3. INTRODUÇÃO
No final do século XIV, a moda encontra-se em todas as faixas etárias e
classes sociais que antes não alcançava, a busca pelo novo e individualismo, o
que originou a moda, a partir da diferença social.
Durante muito tempo a moda foi considerada futilidade, hoje tomou
dimensões e formas , caracteriza um jeito individual de ser.
Gilles Lipovetsky confere à moda um caráter libertário, faz dela signo das
transformações que anunciaram o surgimento das sociedades democráticas.
4. A MO DA D E V E S E R P E N S ADA C O MO
I N S T R U M E N T O D A I G UA L D A D E D E C O N D I Ç Õ E S
5. A moda foi considerada um
agente da revolução democrática,
porque veio acompanhada por
duas consequências para a a elevação econômica da burguesia
história de nossas sociedades:
o crescimento do estado moderno
A moda com suas variações e seus jogos, sutis de nuanças,
deve ser considerada como a continuação dessa
nova poética da sedução.
6. A M U DA N Ç A N Ã O É M A I S U M
F E N Ô M E N O AC I D E N T A L ,
T O R N A - S E U M A R E G R A PA R A G A R A N T I R
O S P R A Z E R E S DA A LT A S O C I E DA D E
E A A PA R Ê N C I A PA S S O U PA R A A O R D E M
DA T E AT R A L I DA D E , DA S E D U Ç Ã O,
M A S N Ã O DA S S UA S F O R M A S
E X AG E R A DA S E E X T R AVAG A N T E S.
7. A MODA ABERTA
Entre as décadas de 1950 e 1960
ocorreram uma série de
transformações sociais, culturais e
até mesmo organizacionais na
sociedade que refletiram no mundo
da moda.
8. PRÊT-À-PORTER
A alta costura não atendia as A alta costura é muito
necessidades de maior parte da mais prestígio do que
população lançadora de moda.
O luxo não é mais a encarnação 1949 J. C. Weill
privilegiada da moda, e a moda já não se lança a expressão:
identifica com manifestações ostensivas. prêt-à-porter.
9. PRÊT-À-PORTER
Moda atual e acessível – o prêt-à-porter quer fundir a indústria
e a moda, quer colocar a novidade, o estilo e a estética na rua.
As roupas adquirem um aspecto mais jovem e os estilistas
incorporam a moda das ruas.
O vestuário produzido em série ganhou em qualidade, em
estética e originalidade.
10. PRÊT-À-PORTER
Novas inspirações: Os signos efêmeros e estéticas da
estilos de vida,
moda passam a ser exigência da
filmes, esportes, etc.
massa.
11. GRIFES
Foi a partir do prêt-à-porter que os
estilistas e as lojas passaram a ser
identificados por símbolos, cria-se a
imagem da marca, um nome a ser exibido
em todos os painéis publicitários, revistas
de moda e nas próprias roupas.
12. O culto da juventude e o
culto do corpo caminham
juntos, exigem o mesmo olhar
“Antigamente, uma filha queria constante sobre si mesmo, a
parecer-se com sua mãe. mesma auto vigilância
Atualmente, é o contrário que narcísica.
acontece” - Yves Saint-Lauren. Nada mais é proibido, todos
os estilos têm direito de
cidadania. Já não há uma
moda, há MODAS.
13. O MASCULINO E O FEMININO
Com o estilo despojado tomando conta da moda, o vestuário
masculino fez sua entrada no ciclo da moda.
Menos austeridade no vestuário masculino, mais signos de origem
masculina na moda feminina.
O homem vê o corpo como um todo, a mulher o vê em detalhes.
14. “amar a moda já não tem o
sentido de um destino
sofrido, enfeitar-se, fazer-
se bela não tem mais haver
com alienação, mas com
liberdade para agradar a
quem quiser, quando
quiser, como quiser.”
15. O JEANS
“O jeans como toda moda é um traje escolhido, de maneira
nenhuma imposto por uma tradição qualquer, depende por
isso da livre apreciação das pessoas, que podem adotá-lo,
rejeitá-lo ou combiná-lo com outros elementos”
16. “O individualismo na moda é
menos glorioso mas mais livre,
menos decorativo mas mais opcional,
menos ostentaria mas mais combinatório,
menos espetacular mas mais diverso.”
17. CONSUMIR É SER FELIZ
O par formado entre felicidade e consumo foi historicamente construído.
Hoje forte e assíduo, esse “sonho” necessitou contar com o desenvolvimento
de uma economia voltada para os cuidados do corpo individual, aliada a uma
política de transformar o prazer físico em norma banalizada e a compra de
produtos para a saúde, higiene, beleza e conforto um maneira de construir
imagens de si avessas à fragilidade dos laços sociais e à instabilidade dos
sentimentos em desenvolvimento na época contemporânea.
18. MAIS DO QUE NUNCA,
AGORA, A BELEZA
PODERIA SER COMPRADA
19. CULTURA À MODA MÍDIA
A cultura de massa é ainda mais representativa
do processo de moda do que a própria fashion.
20. CULTURA A MODA MÍDIA
No coração do consumo cultural, a paixonite de massa.
A moda se traduz exemplarmente pela amplitude da paixonite.
Paixonite cultural que tem de particular o fato de que não fere
nada, não choca nenhum tabu.
Se, com efeito, diversas paixonites são inseparáveis de uma certa
carga subversiva, é impossível reconhecer aí um traço essencial.
21. CULTURA Á MODA MÍDIA
Todas as indústrias culturais são ordenadas pela
lógica da moda, pelo objetivo do sucesso imediato,
O êxtase da
pela corrida às novidades e à diversidade.
“mudança na
As indústrias culturais são de ponta a ponta
continuidade”
indústrias de moda, a renovação acelerada e a
diversificação são aí vetores estratégicos.
22. CULTURA CLIP
A obrigação de renovação própria das industrias culturais não tem,
evidentemente, nada a ver com a “tradição do novo” característica da
arte moderna.
À diferença da radicalidade vanguardista, o produto cultural se
molda em fórmulas já experimentadas, é inseparável da repetição de
conteúdos, de estruturas, de estilos já existentes.
23. O IMPÉRIO DO EFÊMERO
A exemplo da fashion, a
cultura de massa está Quando a arte encarregava-se de
inteiramente voltada para o louvar o sagrado e a hierarquia, o eixo
presente. temporal das obras era bem mais o futuro
Desde a Renascença pelo do que o presente efêmero.
menos, as obras despertavam
A tendência global caminha para a
paixonites de moda. Nem por
isso as obras eram menos obsolescência integrada, para a vertigem
estranhas. do presente sem olhar para o amanhã.
24. BIBLIOGRAFIA
O Império do Efêmero – Gilles Lipovetsky
Cultura e Arte do Pós Humano – Lucia Santaella
Corpo e Moda – Ana Claudia de Oliveira e Kathia Castilho