Este documento contém 29 liturgias para celebrar a Páscoa cristã, incluindo meditações, orações e hinos. As liturgias abordam tanto a morte de Jesus na cruz quanto sua ressurreição, mostrando que a cruz é o caminho para a paz, unidade e cura.
Revelação Progressiva de DEUS a humanidade Prof. Capricapriello
O documento discute os diferentes modos como Deus se revelou à humanidade ao longo da história, incluindo a teofania, profecia, encarnação de Jesus Cristo e através de feitos heroicos. A revelação foi progressiva, começando de forma incompleta e gradualmente se expandindo. A revelação máxima veio por meio de Jesus Cristo, em quem a plenitude da divindade habita.
O documento lista vários nomes de Deus e explica que a chave para experimentar cada um deles é ter comunhão com Deus através da oração e obediência à Sua Palavra. A comunhão com Deus nos permite conhecê-Lo melhor e experimentar Sua presença, paz, provisão, cura e vitória em nossa vida.
O documento discute o modelo bíblico de família e sua relevância nos dias atuais. A Bíblia apresenta a família como um lugar de bênçãos para aqueles que temem ao Senhor, com esposa, filhos e trabalho garantindo felicidade e prosperidade. Contudo, diversos tipos de relacionamentos familiares surgiram, colocando em crise o modelo burguês tradicional.
O documento discute a doutrina cristã da Trindade, afirmando que embora a palavra não esteja na Bíblia, as Escrituras ensinam que existe um único Deus que subsiste em três pessoas - Pai, Filho (Jesus Cristo) e Espírito Santo. Cada pessoa da Trindade é completa em Deus, apesar de distintas em suas propriedades. Algumas religiões negam esta doutrina por acreditarem em apenas um Deus ou em concepções panteístas.
Noé plantou uma vinha e se embriagou. Seu filho Cam o viu nu e contou aos irmãos em vez de cobrir sua nudez. Quando Noé soube, amaldiçoou Canaã, filho de Cam, e abençoou Sem e Jafé. A maldição de Canaã se cumpriu quando os israelitas conquistaram suas terras.
1. O documento fala sobre a importância de manter o fogo do Espírito Santo aceso no altar da vida, por meio da oração e dedicação a Deus.
2. No entanto, é comum que as cinzas dos pecados se acumulem e quase apaguem essa chama. É necessário confessar os pecados diariamente e remover essas cinzas para longe, a fim de que o fogo arda fortemente.
3. A remoção das cinzas simboliza a limpeza do coração por meio do perdão, restaur
O documento fornece informações sobre uma lição bíblica sobre A Última Ceia. Resume os seguintes pontos essenciais:
1) A Páscoa Judaica era uma festa que comemorava a libertação do Egito e seu ritual era metódico;
2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor durante a última Páscoa para comemorar a libertação do pecado;
3) Os elementos da Ceia do Senhor são o pão, que simboliza o corpo de Jesus, e o vinho, que simboliza o sangue de Jesus
Mensagem do culto da manhã do dia 30 de Setembro de 2018
Pr. Carlos Henrique Soares
Tema: Chamados para servir no reino
Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo - RJ
www.pibac.org.br
https://www.facebook.com/pibarraialdocabo/
Revelação Progressiva de DEUS a humanidade Prof. Capricapriello
O documento discute os diferentes modos como Deus se revelou à humanidade ao longo da história, incluindo a teofania, profecia, encarnação de Jesus Cristo e através de feitos heroicos. A revelação foi progressiva, começando de forma incompleta e gradualmente se expandindo. A revelação máxima veio por meio de Jesus Cristo, em quem a plenitude da divindade habita.
O documento lista vários nomes de Deus e explica que a chave para experimentar cada um deles é ter comunhão com Deus através da oração e obediência à Sua Palavra. A comunhão com Deus nos permite conhecê-Lo melhor e experimentar Sua presença, paz, provisão, cura e vitória em nossa vida.
O documento discute o modelo bíblico de família e sua relevância nos dias atuais. A Bíblia apresenta a família como um lugar de bênçãos para aqueles que temem ao Senhor, com esposa, filhos e trabalho garantindo felicidade e prosperidade. Contudo, diversos tipos de relacionamentos familiares surgiram, colocando em crise o modelo burguês tradicional.
O documento discute a doutrina cristã da Trindade, afirmando que embora a palavra não esteja na Bíblia, as Escrituras ensinam que existe um único Deus que subsiste em três pessoas - Pai, Filho (Jesus Cristo) e Espírito Santo. Cada pessoa da Trindade é completa em Deus, apesar de distintas em suas propriedades. Algumas religiões negam esta doutrina por acreditarem em apenas um Deus ou em concepções panteístas.
Noé plantou uma vinha e se embriagou. Seu filho Cam o viu nu e contou aos irmãos em vez de cobrir sua nudez. Quando Noé soube, amaldiçoou Canaã, filho de Cam, e abençoou Sem e Jafé. A maldição de Canaã se cumpriu quando os israelitas conquistaram suas terras.
1. O documento fala sobre a importância de manter o fogo do Espírito Santo aceso no altar da vida, por meio da oração e dedicação a Deus.
2. No entanto, é comum que as cinzas dos pecados se acumulem e quase apaguem essa chama. É necessário confessar os pecados diariamente e remover essas cinzas para longe, a fim de que o fogo arda fortemente.
3. A remoção das cinzas simboliza a limpeza do coração por meio do perdão, restaur
O documento fornece informações sobre uma lição bíblica sobre A Última Ceia. Resume os seguintes pontos essenciais:
1) A Páscoa Judaica era uma festa que comemorava a libertação do Egito e seu ritual era metódico;
2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor durante a última Páscoa para comemorar a libertação do pecado;
3) Os elementos da Ceia do Senhor são o pão, que simboliza o corpo de Jesus, e o vinho, que simboliza o sangue de Jesus
Mensagem do culto da manhã do dia 30 de Setembro de 2018
Pr. Carlos Henrique Soares
Tema: Chamados para servir no reino
Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo - RJ
www.pibac.org.br
https://www.facebook.com/pibarraialdocabo/
EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR – lição 13 – Escola Dominicalyosseph2013
O documento discute a importância das famílias cristãs servirem ao Senhor, usando os exemplos de Noé, Josué e os Recabitas. 1) O exemplo de Noé mostra como ele manteve sua fé em meio a uma sociedade corrompida e como isso salvou sua família; 2) Josué tomou uma firme decisão de servir apenas a Deus com sua família para preservá-los; 3) Os Recabitas exemplificaram fidelidade aos princípios de seus ancestrais por gerações.
O documento descreve dois milagres eucarísticos históricos em Bolsena e Lanciano na Itália, nos quais hóstias consagradas se transformaram em carne e sangue humanos. Também menciona estudos científicos realizados em 1971 e 1981 que confirmaram que os materiais eram tecidos musculares humanos compatíveis com o tipo sanguíneo AB. O documento incentiva a fé na presença real de Cristo na Eucaristia.
Formação da apostila 4 do módulo básico do processo formativo da Renovação Carismática Católica. Aplicada pelo ministério de Formação do Grupo de Oração Resgate, de Londrina-Pr
Paulo descreve o "mistério do Evangelho" como sendo a revelação de que gentios e judeus são agora co-herdeiros, co-membros do Corpo de Cristo e co-participantes das promessas de Deus. Ele ora para que a Igreja seja fortalecida no conhecimento desse mistério e do amor de Cristo.
Os Desafios de uma Família Segundo o Coração de DeusIBMemorialJC
O documento apresenta quatro desafios para os crentes: 1) Reconsiderar profecias bíblicas, 2) Não se conformar com os padrões do mundo, 3) Manter a adoração a Deus em casa, 4) Vencer influências negativas da mídia. As passagens bíblicas citadas reforçam a necessidade de se afastar do pecado e se aproximar de Deus.
1. Analisa fatores que influenciam no crescimento de novas igrejas plantadas, como localização, liderança, finanças e treinamento do plantador.
2. Recomenda ter igrejas mães próximas, selecionar bons líderes, apoio financeiro inicial e treinamento adequado para o sucesso do plantio.
3. Adverte sobre não iniciar projetos maiores do que se tem meios para concluir e manter, sob risco de negligenciar e desmoronar o trabalho realizado.
O documento discute o machismo presente em alguns textos bíblicos, citando passagens do Antigo Testamento que retratam a mulher em posição inferior ou como propriedade do homem. Passagens como Gênesis 2:21-24, que descreve Eva como criada a partir da costela de Adão, e outras leis que tratam a mulher como impura durante o período menstrual e parto.
Oração da quebra das muralhas de jericóArtur Macedo
Este documento contém uma oração para quebrar muralhas espirituais, como maldições, vícios, doenças, ocultismo e outras influências demoníacas. A oração pede a Deus que destrua essas muralhas espirituais através do poder de Jesus, assim como Josué destruiu as muralhas de Jericó, para que haja liberdade espiritual.
Este documento discute as dez qualidades de uma oferta perfeita para Deus: 1) A oferta deve ser santíssima; 2) Sem defeitos; 3) O melhor do doador; 4) Representar Jesus Cristo; 5) Ser o "alimento" de Deus; 6) Santificar o nome de Deus e o doador; 7) Ter um cheiro suave; 8) Envolver um total entrega; 9) Ser um troféu; 10) Um sacrifício vivo que faz Jesus se levantar para receber honras. O documento incentiva os leitores a fazerem of
1) O documento apresenta uma lição sobre o Espírito Santo, discutindo sua doutrina, presença no Antigo e Novo Testamento e atualidade.
2) A lição argumenta que o Espírito Santo tem aseidade e existência própria como a Terceira Pessoa da Trindade, com atributos como onipresença, onisciência e onipotência.
3) É afirmado que o Espírito Santo tem personalidade própria, com inteligência, sentimentos e vontade, refutando-se a visão de que
28mai2017-padroes de Deus para a famíliaElton Melo
O texto descreve como Deus valoriza a família, o relacionamento e respeita a escolha. Ele ensina que aqueles que ouvem e seguem os ensinamentos de Deus terão suas casas construídas sobre rocha, resistindo às tempestades, ao contrário daqueles que não o fazem, cujas casas desmoronarão.
As notícias que correm nos dias de hoje, não são as melhores. Com as más notícias vem também o desespero, mas em Jesus Cristo... Há Esperança! Sermão pregado pelo Pr. Nuno Lage na Igreja Presbiteriana Renovada de Portugal em Castelo Branco no dia 8 de Janeiro de 2012.
Lição 2 – O Fundamento e a Edificação da IgrejaÉder Tomé
Este documento discute o fundamento e a edificação da Igreja em três partes. Primeiro, mostra que Jesus Cristo é a pedra fundamental sobre a qual a Igreja está edificada. Segundo, explica que a Igreja teve início no dia de Pentecostes com o derramamento do Espírito Santo. Terceiro, apresenta algumas das bênçãos atuais desfrutadas pela Igreja, como a eleição, regeneração e justificação.
O documento discute a origem e formação da Bíblia, desde como não foi escrita de uma vez, mas sim ao longo de milênios por diversos autores. Explica como foi dividida em capítulos e versículos e traduzida para diferentes idiomas. Também resume como os livros do Antigo e Novo Testamento diferem em aspectos como tempo de redação, língua e lugares de escrita.
Este documento resume 13 estudos bíblicos sobre o Evangelho de Lucas que abordam a narrativa da viagem final de Jesus de Galileia a Jerusalém. O documento fornece instruções sobre como usar os estudos, incluindo uma estrutura para cada estudo com texto bíblico, análise, lições e sugestões para discussão. O primeiro estudo foca na determinação e tolerância necessárias para a missão da Igreja.
O documento descreve a Santa Ceia do Senhor como uma cerimônia estabelecida por Jesus para comemorar sua obra na cruz e nossa comunhão com Deus e com a Igreja. Ele explica que a Ceia do Senhor deve ser participada por cristãos batizados em comunhão com a fé, com reflexão sobre os pecados e fé no perdão. O documento alerta sobre os riscos de participar sem devida consciência e quebrantamento.
O documento discute como buscar o reino de Deus através da oração e do estudo bíblico diários, priorizando a comunhão com Deus no início de cada dia. A Palavra de Deus ensina que só por meio de Jesus podemos chegar ao Pai e receber perdão e orientação. O objetivo é aprender a confiar em Deus e segui-Lo com alegria e humildade.
O documento lista os nomes de Deus na Bíblia e seus significados. A Bíblia contém 66 livros escritos por mais de 30 pessoas ao longo de 1.500 anos. Ela contém mais de 31.000 versículos e 1.189 capítulos. O nome principal de Deus, YHWH, significa "Eu Sou Que Sou" e descreve Deus como autoexistente.
Este documento descreve a primeira estação da Via Sacra, na qual Jesus é condenado à morte por Pilatos. A multidão grita "Seja crucificado!" mesmo quando Pilatos pergunta o que mal Jesus fez. Pilatos então condena Jesus à morte e ordena que seja açoitado e crucificado.
Este documento é um resumo da Via Sacra, contendo orações, cânticos e reflexões sobre as estações da cruz de Jesus. Ao longo das dez estações são lidas passagens bíblicas, realizadas orações e cantados hinos sobre os momentos da paixão de Cristo, como sua condenação, quando carregou a cruz, suas quedas, encontro com sua mãe e outros momentos, refletindo sobre o amor e sacrifício de Jesus.
EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR – lição 13 – Escola Dominicalyosseph2013
O documento discute a importância das famílias cristãs servirem ao Senhor, usando os exemplos de Noé, Josué e os Recabitas. 1) O exemplo de Noé mostra como ele manteve sua fé em meio a uma sociedade corrompida e como isso salvou sua família; 2) Josué tomou uma firme decisão de servir apenas a Deus com sua família para preservá-los; 3) Os Recabitas exemplificaram fidelidade aos princípios de seus ancestrais por gerações.
O documento descreve dois milagres eucarísticos históricos em Bolsena e Lanciano na Itália, nos quais hóstias consagradas se transformaram em carne e sangue humanos. Também menciona estudos científicos realizados em 1971 e 1981 que confirmaram que os materiais eram tecidos musculares humanos compatíveis com o tipo sanguíneo AB. O documento incentiva a fé na presença real de Cristo na Eucaristia.
Formação da apostila 4 do módulo básico do processo formativo da Renovação Carismática Católica. Aplicada pelo ministério de Formação do Grupo de Oração Resgate, de Londrina-Pr
Paulo descreve o "mistério do Evangelho" como sendo a revelação de que gentios e judeus são agora co-herdeiros, co-membros do Corpo de Cristo e co-participantes das promessas de Deus. Ele ora para que a Igreja seja fortalecida no conhecimento desse mistério e do amor de Cristo.
Os Desafios de uma Família Segundo o Coração de DeusIBMemorialJC
O documento apresenta quatro desafios para os crentes: 1) Reconsiderar profecias bíblicas, 2) Não se conformar com os padrões do mundo, 3) Manter a adoração a Deus em casa, 4) Vencer influências negativas da mídia. As passagens bíblicas citadas reforçam a necessidade de se afastar do pecado e se aproximar de Deus.
1. Analisa fatores que influenciam no crescimento de novas igrejas plantadas, como localização, liderança, finanças e treinamento do plantador.
2. Recomenda ter igrejas mães próximas, selecionar bons líderes, apoio financeiro inicial e treinamento adequado para o sucesso do plantio.
3. Adverte sobre não iniciar projetos maiores do que se tem meios para concluir e manter, sob risco de negligenciar e desmoronar o trabalho realizado.
O documento discute o machismo presente em alguns textos bíblicos, citando passagens do Antigo Testamento que retratam a mulher em posição inferior ou como propriedade do homem. Passagens como Gênesis 2:21-24, que descreve Eva como criada a partir da costela de Adão, e outras leis que tratam a mulher como impura durante o período menstrual e parto.
Oração da quebra das muralhas de jericóArtur Macedo
Este documento contém uma oração para quebrar muralhas espirituais, como maldições, vícios, doenças, ocultismo e outras influências demoníacas. A oração pede a Deus que destrua essas muralhas espirituais através do poder de Jesus, assim como Josué destruiu as muralhas de Jericó, para que haja liberdade espiritual.
Este documento discute as dez qualidades de uma oferta perfeita para Deus: 1) A oferta deve ser santíssima; 2) Sem defeitos; 3) O melhor do doador; 4) Representar Jesus Cristo; 5) Ser o "alimento" de Deus; 6) Santificar o nome de Deus e o doador; 7) Ter um cheiro suave; 8) Envolver um total entrega; 9) Ser um troféu; 10) Um sacrifício vivo que faz Jesus se levantar para receber honras. O documento incentiva os leitores a fazerem of
1) O documento apresenta uma lição sobre o Espírito Santo, discutindo sua doutrina, presença no Antigo e Novo Testamento e atualidade.
2) A lição argumenta que o Espírito Santo tem aseidade e existência própria como a Terceira Pessoa da Trindade, com atributos como onipresença, onisciência e onipotência.
3) É afirmado que o Espírito Santo tem personalidade própria, com inteligência, sentimentos e vontade, refutando-se a visão de que
28mai2017-padroes de Deus para a famíliaElton Melo
O texto descreve como Deus valoriza a família, o relacionamento e respeita a escolha. Ele ensina que aqueles que ouvem e seguem os ensinamentos de Deus terão suas casas construídas sobre rocha, resistindo às tempestades, ao contrário daqueles que não o fazem, cujas casas desmoronarão.
As notícias que correm nos dias de hoje, não são as melhores. Com as más notícias vem também o desespero, mas em Jesus Cristo... Há Esperança! Sermão pregado pelo Pr. Nuno Lage na Igreja Presbiteriana Renovada de Portugal em Castelo Branco no dia 8 de Janeiro de 2012.
Lição 2 – O Fundamento e a Edificação da IgrejaÉder Tomé
Este documento discute o fundamento e a edificação da Igreja em três partes. Primeiro, mostra que Jesus Cristo é a pedra fundamental sobre a qual a Igreja está edificada. Segundo, explica que a Igreja teve início no dia de Pentecostes com o derramamento do Espírito Santo. Terceiro, apresenta algumas das bênçãos atuais desfrutadas pela Igreja, como a eleição, regeneração e justificação.
O documento discute a origem e formação da Bíblia, desde como não foi escrita de uma vez, mas sim ao longo de milênios por diversos autores. Explica como foi dividida em capítulos e versículos e traduzida para diferentes idiomas. Também resume como os livros do Antigo e Novo Testamento diferem em aspectos como tempo de redação, língua e lugares de escrita.
Este documento resume 13 estudos bíblicos sobre o Evangelho de Lucas que abordam a narrativa da viagem final de Jesus de Galileia a Jerusalém. O documento fornece instruções sobre como usar os estudos, incluindo uma estrutura para cada estudo com texto bíblico, análise, lições e sugestões para discussão. O primeiro estudo foca na determinação e tolerância necessárias para a missão da Igreja.
O documento descreve a Santa Ceia do Senhor como uma cerimônia estabelecida por Jesus para comemorar sua obra na cruz e nossa comunhão com Deus e com a Igreja. Ele explica que a Ceia do Senhor deve ser participada por cristãos batizados em comunhão com a fé, com reflexão sobre os pecados e fé no perdão. O documento alerta sobre os riscos de participar sem devida consciência e quebrantamento.
O documento discute como buscar o reino de Deus através da oração e do estudo bíblico diários, priorizando a comunhão com Deus no início de cada dia. A Palavra de Deus ensina que só por meio de Jesus podemos chegar ao Pai e receber perdão e orientação. O objetivo é aprender a confiar em Deus e segui-Lo com alegria e humildade.
O documento lista os nomes de Deus na Bíblia e seus significados. A Bíblia contém 66 livros escritos por mais de 30 pessoas ao longo de 1.500 anos. Ela contém mais de 31.000 versículos e 1.189 capítulos. O nome principal de Deus, YHWH, significa "Eu Sou Que Sou" e descreve Deus como autoexistente.
Este documento descreve a primeira estação da Via Sacra, na qual Jesus é condenado à morte por Pilatos. A multidão grita "Seja crucificado!" mesmo quando Pilatos pergunta o que mal Jesus fez. Pilatos então condena Jesus à morte e ordena que seja açoitado e crucificado.
Este documento é um resumo da Via Sacra, contendo orações, cânticos e reflexões sobre as estações da cruz de Jesus. Ao longo das dez estações são lidas passagens bíblicas, realizadas orações e cantados hinos sobre os momentos da paixão de Cristo, como sua condenação, quando carregou a cruz, suas quedas, encontro com sua mãe e outros momentos, refletindo sobre o amor e sacrifício de Jesus.
Este documento apresenta o resumo das meditações para as estações da Via Sacra presidida pelo Papa Francisco na Sexta-Feira Santa de 2013. As meditações foram preparadas por jovens libaneses e refletem sobre os momentos de sofrimento de Jesus no caminho para a crucificação.
Este documento é um resumo das meditações sobre a Paixão de Cristo extraídas do livro "A Paixão". Ele descreve as 14 estações da Via Sacra, incluindo os momentos em que Jesus cai sob o peso da cruz, encontra Sua mãe e é consolado por mulheres de Jerusalém. O texto também reflete sobre como os cristãos devem carregar suas próprias cruzes.
Este documento resume o culto de Páscoa realizado na Catedral Metodista de Piracicaba em 12 de abril de 2009. O culto incluiu adorações, confissões, louvores e cânticos celebrando a ressurreição de Jesus Cristo. O sermão refletiu sobre como a ressurreição traz perdão e nova vida.
Este documento é uma transcrição da missa de ação de graças pelos 191 anos do Tribunal de Justiça de Pernambuco, realizada na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco em Recife. A celebração inclui cânticos, leituras bíblicas, homilia e orações em agradecimento pelo trabalho do Tribunal de Justiça ao longo dos anos.
Este documento narra as 14 estações da Via Sacra, retratando os últimos momentos de Jesus antes de sua crucificação e morte. Em cada estação, há uma breve leitura bíblica seguida de uma reflexão. A narrativa descreve os principais eventos como Jesus sendo condenado à morte, carregando a cruz, caindo três vezes, encontrando sua mãe Maria e outras pessoas. Culmina com a crucificação e morte de Jesus na décima segunda e décima quarta estações.
Este documento é uma coleção de meditações e orações sobre a Via Sacra de Jesus Cristo. A primeira estação descreve Jesus sendo condenado à morte, com Pilatos condenando-O apesar de saber que era inocente devido à pressão da multidão. A segunda estação fala de Jesus sendo carregado com a cruz e escarnecido como um falso rei. A terceira estação mostra Jesus caindo pela primeira vez sob o peso da cruz, representando a queda do homem.
Este documento descreve as 11 estações da Via Sacra, que representam os últimos momentos da vida de Jesus antes da crucificação. Cada estação inclui uma breve leitura bíblica, uma reflexão e uma oração relacionadas ao evento. A Via Sacra é uma tradição católica que relembra o sofrimento de Jesus na caminhada para a crucificação em Jerusalém.
Este documento discute como os cristãos devem lançar seus fardos sobre o Senhor. Em três frases:
1) Os cristãos carregam fardos como o pecado, a culpa, o afastamento de Deus e tentações mentais.
2) Eles são convidados a confiar em Jesus, que pode aliviar esses fardos melhor do que qualquer outro.
3) Ao lançar seus fardos sobre o Senhor através da fé, os cristãos podem encontrar descanso para suas almas.
1) O documento discute a importância da oração para os cristãos, especialmente durante tempestades e tentações, quando Jesus está presente para confortar.
2) Também aborda a necessidade de matar a carne para viver em Cristo, buscando as coisas celestiais em vez das terrenas.
3) Onde a luz prometida por Jesus pode ser encontrada através da fé e da oração, não da frustração.
Este documento é um guia de oração e reflexão para a Quaresma. Contém passagens bíblicas e orações relacionadas às 14 estações da Via Sacra, culminando na morte de Jesus na cruz. Cada estação inclui uma breve reflexão sobre o sofrimento de Cristo e lições para os cristãos.
Este documento descreve as 11 estações da Via Sacra, retratando os últimos momentos da paixão de Jesus Cristo antes de sua crucificação e morte. As estações incluem Jesus sendo condenado à morte, tomando sua cruz, caindo três vezes no caminho, encontrando sua mãe Maria e outros, e finalmente sendo pregado na cruz. O documento fornece leituras bíblicas e reflexões para cada estação para ajudar os leitores a meditar sobre o sofrimento de Cristo.
1) O documento discute a importância central da doutrina do "Cristo crucificado" para o cristianismo, afirmando que é a característica principal da religião e a base para a prosperidade da Igreja.
2) A doutrina do "Cristo crucificado" é descrita como a fortaleza dos ministros e o segredo de todo o sucesso missionário, já que nada comoveu tanto os corações dos pagãos quanto a mensagem da cruz.
3) O autor argumenta que a doutrina do "Cristo crucificado" é o grande centro
O documento apresenta orações reparadoras para o Carnaval segundo santos e religiosos católicos. São Vicente Ferrer e outros santos consideravam o Carnaval um tempo de pecados. As orações incluem atos de desagravo e reparação ao Sagrado Coração de Jesus e orações pedindo perdão e misericórdia por pecados cometidos durante o Carnaval.
Neste discurso, o Papa Francisco enfatiza a importância de seguir o exemplo de Jesus durante a Semana Santa saindo de nós mesmos para ajudar os outros, especialmente os mais necessitados. Ele também destaca que Deus sempre dá o primeiro passo em direção a nós com misericórdia e amor incondicional.
Este documento descreve as oito estações da Via Sacra, relembrando os últimos momentos de Jesus antes da crucificação. Em cada estação há uma leitura bíblica, um comentário e uma oração. A meditação busca refletir sobre o sofrimento de Jesus e como os cristãos devem acompanhar os que sofrem.
1) O documento é um programa de adoração para a Sexta-feira da Semana Santa que inclui salmos, hinos e orações.
2) Inclui a leitura de um salmo sobre entregar a alma a Deus, um hino sobre a hora da morte de Jesus e uma oração do Pai Nosso.
3) Finaliza com hinos sobre a cruz, incluindo um sobre amar a mensagem da cruz.
1) O documento é um programa de adoração para a Sexta-feira da Semana Santa que inclui salmos, hinos e orações.
2) Inclui a leitura de um salmo sobre entregar a alma a Deus, um hino sobre a hora da morte de Jesus e uma oração do Pai Nosso.
3) Finaliza com hinos sobre a cruz de Jesus e a paz que Ele traz.
O documento é uma oração dedicada a Jesus Cristo e sua crucificação. Relembra os tormentos físicos e emocionais que Jesus suportou no caminho para a cruz e pede misericórdia e perdão por nossos pecados. Também inclui cânticos religiosos sobre conversão e reflexão durante a quaresma.
Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único. Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá.
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresNilson Almeida
Conteúdo recomendado aos cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material publicado gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Este livro faz parte de um coleção de 4 livros sobre Belém em que publiquei fotos e coletei informações sobre os lugares sagrados de Belém. Um dos livros é exclusivo sobre a Basílica da Natividade e este aqui é focado em Jerônimo. Este doutor da Igreja jamais imaginaria sua importância para a história. Jerônimo foi o primeiro a traduzir a Bíblia inteira das línguas originais [hebraico e grego] para outro idioma, no caso, o latim. Jerônimo não foi um homem perfeito, tinha um temperamento agressivo, defendia algumas ideias erradas, mas era uma pessoa que amava Deus demais. Jerônimo deixou os prazeres da vida, para viver como pobre, se dedicando a estudar a Bíblia como poucos. Também amava as pessoas, dedicando sua vida também em receber as caravanas de peregrinos em Belém da Judeia. A Igreja de Santa Catarina em Belém faz parte do complexo da Basílica da Natividade. Debaixo desta igreja se encontra a gruta onde Jerônimo viveu por 34 anos. O grande teólogo é considerado um santo e um exemplo de vida.
Este livro é uma obra antiguíssima, datado de aproximadamente o ano 300 dC. E provavelmente escrito na Síria onde o cristianismo crescia de forma pujante nos primeiros séculos da Era Cristã. O livro também é uma obra pseudo-epígrafa porque tem a pretensão de ter sido escrita pelos apóstolos para orientar a igreja na sua administração. Todavia é um livro que tem grande valor histórico porque revela como era a igreja nos primeiros séculos. Vemos que algumas coisas são bem enfática naqueles dias como o fato que só havia dois cargos na igreja [bispo ou presbítero e diácono], que uma boa parte do dinheiro coletado na igreja era usado para sustentar as viúvas e se pagava salário para os dirigentes das igrejas. Havia grupos dissidentes com enfoque na guarda da Lei de Moisés. Outra coisa que vamos percebendo ao ler esta obra era a preocupação dos cristãos em viverem uma vida santa e não havia tanta preocupação com a teologia. Ainda que vemos conceitos teológicos claros como a triunidade de Deus e o inferno eterno para os condenados. Este livro Didascalia não deve ser confundido com o DIDAQUÊ, este último é a mais antiga literatura cristã, sendo datado do ano 100 dC e o Didascalia é do ano 300. O Didascalia contem muito mais conteúdo do que o Diddaquê. Mas ambos seguem o mesmo princípio de ideias. As viúvas são tratadas no Didascalia quase como um cargo eclesiástico. Vemos em Atos 6 que o cargo de diácono foi criado para cuidar das viúvas. O cuidado social da igreja primitiva aos seus membros era patente.
Eu tomei conhecimento do livro DIDÁTICA MAGNA quando estava fazendo licenciatura em História e tínhamos que adquirir conhecimentos sobre métodos de ensinos. Não adianta conhecer história e não ter métodos didáticos para transmitir estes conhecimentos aos alunos. Neste contexto conheci Comenius e fiquei encantado com este livro. Estamos falando de um livro de séculos atrás e que revolucionou a metodologia escolar. Imagine que a educação era algo somente destinada a poucas pessoas, em geral homens, ricos, e os privilegiados. Comenius ficaria famoso e lembrado para sempre como aquele educador que tinha como lema: “ensinar tudo, para todos.” Sua missão neste mundo foi fantástica: Ele entrou em contato com vários príncipes protestantes da Europa e passou a criar um novo modelo de escola que depois se alastrou para o mundo inteiro. Comenius é um orgulho do cristianismo, porque ele era um fervoroso pastor protestante da Morávia e sua missão principal era anunciar Jesus ao mundo e ele sabia que patrocinar a educação a todas as pessoas iria levar a humanidade a outro patamar. Quem estuda a história da educação, vai se defrontar com as ideias de Comenius e como nós chegamos no século XXI em que boa parte da humanidade sabe ler e escrever graças em parte a um trabalho feito por Comenius há vários séculos atrás. Até hoje sua influencia pedagógica é grande e eu tenho a honra de republicar seu livro DIDÁTICA MAGNA com comentários. Comenius ainda foi um dos líderes do movimento enciclopédico que tentava sintetizar todo o conhecimento humano em Enciclopédias. Hoje as enciclopédias é uma realidade.
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxCelso Napoleon
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
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Eu comecei a ter vida intelectual em 1985, vejam que coincidência, um ano após o título deste livro, e neste ano de 1985 me converti a Cristo e passei a estudar o comunismo e como os cristãos na União Soviética estavam sofrendo. Acompanhava tudo através de dois periódicos cristãos chamados: Missão Portas Abertas e “A voz dos mártires.” Neste contexto eu e o Eguinaldo Helio de Souza, que éramos novos convertidos tomamos conhecimento das obras de George Orwell, como a Revolução dos Bichos e este livro chamado “1984”. Ao longo dos últimos anos eu assino muitas obras como DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ e Eguinaldo Helio se tornou um conferencista e escritor reconhecido em todo território nacional por expor os perigos do Marxismo Cultural. Naquela época de 1985-88 eu tinha entre 15 a 17 anos e agora tenho 54 anos e o que aprendi lendo este livro naquela época se tornou tão enraizado em mim que sempre oriento as pessoas do meu círculo de amizade ou grupos de whatsapp que para entender política a primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ler estas duas obras de George Orwell. O comunismo, o socialismo e toda forma de tirania e dominação do Estado sobre o cidadão deve ser rejeitado desde cedo pelo cidadão que tem consciência política. Só lembrando que em 2011 foi criado no Brasil a Comissão da Verdade, para reescrever a história do período do terrorismo comunista no Brasil e ao concluir os estudos, a “Comissão da Verdade” colocou os heróis como vilões e os vilões como heróis.
Este livro contém três sermões de Charles Spurgeon que viveu no século XIX e é considerado um dos heróis do cristianismo, também chamado pelos seus admiradores em todo o mundo de PRÍNCIPE DOS PREGADORES ou O ULTIMO DOS PURITANOS. A vida de Charles Spurgeon é um exemplo de vida cristã e sua missão como pregador Batista fez com que seu nome fosse respeitado por todas as linhas de pensamento do cristianismo. Jesus Cristo é o nosso Salvador. Este é o tema central das pregações de Spurgeon. Nesta obra contém três sermões, são eles:
1 – Cristo e eu
2 – Perguntas e respostas desde a Cruz
3 – Boas vindas para todos que vem a Cristo
Estes sermões foram proferidos a cerca de 150 anos e quando você lê estas mensagens antigas, parece que você esta sentado em um banco, em uma igreja na Inglaterra e está ouvindo o Espírito Santo falando com você. Em CRISTO E EU vemos a necessidade de salvação, em PERGUNTAS E RESPOSTAS DESDE A CRUZ iremos entender porque Deus deixou Jesus sofrer na cruz. BOAS VINDA PARA TODOS QUE VEM A CRISTO é uma exposição clara que só podemos ser salvos por Jesus, esqueça outros deuses, santos, Maria, praticas de rituais ou boas obras. Seja sensato e venha a Cristo se quiser ser salvo.
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxCelso Napoleon
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
4. APRESENTAÇÃO
Para Celebrar a Páscoa – Meditação e Liturgia é um instrumento
litúrgicoparacelebraçãopessoal,familiarecomunitáriadaPáscoa.
São 29 liturgias para relembrar e celebrar a Páscoa cristã.
Nas palavras do pastor Elben César, “Não podemos descar-
tar nem a cruz nem a coroa; nem a desfiguração nem a transfi-
guração; nem as vestes tintas de sangue nem as vestes brancas
como a luz; nem a descida aos infernos nem a subida aos mais
altos céus; nem a Paixão nem a Páscoa; nem a humilhação nem
a exaltação. Na sexta-feira, Jesus é o Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo (Jo 1.29). No domingo, ele é o Leão da
tribo de Judá (Ap 5.5)”. É isso que o leitor vai encontrar ao
longo das meditações aqui reunidas, que envolvem a véspera
da morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
Com a publicação de Para Celebrar a Páscoa, do pastor
Ricardo Barbosa, a Editora Ultimato quer compartilhar com
a igreja brasileira a produção e contribuição dos seus autores
sobre temas importantes da fé cristã, bem como ajudar os cris-
tãos a entender melhor e vivenciar o conteúdo das Escrituras.
Os Editores
5. 5
Março, 23
O FERIDO DE DEUS
“Jesus Cristo, tua luta é nossa vitória, tua morte é nossa vida. Em
tuas algemas nasce nossa liberdade. Tua cruz é nosso consolo, tuas
feridas são nossa salvação, teu sangue é nosso resgate, a herança
dos pobres pecadores.”
Adam Thibesius, 1596-1652
Meditação
“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o
braço do Senhor? Porque foi subindo como renovo perante
ele e como raiz duma terra seca; não tinha aparência nem
formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos
agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os ho-
mens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como
um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado,
e dele não fizemos caso” (Is. 53:1-3).
Uma cena que frequentemente me choca é a de crianças
famintas do Sudão ou Etiópia. Pele grudada nos ossos, olhos
esbugalhados e sem expressão, moscas pousando no corpo
sem vida, força ou vontade. Geralmente mudo rapidamente
o canal da televisão ou viro a página da revista. Me deprime,
causa um profundo mal estar.
A cruz fez de Cristo uma pessoa rejeitada. A dor e o sofri-
mento causam o abandono e o desprezo. Os hospitais estão
cheios de doentes solitários, quanto mais grave sua doença,
maior a solidão. Não há beleza na cruz, nada que nos agrade,
que desperte nosso olhar ou admiração. Certamente passaría-
mos ao largo se a cruz se encontrasse em nosso caminho de volta
para casa, como evitamos um pedinte com feridas expostas.
6. 6
Somentequandovemosnossasprópriaschagasereconhecemos
que são elas que desfiguram o corpo de Jesus, é que o abraçamos
e, pela fé, o recebemos como o ferido de Deus que nos cura
de nossas enfermidades.
Como você reage diante da dor, do sofrimento, da injustiça?
Intercessão
Ore para que a igreja não fuja da realidade da dor e do sofri-
mento, que olhe para a cruz, não com compaixão e piedade,
mas com devoção e temor.
Hino
Pendurado no madeiro, ó Senhor pudeste assim
Destruir meu cativeiro e provar-me amor sem fim!
O teu sangue foi vertido, expiraste, ó meu Jesus!
E ficou por ti cumprido meu resgate sobre a cruz!
Nesse sangue que verteste, purifica-me, Senhor!
Foi por mim que tu morreste; sê propício ao pecador!
Sê propício ao condenado a lutar, na escuridão
Deste abismo do pecado, sob a dor da maldição!
Oração
Pai querido, temos medo da dor, do sofrimento e da morte. Não gostamos
de enfrentá-los, muito menos aceitá-los. Fugimos da miséria e da fome,
rapidamente nos esquecemos dos enfermos e enlutados, nos afastamos
das pessoas endividadas e problemáticas. Livra-nos da ilusão, da fantasia
e da mentira. Leva-nos de volta à cruz, permita que contemplemos seu
Filho sem desprezá-lo, sem esconder dele nosso rosto e leva-nos a acolher
os desprezados do nosso caminho. Amém.
7. 7
Março, 24
PAZ COM DEUS
“Senhor Jesus Cristo, que vieste ao mundo para salvar os perdidos,
que deixaste as noventa e nove ovelhas no deserto para buscar a que
se havia perdido: busca-me no labirinto do erro em que me perdi. Ó
Bom Pastor, dá que eu reconheça a tua voz e que lhe obedeça!”
Sören Kierkegaard, filósofo dinamarquês
Meditação
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades
e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por
aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado
pelasnossastransgressõesemoídopelasnossasiniquida-
des; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas
suas pisaduras fomos sarados” (Is. 53:4 e 5).
Foram as nossas transgressões, pecados e iniquidades que moe-
ram e feriram a Cristo. Não porque as impomos sobre ele, mas
porque ele resolveu tomá-las para si. A cruz nunca fará nenhum
sentido se não nos vermos nela. Cristo não é o culpado, nós
o somos; as feridas que ele carrega não são suas, mas nossas; o
pecado que atrai sobre ele a justa ira de Deus não é seu, mas
nosso. Deus o feriu por causa de nossas transgressões.
Hoje temos paz. Paz com Deus porque fomos reconciliados
com ele pela morte do seu Filho; já não pesa sobre nós nenhu-
ma condenação porque Cristo assumiu nossa culpa. Paz entre
os homens porque a cruz coloca todos nós debaixo de um só
veredito e de uma só graça. Paz e cura são as dádivas da cruz.
Você reconhece que foram suas transgressões e iniquidades
que moeram e feriram a Cristo? Reflita sobre as implicações
desta afirmação na sua vida e relacionamentos.
8. 8
Intercessão
Permaneça alguns instantes em silêncio contemplando a cruz
de Cristo e o seu pecado. Ore para que tenhamos um coração
mais humilde e contrito.
Hino
Como agradecer, pelo bem que tens feito a mim,
Que vem demonstrar quanto amor tu tens ó Deus por mim.
As vozes de milhões de anjos, não poderiam expressar
A gratidão, do meu pequeno ser, que só pertence a ti.
A Deus, demos glória (3 X)
Que por nós tanto fez.
Foi na cruz, que salvou-me.
Seu poder, restaurou-me.
A Deus, demos glória, que por nós tanto fez.
Quero viver, aqui, para adorar-te meu Senhor.
E, se surgir um louvor, ao Calvário seja sim.
Foi na cruz que salvou-me, seu poder restaurou-me.
A Deus demos glória, que por nós tanto fez.
Oração
Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de nós, pecadores. Permita que
ao olharmos tua cruz, olhemos para o nosso pecado. Não nos deixe ter
pena de ti, mas leva-nos a experimentar o poder transformador que tuas
feridas têm sobre nossas feridas; cure-nos da arrogância, da soberba e
da indiferença. Queremos a paz que vem do sacrifício da cruz. Amém.
9. 9
Março, 25
UNIDADE E PAZ
Senhor, livra-me de todo falso temor, de altivez e de impaciência.
Dirige minha mente para ti e para a cruz de Cristo, sinal de tua graça.
Se hoje alguém me ofender ou machucar, dá que lhe perdoe de
coração e dá a ele que, antes de terminar o dia, venha a arrepender-
se em tua presença e assim ter paz.”
Annette von Droste Hülshoff
Meditação
“Todosnósandávamosdesgarradoscomoovelhas;cadaum
se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos” (Is. 53:6).
É comum o ser humano achar que a paz e a unidade são fruto
do esforço comum dos homens em promovê-la. Basta termos
algo em comum e nos empenharmos por ele que alcançaremos
a paz e a unidade. No entanto, para o profeta Isaías, tanto um
como outro só nos é possível através da cruz. É nela que nos
identificamos, que nos vemos como realmente somos. Sem a
cruz somos como ovelhas desgarradas, autônomas, solitárias
e rebeldes.
Na cruz nos encontramos com nosso pecado, ódio, indi-
ferença e rebeldia. Olhamos para Cristo e vemos quão longe
estamos, quão solitários somos. Ao receber nossas iniquidades,
ele nos recebe, nos faz irmãos e irmãs, cria a paz e promove a
unidade. Sem a cruz, permaneceremos sozinhos, lutando uns
com os outros, buscando em nós mesmos um significado, um
motivo para a paz, uma razão para ser. Através da cruz nos en-
contramos, experimentamos juntos o perdão, acolhemos com
10. 10
gratidão a graça de Deus, provamos a comunhão e gozamos
juntos a unidade e a paz.
Você é uma ovelha desgarrada, andando pelo seu próprio
caminho, ou faz parte da comunidade de ovelhas do Senhor?
Intercessão
Ore para que a cruz se erga entre os homens e traga de volta as ove-
lhasdeCristoqueencontram-sedesviadasporcaminhosdemorte.
Hino
Um só rebanho, um só pastor,
Uma só fé em um só Salvador.
É teu amor que nos une aqui,
E num só espírito adoramos a ti (repete).
Um só rebanho, um só pastor,
Fruto ó Senhor deste teu grande amor.
Só nos gloriamos na tua cruz,
Louvado sejas bendito Jesus (repete).
Um só rebanho, um só pastor,
Sim esperamos por ti ó Senhor.
É face a face que vamos ver,
Quem nos amou e por nós quis morrer (repete).
Oração
Senhor, somos ovelhas desgarradas, solitárias e confusas. Cada um de
nós busca seu próprio caminho, realização e significado. Não temos
amigos, comunidades, mestres ou pastores. Temos nos tornado egoístas,
orgulhosos e auto-suficientes. Livra-nos da nossa iniquidade, leva-nos
de volta ao curral do teu rebanho e faze-nos experimentar a alegria
de caminhar junto com teus filhos. Amém.
11. 11
Março, 26
PROTESTO SILENCIOSO
“Senhor, mesmo que nos dês a beber o cálice amargo do sofrimento,
cheio até as bordas, nós o aceitamos gratos e sem tremer, pois ele
vem de tuas mãos boas e amadas.”
Dietrich Bonhoeffer, 1906-1945, teólogo alemão,
assassinado pelo governo nazista.
Meditação
“Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como
cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda
peranteosseustosquiadores,elenãoabriuaboca”(Is.53:7).
Diante da humilhação, opressão e sofrimento aprendemos a
protestar. Não aceitamos. A Declaração Universal dos Direitos
Humanos nos garante proteção contra os abusos e maus tratos.
No entanto, diante da humilhação e opressão, Jesus não abriu
a boca. Como ovelha muda ele é colocado diante dos seus
torturadores. Sendo ele justo e santo, por que não protestou?
Por que não reagiu às agressões e morte humilhante imposta
pelos opressores?
Mas Jesus protestou. Protestou contra o perigo das riquezas,
contra a arrogância dos poderosos, contra a hipocrisia dos
religiosos. Colocou-se ao lado dos pobres, fracos e oprimidos.
O ministério de Cristo foi de protesto. Porém, diante do seu
sofrimento, ele não abriu a boca. Ali, seu protesto foi o amor
incondicional com o qual amou os homens, sua opção pela
salvação, sua oferta perfeita de obediência ao Pai, sua entrega
voluntária, sua renúncia ao poder. O silêncio da cruz de Cristo
foi o grito mais poderoso do seu protesto.
12. 12
Como você reage diante dos abusos e injustiças que há no
mundo? E como você reage aos abusos e maldades que você
mesmo sofre?
Intercessão
Nossa oração hoje será de confissão. Pela nossa omissão, co-
vardia e silêncio. Confissão também por falarmos demais, por
não assumirmos a cruz como o caminho cristão do protesto.
Hino
Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo;
Com seu poder defende os seus em todo o transe agudo.
Com fúria pertinaz persegue Satanás, com ânimo cruel;
Astuto e mui rebel, igual não há na terra.
A força do homem nada faz, sozinho está perdido;
Mas nosso Deus socorro traz, em seu Filho escolhido.
Sabeis quem é? Jesus, o que venceu na cruz, Senhor dos altos céus;
E, sendo o próprio Deus, triunfa na batalha.
Se nos quisessem devorar demônios não contados,
Não poderiam dominar, nem ver-nos assustados.
O príncipe do mal, com seu plano infernal, já condenado está;
Vencido cairá por uma só palavra.
De Deus o verbo ficará, sabemos com certeza,
E nada nos perturbará, com Cristo por defesa.
Se temos de perder família, bens, prazer, se tudo se acabar
E a morte nos chegar, com ele, reinaremos!
13. 13
Oração
O Senhor muitas vezes nos confunde. Fala onde normalmente nos
silenciamos e silencia onde normalmente falamos. Preocupa-se com a
justiça do outro, sua opressão e miséria; e se entrega mudo aos seus
opressores. Escolhe a via da não onipotência, da não violência para
lutar contra os poderosos e violentos. Senhor, temos ainda muito que
aprender, muito que renunciar e muito que protestar. Dá-nos coragem
Senhor, em teu nome, amém.
14. 14
Março, 27
O SENTIMENTO DE CRISTO
“Senhor de meus dias: Arranca de meu peito a serpente da ambição
pelo poder, que é a fonte de tantos instintos maus. Dá que eu
reconheça meus próprios pecados, assim que jamais condene um
irmão. Que assim o espírito da humildade, da paciência e do amor,
sim, da castidade, sempre avive e alimente meu coração.”
Alexander Puschkin, 1799-1837, escritor russo
Meditação
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não
julgoucomousurpaçãooserigualaDeus;antes,asimesmo
se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em
semelhançadehomens;e,reconhecidoemfigurahumana,a
simesmosehumilhou,tornando-seobedienteatéàmortee
mortedecruz.PeloquetambémDeusoexaltousobremanei-
ra e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que
aonomedeJesussedobretodoojoelho,noscéus,naterrae
debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo
é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fl. 2:1-5).
O apóstolo Paulo nos convida para compartilharmos de um
sentimento, de uma disposição de coração. Um sentimento de
entrega absoluta e incondicional, de renúncia e esvaziamento,
humildade e coragem. O amor exige este sentimento. Para
amar Deus escolhe a via da não-onipotência, da humilhação e
da obediência. O autor de Hebreus nos diz que a salvação veio
até nós pela obediência de um homem.
O sentimento de Cristo é a escolha do amor. É este o senti-
mento que deve também existir em nós. Escolher a via do amor
exigirá o esvaziamento, a renúncia, a obediência. A exaltação
de Cristo é a glorificação desta escolha.
15. 15
Quais são os sentimentos que definem sua relação com o
mundo e os homens? São sentimentos de domínio, controle,
poder, indiferença, ou sentimentos de amor, renúnicia, entrega
e obediência?
Intercessão
Ore para que sejamos mais semelhantes a Cristo, mais pareci-
dos com ele em nossos sentimentos, afetos e relacionamentos.
Hino
Espírito, Espírito, Espírito Santo de Deus (repete)
Vem transformar todo meu ser,
Vem dirigir o meu viver,
O meu pensar, o meu falar, o meu sentir, o meu agir.
Espírito, Espírito Santo de Deus.
Oração
Dá-nos Senhor, um coração parecido com o teu, vazio de ambições
inúteis, de vaidades fúteis, da busca por poder e glória, das mágoas
adoecidas, dos desejos de vingança, dos ódios, ressentimentos e indi-
ferenças. Dá-nos um coração cheio de alegria e paz, que promove a
justiça e a reconciliação, que ama sem falsidade, que busca a verdade
e deseja somente a glória do teu nome. Que sejamos mais parecidos
com o teu Filho amado, Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
16. 16
Março, 28
AINDA NÃO…
“Senhor, não é minha oração, não são minhas lágrimas, não é minha
ação nem meu sofrimento, não é minha luta nem minha esperança
que me salvam. É tua graça, nada mais.”
Eva von Thiele-Winkler, século 19
Meditação
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato
de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”
(Rm. 5:8).
Eu gosto quando o apóstolo Paulo usa o advérbio “ainda”. Fala
de alguma coisa não concluída, incompleta, em formação. Deus
vem a nós quando ainda não somos. Ainda não somos os ho-
mens e mulheres que deveríamos ser, ainda não amamos como
deveríamos amar, ainda não somos os amigos que gostaríamos
de ser, ainda não somos honestos, verdadeiros, sinceros… ainda
não… Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores,
e sua morte continua demonstrando seu amor a nós que ainda
continuamos pecando.
O “ainda não” fará sempre parte da nossa experiência
espiritual, da nossa necessidade de salvação, da nossa vida
comunitária. O amor de Deus é manifestado a nós enquando
ainda lutamos com nossas limitações, finitudes e pecados. Pre-
cisamos também aprender a usar este advérbio e demonstrar
nosso amor àqueles que também “ainda não” chegaram a ser.
A igreja é uma comunidade que ainda aguarda a plena salvação.
Você tem tido para com os outros a mesma paciência que
Deus tem com você?
17. 17
Intercessão
Reconheça que ainda não chegou a ser o que Deus espera de
você e ore para que seu amor para com os que ainda também
não são seja mediado pela graça manifestada na cruz de Cristo.
Hino
Por amor, Deus se revelou, homem se tornou,
neste mundo andou.
Por amor, ele aqui desceu, e aqui viveu com o pecador.
Por amor, na história Cristo andou,
e foi seu amor que nos libertou.
Por amor, numa cruz morreu, prá salvar alguém como eu.
Este amor, que Deus enviou, já me alcançou,
já me transformou.
O Senhor, que se deu por mim, sobre a cruz ficou,
só porque me amou.
Tanto amor, não existe outro igual, no seu grande amor,
tenho paz real.
Deus é o amor que do céu desceu, prá salvar alguém como eu.
Oração
É bom saber que provas teu amor vindo a nós quando o pecado
ainda faz parte de nossa vida, que não esperas de nós a perfeição, a
pureza, para nos amar; que nos amas assim como somos, pecadores e
imperfeitos. Somente um amor assim nos dá forças para lutar contra
o pecado, para confessá-lo e seguir no caminho da fé, aprendendo,
ouvindo, provando e crescendo. Amém.
18. 18
Março, 29
A REVELAÇÃO DO CARÁTER
“Nós, homens altivos, não passamos de pobres pecadores, limitados
e ignorantes; construindo castelos no ar e empregando mil artes e
artimanhas, mais e mais nos afastamos de nosso alvo. Senhor, dá
que olhemos para a tua salvação. Não permitas que nos apeguemos
ao que é passageiro e que nos entreguemos à vaidade. Dá que em
simplicidade vivamos a nossa vida, crentes e alegres, assim como as
crianças fazem.”
Matthias Claudius, 1740-1815, poeta alemão
Meditação
“Certamente,apalavradacruzéloucuraparaosqueseper-
dem,masparanós,quesomossalvos,poderdeDeus”(ICo.1:18).
A loucura da cruz é que ela expõe a vergonha do mundo. Re-
vela o que há de pior nas pessoas. Revelou a traição de Judas,
a covardia de Pedro, o medo dos discípulos, a hipocrisia dos
sacerdotes, a irresponsabilidade de Pilatos, a fé egoísta e inte-
resseira de um dos ladrões, a disputa cínica dos soldados. Foi
a cruz que expôs a corrupção do poder, a injustiça dos sistemas
políticos, a falsidade dos interesses religiosos. É por isso que
Paulo afirma que “certamente”, sem sombra de dúvidas, a
palavra da cruz é loucura para os que se perdem. Ela denuncia
a loucura humana.
Por outro lado ela é também o poder de Deus, revela o que
há de melhor nas pessoas. Revelou o melhor do outro ladrão,
cuja fé humilde e sincera, o conduziu à salvação; o melhor
de Simão, o cirineu, que carregou sobre si a pesada cruz do
Senhor; o melhor de José de Arimatéia que tirou Jesus da cruz,
envolveu-o num lençol de linho e o sepultou.
19. 19
A cruz sempre revelou o melhor e o pior nas pessoas. Para
uns, é loucura, denuncia a perdição; para outros é o poder de
Deus, demonstra a salvação.
Quando você se vê diante da cruz de Cristo, o que é que
ela revela sobre sua vida?
Intercessão
Ore para que a cruz seja o único instrumento revelador do nos-
so caráter, que tenhamos coragem de olhar para ela e conhecer
o que há de bom e ruim em nós.
Hino
Tu, que sobre amarga cruz, revelaste teu amor;
Tu que vives ó Jesus! Vivifica-nos,Senhor!
Vem! Oh vem, Jesus, Senhor, nossas almas despertar!
Com teu santo e puro amor, Vem, Senhor! Vem inflamar!
Oh vem! Oh vem nossas almas inflamar.
Vem agora consumir tudo quanto, ó Salvador,
Quer, altivo, resistir ao teu brando e doce amor!
Oração
Senhor, tenho buscado noutros espelhos conhecer minha face. Alguns
mostram imagens que gosto de ver, alimentam meu ego e vaidade, ou-
tros mostram aquilo que me assusta e logo me afasto. Ambos mostram
imagens imperfeitas, corrompidas e maculadas. Imagens de homens. Só
o Senhor é a imagem perfeita, o homem completo, aquele de quem fui
criado imagem e semelhança. Somente o Senhor pode refazer minha
imagem corrompida e perdida. Amém.
20. 20
Março, 30
A MENSAGEM DA CRUZ
“Para quem eu clamaria, Senhor, a não ser para ti? Nada a não ser
Deus poderá satisfazer minha esperança. Só tu foste capaz de criar
a minha alma. Só tu és capaz de recriá-la, imprimindo nela a imagem
de teu santo Filho, meu Salvador.”
Blaise Pascal
Meditação
“Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos bus-
cam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, es-
cândaloparaosjudeus,loucuraparaosgentios;masparaos
que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos
a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (I Co. 1:22-24).
Sinais, conhecimento, fenômenos, poderes, magia. Os ho-
mens sempre foram fascinados por algo maior que eles, mais
extraordinário, fenomenal. Sua busca não tem limites. Mas
os sinais acabam exigindo outros maiores, mais poderosos; o
conhecimento, da mesma forma, nunca se dá por satisfeito. São
como drogas, a dose seguinte é sempre maior que a anterior.
A espiritualidade de muitos é assim. Buscam sinais, sabedoria,
poderes, e encontram-se sempre vazios, ansiosos, esperando a
próxima dose. Drogados espirituais.
Cristo crucificado é tudo o que precisamos. Paulo optou
por uma mensagem, ignorou as exigências de gregos e judeus.
Ele sabia que Cristo, sua morte e ressurreição, é o que a alma
humana necessita, nada mais. Tudo o mais deve sujeitar-se à
cruz, render-se ao seu poder e glória, aceitar sua primazia na
redenção. Mas a cruz é loucura, escândalo, vergonha. Não
21. 21
fascina como os sinais, nem seduz como a sabedoria. A cruz
é sofrimento, renúncia, entrega e dor. Mas para aqueles que
reconhecem nela o triunfo do amor, ela se transforma no poder
e sabedoria de Deus.
Em que se baseia a sua espiritualidade? Na cruz e sua men-
sagem, ou nas experiências, sinais e conhecimento?
Intercessão
Interceda hoje para que a mensagem da igreja continue cen-
trada na cruz, que pastores e líderes não sejam seduzidos pelas
exigências dos gregos e judeus dos nossos dias.
Hino
Rude cruz se erigiu, dela o dia fugiu,
como emblema de vergonha e dor.
Mas eu amo esta cruz, porque nela Jesus,
deu a vida por mim pecador.
Sim eu amo a mensagem da cruz,
‘té morrer eu a vou proclamar.
Levarei eu também minha cruz, ‘té por uma coroa trocar.
Desde a glória dos céus, o Cordeiro de Deus,
ao Calvário humilhante baixou.
Esta cruz tem prá mim, atrativos sem fim,
porque nela ele me resgatou.
Nessa cruz padeceu, e por mim já morreu,
meu Jesus para dar-me o perdão.
Eu me alegro na cruz, dela vem graça e luz,
para minha santificação.
22. 22
Eu aqui com Jesus, a vergonha da cruz,
quero sempre levar e sofrer
Ele vem me buscar, e com ele no lar,
uma parte da glória hei de ter.
Oração
Senhor, sempre fugimos da cruz. Preferimos os raios e trovões que ela
provoca do que ela mesma, a agitação e tumulto em volta dela, do
que olhar para ela. Talvez seja por isto que muitos de nós não temos
experimentado o poder da salvação, porque ao invés da cruz, buscamos
seus sinais. Faça de nós uma igreja de poder, não por seus sinais, mas
pela cruz que ela carrega, a cruz de Jesus Cristo. Amém.
23. 23
Março, 31
ANSIEDADE E FUTURO
“Senhor, junto a ti estou seguro. Quando tu me seguras, nada tenho
a temer. Pouco sei do futuro, mas confio em ti. Dá-me o que for bom
para mim. Tira de mim o que me poderá prejudicar. Ao surgirem
preocupações e aflições, ajuda-me a carregá-las. Dá que te conheça,
que creia em ti e que te sirva.”
John Henry Newman, 1801-1890, cardeal inglês
Meditação
“Sabendo, pois, Jesus todas as cousas que sobre ele haviam
de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: a quem buscais? Res-
ponderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse:
Sou eu” (Jo. 18:4 e 5a).
Jesus sabia o que estava para acontecer. Sabia do seu sofrimento,
vergonha, dor e morte. E, mesmo diante de um quadro assim,
ele adianta o futuro, vai ao seu encontro, não teme a morte. É
um gesto de extrema coragem e segurança. Sabe o que vem pela
frente e, mesmo sabendo, antecipa-o e o enfrenta. Assim era o
futuro para Jesus, descortinado, aberto, claro. Na verdade, o
futuro lhe pertencia, não estava entregue às forças do caos, nem
o via como um inimigo que precisava ser desarmado e rendido.
O futuro sempre nos apavora, cria sensações de medo e
desconfiança. Muitos usam as religiões para saber o futuro,
encontrar formas de driblá-lo, mudá-lo, domesticá-lo. Buscam
videntes, profetas, magos e bruxos. Jesus apenas o recebe como
parte de sua vida, dos planos e propósitos amorosos do Pai. Se
é a ele que buscam, ele se adianta, oferece-se, entrega-se. Não
teme os soldados, a prisão, a cruz. O futuro não pertence aos
24. 24
guardas, nem a Pilatos e muito menos aos sacerdotes. Sempre
pertenceu ao Pai e ao cumprimento dos seus propósitos.
Como você recebe seu futuro? Descansa e aguarda a reve-
lação de Deus ou é tomado por ansiedade e procura formas
de controlá-lo?
Intercessão
Lembre hoje das suas ansiedades, medos e temores quanto
ao dia de amanhã. Entregue-os em oração ao Pai e procure
descansar, confiadamente, na certeza do seu amor e cuidado.
Hino
Oh! que prazer, é descansar na força do teu braço,
É te escutar em tudo que eu faço,
É perceber que estás comigo aqui.
Oh! que prazer, é ser o templo do Espírito Santo,
É te adorar com salmos e com cantos,
Ouvir tua voz, provar do teu poder.
Oh! que prazer, é descobrir que andas ao meu lado,
Sentir Jesus em toda caminhada,
Mostransdo sempre a direção do céu (repete toda a estrofe).
Oração
Pai, são muitas as ansiedades que tumultuam minha alma. Medos,
alguns infundados, outros fruto das previsões trágicas dos profetas do
pavor. Mas hoje quero acolher o futuro como dádiva tua, recebê-lo
sem temor, sabendo que ele a ti pertence e que nas tuas mãos posso
repousar tranquilo. Amém.
25. 25
Abril, 1
ORAÇÃO E MISSÃO
“Senhor, ouve todos que a ti clamam das profundezas de seu sofrer.
Guarda-os de todo caminho mau e guia-os por teu caminho eterno.
Dá que ergam os seus olhos a Jesus, o Autor e Consumador de sua
fé. Ajuda-os e ajuda a todos nós a seguir aquele que através do seu
sofrimento cumpriu a vontade de Deus.”
William Penn, 1644-1718
Meditação
“Agora está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai,
salva-medestahora?Masprecisamentecomestepropósito
vim para esta hora. Pai, glorifica o teu nome. Eu já o glorifi-
quei e ainda o glorificarei” (Jo. 12:27 e 28).
A hora do sofrimento se aproxima. Jesus já se encontra em
Jerusalém, última etapa de sua peregrinação. Angústia toma
conta de sua alma, é um momento em que precisa orar, deseja
orar. Mas o que pedir? O que suplicar ao Pai numa hora des-
tas? Talvez, o mais comum, o mais natural, seria pedir o que
todos pediriam: Salva-me desta hora, livra-me desta angústia,
socorre-me em minha aflição. Esta, sem dúvida, seria a oração
de qualquer um de nós, a súplica de qualquer alma angustiada,
e Deus certamente a ouviria e viria nos consolar.
Mas Jesus não separa sua oração de sua missão. Foi para
aquele momento, hora e propósito que havia vindo, a cruz fazia
parte de sua vida e vocação. Em sua oração, Jesus preocupa-se
com o Pai, com sua glória, sua vontade. O objeto da oração de
Jesus não são suas angústias ou necessidades pessoais, mas Deus
e seu propósito redentor. Ele ora: “Pai, glorifica o teu nome” e
26. 26
ouve mais uma vez a voz do céu dizendo: “Eu já o glorifiquei e
ainda o glorificarei”. A oração cumpriu seu papel.
Quem é o objeto mais comum de suas orações: Você e suas
necessidades, ou Deus e sua glória?
Intercessão
Que aprendamos a colocar Deus e sua glória como objeto de
nossa oração, nem que para isto seja necessário enfrentar a
dor e o sofrimento.
Hino
Como tu queres, Senhor sou teu.
Tu és o oleiro, barro sou eu.
Quebra e transforma, até que enfim,
Tua vontade, se cumpra em mim.
Oração
Senhor, ensina-me a orar, porque não sei. Minhas orações nascem do
meu pecado, egoísmo, medo e insegurança. Não sei o que pedir a ti.
Facilmente sou tentado a torná-lo meu servo e não eu em teu servo, a
suplicar que faças a minha vontade e não eu a tua, a buscar a minha
glória e contar as vantagens do teu poder, e não a tua glória e testemu-
nhar a tua salvação. Ensina-me a orar como teu Filho orou. Amém.
27. 27
Abril, 2
IDENTIDADE E DIGNIDADE
“Senhor, abrigo-me em tua paz, no viver como no morrer. Sei que meu
Salvador morreu por mim para dar-me participação em sua vitória.”
Clemens Bretano, 1778-1842
Meditação
“O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu sai-
ba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as
manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os
eruditos. O Senhor Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui
rebelde,nãomeretraí.Ofereciascostasaosquemeferiam,
e as faces aos que me arrancavam os cabelos; não escondi
o rosto aos que me afrontavam e cuspiam. Porque o Senhor
Deus me ajudou, pelo que não me senti envergonhado; por
isso, fiz o meu rosto como um seixo e sei que não serei en-
vergonhado. Perto está o que me justifica; quem conten-
derá comigo? Apresentemo-nos juntamente; quem é o meu
adversário? Chegue-se para mim. Eis que o Senhor Deus me
ajuda;quemháquemecondene?Eisquetodoseles,comoum
vestido, serão consumidos, e a traça os comerá” (Is. 50:4-9).
Os “Poemas do Servo Sofredor” de Isaías descrevem a natureza
do ministério de Cristo e, de forma crescente, o seu sofrimento.
Traição, abandono, humilhação, agressão e afrontas de toda
espécie fariam parte da vocação pastoral de Jesus. Ele sabia que
quem ama e entrega-se servindo aos outros, certamente sofrerá;
e quem sofre por causa disto corre o grave risco de perder sua
dignidade, sua identidade.
No entanto, a dignidade e identidade de Jesus nunca estive-
ram na aprovação ou rejeição de sua vocação; foi Deus quem o
sustentou, ajudou, justificou e aprovou. Não foram os homens
com seus critérios de avaliação que determinaram o sucesso ou
28. 28
não do seu ministério; foi Deus que o abençoou. Diante da
segurança e aprovação que o Pai lhe conferia, ele convida para
perto de si seus adversários, não esconde o rosto de quem cospe e
oferece as costas aos seus algozes. Ele é livre para amar e morrer.
O que é que define sua identidade? São as pessoas e a apro-
vação delas ou Deus com seu amor e propósito?
Intercessão
Lembre hoje dos cristãos que sofrem por causa de sua fé e
testemunho. Que Deus, e não o sucesso, dinheiro, segurança
ou prestígio, sustente sua fé e confiança.
Hino
Que segurança! Tenho em Jesus,
pois nele gozo paz, vida e luz!
Com Cristo herdeiro, Deus me aceitou,
mediante o Filho que me salvou.
Conto esta história, cantando assim:
Na cruz foi Cristo morto por mim!
Conto esta história, cantando assim:
Na cruz foi Cristo morto por mim!
Inteiramente me submeti;
plena alegria nele senti.
Anjos descendo trazem dos céus
provas da graça que vem de Deus.
Firmado em Cristo, no seu amor,
estou contente em meu Salvador;
Esperançoso, hei de viver,
por Jesus Cristo, por seu poder.
29. 29
Oração
Pai, não permita que minha segurança esteja em alguma outra coisa
que não seja em ti. Torna-me um homem livre dos medos, afrontas e
ameaças. Que minha esperança repouse na certeza de que é o Senhor
quem me julga, aprova, consola e justifica. Amém.
30. 30
Abril, 3
ORAÇÃO E SUBMISSÃO
“Cristo fiel, faze-nos seguir a ti, homens fracos que somos. Dá-nos
um espírito corajoso e pronto para obedecer, um coração sem temor,
munido de fé verdadeira e esperança firme. E se formos fracos, que
tua graça nos abra caminho.”
Jan Hus, 1369-1415, reformador e mártir tcheco
Meditação
“Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse: Orai, para
que não entreis em tentação. Ele, por sua vez, se afastou,
cerca de um tiro de pedra, e, de joelhos, orava, dizendo. Pai,
se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a
minha vontade, e sim a tua” (Lc. 22:40-42).
A cruz revela a natureza da relação de Jesus com o Pai. É no
momento de sofrimento, agonia e angústia que mostramos os
alicerces da nossa fé, os fundamentos das nossas relações. A
confiançadeJesusnoamorecuidadosdoPaiolevaaentregar-se sem
reservas: “não se faça a minha vontade, e sim a tua”. Negar a
sua vontade e optar pela do Pai não era, como muitos pensam,
um ato doloroso de renúncia, mas uma resposta de amor. Ele
sabia que o Pai o amava, que tinha para ele os mais belos e
perfeitos propósitos.
Muitos em suas orações demonstram uma enorme descon-
fiança de Deus, oram com uma sensação de que Deus acalenta
os mais perversos e mesquinhos planos para nós. Tentam impor
sobre ele sua vontade, tratam-no com suspeitas e chantagens.
Aceitar a sua vontade e negar a nossa parece um péssimo
negócio, uma troca absurda. Muitos livros sugerem que orar
31. 31
dizendo: faça-se a tua vontade, e não a minha, é falta de fé,
de ousadia. Temos que impor nossa vontade, reclamar nossos
direitos, exigir providências divinas, reivindicar bençãos. Jesus
não pensava assim. Para ele, fé é sujeitar-se, obedecer, aceitar.
Reconhecer que o Pai nos ama e seus planos são plenos de
propósitos de vida e paz.
Quais os sentimentos que você tem em relação à vontade
de Deus? Porque renunciar a sua vontade para aceitar a dele
é tão difícil?
Intercessão
Ore por um coração submisso, uma disposição da vontade para
aceitar os planos e propósitos de Deus.
Hino
Eu quero ser, Senhor amado!
Como um vaso nas mãos do oleiro.
Quebra a minha vida, e faze-a de novo.
Eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo.
Oração
Senhor, somos pessoas desconfiadas, já sofremos muitos abusos, fomos
vítimas de promessas não cumpridas, de pessoas autoritárias que
impuseram sobre nós seus desejos e vontades perversos. Temos medo
de nos submeter, de renunciar, de aceitar uma outra vontade que não
seja a nossa. Quebranta-nos Senhor, dá-nos um coração que aceite e
reconheça teu perfeito amor por nós. Amém.
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Abril, 4
A GRAÇA DO PERDÃO
“Senhor, dá que eu consiga perdoar de coração os que me odeiam.
Perdoa também a mim e cria em mim uma vida regenerada. A todo
momento tua palavra me seja alimento, nutra minha alma e me dê
condições de resistir em situações que poderiam separar-me de ti.”
Johann Agricola
Meditação
“Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o cru-
cificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro
à esquerda. Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque
não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele,
lançaram sortes” (Lc. 23:33 e 34).
Imagine um desses soldados que crucificou Jesus, que martelou
os pregos, ajudou a levantar a cruz, disputou num possível jogo
de dados suas vestes, deu vinagre em vez de água, riu, blasfemou,
divertiu. Semanas, meses, quem sabe anos mais tarde viesse a
converter-se e lembrar de que aquele a quem todas estas bar-
baridades foram feitas, era o Salvador, o Filho de Deus? Jamais
se perdoaria, seria condenado a viver pelo resto dos seus dias
a culpa do crime mais vergonhoso e desumano.
Mas Jesus antecipa o perdão. Antes mesmo de os soldados
reconhecerem-no e confessá-lo, Jesus oferece o perdão. Isto é
pura graça. Não é nosso arrependimento ou confissão que faz
surgir no coração divino o perdão e a graça; pelo contrário,
é a graça e o perdão divino que fazem brotar em nós o arre-
pendimento e a confissão. Jesus antecipa o perdão, o oferece
antes, quando ainda não sabemos, nem temos consciência do
33. 33
nosso pecado. Se um daqueles soldados viesse a converter-se,
ouviria, no momento de sua culpa e confissão, a voz de Jesus
dizendo: “Já o perdoei; antes que você conhecesse seu pecado,
já o havia perdoado”. Isto é graça.
Quais são as implicações do perdão de Deus nas nossas
relações humanas?
Intercessão
Lembre hoje das pessoas e acontecimentos que lhe magoaram
e feriram, e ofereça, em oração, o perdão de Deus em Cristo a
elas. O mesmo perdão com o qual você foi perdoado.
Hino
Se sofrimentos te causei, Senhor!
Se ao meu exemplo o fraco tropeçou,
Se em teus caminhos eu não quis andar.Perdão, Senhor.
Se vão e fútil foi o meu falar,
Se ao meu irmão não demonstrei amor,
Se ao sofredor não estendi a mão. Perdão, Senhor.
Se indiferente foi o meu viver,
Tranquilo e calmo sem lutar por ti,
Devendo estar bem firme no labor. Perdão, Senhor.
Escuta ó Deus a minha aoração,
E vem livrar-me de incertezas mil,
Transforma a minha vida entregue a ti. Amém, Senhor.
34. 34
Oração
Senhor, eu não tenho nenhum perdão meu para oferecer aos que me
ofenderam. Tudo o que posso lhes oferecer é uma tentativa de esquecer,
ser indiferente, esforçar-me para ser mais simpático, cordial. Mas o
Senhor tem perdão para oferecer, o mesmo perdão que me salvou e
redimiu. Que seja o teu perdão, não o meu, que eu estenda aos que
me ofenderam. Somente assim continuaremos irmãos, filhos do mesmo
Pai. Amém.
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Abril, 5
MULHER, EIS AÍ O TEU FILHO
“Senhor Deus misericordioso, tu és a paz, a concórdia, a pureza, a
bondade. Tu és o Pai e Senhor de todos os que alimentam pensamentos
de paz. Dá-nos humildade, esperança e firmeza na fé. Dá que lidemos
uns com os outros em amor, já que o amor é o cumprimento da lei; que
sejamos filhos da paz e da concórdia, dignos das bem-aventuranças de
teu Filho; que sejamos sal da terra e luz do mundo.”
Cirilo de Jerusalém, 315-386, bispo cristão
Meditação
“EjuntoàcruzestavamamãedeJesus,eairmãdela,eMaria,
mulher de Cléopas, e Maria Madalena. Vendo Jesus sua mãe
e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí o teu
filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora
em diante, o discípulo a tomou para casa” (Jo. 19:25-27).
A cruz cria novos vínculos, estabelece novos relacionamentos,
amplia o horizonte dos nossos afetos. Pendurado na cruz, Jesus
olha para sua mãe, João e outras mulheres que ali estavam, e
percebe na tristeza deles a complexidade das relações da vida.
Propõe uma nova comunidade. João ganha uma mãe e Maria
um Filho. A cruz rompe com as fronteiras que a cultura, a po-
lítica, a economia ou mesmo a genética cria entre os homens,
e tem um efeito transformador sobre as relações humanas.
João, o discípulo amado, toma Maria, mãe de Jesus, e a
leva para casa; tudo por causa do amor que ambos tinham por
Jesus. Ao pé da cruz surge uma nova família, uns cuidando
dos outros, repartindo pão e teto. A comunidade da fé, criada
sob a sombra da cruz, nos dá novos irmãos, irmãs, mães e
pais; abre portas e convida para uma comunhão verdadeira e
36. 36
pessoal. Diante da cruz cada um descobre o que necessita e o
que pode dar. O abandono e a solidão são também vencidos
no sacrifício do Calvário.
Em que sentido a cruz tem criado entre nós novos vínculos
de comunhão e amizade?
Intercessão
Ore hoje pela comunhão na igreja, para que não haja entre
nós pessoas abandonadas, esquecidas, órfãos e viúvas. Que
todos encontrem na família da fé irmãos, irmãs, pais e mães.
Hino
É teu povo, aqui presente,
Todos numa só voz declarando que só tu és grande.
Exaltamos, teu doce nome,
Pelo amor, pela cruz, por teu Filho Jesus.
Pois és Santo, sim és digno
De louvor e de ser adorado,
És bondoso, Pai querido,
Dentre todas as coisas tu és verdadeiro Senhor.
Oração
Pai nosso, é assim que o Senhor nos ensina a te chamar. A primeira
experiência real que temos contigo é a de pertencer, de ser igreja,
família, comunidade. Dá-nos a graça de aprender a partilhar a vida,
de repartir o pão e o teto, de abrir o coração e alma, e viver, em meio
às diferenças e tensões, a vida comum do nosso Pai. Amém.
37. 37
Abril, 6
A CRUZ E NOSSO PECADO
“Deus todo-poderoso, de coração enternecido contemplamos o imenso
sofrimento a que teu Filho unigênito se submeteu. Ó Senhor, dá que eu
me arrependa verdadeiramente de meus pecados. Corrige-me, Senhor,
peço-o de coração. Tu, Senhor, venceste o mundo. Faze-me participar
de tua vitória.”
Albrecht Dürer, 1471-1528, pintor alemão
Meditação
“Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de
que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor
e Cristo” (At. 2:36).
A acusação de Pedro neste discurso é, sem dúvida, muito dura e
abrangente. Ele acusa toda a casa de Israel da responsabilidade
pela crucificação de Cristo. A multidão em Jerusalém no dia de
Pentecostes certamente não era a mesma multidão que lá estivera
para a festa da Páscoa. No entanto, a multidão de Pentecostes era
tãoresponsávelpelacruzdeCristoquantoamultidão daPáscoa. A
culpa estava em todos nós, gentios e judeus. A cruz expôs diante de
todosnósaquiloqueinsistentementenegamos.Conspiramoscontra
Deus e contra o homem que ele criou à sua imagem e semelhança.
No entanto, a ação de Deus em Cristo sobre a cruz foi
maior e mais poderosa que a ação daqueles que o colocaram
nela. A traição, o abandono, a injustiça, a maldade, a mentira,
a covardia que estiveram presentes na crucificação fazem parte
do nosso cotidiano, compõem nossas vidas e relações e nos
fazem culpados como os judeus daquela páscoa. Porém, a cruz
testemunha o triunfo do amor, da graça e do perdão, e oferece
a nós, pecadores que somos, a dádiva da reconciliação.
38. 38
Mesmo vivendo 20 séculos depois, você se sente responsável
pela crucificação de Cristo? Por que?
Intercessão
Oreparaque,mesmodepoisde20séculos,nãoesqueçamosquefoi
onossopecado,maldadeementiraquecrucificaramnossoSenhor.
Hino
Amor, que por amor desceste! Amor, que por amor morreste!
Ah! Quanta dor não padeceste! Minha alma vieste resgatar e
meu amor ganhar!
Amor, que com amor seguias a mim, que sem amor tu vias!
Oh! Quanto amor por mim sentias, eterno Deus, Senhor Jesus,
sofrendo sobre a cruz!
Amor, que tudo me perdoas, amor que exaltas e abençoas
Um réu a quem tu te afeiçoas! Vencido, ó Salvador, por ti, teu
grande amor sentí!
Amor sublime, que perduras, que em tua graça me seguras,
Cercando-me de mil venturas! Aceita, agora, ó Salvador, o meu
humilde amor.
Oração
Senhor, às vezes tenho a sensação de que sou melhor do que aqueles
soldados e autoridades que tão injustamente e impiedosamente te
crucificaram. Não acho que eu seja tão ruim assim. Mas quando olho
para as maldades, muitas vezes secretas, do meu coração, tenho que
admitir que não sou diferente deles. Certamente, foi o meu pecado que
te levou ao Calvário. Tem piedade de mim, Senhor. Amém.
39. 39
Abril, 7
A CRUZ E O DISCÍPULO
“Voltar as costas a ti significa cair. Voltar o rosto a ti significa
ressurgir. Viver em ti dá refúgio eterno. Em todas as nossas tarefas
queiras dar-nos o teu apoio, em toda a nossa insegurança queiras
guiar-nos, em todo o sofrimento dar-nos a tua paz.”
Aurelius Augustinus
Meditação
“E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não
pode ser meu discípulo” (Lc. 14:27).
Há uma cruz que nos pertence, que nos identifica como discí-
pulos de Cristo e sem a qual não podemos seguir no caminho
da fé. Temos que aceitá-la e tomá-la. Não há nenhuma possi-
bilidade de compreender e viver a vida da fé sem colocar no
centro dela a cruz. Muitos pensam que a “sua cruz” é algum tipo
de sofrimento, doença ou privação que devem ser suportados.
No entanto, a nossa cruz deve ser como a do nosso Senhor,
uma escolha livre e consciente, um caminho de renúncia, uma
opção pelo amor.
A nossa cruz envolve a negação e a afirmação. Nela negamos
tudo aquilo que representa a morte, o pecado, a mentira, os po-
deres e as ilusões; negamos aquilo que desumaniza e nos afasta
do Criador. Nela, por outro lado, afirmamos a vida, o perdão,
a graça, o amor; optamos por Deus, pelo seu reino de justiça e
paz. Tomar a nossa cruz é escolher viver e morrer em obediência
a Cristo, na comunhão do seu corpo e na esperança do reino.
A sua vida de fé inclui uma cruz? O caminho do discipulado
com Cristo envolve negação e afirmação?
40. 40
Intercessão
Interceda para que haja em nós disposição e coragem para seguir
no caminho do discipulado com Cristo. Que os obstáculos e
dificuldades sejam superados e vencidos pela fé, coragem e
compromisso com o Senhor.
Hino
Em cada dia, Senhor, te buscar. Cada momento, teu nome louvar.
Meu pensamento cativo levar. Tudo, ó Cristo, prá ti.
A minha vida e tudo o que sou, é teu Senhor eu te dou.
Tudo o que tenho, talentos e bens, são teus Senhor, tu os tens.
Cada palavra que eu venha a dizer, todas as coisas que eu possa fazer,
Sejam repletas de glória ao teu ser. Tudo ó Cristo, prá ti.
Oração
Senhor, nossa compreensão da cruz é ainda muito limitada. Abraçamos
teu convite ao discipulado sem saber o que nos espera pela frente. São
muitos os pregadores que prometem uma vida próspera, saudável e
sem dificuldades. Mas o Senhor nos aponta outro caminho. Muitos
desistiram, voltaram para casa. Ajuda-nos, fortalece-nos. Não queremos
voltar, muito menos queremos uma vida medíocre. Dá-nos disposição
para viver e morrer por ti. Amém.
41. 41
Abril, 8
A CRUZ E A ADORAÇÃO
“Digno e justo é cantarmos a ti e louvarmos o teu nome,
agradecermos e louvarmos a ti em qualquer ponto do teu reino. Pois
tu és o inefável, o incompreensível, o invisível, o inescrutável Deus, o
que existe para sempre, tu e teu unigênito Filho e o Espírito Santo.”
João Crisóstomo
Meditação
“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos
Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que
ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo
grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos,
com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o co-
ração purificado de má consciência e lavado o corpo com
água pura” (Hb. 10:19-22).
Para muitos cristãos contemporâneos, a porta de acesso à ado-
ração, ao culto, é uma boa banda com músicos profissionais,
tendo à frente um experiente e animado “dirigente de louvor”,
que com habilidade conduz a congregação à presença de Deus.
Para estes cristãos o culto foi bom ou ruim na medida em que
o louvor foi bem ou mal dirigido, bem ou mal acompanhado
pelos profissionais da adoração.
O autor de Hebreus coloca a cruz no centro da adoração.
Para ele, quem nos conduz à presença de Deus não é o pastor,
dirigente de louvor, muito menos os instrumentistas. Quem
nos coloca no lugar sagrado é Cristo por meio do seu sangue
derramado na cruz, que fez dele um grande sacerdote sobre a
casa de Deus. É por meio dele, e não de nenhum outro recurso
por mais profissional e competente que seja, que temos acesso
ao Pai e o adoramos com corações sinceros.
42. 42
O que é que o motiva a adorar? O que é que te faz entrar
na presença de Deus para cultuá-lo?
Intercessão
Ore para que a igreja se livre da dependência de estímulos e
de outros recursos motivadores e volte a depender somente da
mediação de Jesus Cristo.
Hino
Adorai! Em majestade, toda glória seja dada a Cristo Jesus.
Adorai! Em santidade,ele morreu, ele venceu é o Rei dos Reis.
Adorai! Bem alto erguei de Cristo o nome.
Exaltai! Glorificai! Jesus Cristo o Rei.
Adorai! Em majestade, vinde louvai, vinde adorai, ao Rei dos Reis.
Oração
Pai Santo, nossa fé depende de fatos invisíveis, mas nós, humanos que
somos, precisamos de estímulos visíveis, que tocam nossos sentidos,
provocam nossas emoções. Abra nossos olhos para que vejamos as
coisas invisíveis, como a mediação de Cristo, e vivamos por elas, em
plena certeza de fé, sem a dependência infantil dos estímulos humanos
e falhos. Amém.
43. 43
Abril, 9
ACHEGUEMO-NOS COM CONFIANÇA
“Senhor, tu cuidas melhor de mim do que eu jamais o possa fazer, e
quem não lançar toda a sua preocupação em ti se verá entregue ao
jogo do acaso. Por isso nada deveria alegrar mais os que te amam e
que conhecem teus benefícios do que a tua vontade e teus planos a
respeito deles.”
Tomás a Kempis
Meditação
“Porquenãotemossumosacerdotequenãopossacompade-
cer-sedasnossasfraquezas;antes,foieletentadoemtodas
ascoisas,ànossasemelhança,massempecado.Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de
recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro
em ocasião oportuna” (Hb. 4:15, 16).
A cruz levou Jesus a provar todas as lutas, injustiças, dores,
sofrimentos e fraquezas humanas. Ele é o ferido de Deus. Mas,
exatamente por causa das suas feridas, as nossas já não são mais
exclusivamente nossas. Não há sofrirmento ou injustiça que seja
maior que o sofrimento dele. São suas feridas que curam nossas
feridas, é o seu sofrimento que nos acolhe em nosso sofrer.
A cruz é um convite para a oração. Podemos entrar com
confiança junto ao trono da graça, suplicar, clamar, agradecer,
implorar. Fazemos isto não porque nossas orações são, por si
mesmas, poderosas; fazemos porque Cristo se compadece de
nós, conhece nossa necessidade, intercede por nós. A primei-
ra lição que devemos aprender sobre a oração é que antes de
orarmos, Cristo é quem ora por nós. Aproximemo-nos com
confiança e recebamos misericórdia e graça.
44. 44
Em suas orações você reconhece a empatia de Cristo com
seus sofrimentos, ou o percebe longe e distante de sua dor?
Intercessão
Aproxime do trono da graça, traga diante de Deus todas as suas
súplicas, faça isto com confiança, certo de que antes mesmo
que você interceda, ele já intercedeu por você.
Hino
Bendita a hora de oração, que acalma o aflito coração,
Que leva ao trono de Jesus os rogos para auxílio e luz!
Em tempos de cuidado e dor, refúgio tenho em meu Senhor;
Vencendo o ardil e a tentação, bendigo a hora de oração.
Bendita a hora de oração, quando a fervente petição,
Sobe ao benigno Salvador, que atende a voz do meu clamor!
Jesus me ordena a recorrer ao seu amor, ao seu poder;
Contente e sem perturbação eu busco a hora de oração.
Bendita a hora de oração, de santa paz e comunhão!
Desejo, enquanto aqui me achar, com fé constante, humilde orar;
E enfim no resplendor de Deus, na glória dos mais altos céus,
Lembrar-me-ei com gratidão das horas suaves de oração.
Oração
Senhor, graças te damos porque é o Senhor quem ora por nós, intercede
e geme a nosso favor, nos oferece misericórdia e graça, nos socorre em
nossa aflição. Não sabemos, nem compreendemos o porquê da nossa
dor, nem mesmo o tempo em que o Senhor virá nos salvar. Mas estamos
certos de que nos ouves, compreendes nossa angústia, acolhes nossa
dor. Vem nosso sumo sacerdote, compadece-te de nós e dá-nos a tua
salvação. Amém.
45. 45
Abril, 10
SENHOR DA HISTÓRIA
“Silenciam os poderes ante a cruz do Gólgota. O teu povo agraciado
canta ‘amém’ e ‘aleluia’. Graças pelas tuas dores, graças pelo teu
morrer. Tu nos deste vida nova; adoramos teu poder.”
Friedrich von Bodelschwingh, 1831-1910,
pai da missão interna da Alemanha
Meditação
“…e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o
livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o
teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda a
tribo,língua,povoenaçãoeparaonossoDeusosconstituís-
tesreinoesacerdotes;ereinarãosobreaterra”(Ap.5:9,10).
O valor da cruz de Cristo está naquilo que ela realizou e não na
dor que provocou. As autoridades religiosas e políticas exerce-
ram seu poder e o crucificaram, acharam que a cruz poria fim
não apenas à sua vida, mas também às ameaças que ela trouxe.
Quando olharam para o Calvário e o viram agonizando na cruz
estavam certos da sua vitória. Sentiram-se senhores da vida e
da morte. Pilatos mesmo reconheceu o poder que tinha nas
mãos ao afirmar sua autoridade para absolvê-lo ou condená-lo.
E assim os homens cultuam o poder.
Mas a cruz deu a Jesus a autoridade sobre a história dos
homens. É ele quem detém o poder para abrir o livro e con-
duzir os acontecimentos. Ele é o alfa e o ômega e aquele que
tem as chaves da morte e do inferno. Quem governa a história
não são os políticos poderosos, nem ditadores autoritários. É
Cristo, que com seu sangue, estabeleceu seu reino. A cruz foi
o triunfo do amor sobre o poder.
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Vocêvivesobotriunfodocrucificadoousuavidaédeterminada
pelas potências que governam e decidem os destinos do mundo?
Intercessão
Ore mais uma vez para que seja a cruz e o triunfo dela, e não
as previsões econômicas e políticas, que determinem o temor
dos cristãos.
Hino
Glória prá sempre, ao Cordeiro de Deus,
A Jesus, o Senhor, ao Leão de Judá,
A raiz de Davi, que venceu e o livro abrirá.
O céu, a terra e o mar,
E tudo o que neles há,
O adorarão, e confessarão,
Jesus Cristo é o Senhor!
Oração
Pai, nos sentimos tão impotentes diante do poder daqueles que gover-
nam; às vezes parece que são eles que detém o destino, que determinam
os acontecimentos. Leve-nos de volta ao Calvário, abra nossos olhos
para contemplarmos o triunfo da cruz, dá-nos mais uma vez a graça de
vivermos dominados pelo invisível, por aquilo que ninguém vê, senão
aqueles cujos olhos foram abertos por ti. Amém.
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Abril, 11
LEI E GRAÇA
“Tu, ó Deus, consolas e vivificas. Ó vida divina, tu só fazes morrer para
criar nova vida, assim como só feres para sarar. Feriste também a
mim, ó mão divina, mortificaste em mim o que me prendia na morte. E
fizeste-o por mim, na magnanimidade de tua graça, que tudo engloba.”
Juan de la Cruz, 1542-1591, místico espanhol
Meditação
“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de
viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não
sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que,
agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me
amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl. 2:20, 21).
Religião é uma questão de costumes, ritos, normas, códigos,
maneiras. É assim que nos identificamos, nos sentimos parte
deste ou daquele grupo religioso. Vestimos, conversamos e
fazemos aquilo que nos é comum. É muito parecido com as
modas, apenas duram mais tempo.
O cristianismo é diferente. Ele inicia com a morte para a
lei, os costumes, as normas e regras. Trata-se de vida, e vida em
Cristo; de viver para Deus. É por isto que a cruz se coloca no
centro da espiritualidade cristã como um marco, um referencial
de morte e vida. Estar crucificado com Cristo é segui-lo no
caminho para o Calvário, é optar por Deus, pela vida. Viver a
vida de Cristo é viver pelo poder da ressurreição, é encontrar
em Cristo os segredos da verdadeira humanidade.
Dizer: “Não sou eu, mas Cristo”, não é uma negação de
nossa identidade, mas a afirmação dela. É afirmar que fomos
criados por Deus à sua imagem e semelhança, é afirmar nossa
48. 48
dependência de sua graça e amor, que nossa vida encontra-se
nele. Espiritualidade é estar crucificado com Cristo e vivo em
Cristo. Religião é o que eu faço, cristianismo é o Cristo fez e
tem feito em mim.
Sua vida cristã é definida pelo que você faz ou pelo que
Cristo tem feito em você?
Intercessão
Ore hoje por sua vida cristã, para que ela reflita mais de Cristo
e menos de você, mais da graça e menos de religião.
Hino
Ai! os conceitos de vida, que aos outros impomos,
por acharmos tão bons.
Ai! preconceitos da gente, jeito, gesto e comida,
cores, modos e tons.
Desce do céu, o lençol das mudanças, grego e judeu,
numa mesma esperança.
Cristo rompeu, interrompeu, preconceitos que nos separam.
Cristo venceu, ele nos deu os conceitos de vida e paz.
Oração
Pai, nossa necessidade de aceitação nos leva sempre a viver para os
outros. Acatamos suas regras, normas e jeitos, tornamo-nos escravos
de suas manias e vícios. Precisamos morrer para tudo isto e encontrar
a vida em ti. Crucifica-nos para o mundo e suas exigências e viva tua
vida em nós. Que não seja mais eu, mas o Senhor vivendo em mim, se
me aceitarem, aceitarão a ti; se me rejeitarem, rejeitarão a ti. Amém.
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Abril, 12
A GLÓRIA DE CRISTO
“Deus, Santo Espírito, glorioso poder, cuja graça cria tudo em mim! Se
houver algum bem em minha vida, o mérito é só teu, Senhor.”
Johann Sebastian Bach, 1685-1750, compositor
Meditação
“Maslongeestejademimgloriar-me,senãonacruzdenosso
Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado
para mim, e eu, para o mundo” (Gl.6:14).
Qual é a glória de uma modelo? Desfilar nas passarelas mais
badaladas do mundo da moda. E a glória de um atleta? Subir
no pódio dos jogos olímpicos. A glória de um escritor? Receber
o Nobel da literatura. Glória é o brilho, o resplendor das nossas
realizações. Qual é a glória de Deus? Expressar seu amor ao
mundo por meio do seu Filho Jesus Cristo. A cruz levanta-se
na história, gloriosamente, mostrando ao mundo a excelência
do amor de Deus.
Paulo gloria-se nela, não há nada no mundo mais glo-
rioso do que a cruz, do que aquilo que ela mostra, revela,
demonstra. Nela vemos a graça, o perdão, a bondade, mise-
ricórdia, reconciliação, aceitação, vida. O brilho da glória da
cruz ofusca o brilho das glórias do mundo. Estar crucificado
para o mundo não é uma negação da vida nem da criação,
é simplesmente não sentir-se seduzido por nenhuma outra
glória que não seja aquela em que Cristo manifesta toda a
beleza do seu amor.
Em que você se gloria? Qual o brilho que mais o atrai?
50. 50
Intercessão
Vemos hoje a igreja sendo atraída pelo brilho do poder, a gló-
ria do mundo. Vamos suplicar para que mais uma vez ela seja
crucificada para o mundo e que a cruz seja sua única glória.
Hino
Quero estar ao pé da cruz, que tão rica fonte,
Corre franca salutar, de Sião no monte.
Sim na cruz, sim na cruz, sempre me glorio,
E, por fim, descansarei, salvo além do rio.
A tremer, ao pé da cruz, graça, amor, achou-me;
Matutina estrela ali, raios seus mandou-me.
Junto à cruz, ardendo em fé, sem temor vigio,
Prá que a terra eu possa ir ver, santa, além do rio.
Oração
Senhor, reconhecemos que nossa necessidade de ser reconhecidos nos
leva a buscar a glória deste mundo. Queremos que os outros vejam
e admirem nosso trabalho, nossas conquistas, nossas vitórias. Mas,
gloriar na tua cruz é saber que somente a glória do teu amor dará
significado e reconhecimento a nossa vida. Crucifica-nos para o mundo
e aceita-nos em teu amor. Amém.
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Abril, 13
A CRUZ E A RECONCILIAÇÃO
“Ó Deus, inefável bondade e misericórdia, Criador e Redentor do
gênero humano, que purificas os corações daqueles que em ti crêem
e que, contritos, confessam os seus pecados em tua presença, que os
libertas de todas as cadeias da culpa. Clamamos por ti e te rogamos
por ajuda e por cura. E por não termos nenhuma esperança e
nenhuma salvação, a não ser em tua misericórdia, dá que possamos
participar do mistério da reconciliação em Jesus Cristo.”
Livro de oração do imperador Carlos Magno
Meditação
“…e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por in-
termédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Ef. 2:16).
Ver a vida na perspectiva da cruz significa vê-la inteiramente em
termos de rendição. Foi isto que a cruz representou para Cristo.
Aspotênciasdomundosevoltaramcontraele,acusaram,traíram,
condenaramecrucificaram.Noentanto,elementeve-sesubmisso
ao Pai, ao seu propósito, e à sua vocação, tornando-se livre para
amarjudeusegentios,gregoseromanos,pagãosereligiosos,pobres
e ricos, senhores e escravos. A cruz promoveu a amizade, a recon-
ciliação, trouxe o perdão e a paz entre os homens. O nascimento
e a morte de Cristo trouxeram ao mundo o propósito redentor
de Deus de reconciliar, em si mesmo, todas as coisas.
A amizade só é possível com a rendição. Enquanto perma-
necermos armados, desconfiados, protegidos, alimentaremos
o individualismo, a inimizade e a distância. A cruz nos coloca
despidos, fracos, desprotegidos e vulneráveis. Ela destrói a
inimizade, derruba suas barreiras, nos aproxima, quebra pre-
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conceitos. Nos faz aceitar o mundo e as pessoas como são e
cria em nós o alicerce da comunhão e amizade.
Que diferença a cruz faz em nossas amizades?
Intercessão
Mais uma vez, pense nas pessoas com as quais você tem dificul-
dade de relacionar. Coloque entre você e elas a cruz de Cristo
e ore para que as barreiras da inimizade sejam destruidas.
Hino
Agradecemos Senhor, pelo pão que nos dá vida.
Das lembranças, a mais querida, prova linda do amor.
Que levou Jesus à cruz, quando foi por nós partido
Como sacrifício vivo que nos uniu a ti.
Agradecemos Senhor, pelo cálice da aliança,
Que fortalece a confiança no teu puro e eterno amor
Que levou Jesus à cruz, para que a nós fosse dado,
Pelo sangue derramado, o perfeito acesso a ti, Senhor.
E ao partirmos o pão, quando o cálice bebemos,
Lembramos a comunhão que contigo, Pai, nós temos.
Estando a igreja em união, em ternos laços de amor,
Em uma voz e coração adoramos hoje a ti, Senhor.
Oração
Pai, a inimizade é o fruto do meu pecado, da minha indiferença, ciú-
me, soberba e egoísmo. Ela revela minha incompreensão do teu amor,
minha incapacidade de viver em comunhão contigo. Ela me subtrai
do corpo, me transforma num avulso, num solitário. Que tua cruz
quebrante o orgulho do meu coração, promova entre mim e meu pró-
ximo a reconciliação e me torne membro do teu glorioso corpo. Amém.
53. 53
Abril, 14
OS INIMIGOS DA CRUZ
Senhor Jesus Cristo, reúne o teu rebanho disperso, através de tua voz,
pela palavra divina da Escritura. Ajuda-nos a distinguir esta tua voz
de qualquer voz humana que nos queira enganar através de ilusões,
querendo induzir-nos a não seguir os teus passos, Senhor.”
Albrecht Dürer
Meditação
“Poismuitosandamentrenós,dosquais,repetidasvezes,eu
vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos
da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles
é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só
se preocupam com as coisas terrenas” (Fp. 3:18, 19).
Os mais perigosos inimigos da cruz não são os pagãos, os de
fora, mas os que andam entre nós, ocupam nossos púlpitos,
dirigem os louvores, falam em nossos congressos. Não são ini-
migos da cruz porque pecam, a cruz existe para os pecadores;
são inimigos porque fizeram de si mesmos seu próprio Deus;
amam mais a sua própria glória, do que a glória do crucificado;
preocupam-se mais com o seu reino, do que com o reino de
Deus. Religião de consumo, cristianismo de prateleira. Cristo
é apenas mais um produto a ser oferecido para engordar suas
contas bancárias e seu ego carente.
Os inimigos da cruz estão entre nós. São admirados, glamo-
rizados, cercados de fãs. Alguns chegam a cobrar altos cachês
para falar do crucificado, mas são inimigos da cruz. Onde
estão aqueles que continuam afirmando: “Convém que ele
cresça e que eu diminua?” São estes os que mantém a cruz no
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coração da vida e da vocação, que não usam o evangelho para
se auto-promoverem, mas para revelar a glória do Calvário.
Quais os riscos de nos tornarmos inimigos da cruz de Cristo?
Intercessão
Ore por discernimento, para que você não seja um inimigo
da cruz de Cristo, nem siga aqueles que fizeram do seu ventre,
seu deus.
Hino
Bendito seja o Cordeiro, que na cruz por nós morreu;
Bendito seja o seu sangue, que por nós ali verteu!
Eis nesse sangue lavados, tendo puro coração,
Os pecadores remidos que perante Deus estão!
Alvo ainda mais que a neve!
Alvo ainda mais que a neve!
Sim, nesse sangue lavado,
Ó meu Jesus, ficarei.
Quão espinhosa coroa que Jesus por nós levou;
Oh! quão profundas as chagas que nos provam quanto amou!
Eis nessas chagas pureza para o maior pecador,
A quem mais alvo que a neve o teu sangue faz, Senhor!
Se nós a ti confessarmos, e seguirmos tua luz,
Tu não somente perdoas: Purificas, ó Jesus,
Lavas de todo pecado! Que maravilha de amor!
A nós mais alvos que a neve o teu sangue faz, Senhor!
55. 55
Oração
Senhor, muitas vezes, em nosso desejo sincero de te servir, colocamos
nossos projetos à frente de tua glória. Passamos a lutar por eles, a
viver por eles e a depender deles. Deixamos de lado a cruz de Cristo,
atropelamos tua glória e tornamo-nos nosso próprio deus. Inimigos da
cruz. Preserve nossos olhos sempre voltados para ti, o nosso coração
preocupado com as coisas que te pertencem, e que a cruz de Cristo
continue sendo nossa glória. Amém.
56. 56
Abril, 15
ORAÇÃO E GENEROSIDADE
“Senhor Jesus, tu me atribuíste um valor muito alto quando morreste
por mim. Tua morte me dá vida. Enche o meu cálice até que
transborde, assim que eu possa anunciar com todo o meu ser que tu
és o gerador da vida.”
M. A. Thomas, Índia
Meditação
“AquelequenãopoupouoseupróprioFilho,antes,portodos
nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente
com ele todas as coisas?” (Rm. 8:32).
A cruz revela a generosidade de Deus. Nela ele não poupou
nada, pelo contrário, nos deu o que tinha de mais precioso,
mais caro, mais perfeito, mais belo. Nos deu seu Filho, e com
ele a salvação, o perdão, a reconciliação. Haveria, diante da
demonstração da generosidade de Deus na cruz, alguma dádiva
que ele nos negaria? Alguma benção que seria maior do que
seu próprio Filho? Certamente que não.
A cruz define a natureza da oração. Oramos a um Deus
generoso. Mas não é isso que muitos crentes demonstram
quando oram. Suas palavras revelam um Deus mesquinho,
que se recusa a abençoá-los, que necessita ser convencido, per-
suadido, em alguns casos manipulado, para que suas orações
sejam atendidas. Paulo não vê assim. Se Deus não poupou
seu Filho, o que pouparia? Se nos deu o seu bem maior, que
outro bem nos negaria? Orar é entrar na comunhão de um
Deus generoso, é participar da amizade com um Pai amoroso
que jamais negará bem algum àqueles que ama.
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Quando você ora, que imagens de Deus vem à sua mente?
Generoso ou mesquinho?
Intercessão
Ore para que Deus nos ajude a reconhecer sua enorme gene-
rosidade, e que a experiência de oração seja uma verdadeira
comunhão com a riqueza de sua glória.
Hino
Maravilhosa graça! maior que meu pecar,
como poder cantá-la? como hei de começar?
Pois alivia a minha alma, e vivo em toda a calma
pela maravilhosa graça de Jesus!
Graça quão maravilhosa de Jesus
Como o firmamento é sem fim.
É maravilhosa, é tão grandiosa, é suficiente para mim.
É maior que a minha vida inútil,
é maior que o meu pecado vil.
O nome de Jesus engrandecei, e glória dai.
Maravilhosa graça! Traz vida perenal;
por ela perdoado, vou à mansão real.
Livre do meu pecado, gozo de Deus o agrado,
pela maravilhosa graça de Jesus!
Maravilhosa graça! Quão ricas bençãos traz!
O seu poder transforma o pecador falaz.
Salvo sou em verdade, por toda eternidade,
pela maravilhosa graça de Jesus!
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Oração
Senhor, perdoa-nos por tratá-lo tantas vezes como um Pai indiferente
e mesquinho, por acharmos que são nossas orações que movem teu
amor e não o teu amor que move nossas orações, por pensarmos que
precisas ser convencido de nossas necessidades e não que as conheces
todas antes de movermos nossos lábios. Dá-nos um coração que deseja
somente o que desejas, aberto apenas para tua boa, santa e perfeita
vontade. Livra-nos de achar que nossa vontade é melhor que a tua,
pois não nos poupaste teu próprio Filho. Amém.
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Abril, 16
POR QUE CRISTO MORREU?
“Senhor Jesus, não peço por outra recompensa, por outra bênção
ou por outra alegria a não ser a de poder entender tuas palavras,
inspiradas pelo Espírito Santo. Que possa entendê-las de forma pura,
sem me deixar confundir por falsas especulações.”
Johannes Scotus Eriugena
Meditação
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados,
ojustopelosinjustos,paraconduzir-vosaDeus;morto,sim,
na carne, mas vivificado no espírito” (I Pe. 3:18).
A cruz precisa ser interpretada e compreendida. Por que Cristo
morreu? Esta foi uma das perguntas mais importantes para a
igreja primitiva. Ela precisava explicar-se a si mesma. Em que
sentido ela era única, diferente? Por que seguia um Senhor
morto vergonhosamente, tratado como criminoso, inimigo
da religião? Não era uma tarefa fácil, exigia história e teologia.
A igreja aplicou-se a olhar para a história, a compreender a
obra de Cristo no contexto do propósito redentor de Deus.
Mergulhou também na teologia, não para ganhar mais um
título de mestre ou doutor, mas para discernir os mistérios
de Deus.
Pedro foi um destes teólogos. Sua carta revela o quanto ele
se aplicou a compreender os mistérios de Deus. É ele quem
afirma que Cristo morreu para nos conduzir a Deus, o justo
que é feito pecado em nosso lugar, morre na carne, mas prova
o poder da ressurreição. Teologia é tornar Deus mais claro,
mais compreensível. É nos tornar sábios para a salvação, é nos
60. 60
conduzir a Deus. Esta continua sendo a tarefa da igreja e da
teologia, explicar a cruz. Torná-la clara, compreensível, apontar,
através dela, o caminho da reconciliação.
O que a teologia significa para você? Um meio de complicar
a Bíblia, uma disciplina exclusiva dos pastores, filosofia inútil?
Para que a teologia serve?
Intercessão
Ore por aqueles que se dedicam ao estudo, à compreensão
das Escrituras, ao discernimento dos mistérios de Deus. Ore
para que sejam ministros do evangelho e não bajuladores do
seu próprio ego.
Hino
Deus lá do céu, mandou seu Filho
Prá nos salvar, morreu na cruz.
E o sepulcro, onde foi deixado,
Está vazio e prova que vive Jesus.
Vejo o amanhã, porque Cristo vive.
Posso confiar, em vez de temer.
O meu futuro, em tuas mãos eu tenho.
A vida tem sentido, pois vive Jesus.
Um dia eu vou, cruzar o rio.
Irei morar, num céu de luz.
Então ali, em plena glória,
Vitorioso vive e reina o meu Jesus.
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Oração
Dá-nos a graça Senhor de sermos ministros da tua Palavra, de torná-la
conhecida pelas crianças e pelos velhos, pelos jovens e adultos. Livra-nos
da preguiça intelectual, da dependência infantil, das respostas mágicas,
da manipulação da verdade. Permita que sejamos fieis despenseiros
da graça, mordomos leais dos tesouros do teu amor. Dá-nos desejo
por ti, por tua santa palavra e ilumina-nos no discernimento do teu
propósito. Amém.
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Abril, 17
ESTE É O EXEMPLO
“Vê, Senhor, eu sou um vaso vazio, que carece ser enchido. Enche-me, meu
Senhor. Sou fraco na fé, fortalece-me. Sou frio no amor, aquece-me,
faze meu coração arder para que meu amor transborde, envolvendo
o meu próximo. Em minha carência só há pecado; em ti, Senhor, há
plenitude de justiça. Por isso permaneço contigo. A ti não preciso dar.
De ti posso receber.”
Martinho Lutero
Meditação
“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, vol-
tando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz?
Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque
eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os
pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque
eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós
também” (Jo. 13:12-15).
É a última ceia, útimo encontro de Jesus com seus discípulos.
Entram em Jerusalém. Jesus é aclamado rei, jogam ramos de
palmeiras por onde ele passa. Os discípulos desfilam orgulhosos
ao lado do amigo e Mestre que seria coroado rei. Sobem ao
cenáculo para a ceia, enquanto comem, discutem entre si qual
é o maior, que cargo ocupariam no novo reinado. Jesus ouve a
conversa animada dos seus discípulos e, de repente, toma uma
toalha, uma bacia com água, e começa a lavar os pés deles.
Um a um, silenciosamente, numa última tentativa de fazê-los
entender a natureza do seu reinado.
Pedro resiste, mas diante da advertência de Cristo, recua.
Jesus não é um rei que precisa do poder para se afirmar. Por
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saber quem é (Mestre e Senhor), de onde veio e para onde
vai, é livre para lavar os pés e subir ao Calvário. Seu reinado
é outro, somente a cruz irá torná-lo claro aos discípulos. Mas
neste reino, nesta nova ordem, o maior é o menor, o primeiro
é o último e servo de todos, o rei é aquele que lava os pés dos
seus súditos/irmãos.
O que você prefere: Lavar os pés ou se deixar ser lavado?
Porquê ?
Intercessão
Suplique por uma igreja mais humilde, mais submissa, menos
orgulhosa, mais serva entre os homens.
Hino
Em memória de ti, partiremos o pão.
E do cálice agora iremos beber,
Pois por meio da cruz, nos tornaste irmãos,
Nos compraste da morte pra um novo viver.
Aleluia! Te louvo, de todo o coração
A teus pés deposito, meu fardo e meu querer.
E na tua presença, levanto minhas mãos
Vem com teu Santo Espírito inunda meu ser
(Pois a tua alegria inunda meu ser 2ª vez)
Como o trigo do pão, deixou-se moer.
E a uva do vinho, deixou-se esmagar,
Pelos nossos pecados, quiseste morrer,
E teu sangue por nós numa cruz derramar.
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Oração
Senhor, não me sinto bem ao vê-lo lavando meus pés. Sinto-me cons-
trangido, é como se este gesto me despisse, revelasse todo meu orgulho,
vaidade e soberba. Mas sei que se não permito que os lave, também
não participo contigo no teu reino. Vem Senhor, lava-me por inteiro,
quebranta este coração orgulhoso e faça de mim teu mais humilde
servo. Amém.
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Abril, 18
EU VENCI O MUNDO
“Conduze-me em meu viver, Senhor, em meio à perturbação deste mundo,
e indica-me com clareza o caminho estreito que agrade aos teus olhos. Dá
que tudo o que fizer hoje, eu o faça na perspectiva da eternidade.”
Michael Weisse, autor de hinos, falecido em 1534
Meditação
“Estascoisasvostenhoditoparaquetenhaispazemmim.No
mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci
o mundo” (Jo. 16:33).
São palavras de despedida. Jesus está a caminho do Calvário.
Embora a cena não seja exatamente esta, podemos imaginá-la
assim: Jesus caminhando pelas ruas estreitas e sinuosas de Jerusa-
lém, sendo acompanhado por uma grande multidão que gritava
e se acotovelava, lutando por um lugar melhor para acompanhar
o cortejo. Jesus segue carregando a cruz. Havia passado a noite
anterior preso, e depois de interrogado por Pilatos foi duramen-
te castigado com açoites e por fim lhe puseram uma coroa de
espinhos. Foi condenado à morte, morte violenta sobre a cruz.
No meio deste caminho, sofrendo toda sorte de humilhação e
escárnio, ferido e desfigurado, Jesus vê um amigo e lhe diz: “Olha,
nomundovocêvaiencontrarmuitasaflições,masnãosepreocupe,
fique firme, porque eu venci o mundo.” Venceu o quê? pergunta
para si mesmo o amigo confuso. Como alguém num estado assim
pode dizer que venceu alguma coisa? Se tivesse um pouco mais de
tempo, Jesus lhe diria: “O mundo tentou me fazer amá-lo mais do
que ao meu Pai, mas não conseguiu, eu o venci. Tentou seduzir-me
comopoder,fama,prestígio,mastambémnãoconseguiu,euvenci.
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Quis também alimentar em mim o ódio, a vingança, o ciúme, a
vaidade, mas não conseguiu, eu venci o mundo”.
Que tipo de vitória você tem tido sobre o mundo? Apenas
o sucesso profissional, as conquistas materiais, ou você tem
vencido da forma como Jesus o venceu?
Intercessão
A secularização é hoje o grande desafio da igreja. Muitos pasto-
res e líderes vêm se deixando seduzir pelos encantos do poder
e da fama. Oremos pela igreja, seus pastores e líderes para que
não percam de vista a cruz e sua vitória sobre o mundo.
hno
Pendurado no madeiro, ó Senhor, pudeste assim
Destruir meu cativeiro e provar-me amor sem fim!
O teu sangue foi vertido, Expiraste, ó meu Jesus!
E ficou por ti cumprido meu resgate sobre a cruz!
Nesse sangue, que verteste, purifica-me, Senhor!
Foi por mim que tu morreste; sê propício ao pecador.
Sê propício ao condenado a lutar, na escuridão
Deste abismo do pecado, sob a dor da maldição.
Oração
Vitorioso Jesus, quão ingênuos somos em achar que para vencer o
mundo precisamos competir com ele, ser mais espertos que ele, vê-lo
curvado diante de nós. Tua vitória sobre o mundo foi negá-lo, para
amar o Pai e servir aos homens. Dá-nos, Senhor, esta vitória, ensina-
-nos a ter paz em meio às aflições de um mundo que julga vencer-te.
Permita que celebremos contigo o triunfo da ressurreição. Amém.
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Abril, 19
OS OLHOS ABRIRAM
“Vai conosco, Senhor, onde quer que andemos. Ora conosco o que
quer que roguemos. Abençoa o que fazemos, e nada mais nos
atormentará nem nos faltará bem algum, até que descansemos de
nosso trabalho.”
Nikolaus L. Von Zinzendorf
Meditação
“E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o
pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu. Então, se lhes
abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu
dapresençadeles.Edisseramumaooutro:Porventura,não
nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava,
quando nos expunha as Escrituras?” (Lc. 24:30-32).
Dois amigos desolados caminham lamentando sua dor. O
Mestre morreu. Com ele foi-se a esperança, o sonho e a ale-
gria. Restam apenas a dor e o abandono. Chegam em casa e
convidam o estranho que os acompanhava e que ouvira o seu
lamento para entrar. A mesa é posta. Pão e vinho não podiam
faltar. O estranho toma o pão, ergue os olhos aos céus, abençoa,
parte e oferece. É o convite para a comunhão. Neste momento
seus olhos se abrem, reconhecem que era ele, o Senhor.
Quando Jesus parte o pão e participa conosco da comunhão,
nossos olhos se abrem para percebê-lo entre nós. Este é o mis-
tério da eucaristia. No entanto, assim que os dois discípulos o
reconheceram, ele desapareceu da presença deles. Mas agora
não encontram-se mais desolados, abandonados. Continuam
sendo os dois, mas não são como antes, a presença de Cristo
continua. Agora há alegria, júbilo, esperança e missão. O
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coração queima. A comunhão abriu seus olhos, o partir do
pão os coloca diante de um novo mundo.
A ceia do Senhor, o partir do pão, tornou-se para você
um mero rito ou continua sendo a celebração da presença do
Senhor ressussitado entre nós?
Intercessão
Oreparaqueosnossosolhos,eosolhosdaquelesqueandamdeso-
lados,sejamabertosparacontemplarapresençasalvadoradeJesus.
Hino
Divino companheiro no caminho,
Sua presença sinto logo ao transitar.
Eis que dissipaste toda a sombra,
Já tenho luz, a luz bendita do amor.
Fica, Senhor, já se faz tarde.
Tens meu coração para pousar.
Faz em mim morada permanente,
Fica Senhor, fica Senhor, meu Salvador.
A sombra da noite se aproxima
E nela o tentador vai chegar.
Não, não me deixe só no caminho,
Ajuda-me, ajuda-me, ao céu chegar.
Oração
Senhor, não permita que o partir do pão, gesto tão simples e comum,
perca seu mistério entre nós. Que tua presença seja percebida e cele-
brada, mesmo quando não te vemos. Seja na mesa da comunhão junto
com o teu povo, seja no simples partir do pão de cada dia, permita
que te vejamos com olhos da fé, e que tua presença restaure nossa
alegria e vocação. Amém.
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Abril, 20
O SENHOR RESSUSCITOU
“Senhor nosso Deus, quando estamos com medo, não permita que
desesperemos. Quando estamos desapontados, não permitas que a
amargura tome conta de nós. Quando nosso entendimento e nossa
força se esgotarem, não nos deixe perecer! Que sempre sintamos a
tua presença e o teu amor!”
Karl Barth, 1886-1968, teólogo suÍço
Meditação
“Aocairdatardedaqueledia,oprimeirodasemana,tranca-
das as portas da casa onde estavam os discípulos com medo
dos judeus, veio Jesus, e pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja
convosco!” (Jo. 20:19).
Medo, confusão, insegurança, eram sentimentos que tomaram
conta da vida dos discípulos de Jesus naquele longo final de
semana. Os motivos da prisão, condenação e morte de Jesus
eram políticos e os discíplulos, logicamente, suspeitos de cons-
piração. Seu líder agora estava morto, certamente eram também
procurados e seu destino não seria diferente. A casa estava com
as portas trancadas, qualquer ruído era suspeito. De repente,
Jesus põe-se no meio deles com uma saudação inesperada e,
ao mesmo tempo, redentora: “Paz seja convosco!”
Foi logo mostrando as mãos, o lado, as feridas, para não
haver nenhuma dúvida. De repente a alegria estava de volta, o
medo desaparece; abraços e conversas tomam conta daquilo que
até então era silêncio e perplexidade. “Paz seja convosco!” é a
saudação da ressurreição, é a palavra de Deus para os corações
apreensivos, cansados, apavorados, perplexos. É o convite para
a vida, para abrir as portas, destrancar as janelas, para cantar e
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sorrir. É o convite para a missão (“assim como o Pai me enviou,
eu também vos envio”), para sair e contar as boas novas de que
o projeto do reino continua, não foi sepultado, a morte não o
venceu. Aleluia! O Senhor ressuscitou.
O que é que domina seu coração: A paz do Senhor que
venceu a morte, ou as ansiedades e pressões que o mundo
impõe sobre você?
Intercessão
Ore hoje para que a coragem da igreja diante dos desafios de
sua missão seja fruto da presença do Senhor ressuscitado. Que
a igreja entre no mundo e viva nele como o Senhor entrou e
viveu.
Hino
Cristo já ressuscitou; Aleluia!
Sobre a morte triunfou; Aleluia!
Tudo consumado está; Aleluia!
Salvação de graça dá; Aleluia!
Sobre a cruz Jesus sofreu; Aleluia!
E por nós ali morreu; Aleluia!
Mas agora vivo está; Aleluia!
Para sempre reinará; Aleluia!
Gratos hinos hoje erguei; Aleluia!
A Jesus, o grande Rei; Aleluia!
Ele à morte quis baixar; Aleluia!
Pecadores resgatar; Aleluia!
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Oração
Que bom saber que estás vivo. Meu coração encontrava-se apreensivo,
cheio de medos e temores, mas tua presença invadiu minha alma,
saudando-a com palavras de esperança, conforto e segurança. Tua paz
tomou conta do meu ser, curou meus temores, libertou-me da solidão.
Tu és o Cristo ressurreto cuja presença salva e redime. Aleluia, bendito
sejas eternamente, Senhor meu e Deus meu. Amém.
72. Caixa Postal 43 | 36570-000 | Viçosa-MG
Tel.: 31 3611-8500 | Fax: 31 3891-1557
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Sobre o autor
RICARDO BARBOSA DE SOUSA é pastor da Igreja Presbiteriana
do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em
Brasília, DF. É autor de, entre outros, O Caminho do Coração,
publicado pela Encontro Publicações, e colunista da revista
Ultimato.