Terceira aula do minicurso de comunicação e moda, PUCMINAS.
Slide presentation of third class for the Fashion and Communication course at PUC MINAS, Brazil, 2011
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Minicurso Comunicação e Moda - Aula03
1. PUC-Minas / Minicurso - Moda e comunicação / agosto 2011
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MODA E COMUNICAÇÃO
minicurso
2. MODA E COMUNICAÇÃO PUC-Minas / Minicurso - Moda e comunicação / agosto 2011
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A MODA ABERTA
Segunda fase da Moda moderna
Nos anos 50 e 60 transformações na estrutura do sistema Moda fez emergir uma nova
configuração caracterizada pelo prolongamento, generalização e aumento dos resultados da
moda de 100 anos.
No momento em que a alta costura deixa de ser ponto principal de determinação dos rumos
da estéticos e econômicos da moda, novos polos de criação começam a surgir. A moda,
portanto, se configura em um mercado complexo, de efeitos tanto democráticos quanto
individualista... tal qual a conhecemos ainda hoje.
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A MODA ABERTA
READY-TO-WEAR
Em 1949 J. C Weill lança na frança a expressão pret-à-porter
(do inglês ready to wear) a fim de libertar a confecção de
sua má reputação.
“ à diferença da confecção, o pret-à-porter engajou-se no caminho
novo de produzir industrialmente roupas acessíveis a todos e ainda
assim “moda” inspiradas nas últimas tendências do momento.”
Lipovetsky - O Império de Efêmero
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A MODA ABERTA
READY-TO-WEAR
Desde o começo dos anos 50 as galerias em Paris, como a
galeria Lafayette, ofereciam consultoria de compras para as
clientes interessadas em produtos de vestuário com
características de “última moda”.
Assim essas empresas perceberam o potencial na associação a
designers de moda na criação de peças prêt-à-porter.
O vestuário industrial de massa muda de estatuto e incorpora
na lógica de produção a novidade, a fantasia e a criação
estética.
A industria, a partir da metade dos anos 50, cria moda
para a massa.
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A MODA ABERTA
que muda?
O
READY-TO-WEAR
1 - A ivenção do estilo - A moda oferece liberdade de criação que surge de todos os lados - Mary Quant
2 - A criação da grife - Empresas de confecção para a massa ganham notoriedade através da publicidade - Levi’s
3 - A estética jovem - Novos valores culturais transformam a imagem do consumidor - Courrèges
4 - Pluralidade de estilos - a moda inventa modas para todos - Myiake, Yamamoto
5 - Masculino-feminino - A moda subverte, esfume e intensifica limites entre masculino e feminino - J. P. Gaultier
6 - Moda para viver - autonomia nas escolhas que se multiplicam - t-shirts e jeans
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A MODA ABERTA uant
M ar y Q
A Invenção do Estilo
A partir dos anos 60 o ready-to-wear ganha uma força antes
não imaginada com a diversificação do polo de vanguarda.
Começam a aparecer nomes de criadores não pertencentes
ao seleto grupo da Alta Costura. Artistas do “pronto para
usar” são recebidos pelo público com entusiasmo.
Mary Quant, ícone do movimento “mod” na inglaterra cria
em Londres em 1963, a minissaia. Mais tarde Courrèges lhe
dá estilo integrando o design que já estava por toda a parte.
Novos criadores nascem e se multiplicam
transformando o sistema de tendências. A partid
da década de 60 algumas “inovações”
apresentadas pela alta-costura já estavam
circulando pelas ruas através do trabalho de
designers do ready-to-wear.
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A MODA ABERTA
Levi’s
A Criação da Grife
A publicidade assume um papel primordial na era da
moda aberta. Agora os grandes nomes da alta costura
dividem espaço com marcas de confecção. As empresas
do pret-à-porter ganham fama e estatuto de marca
disputando os desejos do consumidor.
Os EUA agora são importante parte desse jogo. A marca
Levi’s, que se refere o nome do criador de blue Jeans
(Levi Strauss) vira símbolo de juventude e contestação.
Assim, um produto de confecção para o trabalho,
desconsiderado pela moda nos anos anteriores, recebe
notoriedade e admiração.
A marca é hoje símbolo de tradição, mas continua
carregando um imaginário jovem, revolucionário, e os
valores instituídos nos anos 60.
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A MODA ABERTA
Cou r règes
A Estética Jovem
Andrè Courrèges lançou em 1964 uma coleção entitulada
“Apace Age”.
O estilo criado por ele, em linha com os movimentos
modernos, a pop e a op art, com o utilizo de materias
sintéticos e não-convencionais inspirou toda uma
geracão, se tornando uma febre entre os jovens da época.
Courrèges vestiu os anos 60. Seu design deu forma à
minissaia, às cores e imaginário estético da época e é
símbolo da quebra de paradigmas relacionados não só à
imagem do corpo, mas a sexualidade, aos ideais em
relação ao futuro e ofereceu ferramentas para o discurso
revolucionário dos “anos rebeldes”.
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A MODA ABERTA
Cou r règes
A Estética Jovem
“As pessoas não tem mais vontade de serem elegantes.
Elas querem seduzir” - YSL
A sensação Courrèges, o sucesso do “estilo” e dos
criadores da primeira onda do prêt-à-porter dos anos
1960 são antes de tudo a tradução, no sistema da moda,
da ascencão desses novos valores contemporâneos do
rock, dos ídolos e estrelas jovens. A jovem mulher dos
anos 1920 deu lugar à garotinha. Predominam a ironia, o
jogo, a emoção-choque, a liberdade das maneiras. A
moda ganhou uma conotação jovem e deve exprimir um
estilo de vida emancipado, liberto das coações desenvolto
em relação aos cânones oficiais.
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A MODA ABERTA akubo
Rei Kaw
Pluralidade de Estilos
Na moda de 100 anos, onde a Alta Costura imperava
soberana, os estilos adotados pelas modas eram
absolutos. Existia uma coerência entre os criadores que
estimulavam valores de delicadeza, uma feminilidade
curada, e elegância e o luxo. Com o impulso do
sportswear, das modas jovens marginais, dos criadores
do ready to wear a homogeneidade da moda deu lugar a
um patchwork de estilos.
Rei Kawakubo foi criador da marca Comme des Garçon,
especializada em anti-moda, de design desconstruídos e
de referências das mais inusitadas. Além da inclusão de
um look oriental, a Comme des Garçon foi (dos anos 70
aos 80 e 90) responsável pela disseminação de estilos
contestadores, nascidos na rua, para o mundo da moda,
servindo de patamar para a inclusão de “anarquias do
estilo” (punk, grunge, new wave, etc) ao sistema.
11. MODA E COMUNICAÇÃO PUC-Minas / Minicurso - Moda e comunicação / agosto 2011
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A MODA ABERTA
Jea n Paul
G aultier
Masculino-feminino
A moda de 100 anos consagraou o papel da mulher como
“sexo da moda”. Com os novos criadores pensando em
vestuários para produção em massa o homem volta à
cena nos anos 60 como mercado consumidor de produtos
de moda. Os anos 60 forma marcado pela dissolução na
austeridade do vestuário masculino e a masculinização
da imagem feminina. Como conseqüência (inclusive por
motivos de economia na fabricação) surge uma onda de
disseminação de um estilo unissex, que estimula tando a
androgenia, como, paradoxalmente a intensificação de
atributos simbólicos de ambos os sexos no vestuário.
12. MODA E COMUNICAÇÃO PUC-Minas / Minicurso - Moda e comunicação / agosto 2011
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A MODA ABERTA
Jea n Paul
G aultier
Masculino-feminino
Pierre Cardin se impresssionou pelo seu talento e o contratou
como assistente em 1980. Sua primeira coleção individual foi
lançada em 1986 e seu característico estilo irreverente data de
1991, tornando-o conhecido como enfant terrible da moda
francesa. Jean-Paul Gaultier promoveu o uso de saias,
especialmente sutiãs, para os homens. Causou grande impacto
nos desfiles ao usar modelos pouco convencionais, como homens
idosos e mulheres gordas, modelos tatuadas e com piercings,
entre outras excentricidades.
(wikipedia)
13. MODA E COMUNICAÇÃO PUC-Minas / Minicurso - Moda e comunicação / agosto 2011
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A MODA ABERTA
t- shir ts e
jeans
Moda para viver
O tempo do êxtase encantado, , assim como dos
escândalos e indignações, que escandiram a moda de 100
anos estão findos, mais nenhuma moda chega realmente
a provocar uma comoção coletiva.
Uniformidade e conformismo fazem parte do utilizo de
looks como t-shirt e jeans: todo mundo se parece, jovens,
menos jovens, moças e rapazes não se diferenciam.
Jeans e t-shirt, como toda moda, é um traje escolhido, de
maneira nenhuma imposto por uma tradição qualquer.
Depende da livre apreciação das pessoas que podem
adotá-lo ou rejeitá-lo.
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A MODA ABERTA
t- shir ts e
jeans
Moda para viver
A moda conjuga sempre o individualisamo e o
conformismo. Os gostos pessoais só se manifestam
através do mimetismo.
O individualismo hoje é menos visível porque a
preocupacão de individualidade é menos espalhafatosa.
É menos glorioso, mas mais livre, menos decorativo,
mais opcional.
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MODA E COMUNICAÇÃO
minicurso
recap. ilustrações