Este documento narra as 14 estações da Via Sacra, retratando os últimos momentos de Jesus antes de sua crucificação e morte. Em cada estação, há uma breve leitura bíblica seguida de uma reflexão. A narrativa descreve os principais eventos como Jesus sendo condenado à morte, carregando a cruz, caindo três vezes, encontrando sua mãe Maria e outras pessoas. Culmina com a crucificação e morte de Jesus na décima segunda e décima quarta estações.
Quando professamos nossa Fé através do ‘Creio’, nós não estamos simplesmente ditando uma ‘formula’ decorada. Toda síntese da Fé não foi elaborada segundo opiniões humanas; mas da Escritura inteira recolheu-se o que existe de mais importante, para dar, na sua totalidade, a única Doutrina da Fé. Este resumo da Fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento. Nós cremos em tudo o que está contido na Palavra de Deus, escrita e transmitida, e que a Igreja nos propõe a crer como divinamente revelado; sendo assim, não cremos em ‘formulas’, mas nas realidades que elas expressam, e que a fé nos permite ‘tocar’. O ato de Fé do crente não pára no enunciado, mas chega até a realidade enunciada.
Quando professamos nossa Fé através do ‘Creio’, nós não estamos simplesmente ditando uma ‘formula’ decorada. Toda síntese da Fé não foi elaborada segundo opiniões humanas; mas da Escritura inteira recolheu-se o que existe de mais importante, para dar, na sua totalidade, a única Doutrina da Fé. Este resumo da Fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento. Nós cremos em tudo o que está contido na Palavra de Deus, escrita e transmitida, e que a Igreja nos propõe a crer como divinamente revelado; sendo assim, não cremos em ‘formulas’, mas nas realidades que elas expressam, e que a fé nos permite ‘tocar’. O ato de Fé do crente não pára no enunciado, mas chega até a realidade enunciada.
Un aporte para la oración "con acento mozambicano": es el Camino de la Cruz rezado con texto en portugués e imágenes muy bellas para facilitarnos la contemplación del camino de Amor que hizo y hace Jesús.
Via Sacra Jovem - 23/03/2013
A Arquidiocese de Campinas realizou, no dia 23 de março, a Via Sacra Jovem em preparação para a Semana Missionária e motivada pelo Ano da Fé. O evento, que integra as atividades que antecedem a Jornada Mundial da Juventude 2013, foi realizado na Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Campinas, às 19h, e contou com a presença do Coro da Arquidiocese de Campinas.
palestra espírita para esclarecimento a cerca dos ensinamentos do evangelho segundo o espiritismo sobre a cruz que carregamos em nossas vidas, seu significado e os efeitos que podemos colher com as nossas escolhas.
O patriarca Jó, em momentos difíceis que estava passando em sua vida, fez uma abertura para duas realidades que todo ser humano enfrenta.
A Vida
A Morte
Semelhante a Modelo de Via sacra - Jesus é condenado à morte (20)
Edição digital do semanário da Agência Ecclesia de 28 de novembro de 2013, tendo como tema principal os 75 anos de restauração da Diocese de Aveiro.
Para assinar esta publicação semanalmente aceda a http://agencia.ecclesia.pt/
O trabalho que agora se coloca à disposição da Diocese pretende proporcionar uma discussão alargada sobre a programação da Missão Jubilar a realizar tendo por base a celebração dos 75 anos de restauração da Diocese
Apresentação realizada na abertura do ano pastoral 2011-2012, da Diocese de Aveiro. Este ano sob o lema "Igreja diocesana, fraternidade de famílias, confirma a esperança".
Estudo da introdução à carta de Paulo aos Filipenses.
Veja o estudo completo em: https://www.esbocosermao.com/2024/06/filipenses-uma-igreja-amorosa.html
Nesta obra do ex-padre Aníbal Pereira dos Reis, eu, o Escriba de Cristo, irei fazer minhas inserções, comentado os posicionamentos do ex-padre católico que nos anos de 1980 e 1990 foi um grande expoente protestante contra os desmando religiosos e heréticos da Igreja Católica Romana. Um forte opositor que chamou a atenção até do Vaticano. Em suas dezenas de obras literárias, o foco do ex-padre Aníbal é escancarar os erros doutrinários do catolicismo. Neste tratado sobre o VATICANO E A BÍBLIA, Aníbal vai desenvolvendo sua crítica a atual doutrina católica que sequestra a autoridade da Bíblia como única regra de fé para os cristãos e como ao longo da história, em seus concílios, a alta cúpula da Igreja romana foi cada vez mais tirando da Bíblia a autoridade como padrão de fé para os cristãos e chamando para si a posição de representantes de Deus na Terra. É muito incoerente que a Igreja católica esteja agora cada vez mais tomando posicionamentos morais e éticos contrários ao explicitamente dito nas Escrituras e ao mesmo tempo ela diz que a Bíblia é uma das suas pilastras de regra de fé, ao lado da tradição e do magistério eclesiástico. Nas últimas décadas cada vez mais a Igreja católica esta se distanciando da Bíblia e seguindo um pensamento humanista e socialista. Cada vez mais deixando de ser uma religião em que Deus é o centro para ser cada vez mais uma religião humanista. Os padres e cleros em geral que não compartilham da cartilha do Vaticano, vão cada vez mais perdendo a voz dentro da máquina eclesiástica do Vaticano. Esta obra revelará este contraste.
Premonição é em síntese uma advertência de algo que está prestes a acontecer a qual se recebe uma comunicação do mundo espiritual, seja do próprio espírito da pessoa, de outro [telepatia], de anjos, demônios, ou do próprio Deus, e até de pessoas que já morreram e animais que podem emitirem sinais. Estamos no campo da metafisica, da física quântica e do mundo espiritual. Desde os tempos antigos, até os dias de hoje existem incontáveis testemunhos de pessoas que vivenciaram experiências de premonição. Aqui nesta obra, eu apresento um rascunho das evidências que encontrei tanto na Bíblia como no testemunho de inúmeras pessoas que tiveram premonições. Alguns destes avisos sobrenaturais e paranormais permitem que o receptor da mensagem opte por um ou outro destino, todavia, outras premonições parecem fatalistas o que significa que a pessoa fica sabendo o que está prestes a acontecer, mas não consegue impedir o desfecho. Este ensaio apresenta as várias possibilidades que podem acionar o gatilho da premonição e o seu mecanismo, mas ninguém consegue dominar a arte da premonição, se antecipando ao conhecimento do que está prestes a acontecer a hora que quiser. Este livro vai, no mínimo, deixa-lo intrigado.
Este livro é uma bomba de informações sobre a relação do Vaticano e o homossexualismo, o texto base pertence ao jornalista francês Frédéric Martel na sua consagrada obra NO ARMÁRIO DO VATICANO. Neste obra, eu faço meus comentários sobre os primeiros dois capítulos do texto de Martel. As informações sobre a quantidade de altos membros do Vaticano envolvidos na pratica homossexual é de um escândalo sem precedentes na história do cristianismo. Fico imaginando a tristeza de muitos católicos ao saberem que no Vaticano em vez daqueles “homens santos” estarem orando e jejuando, estão na verdade fazendo sexo anal com seus amantes. Sodoma se instalou no Vaticano e a doutrina do celibato obrigatório canalizou muitos homens com tendencias homossexuais a optarem pelo sacerdócio católico como uma forma de camuflar suas preferencias sexuais sem despertar suspeitas na sociedade. Mas vivemos na era da informação e certas coisas não dá mais para esconder. A Igreja Católica esta diante de um dilema: ou permite a pratica aberta do homossexualismo ou expurga esta prática antibíblica do seu seio. Mas como veremos nesta série de livros, acho que os gays são maioria e já tomaram o poder no Vaticano. O próximo livro desta série é O MUNDO GAY DO VATICANO, onde continuarei comentado o resultado das investigações de Frédéric Martel. Ao final também coloco um apêndice com as revelações do arcebispo CARLOS MARIA VIGANÒ na famosa carta chamada TESTEMUNHO.
CARTAS DE INÁCIO DE ANTIOQUIA ILUSTRADAS E COMENTADASESCRIBA DE CRISTO
Como pesquisador cristão procurei após estudar o Novo Testamento internamente, fazer um levamento externo e o que aconteceu com o cristianismo nos anos seguintes as histórias bíblicas. Então temos algumas literaturas que são posteriores aos escritos do Novo Testamento. O Didaquê, Clemente de Roma e as cartas de Inácio de Antioquia. Nesta obra vamos ter uma noção como a igreja estava dando seus primeiros passos agora sem a companhia de Jesus e dos apóstolos. Inácio de Antioquia ainda chegou a conviver com João e Paulo e por isto “bebeu” conhecimento direto da fonte. Vemos três inimigos que faziam oposição ao cristianismo nos primeiros anos: Os judaizantes, os gnósticos e o império romano que com a máquina do Estado tentou massacrar os cristãos e o fez com toda volúpia. Em todas as cartas de Inácio ele vai informando que seu momento de ser executado na arena do Coliseu de Roma está se aproximando. Inácio seria em breve devorado por feras, mas ele mostrava uma coragem assustadora. O texto vai acompanhado com ilustrações e meus comentários.
Este livro contém três sermões de Charles Spurgeon que viveu no século XIX e é considerado um dos heróis do cristianismo, também chamado pelos seus admiradores em todo o mundo de PRÍNCIPE DOS PREGADORES ou O ULTIMO DOS PURITANOS. A vida de Charles Spurgeon é um exemplo de vida cristã e sua missão como pregador Batista fez com que seu nome fosse respeitado por todas as linhas de pensamento do cristianismo. Jesus Cristo é o nosso Salvador. Este é o tema central das pregações de Spurgeon. Nesta obra contém três sermões, são eles:
1 – Cristo e eu
2 – Perguntas e respostas desde a Cruz
3 – Boas vindas para todos que vem a Cristo
Estes sermões foram proferidos a cerca de 150 anos e quando você lê estas mensagens antigas, parece que você esta sentado em um banco, em uma igreja na Inglaterra e está ouvindo o Espírito Santo falando com você. Em CRISTO E EU vemos a necessidade de salvação, em PERGUNTAS E RESPOSTAS DESDE A CRUZ iremos entender porque Deus deixou Jesus sofrer na cruz. BOAS VINDA PARA TODOS QUE VEM A CRISTO é uma exposição clara que só podemos ser salvos por Jesus, esqueça outros deuses, santos, Maria, praticas de rituais ou boas obras. Seja sensato e venha a Cristo se quiser ser salvo.
Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 137 - InimigosRicardo Azevedo
“O Mestre, acima de tudo, preocupou-se em preservar-nos contra o veneno do ódio, evitando-nos a queda em disputas inferiores, inúteis ou desastrosas.” Emmanuel
Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 137 - Inimigos
Modelo de Via sacra - Jesus é condenado à morte
1. PRIMEIRA ESTAÇÃO
JESUS É CONDENADO Á MORTE
1º Leitor
Pilatos disse: «eis o homem!» Assim que O viram, os princípios dos
sacerdotes e os guardas gritaram: «Crucifica-O! Crucifica-O!» Tornou
Pilatos a dizer: «tomai-O vós e crucificai-O, que eu não encontro n”Ele
culpa alguma». Responderam os judeus: «Nós temos uma Lei, e segundo a
nossa Lei deve morrer, porque se fez Filho de Deus» (Jo 19,5-7)
2º Leitor
Toda a via dolorosa começa com uma condenação. E a injustiça não cessa
de atormentar-nos e de dilacerar mesmo as grandes almas. Jesus porém
não lhe está sujeito: Ele toma sobre Si a condenação.
A não violência encontra aqui a sua razão de ser. Mas a escolha de Jesus é
muito mais que a simples não-violência.
A condenação de Jesus continua, e pesa ainda num mundo que continua
hipócrita e perito em condenar justos e santos.
Não basta oferecer a outra face. É preciso reagir com mais amor ao ódio
que temos à nossa volta – e dentro de nós.
1º Leitor
Jesus, dá-nos a força
De aceitar cargas pesadas
Sem nos deixarmos esmagar;
De não odiarmos
De não nos escravizarmos
De não nos vingarmos.
Jesus, que eu não seja
Juiz impiedoso de quem erra.
E quem não erra?
2. SEGUNDA ESTAÇÃO
JESUS TOMA A CRUZ AOS OMBROS
1º Leitor
Dirigindo-Se depois a todos, disse: «Se alguém quer vir após Mim, negue-
se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-Me» (Lc 9,13)
2º Leitor
Toda a condenação é uma cruz. Dilacera a alma. E o espírito geme, mais
que o corpo. Há condenações que humilham, quando a verdade é
escondida pela hipocrisia de leis complacentes. E Jesus caminhava para o
Calvário.
Qualquer cruz nos condena ao sofrimento, e nós somos condenados por
um mal profundo. Um mal que podemos vencer pegando com Cristo na
cruz. Jesus não nos tirou a cruz: deu-nos, não só o exemplo, mas também
a capacidade de a levar.
1º Leitor
Jesus, tomaste às costas o madeiro
E nele estava eu também,
Estávamos todos.
Levas-nos, não ao túmulo
Mas à ressurreição.
Embora nós sintamos
Ainda o peso da cruz,
Tu estás connosco
e isso basta para prosseguirmos.
3. TERCEIRA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ
1º Leitor
Ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores; nós o
considerávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado (Is 53,4)
2º Leitor
Todos caem. Cada um tem o seu limite de resistência. Mas poucos caem
como Jesus: Ele cai sob o peso da cruz, e essa cruz é nossa.
Cai porque quer conhecer todas as humilhações, até a de cair por terra, ao
nível dos homens.
Por vezes, cair não é sinal de fraqueza mas de qualquer coisa que esmaga
e oprime até ao limite do suportável. A terra é também sinal de
humildade. Quem cai – e todos caem – deve fazer-se discípulo.
1º Leitor
A tua queda, Jesus,
Diante de todos,
Perante o riso da multidão
Ou o silêncio dos cobardes
É humildade que desconcerta
O meu orgulho.
Dá-me, ó Cristo,
A graça de Te sentir a meu lado
Quando me vejo por terra.
4. QUARTA ESTAÇÃO
JESUS ENCONTRA A SUA MÃE
1º Leitor
Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua Mãe: « Este menino está aqui
para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de
contradição; uma espada trespassará a tua alma a fim de se revelarem os
pensamentos de muitos corações» ( Lc 2,34-35)
2º Leitor
Dois olhares que se cruzam. Em silêncio, que é o encontro mais autêntico.
Jesus desejou este encontro, e Maria ainda mais que seu Filho. Em toda a
via dolorosa há sempre um encontro de graça.
E a Senhora está presente com o seu olhar silencioso.
Há vias dolorosas nas quais é difícil encontrar uma mãe, e os filhos
agonizam. Jesus deixou uma mãe para que ninguém tenha de se sentir
órfão. Uma mãe de esperança.
1º Leitor
Jesus, Tua mãe fitou-te
E no seu olhar
Estava todo o perdão que pedimos
Pelas nossas ofensas
Pelas nossas recusas.
E com o Teu silêncio, Cristo,
Respondeste prosseguindo o caminho da cruz.
5. QUINTA ESTAÇÃO
JESUS É AJUDADO PELO CIRENEU
1º Leitor
Quando O iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene,
que voltava do campo, e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de
Jesus (Lc 23,26)
2º Leitor
Até Jesus quis um instante de alívio, talvez para dar ao homem de Cirene a
alegria do bom samaritano. Só um instante, porque não se deve abusar da
bondade alheia… E Cristo retoma a cruz, para se fazer Ele cireneu e bom
samaritano para sempre, dando-nos mais que o alívio de um instante.
Jesus quer-nos cireneus, atentos e sensíveis, sem fazermos pesar a nossa
caridade. E caridade não é fazermos nós o que é dever dos outros fazer.
Caridade é ensinar cada um a andar pelas suas próprias pernas.
1º Leitor
Também Tu, Jesus,
Te permitiste um momento de pausa
Para poderes chegar à cruz.
Existe em nós a tentação, às vezes,
De nos abandonarmos, de nos deixarmos ir, de pararmos,
De fazermos de cada pausa uma meta.
Jesus, que também eu encontre um cireneu
Para ser cireneu dos outros com mais fé.
6. SEXTA ESTAÇÃO
JESUS ENCONTRA A VERÓNICA
1º Leitor
Cresceu na sua presença como um rebento, como raiz em terra árida, sem
figura nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura
capaz de nos deleitar (Is 53,2)
2º Leitor
Outro encontro, e de profundo diálogo. Entre a exaustão dum Deus de
rosto desfigurado e a bondade dum grande coração de mulher. E Cristo
oferece-lhe o seu rosto, o Seu olhar, e deixa-o na História até ao fim dos
tempos.
O rosto de Cristo é o rosto de todos os homens, e quem mais sofre mais
está presente nele. Um rosto que está na natureza de todos, mesmo dos
que nos são antipáticos ou nos querem mal.
Porque não ver nele o convite de Cristo ao perdão?
1ª Leitor
Jesus, foi-te agradável
O doce lenço
Que Te acariciou o rosto,
E o Teu olhar
Impresso na história de cada homem
É de conforto no caminho que nos resta
Até à ressurreição.
7. SÉTIMA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
1º Leitor
Foi castigado pelos nossos crimes, esmagado pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos salva pesou sobre Ele, fomos curados na Suas chagas.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um seguia o seu
caminho; o Senhor carregou sobre Ele a iniquidade de todos nós (Is 53,5-
6).
2º Leitor
Sim, Jesus volta a cair, porque a estrada da cruz não tem fim, nem tão-
pouco o cansaço.
Não basta um bom cireneu para carregar todo o peso. Cristo quis nossa
cruz, e quer levá-la até à morte. Nem as quedas conseguirão detê-Lo.
As quedas repetem-se, porque o homem é egoísta e não quer saber da
conversão. Haverá sempre uma injustiça que pesa, haverá sempre uma
graça que salva. O importante é olhar em frente, sempre, mesmo quando
se está caído por terra.
1º Leitor
Jesus, voltar a ver-Te caído por terra
É sentir em mim o peso
Deste meu cansaço
Em trabalhar pelo Teu reino.
Cansamo-nos de esperar.
Mas Tu caista para ficares à minha altura
Convidando-me a avançar.
8. OITAVA ESTAÇÃO
JESUS E AS SANTAS MULHERES
1º Leitor
Seguiam-n”O uma grande massa de povo e umas mulheres que se
lamentavam e choravam por Ele. Jesus voltou-se para elas e disse-lhes:
«Filhas de Jerusalém, não choreis por mim. Chorai antes por vós mesmas e
pelos vossos filhos, pois dias virão em que se dirá: “ Felizes as estéreis, os
ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram!”. Hão-de
então dizer aos montes: Caí sobre nós! E às colinas: “Cobri-nos!” Porque
se Tratam assim a madeira verde, o que acontecerá à seca?» (Lc 23, 27-
31).
2º Leitor
Desta vez Cristo quebra o silêncio com uma censura. Não é Ele que deve
ser lamentado, o Seu sofrimento, a Sua solidão. Cristo que sofre é uma
censura à indiferença com que deixamos crucificar a justiça e os direitos
dos povos, limitando-nos a murmurar o nosso desacordo.
Pôr-se em questão em busca da verdadeira identidade do homem é um
dever quotidiano pessoal e colectivo. Uma questão, isto é, que nos faça
ultrapassar esquemas rígidos, vistas curtas, preconceitos ideológicos.
1º Leitor
A tua censura às santas mulheres, ó Cristo
Atinge-nos a todos.
No fundo, agrada-nos viver
De saudades confortáveis
E lágrimas vazias:
Por isso somos terreno tão seco e duro
À semente da Tua palavra, Jesus
9. NONA ESTAÇÃO
JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ
1º Leitor
Salvai-me, ó Deus, porque as águas quase me submergem.
Estou-me afundando no abismo profundo, onde não há ponto de apoio;
entrei no abismo de águas profundas e já as vagas me cobrem. Estou
exausto de tanto gritar, enrouqueceu a minha garganta, cansaram-se os
meus olhos à espera do meu Deus (SI 69, 2-4).
2º Leitor
Jesus cai mais vezes? Ser-nos-á sempre impossível sabê-lo. Mas também
pouco importa.
Jesus caiu, e volta a cair porque a nossa obstinação é grande. E levanta-Se
pela terceira vez porque o amor não se detém perante nenhum obstáculo,
nenhum cansaço.
Cada via dolorosa é uma estrada de incontáveis quedas.
A esperança incita-nos a prosseguir, mesmo quando o sol desaparece.
1ºLeitor
Não é tanto a Tua queda, ó Cristo,
Que fere o meu sentir humano
Quanto a minha imobilidade
Perante a queda silenciosa de espíritos desalentados,
De almas exaustas.
E Tu, Jesus, voltas a erguer-Te
E contigo a minha esperança
de recomeçar outra vez.
10. DÉCIMA ESTAÇÃO
JESUS É DESPOJADO DAS SUAS VESTES
1º Leitor
Foi maltratado e resignou-se. Não abriu a boca, como cordeiro levado ao
matadouro, como ovelha emudecida nas mãos do tosquiador (Is 53,7).
2ª Leitor
O condenado não tem direito a nada. A própria vida já não lhe pertence.
De que serve agora uma peça de roupa? A cruz não suporta o supérfluo.
Quer tudo. Qualquer humilhação cabe nesta lógica do dom total.
Começamos a ser realmente pobres quando libertamos do supérfluo o
coração e as mãos. Claro que as humilhações não deixarão nunca de nos
ferir.
1º Leitor
Jesus, sem vestes
Sem formalidades
Sem estruturas
Assim no fundo me atrais,
abraçando a cruz
pobre em tudo
rico apenas de amor universal.
Amar-Te assim na Tua dádiva total
Sem sombras
É a graça que quero.
11. DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO
JESUS É PREGADO NA CRUZ
1º Leitor
Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no a Ele e aos
malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: « Perdoa-lhes, ó
Pai, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes para
dividirem entre si as Suas vestes (Lc 23, 33-34).
2º Leitor
Bastam três ou quatro pregos e Jesus fica imobilizado, preso a duas traves
de madeira.
Mas o amor não se prende. Da cruz descem palavras de paz, de perdão,
abalando profundamente o homem, e infinitos raios de graça divina
iluminando os corações. Esse é o crucifixo eterno.
Ser totalmente pobre: estar nu sobre uma cruz e ter no coração infinita
capacidade de paz e de perdão. Ainda hoje há demasiadas cruzes de ouro
em que nenhum coração palpita.
1º Leitor
Jesus, és ainda hoje o Crucificado.
E eu estou aqui a contemplar-Te
Vendo o Teu coração bater por mim também,
Ouvindo-Te dizer: « Vê como te amo!
E tu?»…
E eu, ó Crucificado,
Eu contemplo-Te e rezo: « Perdoa-me!».
12. DÁCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO
JESUS MORRE NA CRUZ
1º Leitor
Por volta da hora sexta as trevas cobriram toda a terra, até à hora nona,
por o Sol se ter Eclipsado.
O véu do Templo rasgou-se ao meio, e Jesus exclamou, dando um grande
grito: « Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou ( Lc
23, 44-46).
2º Leitor
A morte é uma cruz que sangra. É o mistério. O medo que tudo seja um
engano. Até os espíritos eleitos sentem esse medo, e só uma grande fé
leva à esperança.
Também Jesus morre, e quem poderia imaginar um Deus que morresse?
É preciso fé, muita fé, para ter esperança num amanhã melhor, e a morte
afasta-se. Mas por pouco.
A cruz é Jesus Cristo morto para ressuscitar. A cruz, qualquer cruz, é
iluminada por essa glória divina.
1º Leitor
Na Tua morte, ó Crucificado,
Há já toda uma nova humanidade
Que está para nascer.
E do peito trespassado sai a Tua Igreja,
mãe de todos os vivos.
O amor terá sempre a última palavra
Ainda que todo o ódio deste pobre mundo
Crucifique milhões de seres humanos.
Tu, ó Cristo, garantes-nos a vida.
13. DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO
JESUS É DESCIDO DA CRUZ
1º Leitor
Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, ainda que
ocultamente por medo dos judeus, pediu a Pilatos para levar o corpo de
Jesus. Pilatos permitiu-lho. Veio, pois, e tirou o corpo (Jo 19,38).
2º Leitor
Jesus é despregado da cruz. Sim, duma trave de madeira. E só dessa trave
de madeira, porque toda a cruz se torna de hoje em diante uma cruz de
salvação e ninguém poderá separá-la de Cristo. Cristo não se deixa apartar
do nosso sofrimento.
Por muito duro que seja tomar a cruz e aceitá-la, é consolador saber que
ela é parte da cruz de Cristo. Nenhuma cruz está separada da cruz de
Cristo, e por isso todo o sofrimento é redentor.
1º Leitor
Ó Crucificado,
Tu não inventaste nenhuma cruz
E pensá-lo é desalento e dúvida.
Entenda-se, porém:
Tu inventaste a cruz da salvação
Da qual nasce toda a força,
Toda a capacidade de suportar as cruzes humanas.
14. DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO
JESUS É COLOCADO NO SEPULCRO
1º Leitor
Respondeu-lhes Ele: « Chegou a hora de ser glorificado o Filho do Homem.
Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindona terra, não
morrer, fica ele só; mas se morrer dá muito fruto» ( Jo 12, 23-24).
2º Leitor
Como qualquer homem que morre, assim Cristo deposto num sepulcro.
Também a semente precisa de ser lançada à terra para renascer e dar
fruto. Tal como o meu sofrimento. Um pouco derrota. De morte. E depois
a Primavera. Um novo dia despontará sobre tantos hojes que parecem de
morte.
Há sempre um amanhã para tudo. Até para tanto sofrimento e tanta
injustiça que oprimem este mundo de forma asfixiante. Ninguém poderá
aniquilar o Espírito de vida e de liberdade.
1º Leitor
Ó Jesus.
Tu sabes como somos fracos
E prontos a desesperar de tudo.
Mas o dia de hoje é já Teu,
E o de amanhã ainda mais.
É preciso acreditar num Deus vivo
E tudo, mas tudo,
Cedo ou tarde ressuscitará,
Mesmo o meu sofrimento de hoje.
Eu creio, ó Cristo!