O documento discute técnicas de reprodução assistida como inseminação artificial e transferência de embriões. Ele descreve os procedimentos para realizar a inseminação artificial em bovinos, incluindo a preparação do material, contenção do animal, higienização, deposição do sêmen e anotações. Também discute fatores que afetam a eficiência da IA e as vantagens e limitações da técnica. Por fim, faz uma breve explicação sobre heranças simples e poligênicas.

1. TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA (INSEMINAÇÃO
ARTIFICIAL, TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES).
- Heranças simples e poligênicas
Estudantes:
Dércio Sérgio Neves
Ermenegildo Ibraimo
Francelina Chale
Jermias Alfredo Zalema
Docente:
Enga. Rabia Bramugí
Faculdade de Ciências Agrárias
Licenciatura em Engenharia em Desenvolvimento Rural
3º Ano/1º Semestre
Disciplina: Melhoramento e Reprodução Animal
Unango, Maio de 2023

2. Inseminação Artificial (IA)
Definição
IA = deposição mecânica do sêmen no aparelho
genital feminino por meio de instrumentos
especialmente desenvolvidos para esse propósito.
Atualmente, a IA é considerada a biotecnologia de
reprodução assistida que causa o maior impacto em
programas de melhoramento animal, como
resultado da sua eficiente forma de dispersão de
genes de animais de mérito genético superiores.
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3. Procedimentos para a realização da IA
1º. Examinar a ficha da vaca e verificar:
data da última parição (não inseminar
antes de 45 dias pós-parto), data do
último cio (verificar número e intervalos
de possíveis repetições) e número de
inseminações.
 Quando não for possível inseminar a vaca por três vezes
consecutivas, após exame veterinário, faz-se o descarte do animal
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4. Procedimentos para a realização da IA
2º. Separar o material a ser utilizado:
botijão de nitrogênio com sêmen,
aplicador universal, bainhas, luvas de
palpação, papel toalha, tesoura ou
cortador de palhetas, pinça para retirada
das palhetas, recipiente para água,
termômetro e aquecedor de água.
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5. Procedimentos para a realização da IA
3º. Conter o animal adequadamente no troco; retirar as fezes do
reto do animal; higienizar a vulva da vaca com água, sabão
neutro e papel toalha.
Retirada manual das feses
Higienização da região vulvar
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6. Procedimentos para a realização da IA
4. Examinar o aspecto do muco
no momento de limpeza do
reto. O muco deve ser
transparente e cristalino
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7. Procedimentos para a realização da IA
5. Abrir a tampa do botijão e localizar a
rack que contém o sêmen a ser utilizado.
Em seguida, levantar o caneco até cerca
de 7 cm abaixo da boca do botijão e retirar
a palheta do sêmen escolhido .
O caneco contendo as doses de sêmen
não deve permanecer por mais de 10 seg.
próximo à boca do botijão para não
prejudicar a qualidade do sêmen a ser
utilizado no futuro. Fechar o botijão.
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8. Procedimentos para a realização da IA
6. Imediatamente após a retirada da palheta,
esta deve ser imersa em água a 35 °C - 37
°C, por cerca de 30 segundos, para o
descongelamento do sêmen. O nível da água
deve cobrir totalmente a palheta.
7. Enxugar a palheta com papel
toalha e cortar a extremidade oposta à
bucha de algodão com o auxílio de
uma tesoura ou cortador de palhetas
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9. Procedimentos para a realização da IA
10. Introduzir o êmbolo metálico até encostar na palheta. Colocar
a luva de palpação e ter cuidado para não encostar o aplicador no
tronco ou outro lugar contaminado.
11. Em seguida, com a ajuda de um auxiliar, abrir a vulva e
introduzir o aplicador a um ângulo de 45 °C à base da cauda. A ponta
do aplicador não deve ser direcionada para baixo, devido ao risco de
atingir o meato urinário e consequentemente a bexiga.
8. Encaixar a extremidade cortada da palheta na bainha.
9. Montar o aplicador e fixar a bainha por pressão no anel plástico.
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10. Procedimentos para a realização da IA
12. Após localizar a cérvice com a mão introduzida
no reto, direcionar a ponta do aplicador para o
orifício de entrada da cérvice, usando o dedo polegar
como orientador. A partir daí, faz-se movimentos
com a mão, a fim de que o aplicador passe
suavemente cada anel cervical. Nesse momento, não
se deve forçar o aplicador em direção ao útero, mas
sim “encaixar” a cérvice neste
13. Passados todos os anéis cervicais, localizar o
“ponto do inseminador”, que fica no corpo do útero,
logo após (1 cm) o último anel da cérvice.
Pressionar o êmbolo lentamente para depositar o
sêmen neste local.
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11. Procedimentos para a realização da IA
14. Retirar lentamente o aplicador da vagina e o
braço do reto, e massagear levemente o clitóris.
15. Verificar o nome do touro na palheta que foi
utilizada, anotar todos os dados da palheta na
ficha do animal, jogar a bainha e a luva no lixo e
limpar o aplicador com álcool 70 %.
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12. Fatores que interferem na eficiência da IA
Local de deposição do sêmen: referente ao número de anéis
ultrapassados ou grau de penetração em centímetros.
Tempo de execução e número de inseminações: o tempo de
execução é contado a partir da contenção do animal. Obviamente,
a velocidade de deposição tem limites que devem ser
cuidadosamente observados. Inseminações executadas de forma
muito rápida devem observar o grau de facilidade de penetração
do aplicador.
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13. Tipo de sêmen, muco e horário da inseminação
 Uma vez coletado, o sêmen pode ser utilizado: a fresco; fresco diluído; resfriado diluído e
congelado/descongelado. O sêmen fresco requer um período maior de tempo no sistema genital
para se tornar apto a fecundar em relação ao sêmen congelado/descongelado, isso pela
necessidade de realizar o fenômeno conhecido como capacitação espermática.
Todavia, o sêmen fresco tem uma maior viabilidade ou longevidade quando comparado ao
congelado/descongelado. O sêmen resfriado apresenta condição intermediária entre o dois.
 O estro em ovelhas dura de 24 a 36 horas e de 24 a 48 horas nas cabras, sendo que a ovulação
ocorre no final do estro em ambas as espécies. Esse parâmetro deve ser considerado em função da
forma de apresentação e local de deposição do sêmen e do horário da inseminação.
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14. Vantagens da IA
 Aumenta o ganho genético do rebanho por meio de maior acurácia e
intensidade de seleção, visto que touros comprovadamente superiores
podem ser utilizados.
 Promove um maior controle das doenças transmitidas sexualmente
 Permite a utilização, para reprodução, de touros de alto valor zootécnico
que possam ter adquirido problemas que impossibilitem a monta
 . Aumenta o número de filhos de um reprodutor pela maior difusão de seu
sêmen.
 Redução dos gastos com o touro na propriedade (medicamento, alimentação
e vacinação).
 Possibilidade de nascimento de cria após a morte dos pais.
 Produção de bancos de sêmen e sexagem de espermatozoides.
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15. Limitações da Inseminação Artificial
Uma das grandes dificuldades é a necessidade de mão-deobra
treinada para identificar os animais em cio. A baixa eficiência de
detecção de estros é um grande fator limitante ao sucesso do
programa de IA.
Transferência de Embriões (TE)
Técnicas de transferência de embriões (MOET ou TE) aumentam o
potencial reprodutivo da matriz, dessa forma acentuando o efeito da
fêmea na reprodução de bovinos.
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16. Razões para o uso da Transferência de
embriões (TE)
Obter mais bezerros de uma vaca valiosa de alta qualidade.
Aumentar a taxa de melhoramento genético de um rebanho.
Facilitar a exportação de animais.
Evitar problemas de aclimatação ao exportar bovinos em áreas
tropicais.
Para a indução de gêmeos.
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17. Heranças simples e poligênicas
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18. Heranças simples e poligênicas
Herança poligênica
Um poligene é definido como um gene que, individualmente, exerce ligeiro
efeito sofre um fenótipo, mas em conjunção com alguns ou muitos outros genes,
controla um traço quantitativo, tal como peso de um animal.
Caracteres poligênicos
Produtividade
Postura em aves
Crescimento diário
Peso
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19. Cont.
Grossura e comprimento da lã
Tamanho corporal dos animais
Velocidade de crescimento
Fertilidade dos animais
Capacidade de adaptação
Características simples
 Determinada por um ou poucos locos;
 Presença de cornos; Cor de pelagem;
 Defeitos genéticos.
 Apresentam fenótipos categóricos
(qualitativos);
 Epistasias;
 Presença ou ausência de cornos;
 Defeitos genéticos;
 Pouca ou nenhuma influência do
ambiente.
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20. Semelhanças entre Características Simples e
Poligênicas
Leis de Mendel; normalmente usadas para características
simples; locos poligênicos tem pequeno efeito e portanto,
mais difíceis de serem estudados;
Selecção e Acasalamentos tem o mesmo efeito.
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21. Diferença de herança simples e poligênica
 Nas características Simples, é fácil identificar os genótipos e
seus grandes efeitos.
 Nas poligênicas é difícil identificar genótipos pela grande
quantidade de genes, os efeitos dos genes são pequenos e difícil
de serem estimados, a solução natural é se estimar o efeito
global de um conjunto de genes (valor genético aditivo e valor
fenotípico) e requer metodologias estatísticas.
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22. O nosso muito obrigado pela atenção
dispensada.