verificar a consistência do instrumento e a aplicabilidade do método.
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaCaio Maximino
O documento discute os princípios da neurociência crítica, incluindo a necessidade de ir além do reducionismo para entender como fatores sociais, culturais e históricos influenciam o cérebro e o comportamento humano. Também aborda como os conceitos de dependência química e genes ligados à saúde mental devem ser entendidos em um contexto mais amplo que integre esses diferentes níveis de análise.
O documento discute um projeto de intervenção psicossocial comunitária realizado com adolescentes de baixa renda em Teresina, Piauí. O Projeto Despertar teve como objetivo proporcionar reflexão sobre temas da realidade dos adolescentes e compreender os impactos sociais nestes. Foram realizadas atividades semanais com 27 adolescentes por 4 meses, avaliando-se positivamente a troca de informações entre os envolvidos. A psicologia social comunitária pode ajudar no desenvolvimento do senso crítico e autonomia dos suje
O documento discute um projeto de intervenção psicossocial comunitária com adolescentes de baixa renda em Teresina, Piauí. O projeto "Despertar" visava fornecer um espaço de reflexão sobre temas relacionados à realidade dos adolescentes e compreender os impactos sociais nestes jovens. Foram realizadas atividades semanais com 27 adolescentes durante 4 meses para promover o desenvolvimento do senso crítico e da autonomia.
Relações raça e gênero em jogo: a questão reprodutiva de mulheres negras e br...pesquisaracaesaude
Este documento é uma tese de doutorado apresentada à Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo por Raquel Souzas. A tese analisa como as questões de gênero e raça se intersectam no campo da saúde reprodutiva de mulheres negras e brancas. A pesquisa utilizou entrevistas com 36 mulheres de diferentes níveis de escolaridade para explorar suas visões sobre ser mulher, casamento, maternidade, métodos contraceptivos e negociação sexual. Os resultados apontam como o racismo e a
A CRIANÇA MALTRATADA: UMA REVISÃO DA LITERATURAtlvp
Este documento discute a criança maltratada com base em uma revisão da literatura. Aborda os seguintes tópicos: as implicações legais e éticas do maltrato infantil; os desafios no diagnóstico; os efeitos do abuso sobre a vítima; a importância de entender o agressor e tratá-lo; e os papéis e formação dos profissionais envolvidos. Conclui sugerindo medidas preventivas e aperfeiçoamento dos estudos sobre o tema.
Texto espaços socioeducativos laura fonseca - dia 30 de setembroProfesonline
O documento discute as interfaces entre políticas de proteção à infância, adolescência e família em Porto Alegre através de uma Rede de Proteção. A pesquisa analisou concepções e práticas sobre violações de direitos nesta Rede, identificando sujeitos em situação de vulnerabilidade social que sofrem múltiplas violações. A extensão realizada buscou problematizar estas questões e produzir novas concepções e práticas na Rede.
Dissertação - Pierre de Souza Monteiro - 2022 - Completa.pdfPierreMonteiro1
1. Este trabalho realiza uma análise psicanalítica das relações raciais e da formação sócio-racial brasileira, considerando aspectos históricos como a escravidão e a colonização.
2. O objetivo é localizar a lógica singular do racismo no Brasil e seus efeitos na estrutura inconsciente e na constituição do sujeito racializado.
3. A pesquisa é organizada em quatro capítulos que abordam a memória, a história e a subjetividade; a história da formação sócio-
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia com o objetivo de compreender a diversidade entre as psicólogas brasileiras e os possíveis efeitos da hegemonia feminina na profissão. Foram realizados 18 grupos focais e entrevistas em capitais brasileiras, abordando temas como gênero, sexualidade e família. O estudo visa dar visibilidade às experiências das psicólogas e colocar em debate os desafios de exercer uma profissão majoritariamente femin
Este artigo descreve uma pesquisa sobre as práticas de psicólogos em escolas públicas no Paraná, Brasil. A pesquisa analisou como os psicólogos lidam com queixas escolares. Historicamente, a atuação de psicólogos escolares foi influenciada por uma abordagem clínica e individualista, mas agora há uma mudança para uma perspectiva histórico-cultural marxista que considera fatores sociais. Os resultados indicam que os profissionais estão em transição para práticas que envolvem todo o contexto
Jovens infratores e a convivência com drogas no ambiente familiar e seus manejosAnderson Souza
1) O estudo investigou o consumo de drogas dentro das famílias de 11 jovens institucionalizados e discutiu o papel da família como indutora do uso de drogas pelos jovens.
2) Foi observado que em 10 das 11 famílias havia envolvimento de outros membros com drogas, incluindo pais, tios e primos.
3) As atitudes das famílias em relação ao uso de drogas pelos jovens variaram entre repressão, aconselhamento e indiferença.
1) O documento analisa dados sobre a percepção da discriminação homofóbica entre estudantes do ensino médio no Brasil de 2004 a 2008, mostrando que um número significativo sofreu ou presenciou discriminação.
2) Os estudantes que sofreram discriminação avaliaram sua experiência escolar de forma mais negativa do que aqueles que não sofreram discriminação.
3) O documento conclui que a discriminação homofóbica é um problema grave nas escolas brasileiras que afeta negativamente a percepção dos estudantes sobre o ambiente
O discurso do combate às drogas e suas ideologiasmulticentrica
O documento discute o discurso do "combate às drogas" e suas ideologias subjacentes. Ele argumenta que tal discurso adota uma abordagem moralista e repressiva, ignorando fatores sociais importantes. A análise do discurso é usada para revelar como tal discurso serve para manter certas estruturas de poder na sociedade ao invés de abordar a questão das drogas de forma objetiva.
O discurso do combate às drogas e suas ideologiasmulticentrica
O documento discute o discurso do "combate às drogas" e suas ideologias subjacentes. Ele argumenta que tal discurso adota uma abordagem moralista e repressiva, ignorando fatores sociais importantes. A análise do discurso é usada para revelar como tal discurso serve para manter certas estruturas de poder na sociedade ao invés de abordar a questão das drogas de forma objetiva.
1) O artigo discute como a perspectiva histórico-cultural de Vigotski pode contribuir para a práxis do psicólogo comunitário.
2) A perspectiva de Vigotski enfatiza a natureza social e mediada dos processos psicológicos, o método de investigação genético e a zona de desenvolvimento proximal.
3) Essas abordagens podem ajudar a superar dicotomias entre social e individual e enfatizar as interações dinâmicas em comunidades.
Psicologia, direitos humanos e movimentos sociaisZé Neto
Este documento apresenta um livro organizado pela ABRAPSO sobre psicologia, direitos humanos e movimentos sociais. O livro contém artigos de diversos autores sobre capturas e insurgências na cidade.
O documento discute a complexidade da drogadição na sociedade contemporânea, analisando como pessoas, famílias e serviços se relacionam nesse contexto. Aborda como a drogadição reflete as características da sociedade atual, marcada pelo consumo e urgência, e como famílias podem ser afetadas e perpetuar o problema. Defende uma compreensão multidimensional do tema usando o pensamento complexo de Edgar Morin.
O documento discute os fundamentos da Terapia Interpessoal (TIP), um tratamento psicoterapêutico breve focado nas relações interpessoais do paciente. A TIP foi desenvolvida inicialmente para o tratamento de depressão em adultos e tem como objetivo aliviar sintomas e melhorar relacionamentos. O texto explica como problemas nas relações podem estar ligados ao surgimento e manutenção da depressão, e descreve as três fases do tratamento TIP para depressão.
Este estudo comparou o uso de álcool, tabaco e outras drogas entre idosos homossexuais e heterossexuais no Brasil. Os resultados mostraram que os idosos homossexuais tinham maior probabilidade de abuso de substâncias, embora mais pesquisas sejam necessárias. O estudo sugere que fatores sociais como estigma e apoio podem influenciar os hábitos de uso de drogas entre idosos da comunidade LGBT.
Artigo Psicologia Sobre Crianças em Situação de Rua .pdfDaniBonetiDany
Artigo apresentado na disciplina de Psicologia da Educação na licenciatura em Pedagogia do Instituto Federal Catarinense Campus Camboriú. O texto aborda o projeto CEP-Rua, desenvolvido no Rio Grande do Sul, com o objetivo de mapear e orientar sobre as crianças em situação de rua.
O documento apresenta um método de autópsia psicológica e psicossocial para estudar casos de suicídio em idosos no Brasil. O método envolveu a aplicação e avaliação de um instrumento de entrevista semiestruturada por pesquisadores de oito instituições. A metodologia foi aplicada em 51 casos de idosos que se suicidaram em dez municípios brasileiros e permitiu verificar a consistência do instrumento e a aplicabilidade do método.
Por um cérebro histórico-cultural: Uma introdução à neurociência críticaCaio Maximino
O documento discute os princípios da neurociência crítica, incluindo a necessidade de ir além do reducionismo para entender como fatores sociais, culturais e históricos influenciam o cérebro e o comportamento humano. Também aborda como os conceitos de dependência química e genes ligados à saúde mental devem ser entendidos em um contexto mais amplo que integre esses diferentes níveis de análise.
O documento discute um projeto de intervenção psicossocial comunitária realizado com adolescentes de baixa renda em Teresina, Piauí. O Projeto Despertar teve como objetivo proporcionar reflexão sobre temas da realidade dos adolescentes e compreender os impactos sociais nestes. Foram realizadas atividades semanais com 27 adolescentes por 4 meses, avaliando-se positivamente a troca de informações entre os envolvidos. A psicologia social comunitária pode ajudar no desenvolvimento do senso crítico e autonomia dos suje
O documento discute um projeto de intervenção psicossocial comunitária com adolescentes de baixa renda em Teresina, Piauí. O projeto "Despertar" visava fornecer um espaço de reflexão sobre temas relacionados à realidade dos adolescentes e compreender os impactos sociais nestes jovens. Foram realizadas atividades semanais com 27 adolescentes durante 4 meses para promover o desenvolvimento do senso crítico e da autonomia.
Relações raça e gênero em jogo: a questão reprodutiva de mulheres negras e br...pesquisaracaesaude
Este documento é uma tese de doutorado apresentada à Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo por Raquel Souzas. A tese analisa como as questões de gênero e raça se intersectam no campo da saúde reprodutiva de mulheres negras e brancas. A pesquisa utilizou entrevistas com 36 mulheres de diferentes níveis de escolaridade para explorar suas visões sobre ser mulher, casamento, maternidade, métodos contraceptivos e negociação sexual. Os resultados apontam como o racismo e a
A CRIANÇA MALTRATADA: UMA REVISÃO DA LITERATURAtlvp
Este documento discute a criança maltratada com base em uma revisão da literatura. Aborda os seguintes tópicos: as implicações legais e éticas do maltrato infantil; os desafios no diagnóstico; os efeitos do abuso sobre a vítima; a importância de entender o agressor e tratá-lo; e os papéis e formação dos profissionais envolvidos. Conclui sugerindo medidas preventivas e aperfeiçoamento dos estudos sobre o tema.
Texto espaços socioeducativos laura fonseca - dia 30 de setembroProfesonline
O documento discute as interfaces entre políticas de proteção à infância, adolescência e família em Porto Alegre através de uma Rede de Proteção. A pesquisa analisou concepções e práticas sobre violações de direitos nesta Rede, identificando sujeitos em situação de vulnerabilidade social que sofrem múltiplas violações. A extensão realizada buscou problematizar estas questões e produzir novas concepções e práticas na Rede.
Semelhante a Mulher toxicodependente no Brasil e em Portugal (20)
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Lenilson Souza
Resumo: Você já tentou de tudo para emagrecer, mas nada parece funcionar? Você
não está sozinho. Perder peso pode ser uma jornada frustrante e desafiadora,
especialmente com tantas informações conflitantes por aí. Talvez você esteja se
perguntando se existe um método realmente eficaz e sustentável para alcançar
seus objetivos de saúde. A boa notícia é que, sim, há! Neste artigo, vamos explorar
estratégias comprovadas que realmente funcionam. Desde a importância de uma
alimentação balanceada e exercícios físicos eficazes, até a relação entre sono,
hidratação e controle do estresse com o emagrecimento, vamos desmistificar os
mitos e fornecer dicas práticas que você pode começar a aplicar hoje mesmo.
Então, se prepare para transformar sua abordagem e finalmente ver os resultados
que você merece!
1. MULHER TOXICODEPENDENTE E SUAS REPRESENTAÇÕES:
UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE BRASIL E PORTUGAL
Katruccy Medeiros1
(✉ Katruccy_22@yahoo.com.br), Silvana Maciel2
, & Joana
Alexandre3
1
Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba e bolsista CAPES,
Programa Doutorado Sanduíche no Exterior, Brasil; 2
Professora do Departamento de
Psicologia da UFPB e da pós-graduação em Psicologia Social da Universidade Federal da
Paraíba. Pesquisadora bolsista de produtividade, nível 2 (CNPq), Brasil, 3
Professora
auxiliar do Departamento de Psicologia Social e das Organizações, ISCTE-IUL, Portugal
O tema da toxicodependência feminina tem sido alvo de preocupação
no campo da saúde em diversos países, e tem mobilizado a sociedade a
apropriar-se de conceitos baseados em crenças e representações, sujeitas à
contextualização cultural.
No curso da história, observa-se que homens e mulheres não relacio-
nam-se com as drogas da mesma maneira, isso porque, as expectativas
sociais frente às mulheres, ainda centradas na maternidade e na família,
desestimulam as mulheres dos comportamentos “não convencionais”,
como o consumo de drogas (Medeiros et al., 2015).
Com exceção dos medicamentos psicotrópicos, as mulheres apresentam
menor prevalência no abuso de diversas drogas. Não obstante, segundo o
United Nations Office on Drugs and Crime (2016), tem-se observado uma
aproximação entre os gêneros nos perfis dos consumidores em diferentes
países.
No Brasil, pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Brasil,
2013) revelou que os consumidores de crack somam-se cerca de 370 mil
pessoas, dos quais 21,3% são mulheres. Sobre os consumidores que fre-
quentam as chamadas “cracolândias”, ou seja, espaço de aglomeração de
consumidores de crack na região de São Paulo, o gênero feminino atinge
20% e caracteriza-se por maior vulnerabilidade, tais como o uso incomum
de preservativos e troca de sexo por dinheiro e/ou drogas, histórico de
violência, especialmente a do tipo sexual – 47% entre as mulheres, contra
7,5% entre os homens.
503
Actas do 12º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde
Organizado por Isabel Leal, Sofia von Humboldt, Catarina Ramos, Alexandra Ferreira Valente, & José Luís Pais Ribeiro
25, 26 e 27 Janeiro de 2018, Lisboa: ISPA – Instituto Universitário
2. Em país europeu como Portugal, segundo o European School Survey
Project on Alcohol and Other Drugs (2015), a prevalência da população geral
consumidora de drogas soma-se 16%, sendo a cannabis (15%) a substância
mais consumida no país. Quanto ao gênero, entre os anos de 2011 e 2015,
observou-se um aumento das mulheres na continuidade do consumo de canna-
bis (29,6%), heroína (39,1%) e cogumelos alucinógenos (21, 3%), compa-
rando-se com os homens, respectivamente, 27,9%, 2,7% e 9,9% (Instituto da
Droga e da Toxicodependência, 2015).
Países de proximidade linguística, Brasil e Portugal, diferenciam-se não
apenas por proporções geográficas, mas também no delineamento de políticas
públicas de saúde. Essa comparação entre os dois países se aprofunda ainda
mais na questão das drogas, pois ora promovem aproximações quanto à
diferenciação legal do usuário ou dependente de drogas e do traficante, ora se
antagonizam, por Portugal adotar desde de 2001 a descriminalização das
drogas e uma abordagem aos consumidores atribuída às estruturas social e da
saúde, em detrimento de uma natureza criminalizadora – a qual ainda faz parte
da política brasileira de enfrentamento às drogas (Ventura & Benetti, 2014).
Considerando as particularidades no Brasil e em Portugal, bem como a
escassez de estudos transculturais, esta pesquisa é de grande relevância social
e acadêmica, por permitir o acesso aos conteúdos compartilhados acerca da
mulher toxicodependente a partir de contextos culturais diferentes, os quais
podem apresentar, respectivamente, aproximações e divergências culturais
com a problemática investigada.
Dessa forma, esta pesquisa investigará o tema mencionado à luz da
Teoria das Representações Sociais, proposta por Moscovici, a qual assinala
uma forma de conhecimento específico, um saber do senso comum,
orientado para a comunicação, compreensão e domínio do entorno social
(Jodelet, 2001). Ressalta-se que estudar a representação social da mulher
toxicodependente é identificar o conteúdo mais forte e presente no
imaginário social dos atores sociais. Sob essa perspectiva, objetiva-se
conhecer as representações sociais atribuídas à mulher toxicodependente a
partir de universitários portugueses e brasileiros.
MÉTODO
Participantes
Consiste numa investigação qualitativa, descritiva e exploratória.
Ademais, atendeu-se as determinações éticas preconizadas pelas Resoluções
504
PROMOVER E INOVAR EM PSICOLOGIA DA SAÚDE
3. 304/2000 e 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que envolve
pesquisas com seres humanos.
Participaram 50 universitários selecionados de forma intencional e não-
probabilística, oriundos do curso de psicologia de uma universidade brasi-
leira na cidade de João Pessoa – PB, e também de uma universidade portu-
guesa na região de Lisboa. A faixa etária dos brasileiros foi entre 18 a 33
anos (M=22 anos; DP=3,39) e a maioria eram mulheres (73%). A idade dos
portugueses variou entre 19 a 40 anos (M=23 ano; DP=4,46) e predomi-
naram os homens (67%). Incluíram-se os universitários que estavam
vinculados às universidades supracitadas, e aqueles que aceitaram participar
de forma voluntária do presente estudo.
Material
Utilizou-se a Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), a qual
é amplamente validada para pesquisas sobre Representações Sociais e
permite ter acesso à produção verbal espontânea, bem como a unificação
dos universos semânticos consensuais (Nóbrega & Coutinho, 2011). Um
estímulo indutor foi utilizado, em que se perguntou aos participantes
brasileiros: “O que lhe vem à sua mente quando ouve a expressão “mulher
usuária de drogas?”; já no contexto português, utilizou-se a equivalência
cultural do termo “mulher toxicodependente”. Para análise, considerou-se
as cinco primeiras evocações de cada participante. Além disso, perguntou-
se aos entrevistados o sexo, a idade, o curso e a localidade. O tempo médio
da aplicação correspondeu a 5 minutos.
Procedimento
Operacionalmente, os dados foram coletados em duas localidades institu-
cionais. No Brasil a aplicação foi possível de forma presencial e nas salas de
aula da referida universidade. Já em Portugal, a recolha de dados foi por
meio do questionário online e gratuito Qualtrics.
Para análise dos dados, procedeu-se a junção do material coletado
oriundo dos dois países, e com o auxílio do software gratuito IRAMUTEQ
(Interface de R pour analyses Multidimensionnelles de Textes et de
Questionneires), foi realizada a Análise de Similitude. Esta análise permite
identificar as coocorrências e conexidades entre as palavras evocadas, indi-
ciando a força com que os elementos ligam-se aos outros.Além disso, baseia-
12º CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA DA SAÚDE
505
4. se na teoria do grafos e auxilia a identificação da estrutura da representação
social do objeto em análise. Com os dados sociodemográficos, utilizou-se
análises de estatística descritiva.
RESULTADOS
Com base nos dados sociodemográficos, observou-se que no contexto
brasileiro predominaram as participantes do sexo feminino (73%), enquanto
que no cenário português, os homens sobressaíram, assumindo o
quantitativo de 67% da amostra. Observa-se, portanto, que o grupo estudado
é composto por universitários jovens, de ambos os sexos e oriundos de um
curso que permite aproximação teórica e prática com a temática abordada.
Sobre as evocações apreendidas pela TALP acerca da palavra-estímulo
“mulher usuária de drogas/mulher toxicodependente”, estas resultaram um
total de 247 palavras, das quais contabilizou-se 104 diferentes que foram
submetidas à análise de similitude comparativa, conforme pode ser
visualizada na Figura 1.
Figura 1. Árvore ilustrativa da análise de similitude das evocações dos
universitários portugueses e brasileiros para o estímulo indutor “mulher
toxicodependente”
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PROMOVER E INOVAR EM PSICOLOGIA DA SAÚDE
5. A análise de similitude mostra os elementos mais fortemente evocados
nos discursos referentes aos dois grupos estudados, universitários
brasileiros e portugueses, e como estes atores sociais organizam os
elementos relacionados à figura da mulher toxicodependente.
DISCUSSÃO
De acordo com a Figura 1, é possível observar uma árvore ilustrativa
a qual indica a existência de dois eixos de significados acerca da mulher
toxicodependente. Observou-se ainda que tais eixos apareceram
interligados por meio da palavra “fraqueza”, que apresenta-se enquanto
eixo centralizador entre as duas grandes teias de conexões.
Sobre o discurso unificado acerca da “fraqueza”, este circunscreve o
problema da droga à questão individual e remete à responsabilização
destas mulheres diante da toxicodependência. Para Palm (2006), a
toxicodependência é comumente percebida por meio da identificação de
uma fraqueza pessoal e/ou problemas morais ligados ao caráter.
Notadamente, essa concepção moralizante reproduz um imaginário social
culpabilizante, o qual atua enquanto justificativa para a desresponsabili-
zação de outras instâncias envolvidas no tratamento, tais como o aparato
estatal, a família e profissionais de saúde.
No nível superior da árvore encontram-se os termos emergidos no
grupo dos universitários brasileiros, destacando-se as palavras de maior
frequência: triste (11); vulnerável (8); drogada (8); sofredora (6);
problemática (6); e preconceito (5). Estes elementos são considerados o
campo representacional mais forte e vincula-se à ideia de sofrimento psí-
quico, vulnerabilidade e de exclusão social da mulher toxicodependente.
A concepção de vulnerabilidade compreende um constructo multifa-
cetado e que pode ser útil para tornar evidentes os fatores subjacentes à
toxicodependência feminina. Para Ayres, Paiva e França Jr. (2012), o termo
está associado ao fato de alguém estar mais suscetível a potenciais agravos
nas esferas orgânicas e também aos múltiplos condicionantes psicossociais
do adoecimento. No contexto brasileiro, alguns estudos tem demonstrado
que a vulnerabilidade vivenciada pelas mulheres toxicodependentes
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6. perpassam contextos individual e social, tais como: a prática de sexo sem
proteção, o que aumenta a suscetibilidade a gravidez indesejada, e a
infecção ao HIV; além disso encontram-se mais expostas a conflitos com
a justiça, violência em seus diversos níveis e a exclusão social (Medeiros
et al., 2015; Marangoni & Oliveira, 2013).
Sob essa ótica, a representação social da mulher toxicodependente
para o contexto brasileiro, cristaliza-se enquanto um ser vulnerável, frágil
e passivo. Essa construção decorre de crenças e valores associados à
exposição de práticas e comportamentos de riscos ligados ao corpo e a
sexualidade feminina, e a submissão destas à padrões subjetivos de
moralidade. Cabe mencionar ainda a reprodução social dos termos:
drogada, prostituta, mal vista, perigosa e compulsiva, pois carregam a
ideia de marginalização, estereotipagem, preconceito e exclusão social, e
apresentam-se impregnados na percepção de homens e mulheres enquanto
“verdades” sobre a mulher toxicodependente e o seu lugar no mundo
(Jodelet, 2001).
Na parte inferior da árvore estão os termos ligados aos estudantes
portugueses, os quais: doença (8); droga (8); debilitada (8); seringa (5);
dependente (5); e apoio (5), e evidenciam elementos de um quadro
patológico de toxicodependência.
O cenário atual de enfretamento à toxicodependência em Portugal é
contextualizado no paradigma psicossocial de saúde, o qual incorpora
além das dimensões orgânicas, as esferas contextuais e ambientais
(Ventura & Benetti, 2014). No entanto, observou-se entre os universitários
portugueses, discursos que dão destaque ao poder farmacológico das
substâncias, sugerindo a visualização do modelo unifatorial, onde a subs-
tância é o principal elemento de explicação da dependência. Observa-se
também o termo “seringa”, e associa-se a visualização dos consumidores
de heroína intravenosa – alvo de grande preocupação e intervenção da
sociedade portuguesa na década de 1990. Para este grupo de pertença, a
representação social da mulher toxicodependente aparece ancorada no
paradigma da doença e é objetificada enquanto personificação de um
“sujeito-doença”. Apesar disso, cabe mencionar a evocação do termo
“apoio”, vinculado às palavras “superação” e “prevenção”, enquanto
reflexo do avanço das políticas públicas de enfrentamento às toxicode-
pendências, onde a mulher toxicodependente também é visualizada a
partir da ótica do cuidado e da proteção à saúde.
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7. A presente análise evidenciou um enquadramento normativo acerca da
mulher toxicodependente caracterizado ora por opiniões criminalizantes,
ora com retóricas sanitaristas. De modo geral, estas representações
parecem distanciar-se da importância da atenção integrada –
biopsicossocial – na abordagem do problema da toxicodependência
feminina, no Brasil e em Portugal.
Este estudo buscou conhecer as representações sociais acerca da
mulher toxicodependente a partir de universitários brasileiros e portu-
gueses. Ao expressar “teorias do senso comum” para descrever e explicar
a toxicodependência por mulheres, os universitários recorreram a
diferentes formas simbólicas de pensar o fenômeno, por meio de crenças
compartilhadas e arraigadas no escopo cultural de cada localidade.
De modo geral, percebeu-se uma consensualidade da responsabili-
zação das mulheres toxicodependentes por suas “escolhas”, onde a toxico-
dependência é comumente percebida enquanto problema de saúde
“controlável” e, por isso, de responsabilidade das mulheres pelo seu
surgimento e solução.
No contexto brasileiro foi possível constatar a visualização de fatores
relacionados ao gênero feminino de forma mais “pormenorizada”,
traduzida por meio da associação à questões relativas à vulnerabilização
da mulher, esta visualizada enquanto: “prostituta”, “perigosa”, “compul-
siva”, “abandonada”, “problemática” e “sem oportunidade”. Em uma con-
juntura criminalizante do uso de droga, no Brasil essa mulher é pensada a
partir de um contexto marcado por preconceito e exclusão.
Já as representações construídas pelos portugueses, estas salientaram
uma definição objetiva, veiculada sobretudo a partir das estruturas patogê-
nicas, tais como: “vício”, “doença”, “depressiva”, “dependência” e “seringa”,
sendo a droga a principal mediadora entre o indivíduo-doença.
Considerando as mudanças no cenário Português frente às drogas, vem
consolidando-se um modelo de assistência mais humanizado, porém, o
problema da droga para os portugueses, aparece enquanto um problema do
indivíduo, desconsiderando as implicações sociais e ambientais.
Destaca-se que tanto no Brasil quanto em Portugal, observou-se uma
reação social face à mulher toxicodependente fortemente ligada à estigmas
vinculados às drogas, e também a uma desvinculação dessa mulher às suas
expectativas de gênero. Esses dados podem ajudar a repensar a realidade
observada nos dois países, seja para implementação de um modelo de
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8. intervenção menos criminalizante e excludente no Brasil, seja para
contribuir com o modelo português mais acolhedor das necessidades
sociais dos consumidores; e em ambos os casos, é preciso um incentivo
político preocupado eticamente com os direitos das mulheres utilizadoras
de drogas e em salvaguardar a sua própria dignidade humana.
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