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Parábola do festim de Núpcias.
Parábola do Festim de Núpcias
• Os termos: casamento, bodas e núpcias
caracterizavam a aliança entre o homem e Deus.
Portanto, o Festim das Bodas é uma festa que
simboliza uma comunhão entre a criatura e Criador”.
O “rei” é Deus, criador de todas as coisas do Universo,
e o “filho” para o qual as bodas foram preparadas é
Jesus.
• Jesus voltou a falar-lhes em parábolas e disse: “O Reino dos Céus é
semelhante a um rei que celebrou as núpcias do seu filho”. Enviou
seus servos para chamar os convidados às núpcias, mas estes não
quiseram vir. Tornou a enviar outros servos, recomendando: ‘Dizei aos
convidados: eis que preparei meu banquete, meus touros e cevados
já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde às núpcias’. Eles, porém,
sem darem a menor atenção, foram-se, um para o seu campo, outro
para seu o negócio, e os restantes, agarrando os servos, os
maltrataram e os mataram.
• Diante disso, o rei ficou com muita raiva e, mandando as suas tropas, destruiu
aqueles homicidas e incendiou lhes a cidade. Em seguida, disse aos servos: “As
núpcias estão prontas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às
encruzilhadas e convidai para as núpcias todos os que encontrardes’. E esses
servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e
bons, de modo que a sala nupcial ficou cheia de convivas. Quando o rei entrou
para examinar os convivas, viu ali um homem sem a veste nupcial e disse-lhe:
“Amigo, como entraste aqui sem a veste nupcial?’ Ele, porém, ficou calado.
Então disse o rei aos que serviam: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o
fora, nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes”. Com efeito,
muitos são chamados, mas poucos escolhidos”.
• A parábola é um método empregado no discurso, por meio do qual
as verdades morais ou religiosas são ilustradas pela analogia com
fatos comuns . Na presente parábola, o “Festim das Bodas”
simboliza o “Reino dos Céus”, isto é, o estado de plenitude
alcançado mediante nossa marcha ascensional, regida pela Lei
Divina do Progresso , rumo à luz imperecível.
•O “festim” ocorre porque o “Rei”, isto é, Deus
decide comemorar as núpcias de seu “Filho”
Jesus com a humanidade . O simbolismo das
núpcias é muito profundo, reportando ao
encontro do ego com o Eu Crítico, do homem
com o Cristo e da alma com Deus .
• Para comemorar esse enlace matrimonial, o “Rei”
pede que seus “servos” chamem os convidados. São
classificados como “servos” todos aqueles que
fielmente fazem a vontade de Deus . Na história da
humanidade, em vários pontos do Orbe Terrestre,
muitos servos ou homens de bem, se fizeram e, ainda
se fazem, conhecidos por meio de palavras ou atos em
prol das obras de Deus .
• Muitos são os convidados a participar das núpcias. Historicamente, os
primeiros convidados podem ser entendidos como os hebreus, pois
foram os primeiros a acreditar em um Deus único . Entretanto, esses
convites continuam sendo feitos a todo o momento e a toda a
humanidade. As recusas às bodas são feitas por espíritos ainda
fortemente ligados a uma vida puramente material (“seus campos” e
“seus negócios”) e que desconhecem, momentaneamente, a
existência do “Rei” e do seu “banquete” . Aliás, em geral, a
humanidade continua muito envolvida com as questões materiais
também no momento atual do Orbe. Deste modo, constata-se que
não adianta somente ser convidado, é preciso, antes, estar
preparado para participar do “banquete” .
•Em uma belíssima alegoria, o “banquete
nupcial” simboliza todos os recursos que Deus
provê e oferece, gratuitamente, ao processo de
iluminação de todos os espíritos . As iguarias
materiais satisfazem e fortalecem o corpo e, de
forma mais profunda, as iguarias espirituais
mantêm e vivificam o Espírito .
• Na parábola, a figura do “Rei” encolerizado não coaduna
com a ideia de Deus soberanamente justo e bom . Ele não se
encoleriza porque não se ofende com as nossas mazelas .
Assim, as “cóleras” atreladas às “tropas ou exércitos”
simbolizam os efeitos da “Lei de Causa e Efeito”, que podem
trazer graves consequências para o Espírito, quando este age
em discordância com as Leis Divinas .
• A alegoria do incêndio é bastante marcante. Isso porque,
tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o fogo traz a
conotação da presença de Deus e também como elemento
de purificação . Neste sentido, a Doutrina Espírita nos
esclarece que as provas e expiações contribuem para o
aperfeiçoamento necessário do Espírito . Com isso, de
aprimoramento em aprimoramento, de reencarnação em
reencarnação, o “homem velho” vai concedendo lugar ao
“homem novo”, mais consciente e pleno de seu papel como
co-criador na Obra Divina .
• Para participar do “banquete” se faz necessário trajar a
“túnica nupcial”. Torna-se digno de trajá-la aquele que
conseguiu desenvolver virtudes, como a pureza, a
mansuetude e bondade que caracterizam os verdadeiros
cristãos . Isso quer dizer que aquele que está sem a túnica
deve buscar seu aprimoramento íntimo. O silêncio do
convidado sem a túnica, quando abordado pelo “Rei”, sugere
a necessidade do silenciamento do passado, em prol do seu
bem, quando o Espírito parte para uma nova experiência
reencarnatória.
• Essa hipótese ganha apoio na expressão “amarrai-lhe os pés
e as mãos”, simbolismo da reencarnação. As expressões
“lançar às trevas exteriores” e “choro e ranger de dentes”
podem ser interpretadas como as aparentes torturas morais
na erraticidade (intervalo entre duas encarnações) e os
sofrimentos na futura reencarnação que atuam como
instrumentos didáticos de aprimoramento espiritual.
• Em essência, todos os espíritos são criados simples e
ignorantes, sendo destinados à perfeição, por meio de seus
próprios esforços. Assim, o convite para participar do
“festim” se encontra inscrito na consciência de todos, desde
o momento da criação de cada espírito. Por isso e, a todo
momento, todos os espíritos são chamados a deixar de
gravitar em torno de si mesmos, ou do próprio ego, para
gravitar em torno de Deus e de suas leis, como cita Paulo de
Tarso na Questão 1009 da obra “O Livro dos Espíritos”.
Pensemos nisso!
1.009. Segundo isso, as penas
impostas jamais seriam eternas?
• Consultai o vosso bom senso, a vossa razão e perguntai se
uma condenação perpétua, em consequência de alguns
momentos de erro, não seria a negação da bondade de
Deus. Que é, com efeito, a duração da vida, mesmo que
fosse de cem anos, em relação à eternidade? Eternidade!
Compreendeis bem essa palavra? Sofrimento, torturas sem
fim e sem esperança, apenas por algumas faltas! Não
repugna ao vosso próprio critério semelhante pensamento?
• Dizeis que antes de tudo ele é justo e que o homem não
compreende a sua justiça. Mas a justiça não exclui a
bondade e Deus não seria bom se destinasse às penas
horríveis e perpétuas a maioria de suas criaturas. Poderia
fazer da justiça uma obrigação para os seus filhos, se não
lhes desse os meios de a compreender? Aliás, não é sublime
a justiça unida à bondade, que faz a duração das penas
depender dos esforços do culpado para se melhorar? Nisto
se encontra a verdade do preceito: “A cada um segundo as
suas obras”. SANTO AGOSTINHO.
Obrigada! Boa semana a todos.

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  • 1. Parábola do festim de Núpcias.
  • 2. Parábola do Festim de Núpcias • Os termos: casamento, bodas e núpcias caracterizavam a aliança entre o homem e Deus. Portanto, o Festim das Bodas é uma festa que simboliza uma comunhão entre a criatura e Criador”. O “rei” é Deus, criador de todas as coisas do Universo, e o “filho” para o qual as bodas foram preparadas é Jesus.
  • 3. • Jesus voltou a falar-lhes em parábolas e disse: “O Reino dos Céus é semelhante a um rei que celebrou as núpcias do seu filho”. Enviou seus servos para chamar os convidados às núpcias, mas estes não quiseram vir. Tornou a enviar outros servos, recomendando: ‘Dizei aos convidados: eis que preparei meu banquete, meus touros e cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde às núpcias’. Eles, porém, sem darem a menor atenção, foram-se, um para o seu campo, outro para seu o negócio, e os restantes, agarrando os servos, os maltrataram e os mataram.
  • 4. • Diante disso, o rei ficou com muita raiva e, mandando as suas tropas, destruiu aqueles homicidas e incendiou lhes a cidade. Em seguida, disse aos servos: “As núpcias estão prontas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às encruzilhadas e convidai para as núpcias todos os que encontrardes’. E esses servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons, de modo que a sala nupcial ficou cheia de convivas. Quando o rei entrou para examinar os convivas, viu ali um homem sem a veste nupcial e disse-lhe: “Amigo, como entraste aqui sem a veste nupcial?’ Ele, porém, ficou calado. Então disse o rei aos que serviam: ‘Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o fora, nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes”. Com efeito, muitos são chamados, mas poucos escolhidos”.
  • 5. • A parábola é um método empregado no discurso, por meio do qual as verdades morais ou religiosas são ilustradas pela analogia com fatos comuns . Na presente parábola, o “Festim das Bodas” simboliza o “Reino dos Céus”, isto é, o estado de plenitude alcançado mediante nossa marcha ascensional, regida pela Lei Divina do Progresso , rumo à luz imperecível.
  • 6. •O “festim” ocorre porque o “Rei”, isto é, Deus decide comemorar as núpcias de seu “Filho” Jesus com a humanidade . O simbolismo das núpcias é muito profundo, reportando ao encontro do ego com o Eu Crítico, do homem com o Cristo e da alma com Deus .
  • 7. • Para comemorar esse enlace matrimonial, o “Rei” pede que seus “servos” chamem os convidados. São classificados como “servos” todos aqueles que fielmente fazem a vontade de Deus . Na história da humanidade, em vários pontos do Orbe Terrestre, muitos servos ou homens de bem, se fizeram e, ainda se fazem, conhecidos por meio de palavras ou atos em prol das obras de Deus .
  • 8. • Muitos são os convidados a participar das núpcias. Historicamente, os primeiros convidados podem ser entendidos como os hebreus, pois foram os primeiros a acreditar em um Deus único . Entretanto, esses convites continuam sendo feitos a todo o momento e a toda a humanidade. As recusas às bodas são feitas por espíritos ainda fortemente ligados a uma vida puramente material (“seus campos” e “seus negócios”) e que desconhecem, momentaneamente, a existência do “Rei” e do seu “banquete” . Aliás, em geral, a humanidade continua muito envolvida com as questões materiais também no momento atual do Orbe. Deste modo, constata-se que não adianta somente ser convidado, é preciso, antes, estar preparado para participar do “banquete” .
  • 9. •Em uma belíssima alegoria, o “banquete nupcial” simboliza todos os recursos que Deus provê e oferece, gratuitamente, ao processo de iluminação de todos os espíritos . As iguarias materiais satisfazem e fortalecem o corpo e, de forma mais profunda, as iguarias espirituais mantêm e vivificam o Espírito .
  • 10. • Na parábola, a figura do “Rei” encolerizado não coaduna com a ideia de Deus soberanamente justo e bom . Ele não se encoleriza porque não se ofende com as nossas mazelas . Assim, as “cóleras” atreladas às “tropas ou exércitos” simbolizam os efeitos da “Lei de Causa e Efeito”, que podem trazer graves consequências para o Espírito, quando este age em discordância com as Leis Divinas .
  • 11. • A alegoria do incêndio é bastante marcante. Isso porque, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o fogo traz a conotação da presença de Deus e também como elemento de purificação . Neste sentido, a Doutrina Espírita nos esclarece que as provas e expiações contribuem para o aperfeiçoamento necessário do Espírito . Com isso, de aprimoramento em aprimoramento, de reencarnação em reencarnação, o “homem velho” vai concedendo lugar ao “homem novo”, mais consciente e pleno de seu papel como co-criador na Obra Divina .
  • 12. • Para participar do “banquete” se faz necessário trajar a “túnica nupcial”. Torna-se digno de trajá-la aquele que conseguiu desenvolver virtudes, como a pureza, a mansuetude e bondade que caracterizam os verdadeiros cristãos . Isso quer dizer que aquele que está sem a túnica deve buscar seu aprimoramento íntimo. O silêncio do convidado sem a túnica, quando abordado pelo “Rei”, sugere a necessidade do silenciamento do passado, em prol do seu bem, quando o Espírito parte para uma nova experiência reencarnatória.
  • 13. • Essa hipótese ganha apoio na expressão “amarrai-lhe os pés e as mãos”, simbolismo da reencarnação. As expressões “lançar às trevas exteriores” e “choro e ranger de dentes” podem ser interpretadas como as aparentes torturas morais na erraticidade (intervalo entre duas encarnações) e os sofrimentos na futura reencarnação que atuam como instrumentos didáticos de aprimoramento espiritual.
  • 14. • Em essência, todos os espíritos são criados simples e ignorantes, sendo destinados à perfeição, por meio de seus próprios esforços. Assim, o convite para participar do “festim” se encontra inscrito na consciência de todos, desde o momento da criação de cada espírito. Por isso e, a todo momento, todos os espíritos são chamados a deixar de gravitar em torno de si mesmos, ou do próprio ego, para gravitar em torno de Deus e de suas leis, como cita Paulo de Tarso na Questão 1009 da obra “O Livro dos Espíritos”. Pensemos nisso!
  • 15. 1.009. Segundo isso, as penas impostas jamais seriam eternas? • Consultai o vosso bom senso, a vossa razão e perguntai se uma condenação perpétua, em consequência de alguns momentos de erro, não seria a negação da bondade de Deus. Que é, com efeito, a duração da vida, mesmo que fosse de cem anos, em relação à eternidade? Eternidade! Compreendeis bem essa palavra? Sofrimento, torturas sem fim e sem esperança, apenas por algumas faltas! Não repugna ao vosso próprio critério semelhante pensamento?
  • 16.
  • 17. • Dizeis que antes de tudo ele é justo e que o homem não compreende a sua justiça. Mas a justiça não exclui a bondade e Deus não seria bom se destinasse às penas horríveis e perpétuas a maioria de suas criaturas. Poderia fazer da justiça uma obrigação para os seus filhos, se não lhes desse os meios de a compreender? Aliás, não é sublime a justiça unida à bondade, que faz a duração das penas depender dos esforços do culpado para se melhorar? Nisto se encontra a verdade do preceito: “A cada um segundo as suas obras”. SANTO AGOSTINHO.