O documento descreve a concepção de realismo do teórico Georges-Henri Luquet através de seu estudo do desenho infantil. Luquet define realismo como a representação gráfica das características gerais de um objeto, e não apenas sua aparência visual. Ele observa que as crianças desenham um "modelo interno" dos objetos, que representa características típicas de uma categoria em vez de detalhes específicos. Luquet também discute como o desenho infantil evolui de representações mais individuais para abstrações mais g
1) O documento discute a concepção de realismo no pensamento de Georges-Henri Luquet, um teórico do início do século XX que estudou o desenho infantil e primitivo.
2) Luquet define realismo como a representação gráfica das características visuais gerais de um objeto, e não apenas sua aparência visual. Ele propõe que as crianças desenham baseadas em um "modelo interno" - uma imagem mental do objeto.
3) Esse "modelo interno" contém os aspectos típicos
O documento discute as teorias do design baseadas na percepção visual versus aquelas baseadas na interpretação cultural e histórica. Muitos teóricos do design como Kepes, Arnheim e Dondis basearam-se na psicologia Gestalt que via a percepção como universal, negligenciando fatores culturais e históricos na interpretação de mensagens visuais. Uma abordagem baseada na interpretação sugere que o significado varia culturalmente.
O documento discute os conceitos de complexidade, auto-organização, emergência e fractal da teoria do caos e como eles se aplicam ao processamento metonímico e metafórico. Também aborda como as metonímias podem ser compreendidas como compressões fractais que geram metáforas através de descompressões cognitivas durante a interpretação.
O documento discute as representações e analogias na formação de arquitetos, comparando diferentes perspectivas como a de Foucault, Bergson, Picasso e Bacon. Questiona se representações como imagens são equivalentes à experiência direta com arquitetura.
A metonímia é um processo cognitivo fundamental que permite a compreensão de conceitos através da associação com outros conceitos relacionados. Ela está presente não apenas na linguagem, mas em toda comunicação humana, como gestos e imagens. A metonímia funciona como um fractal, onde o todo está representado na parte. Ela contribui para a integração conceitual complexa através da compressão de projeções metonímicas.
Rancière, jacques. de uma imagem à outra deleuze e as eras do cinemananablue2007
1) O documento discute as teorias de Deleuze sobre duas eras do cinema: a imagem-movimento e a imagem-tempo.
2) Deleuze argumenta que filmes de Welles e Rossellini marcaram a transição entre essas duas eras através do uso de imagens descontínuas e situações puras.
3) No entanto, a divisão proposta por Deleuze entre as eras levanta questões sobre a relação entre mudanças na arte e na história em geral.
O manifesto defende uma poesia concreta que assume uma responsabilidade total perante a linguagem, vendo as palavras como objetos dinâmicos com propriedades físicas. A poesia concreta propõe uma nova estrutura capaz de captar a experiência humana no momento histórico, usando relações gráfico-fonéticas e o espaço como elemento de composição. O manifesto apresenta os precursores deste novo procedimento poético e defende que o poema concreto comunica sua própria estrutura através de isomorfismos
O documento discute a representação e auto-representação no retrato fotográfico. Analisa como o retrato representa o sujeito fotografado pelo fotógrafo, mas também permite a auto-representação do sujeito através da pose. Explora como a identidade é representada no retrato através de símbolos e máscaras sociais, e como a fotografia captura a identidade de forma paradoxal.
1) O documento discute a concepção de realismo no pensamento de Georges-Henri Luquet, um teórico do início do século XX que estudou o desenho infantil e primitivo.
2) Luquet define realismo como a representação gráfica das características visuais gerais de um objeto, e não apenas sua aparência visual. Ele propõe que as crianças desenham baseadas em um "modelo interno" - uma imagem mental do objeto.
3) Esse "modelo interno" contém os aspectos típicos
O documento discute as teorias do design baseadas na percepção visual versus aquelas baseadas na interpretação cultural e histórica. Muitos teóricos do design como Kepes, Arnheim e Dondis basearam-se na psicologia Gestalt que via a percepção como universal, negligenciando fatores culturais e históricos na interpretação de mensagens visuais. Uma abordagem baseada na interpretação sugere que o significado varia culturalmente.
O documento discute os conceitos de complexidade, auto-organização, emergência e fractal da teoria do caos e como eles se aplicam ao processamento metonímico e metafórico. Também aborda como as metonímias podem ser compreendidas como compressões fractais que geram metáforas através de descompressões cognitivas durante a interpretação.
O documento discute as representações e analogias na formação de arquitetos, comparando diferentes perspectivas como a de Foucault, Bergson, Picasso e Bacon. Questiona se representações como imagens são equivalentes à experiência direta com arquitetura.
A metonímia é um processo cognitivo fundamental que permite a compreensão de conceitos através da associação com outros conceitos relacionados. Ela está presente não apenas na linguagem, mas em toda comunicação humana, como gestos e imagens. A metonímia funciona como um fractal, onde o todo está representado na parte. Ela contribui para a integração conceitual complexa através da compressão de projeções metonímicas.
Rancière, jacques. de uma imagem à outra deleuze e as eras do cinemananablue2007
1) O documento discute as teorias de Deleuze sobre duas eras do cinema: a imagem-movimento e a imagem-tempo.
2) Deleuze argumenta que filmes de Welles e Rossellini marcaram a transição entre essas duas eras através do uso de imagens descontínuas e situações puras.
3) No entanto, a divisão proposta por Deleuze entre as eras levanta questões sobre a relação entre mudanças na arte e na história em geral.
O manifesto defende uma poesia concreta que assume uma responsabilidade total perante a linguagem, vendo as palavras como objetos dinâmicos com propriedades físicas. A poesia concreta propõe uma nova estrutura capaz de captar a experiência humana no momento histórico, usando relações gráfico-fonéticas e o espaço como elemento de composição. O manifesto apresenta os precursores deste novo procedimento poético e defende que o poema concreto comunica sua própria estrutura através de isomorfismos
O documento discute a representação e auto-representação no retrato fotográfico. Analisa como o retrato representa o sujeito fotografado pelo fotógrafo, mas também permite a auto-representação do sujeito através da pose. Explora como a identidade é representada no retrato através de símbolos e máscaras sociais, e como a fotografia captura a identidade de forma paradoxal.
1) O documento discute a relação entre a experiência, memória e linguagem em Walter Benjamin, especialmente no contexto da perda de experiência na era moderna.
2) Benjamin acredita que as imagens dialéticas, como os sonhos, podem revelar novas correspondências no passado que apontam para possibilidades futuras, diferentemente de Adorno que via nas imagens a repetição do sempre igual.
3) O conceito de "despertar" é central para Benjamin, representando a possibilidade de descobrir o novo no sempre igual através da reorganização criativa
Introdução à analise da Imagem (Joly, Martine)Juliana Lofego
Este documento apresenta uma introdução à análise da imagem escrita por Martine Joly. Resume os principais pontos teóricos abordados pela autora, incluindo a definição de imagem na perspectiva semiótica de Peirce e Barthes, as funções comunicativas da imagem, e a metodologia proposta para análise de imagens baseada na retórica visual. A autora parte da abordagem semiótica e destaca a importância do contexto na interpretação das imagens.
Este artigo descreve a evolução da análise da imagem no anúncio publicitário na semiótica francesa ao longo de quase 50 anos. Resgata os modelos propostos por Roland Barthes, Umberto Eco, e outros autores, destacando como a análise da imagem se desenvolveu à medida que a teoria semiótica evoluiu, do pioneirismo de Barthes até o discurso do valor das marcas.
O documento discute como as novas tecnologias estão transformando o conceito de imagem, passando da representação da realidade para modelos abstratos manipuláveis. Isso marca uma mudança fundamental na visualidade contemporânea e nas possibilidades artísticas.
O presente trabalho pretende estabelecer relações entre o conceito de imanência, a partir de ideias apresentadas por Georges Didi-Huberman no texto A imanência estética, e a prática do desenho. Essa relação se fez possível ao estabelecer uma aproximação entre o corpo do desenhador, seus gestos e suas projeções mentais, que conecta a experiência do desenhar com tempo/espaço, e o resultado final, apresentado através do desenho.
Este documento discute como as fotografias são codificadas para transmitir mensagens. Explora seis processos de codificação: trucagem, pose, uso de objetos, fotogenia, esteticismo, sintaxe. Também discute como o texto ancora o significado da imagem.
O documento resume a vida e obra do filósofo e crítico literário francês Roland Barthes. Ele se tornou uma referência pela aplicação de métodos semiológicos à análise literária e foi um importante pensador pós-estruturalista. Seu livro "A Câmara Clara" analisa a fotografia como um meio de revelar o real através da contingência do momento capturado.
1) O documento discute a fenomenologia da imaginação na poesia de Alberto Caeiro e Manoel de Barros, analisando como a imagem poética (re)apresenta o mundo por meio da imaginação do sujeito-escritor.
2) A pesquisa se baseia na fenomenologia de Husserl para estudar como a palavra poética traz aos olhos do leitor as ausências percebidas, presentificando-as e atribuindo significado.
3) A imagem poética é uma forma de (re)apresent
Este documento discute a teoria da imagem e como as imagens são usadas na comunicação contemporânea. Aborda como as imagens podem ocultar ou distorcer a realidade, e a necessidade de analisar o número e o impacto das imagens nas pessoas. Também explora como as imagens podem ter diferentes interpretações dependendo do observador, e a importância de distinguir a denotação e conotação ao analisar imagens.
O documento discute as poéticas e estéticas contemporâneas na obra do fotógrafo André Brito, analisando diversas imagens sob a ótica de vários autores. A estudante explora como Brito representa o corpo humano e como diferentes perspectivas podem ser evocadas por uma única imagem.
O documento discute a visão de Schopenhauer sobre o mundo como representação e a origem do conhecimento. Para Schopenhauer, o mundo surge para cada indivíduo como uma representação formada pela relação entre sujeito e objeto. Todo objeto depende do sujeito para existir, mas há também uma dependência mútua, de modo que nem sujeito nem objeto podem existir isoladamente. Assim, o mundo é a representação de cada um.
1) A imagem pode ser considerada como uma ferramenta de expressão e comunicação composta por diversos tipos de signos.
2) As imagens possuem múltiplos níveis de significado, incluindo um sentido denotativo explícito e um sentido conotativo implícito influenciado pela cultura.
3) A análise semiótica busca compreender os significados conotativos das imagens para revelar suas orientações subjetivas e persuasivas.
El documento presenta una introducción a los nuevos paradigmas en la ciencia y el pensamiento complejo. Aborda temas como la metamorfosis de la ciencia, la complejidad, la interdisciplina, los nuevos modos de producir y validar el conocimiento, y entrevistas a pensadores como Heinz von Foerster, Ilya Prigogine y Humberto Maturana. El autor argumenta que la ciencia ha evolucionado más allá de la concepción clásica, adoptando enfoques dinámicos y complejos que reconocen la naturaleza cultural e histó
Este documento fornece informações de contato de um engenheiro e um link para um exercício online sobre estruturas de concreto armado da USP, com um grupo de discussão para tirar dúvidas.
El documento discute los retos y oportunidades de las tecnologías de la información y la comunicación (TIC) en la educación. Señala que las TIC son necesarias en el aula porque el mundo actual está digitalizado y fomentan habilidades cognitivas como el pensamiento deductivo en los estudiantes. Entre los retos se encuentran que los docentes deben actualizarse constantemente sobre las nuevas tecnologías y los estudiantes deben trabajar en equipo para resolver actividades. Las TIC ofrecen oportunidades como materiales didácticos y
trabalho em grupo pedagogia,semestre.muito gratificante esse aprendizado,o qual me dediquei muito....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
A Equipa Informática atua no mercado há 38 anos com qualidade e excelência na prestação de serviço de Outsourcing de Capture/Digitalização e Impressão. Contamos com a competência de um corpo técnico capacitado, atendemos em todo território nacional.
La Universidad Fermín Toro define la planeación como el conjunto de procesos que una empresa aplica para dar destreza a su desempeño. Existen tres tipos de planeación: operacional, a medio plazo y estratégica. La planeación tiene como objetivo mejorar el sistema de la empresa mediante el seguimiento de la efectividad y la planificación, requiriendo eficiencia, efectividad y eficacia.
O documento descreve um projeto sobre folclore brasileiro para alunos de 7 a 11 anos. Seus objetivos são ensinar sobre as características e valores do folclore, resgatar tradições e brincadeiras folclóricas para estimular a imaginação das crianças. As atividades incluem leituras de lendas com trabalhos manuais e artísticos relacionados.
1) O documento discute a relação entre a experiência, memória e linguagem em Walter Benjamin, especialmente no contexto da perda de experiência na era moderna.
2) Benjamin acredita que as imagens dialéticas, como os sonhos, podem revelar novas correspondências no passado que apontam para possibilidades futuras, diferentemente de Adorno que via nas imagens a repetição do sempre igual.
3) O conceito de "despertar" é central para Benjamin, representando a possibilidade de descobrir o novo no sempre igual através da reorganização criativa
Introdução à analise da Imagem (Joly, Martine)Juliana Lofego
Este documento apresenta uma introdução à análise da imagem escrita por Martine Joly. Resume os principais pontos teóricos abordados pela autora, incluindo a definição de imagem na perspectiva semiótica de Peirce e Barthes, as funções comunicativas da imagem, e a metodologia proposta para análise de imagens baseada na retórica visual. A autora parte da abordagem semiótica e destaca a importância do contexto na interpretação das imagens.
Este artigo descreve a evolução da análise da imagem no anúncio publicitário na semiótica francesa ao longo de quase 50 anos. Resgata os modelos propostos por Roland Barthes, Umberto Eco, e outros autores, destacando como a análise da imagem se desenvolveu à medida que a teoria semiótica evoluiu, do pioneirismo de Barthes até o discurso do valor das marcas.
O documento discute como as novas tecnologias estão transformando o conceito de imagem, passando da representação da realidade para modelos abstratos manipuláveis. Isso marca uma mudança fundamental na visualidade contemporânea e nas possibilidades artísticas.
O presente trabalho pretende estabelecer relações entre o conceito de imanência, a partir de ideias apresentadas por Georges Didi-Huberman no texto A imanência estética, e a prática do desenho. Essa relação se fez possível ao estabelecer uma aproximação entre o corpo do desenhador, seus gestos e suas projeções mentais, que conecta a experiência do desenhar com tempo/espaço, e o resultado final, apresentado através do desenho.
Este documento discute como as fotografias são codificadas para transmitir mensagens. Explora seis processos de codificação: trucagem, pose, uso de objetos, fotogenia, esteticismo, sintaxe. Também discute como o texto ancora o significado da imagem.
O documento resume a vida e obra do filósofo e crítico literário francês Roland Barthes. Ele se tornou uma referência pela aplicação de métodos semiológicos à análise literária e foi um importante pensador pós-estruturalista. Seu livro "A Câmara Clara" analisa a fotografia como um meio de revelar o real através da contingência do momento capturado.
1) O documento discute a fenomenologia da imaginação na poesia de Alberto Caeiro e Manoel de Barros, analisando como a imagem poética (re)apresenta o mundo por meio da imaginação do sujeito-escritor.
2) A pesquisa se baseia na fenomenologia de Husserl para estudar como a palavra poética traz aos olhos do leitor as ausências percebidas, presentificando-as e atribuindo significado.
3) A imagem poética é uma forma de (re)apresent
Este documento discute a teoria da imagem e como as imagens são usadas na comunicação contemporânea. Aborda como as imagens podem ocultar ou distorcer a realidade, e a necessidade de analisar o número e o impacto das imagens nas pessoas. Também explora como as imagens podem ter diferentes interpretações dependendo do observador, e a importância de distinguir a denotação e conotação ao analisar imagens.
O documento discute as poéticas e estéticas contemporâneas na obra do fotógrafo André Brito, analisando diversas imagens sob a ótica de vários autores. A estudante explora como Brito representa o corpo humano e como diferentes perspectivas podem ser evocadas por uma única imagem.
O documento discute a visão de Schopenhauer sobre o mundo como representação e a origem do conhecimento. Para Schopenhauer, o mundo surge para cada indivíduo como uma representação formada pela relação entre sujeito e objeto. Todo objeto depende do sujeito para existir, mas há também uma dependência mútua, de modo que nem sujeito nem objeto podem existir isoladamente. Assim, o mundo é a representação de cada um.
1) A imagem pode ser considerada como uma ferramenta de expressão e comunicação composta por diversos tipos de signos.
2) As imagens possuem múltiplos níveis de significado, incluindo um sentido denotativo explícito e um sentido conotativo implícito influenciado pela cultura.
3) A análise semiótica busca compreender os significados conotativos das imagens para revelar suas orientações subjetivas e persuasivas.
El documento presenta una introducción a los nuevos paradigmas en la ciencia y el pensamiento complejo. Aborda temas como la metamorfosis de la ciencia, la complejidad, la interdisciplina, los nuevos modos de producir y validar el conocimiento, y entrevistas a pensadores como Heinz von Foerster, Ilya Prigogine y Humberto Maturana. El autor argumenta que la ciencia ha evolucionado más allá de la concepción clásica, adoptando enfoques dinámicos y complejos que reconocen la naturaleza cultural e histó
Este documento fornece informações de contato de um engenheiro e um link para um exercício online sobre estruturas de concreto armado da USP, com um grupo de discussão para tirar dúvidas.
El documento discute los retos y oportunidades de las tecnologías de la información y la comunicación (TIC) en la educación. Señala que las TIC son necesarias en el aula porque el mundo actual está digitalizado y fomentan habilidades cognitivas como el pensamiento deductivo en los estudiantes. Entre los retos se encuentran que los docentes deben actualizarse constantemente sobre las nuevas tecnologías y los estudiantes deben trabajar en equipo para resolver actividades. Las TIC ofrecen oportunidades como materiales didácticos y
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La Universidad Fermín Toro define la planeación como el conjunto de procesos que una empresa aplica para dar destreza a su desempeño. Existen tres tipos de planeación: operacional, a medio plazo y estratégica. La planeación tiene como objetivo mejorar el sistema de la empresa mediante el seguimiento de la efectividad y la planificación, requiriendo eficiencia, efectividad y eficacia.
O documento descreve um projeto sobre folclore brasileiro para alunos de 7 a 11 anos. Seus objetivos são ensinar sobre as características e valores do folclore, resgatar tradições e brincadeiras folclóricas para estimular a imaginação das crianças. As atividades incluem leituras de lendas com trabalhos manuais e artísticos relacionados.
This document summarizes the results of the 28th matchday of the men's youth football league Prebenjamin F-7 B - Go 6o. It provides the scores of 8 matches played. It also includes a table that shows the current league standings, listing each team's points, games played, won, drawn, lost, goals for, goals against, and penalty points. Valencia C.F. "G" sits in first place with 74 points after 28 games.
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La maqueta presenta una propuesta de cooperativa de oficinistas. Se propone una organización con trabajadores socios que compartan las responsabilidades y beneficios de gestionar servicios administrativos de forma cooperativa y democrática.
Este artigo analisa os desenhos de uma criança de acordo com as ideias de Georges-Henri Luquet sobre o desenvolvimento infantil. A pesquisa observou os desenhos de um menino de 5 anos para compreender a formação, natureza e função do desenho infantil. Luquet defendeu que as intenções e interpretações das crianças em seus desenhos mudam com o tempo, à medida que elas desenvolvem tipos gráficos consistentes para objetos familiares. A pesquisa mostrou como os desenhos da criança evoluíram de acordo com essas ideias
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre desenhos infantis realizada em 2007 com uma criança de 5 anos de idade. A pesquisa analisou os desenhos da criança segundo as ideias do teórico Georges-Henri Luquet para compreender a formação, natureza e função do desenho infantil. A pesquisa mostrou que a criança desenhava para se divertir e que seus desenhos refletiam suas experiências e influências do meio.
1) A leitura de imagens é um ato complexo que pode ser abordado de duas perspectivas: a textual, que vê a imagem como um texto, e a semiótica, que vê a imagem como um signo.
2) Existem elementos fundamentais para análise de imagens como ponto, linha, cor e forma (morfológicos), movimento e ritmo (dinâmicos) e dimensão e escala (escalares).
3) A leitura semiológica analisa os signos nas imagens e sua relação com a realidade e cultura,
Este documento discute a relação entre texto e imagem no livro infantil. Aborda como a imagem era a forma dominante de comunicação antes da escrita e como a escrita passou a ter mais importância. Também analisa como texto e imagem se relacionam nos livros infantis contemporâneos, seja reforçando ou contradizendo um ao outro.
O documento discute a arte conceitual e seu foco na ideia e conceito ao invés da obra finalizada. Apresenta René Magritte como um dos principais artistas surrealistas belgas e precursor da arte conceitual, destacando algumas de suas obras mais conhecidas. Também apresenta a obra "Uma e três cadeiras" de Joseph Kosuth como um exemplo de arte conceitual.
O documento discute a importância do desenho no desenvolvimento da aprendizagem infantil. Apresenta os principais estágios do desenho infantil de acordo com teóricos como Luquet, Piaget e Vygotsky. Argumenta que o desenho é precursor da escrita e está diretamente relacionado ao processo de aquisição de novas aprendizagens, pois permite às crianças representar mentalmente objetos e ideias antes de representá-los graficamente.
A metodologia da pesquisa e a importância das imagensAntonio Medina
1) O documento discute a importância das imagens na pesquisa sobre representações sociais, argumentando que o pensamento humano envolve tanto linguagem verbal quanto imagética.
2) Atualmente há um excesso de ênfase nos métodos verbais nas ciências sociais, ignorando o potencial das imagens.
3) Incorporar técnicas que coletem dados imagéticos pode enriquecer análises sobre representações sociais, associando códigos verbais e icônicos.
O documento discute a fenomenologia, definindo-a como o estudo da consciência e dos objetos da consciência, como coisas, imagens, pensamentos e sentimentos. Apresenta Edmund Husserl como fundador da fenomenologia e destaca que ele via a consciência como intencionalidade. Também discute as ideias de Maurice Merleau-Ponty sobre a fenomenologia, que enfatizava a corporeidade e a indissociabilidade entre conteúdo e forma.
1) O documento apresenta um resumo de três frases ou menos sobre o texto avaliativo de Filosofia.
2) Inclui questões objetivas sobre conceitos estéticos como belo, arte, cultura e humanização.
3) Aborda autores como Platão, Locke, Hume, Kant e Hegel e suas contribuições para a Estética.
Este documento discute a importância do letramento visual e suas relações com o letramento verbal. Apresenta exercícios para analisar como diferentes linguagens como imagens, desenhos e palavras podem ter significados distintos dependendo do contexto. Defende a necessidade de se antecipar conceitos como convenções de representação para que crianças e adultos possam ter diferentes chaves de leitura.
1. O documento resume um livro sobre a filosofia da fotografia escrito por Vilém Flusser.
2. Flusser argumenta que a fotografia inaugurou uma segunda revolução cultural após a invenção da escrita linear.
3. Ele propõe um glossário de termos para auxiliar no desenvolvimento de uma futura filosofia da fotografia.
Este documento discute a relação entre símbolos e o catolicismo na fotografia da artista contemporânea Elisabeth Ohlson. Apresenta conceitos sobre símbolos, iconografia e iconologia, e como os símbolos evoluíram na história da arte. Analisa a obra "Nattverden" de Ohlson, questionando símbolos católicos por meio da semiótica de Peirce.
O documento discute a construção do conhecimento segundo uma perspectiva construtivista. Apresenta o conceito de representação de Giambatista Vico, segundo o qual o conhecimento é construído através da experiência humana, ao invés de fornecer uma imagem exata do mundo real. Discute também dois tipos de representações: representações de objetos sensoriais e representações de operações mentais necessárias para o desenvolvimento cognitivo.
O documento discute as imagens como representações visuais e mentais e sua importância na cultura e comunicação. Aborda como as imagens surgiram antes da escrita e se tornaram onipresentes na era digital. Também explora como as imagens podem ser entendidas como ícones, índices ou símbolos e seu papel na memória, significado e interpretação.
1) O documento discute o auto-retrato como forma de auto-representação através da pintura e fotografia.
2) A autora realizou uma série de auto-retratos usando pintura, fotografia e projeto gráfico para estabelecer relações entre esses meios e refletir sobre a construção da identidade contemporânea.
3) Como resultado, a autora produziu uma instalação com 238 auto-retratos pintados e um livro com auto-retratos fotográficos, analisando as especificidades
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço..pdfmaria367173
1. O autor argumenta que uma filosofia da poesia deve se concentrar na imagem poética em si, e não em causas psicológicas ou passados do poeta. A imagem poética surge diretamente da alma e não está submetida a impulsos ou passados.
2. Ele defende que uma fenomenologia da imaginação, focando na experiência subjetiva da imagem, é melhor para entender sua essência do que abordagens objetivas. A imagem poética existe antes do pensamento e a poesia é uma fenomenologia da alma,
A fotografia como representação da arquiteturapazinicaroline
Este resumo apresenta três frases sobre o documento:
1) O documento descreve um relatório final sobre um estudo de caso analisando como a fotografia representa a arquitetura, tomando como exemplo o Centro Cultural São Paulo.
2) O relatório discute a natureza da imagem fotográfica, seu uso na arquitetura, e o imaginário fotográfico criado sobre o Centro Cultural São Paulo ao longo dos anos por publicações.
3) O trabalho produziu novos ensaios fotográficos sobre o Centro Cultural e
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 recebeu fortes críticas por falta de objetivos e princípios claros para o movimento modernista. A produção artística nova também foi mal recebida devido à desinformação dos críticos.
2) Embora tenha sido anunciada como uma mostra futurista, o modernismo brasileiro não se alinhava completamente com o futurismo italiano, buscando uma expressão mais independente e adaptada à realidade local.
3) Os resultados imediatos da Semana incluíram a consolidação
O pós-modernismo rejeita a existência de qualquer verdade universal, questiona todas as cosmovisões e crê que nenhuma abordagem ou crença é mais "verdadeira" que outra. Para os pós-modernistas, a verdade é relativa ao indivíduo e nada é absoluto, incluindo a lógica, ciência, história e moralidade. Eles também acreditam que a realidade é apenas o que percebemos e que o homem não pode conhecer nada em um sentido absoluto.
O documento discute as vanguardas européias no início do século XX e sua influência no modernismo brasileiro. Apresenta o movimento futurista liderado por Marinetti que queria uma arte combativa e voltada para o futuro, o expressionismo alemão focado em sentimentos de horror e sofrimento, e o dadaísmo radical liderado por Tristan Tzara que pregava destruir tudo o que vinha antes para começar do zero. Analisa também a influência dessas vanguardas na obra de Mário de Andrade e no modernismo brasileiro.
Este documento discute as contribuições do modernismo brasileiro para a literatura e crítica do país. O modernismo trouxe uma ruptura estética que refletia as transformações sociais da época e criou uma literatura moderna e nacional. Isso incluiu uma nova consciência da criação literária e do coletivo na produção artística. O movimento também estimulou o debate crítico sobre a identidade e problemas brasileiros.
Este documento fornece um resumo do Modernismo, contextualizando o movimento artístico e literário que surgiu no final do século XIX. Também aborda a chegada do Modernismo em Portugal no início do século XX, liderado por Fernando Pessoa e o grupo Orpheu. O documento inclui exemplos de artistas e obras modernistas.
O documento descreve o pintor surrealista Salvador Dalí, destacando suas obras bizarras e criativas que misturavam imagens oníricas com alta qualidade plástica. Também menciona sua personalidade excêntrica e sua morte em 1989 na Espanha devido a complicações de Parkinson.
El documento presenta una línea de tiempo de la historia del arte, dividiéndola en diferentes períodos como la Prehistoria, la Antigüedad, la Edad Media, la Edad Moderna y la Edad Contemporánea. Cada período incluye los principales estilos y artistas más representativos de cada época.
O documento resume os principais aspectos do surrealismo, incluindo seu contexto histórico no pós-guerra, definição, filosofia e categorias como artes plásticas, literatura, teatro e cinema. As artes plásticas são detalhadas com ênfase em artistas como Dalí, Magritte, Ernst e Picasso.
O documento descreve o movimento artístico surrealismo, incluindo seus objetivos de explorar o inconsciente e os sonhos, suas origens no início dos anos 1920 em Paris e influências do psicanalista Sigmund Freud. Líderes como André Breton usaram técnicas como o acaso objetivo para criar obras que combinam o representativo, abstrato e psicológico. Exemplos de artistas surrealistas como Dalí, Kush e Magritte são apresentados.
Este documento discute as conexões entre o escritor argentino Julio Cortázar e o cineasta italiano Michelangelo Antonioni, especificamente no conto "Las babas del diablo" e no filme baseado nele. Explora como ambos trabalhos exploram o surrealismo e o fantástico de forma não tradicional, misturando elementos realistas e sobrenaturais de forma harmoniosa. Também analisa a influência da fotografia nessas obras e como Cortázar via analogias entre contos, fotografia e cinema.
O rosto surrealista_do_brasil_contemporaneo_analise_historica_a_partir_da_obr...Equipemundi2014
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado que analisa o contexto social e cultural da cidade de São Paulo a partir da obra do poeta surrealista brasileiro Roberto Piva. A pesquisa explora como os poemas de Piva, influenciados pelo surrealismo, refletem temas da cidade como arquitetura, cultura e relações sociais durante a segunda metade do século XX.
O documento discute as relações entre o cineasta Jean Rouch e o movimento surrealista. Aponta que Rouch foi influenciado pelas ideias surrealistas de explorar o acaso, sonhos e imaginação em seus filmes. No entanto, seus filmes não utilizam as famosas imagens surrealistas de desnaturalizar a vida cotidiana, mas criam outro tipo de imagem surrealista. O texto também analisa como dois filmes de Rouch, La Punition e Gare du Nord, dialogam com as ideias surrealistas.
Benjamin peret-surrealista-brasil-jean-puyadeEquipemundi2014
O documento descreve a trajetória do poeta surrealista francês Benjamin Péret, que viveu no Brasil entre 1929-1931. Ele era um membro radical do grupo surrealista que acreditava na necessidade de transformar a vida e a sociedade. Quando chegou ao Brasil aos 30 anos, Péret já tinha uma visão de mundo formada pelo seu envolvimento no movimento surrealista e sua experiência na Primeira Guerra Mundial. No Brasil, ele se abriu para novas experiências, mas permaneceu isolado artisticamente, devido ao seu compromisso com o surre
1) O documento é uma resenha do livro "A aventura surrealista: cronologia do surrealismo" de Sérgio Lima que explora a história do movimento surrealista.
2) Sérgio Lima procura analisar o movimento surrealista da perspectiva de um poeta crítico que participou do movimento.
3) O livro fornece uma cronologia não linear do movimento surrealista e estabelece conexões entre a história literária brasileira e internacional.
Este documento analisa o romance "A Torre da Barbela", do escritor português Ruben A., relacionando-o com o debate entre o Neo-Realismo e o Surrealismo na literatura portuguesa da década de 1950. O documento explica como a obra de Ruben A. se aproxima dos ideais surrealistas de liberdade criativa e primazia da imaginação em vez dos princípios realistas do Neo-Realismo. A narrativa fantástica de "A Torre da Barbela" é interpretada como uma crítica à imagem ideal
1) O documento discute a parceria entre o cineasta Alfred Hitchcock e o pintor surrealista Salvador Dalí no filme Spellbound (1945), especificamente na criação de uma sequência onírica.
2) A sequência onírica criada por Dalí incorpora características-chave do surrealismo como o sonho, o olho, a psicanálise e o erotismo.
3) Infelizmente, partes da sequência criada por Dalí foram cortadas pelo produtor contra a vontade de Hitchcock.
O documento descreve a história do rádio, desde suas descobertas iniciais por Hertz e Landell de Moura na década de 1880 até sua popularização nos dias atuais. Detalha os marcos do desenvolvimento do rádio como a primeira transmissão de voz por Landell de Moura em 1893 e a fundação da primeira emissora brasileira por Roquette Pinto e Morize em 1923. Aponta também que o rádio ainda é o meio de comunicação mais acessível, presente em 98% dos lares brasileiros.
O documento discute os conceitos de mídia, meios de comunicação e veículos. Apresenta detalhes sobre o departamento de mídia de uma agência, incluindo suas funções. Também fornece informações sobre jornais, revistas e propaganda ao ar livre como veículos de mídia.
O documento descreve a evolução das comunicações ao longo da história, desde as pinturas rupestres dos povos primitivos até as modernas formas de comunicação como televisão, rádio e telefone. Começou com sinais de fumo e sons, depois pombos-correio e mensageiros a cavalo, até a invenção da escrita e impressão que revolucionaram a comunicação.
A evolução da publicidade e o rádio no brasilEquipemundi2014
O documento descreve a evolução da publicidade no rádio brasileiro entre 1922 e 1990, dividido em 4 etapas: 1) 1922-1930, quando foram descobertos os primeiros formatos de anúncio; 2) 1930-1960, período de expansão e consolidação dos investimentos publicitários no rádio; 3) 1960-1980, quando o rádio sofreu mudanças devido à presença crescente da televisão; 4) a partir de 1980, com a transição para um novo modelo de mercado.
1. A CONCEPÇÃO DE REALISMO EM GEORGES-HENRI LUQUET1
Maria Lúcia Batezat Duarte2
CAPES/ UDESC
Vários foram os teóricos que no decorrer desses quase cem anos utilizaram
abundantemente os estudos de Luquet referentes ao desenho infantil, mas
igualmente criticaram sua concepção de realismo. Entre eles Rudolf Arnheim
(1954-74), Maurice Merlau-Ponty (1949-52), Florence de Mèredieu (1974) e, no
Brasil, Mário de Andrade (1938). Neste texto não se pretende discutir a
pertinência ou não das críticas realizadas. Importa rever e apresentar a palavra
de Luquet conforme ela é formulada, rever a construção dessa concepção a
partir dos textos reencontrados e lidos. Pretende-se compor assim uma espécie
de mosaico que permita uma aproximação ao seu pensamento, uma vez que
ele é construído metodologicamente, evitando equívocos, enfrentando os
desvios e as contradições.
Entre os anos de 1910 e 1930, Luquet dedica-se especialmente ao estudo
da arte primitiva e pré-histórica, e ao estudo do desenho infantil. Ele constrói o
seu pensamento entretecendo diferentes domínios do conhecimento: a
filosofia, a lógica e a matemática; a psicologia, a antropologia e a educação. Se
os estudos da arte primitiva e pré-histórica permanecem necessariamente
restritos a análise de obras encontradas em museus, coleções particulares ou
reproduções fornecidas em publicações anteriores, o estudo do desenho
infantil é realizado em ato, a partir da observação sistemática do desenhar de
seus filhos, Simonne e Jean Luquet. Não raro, os estudos se entrecruzam
produzindo uma reflexão muito própria a sua época: uma relação entre a
filogenia, o desenvolvimento do ser humano, e a ontogenia, o desenvolvimento
do sujeito. A aprendizagem da criança, o seu debut na cultura e seu
desenvolvimento, são comparados à aprendizagem dos povos compreendidos
1
Texto publicado nos Anais do 16° Encontro Nacional da ANPAP, Florianópolis,
UDESC:ANPAP, 2008. p.412-420.
2
Maria Lúcia Batezat Duarte é professora dos cursos de graduação e pós-graduação em Artes
Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC.
2. como primitivos, vistos à época como um testemunho vivo dos primeiros
passos da nossa humanidade e da cultura ocidental. O estudo dos povos
primitivos era o centro de interesse de inúmeros teóricos franceses, fazendo da
antropologia uma área de destaque na pesquisa e nas publicações teóricas.
São especialmente essas fontes que constroem o pensamento de Luquet sobre
a arte e sobre o desenhar infantil.
Entretanto, quando estuda o desenho infantil Luquet o faz elaborando
um método que denomina “método microscópico”:
“ Cette méthode, (...) consiste à mettre en évidence un certain caractère
dans un cas où il est particulièrement net ou comme on dit, un « cas
privilégié » ; puis, ce caractère étant ainsi établi, à le retrouver dans d’autres
cas où il eut échappé si l’attention n’avait été attirée sur lui par sa constatation
dans le cas privilégié. “ (Luquet, 1913, p. XXII). Luquet defende o seu método
de estudo do desenho infantil a partir do desenhar de uma criança (sua filha
Simonne) apontando as lacunas que um método estatístico, apesar de usual
em sua época, necessariamente comporta. Reafirma a importância de fazer um
estudo “monográfico” acompanhando e registrando todas as ações e
verbalizações produzidas pela criança antes, durante e após o ato de
desenhar, mesmo que em um primeiro momento essas observações e
anotações não pareçam propiciar qualquer sentido (Luquet, 1910, p.2).
Analisando a produção de desenhos pré-históricos, primitivos e de
crianças, neste caso especialmente os desenhos de seus dois filhos, Luquet
percebe o desenhar como um ato de representação da realidade. O “realismo”
do desenho é, portanto, uma concepção chave em sua teoria. Importa, então,
tentar precisar qual o sentido do termo “realismo” para Luquet e sob que
oposição ele é construído.
Os realismos em Luquet:
Já em 1910, em seu primeiro texto sobre desenho infantil “Sur les
debuts du dessin enfantin” (Sobre os primórdios do desenho infantil), Luquet
elabora o seu pensamento distinguindo no desenhar infantil um primeiro
momento em que a criança traça linhas no papel meio por imitação à escrita,
um segundo momento no qual ela passa a estabelecer analogias visuais entre
3. as linhas grafadas e determinados objetos, e um terceiro momento, em que o
desenhar parece mesmo definido, no qual a criança se esforça para
estabelecer semelhanças entre o seu desenho e um objeto qualquer do seu
cotidiano. Rapidamente, no último parágrafo do texto, ele classifica o desenho
infantil nomeando-o “realismo lógico” em oposição ao termo “realismo visual”
que utiliza para nomear o desenho dos adultos. Ainda que a concepção de
realismo não seja apresentada nesse primeiro texto, a maneira como as idéias
vão sendo formuladas já explicita que Luquet está se referindo à qualidade do
desenho de ser análogo a um objeto do cotidiano, isto é, apresentar os objetos
que o desenhista conhece.
A concepção de realismo começa a ser delineada por oposição a
“idealismo” e “decorativo” na sua tese de doutoramento publicada com o título
“Les dessins d’un enfant” (Os desenhos de uma criança) em 1913. Ao opor
realismo a idealismo, Luquet segue a filosofia da época, mas constrói extensa
e propriamente essas concepções. Penso que busca referências
especialmente em Henri Bergson, seu antigo professor, sutilmente citado em
sua tese de 1913 quanto ao método de pesquisa que ambos empregam.
Diz Luquet sobre o realismo no desenho infantil:
“Tout dessin est la traduction graphique de l’image visuelle que
fournirait le motif représenté et même, croyons-nous, d’une image visuelle
plus ou moins nette réellement présente dans l’esprit du dessinateur au
moment où il dessine, à savoir ce que nous avons appelé le modèle interne.
Quoi qu’il en soit au point de vue subjectif, au point de vue objectif le dessin
est incontestablement la traduction graphique des caractères visuels de
l’objet représenté ; autrement dit, en empruntant aux logiciens le terme de
compréhension par lequel ils désignent l’ensemble des caractères d’un objet,
le dessin d’un motif peut se définir la traduction graphique de la
compréhension visuelle de ce motif. (...) Nous croyons que le souci de
l’enfant dans chacun de ses dessins est de lui faire exprimer d’une façon
aussi exacte, aussi complète, on pourrait dire aussi littérale que possible la
compréhension visuelle de l’objet qu’il représente. Aucun nom ne nous
semble mieux exprimer ce caractère que celui de réalisme, et nous dirons
que le dessin enfantin est essentiellement et volontairement réaliste.”
(Luquet, 1913, p.145.)
A concepção geral de realismo que Luquet apresenta, atrelada ao
conceito de “compreensão” das características gerais do objeto distancia-se
claramente do realismo visual, termo este que o teórico vai utilizar para
nomear, diferenciando especial e exclusivamente, apenas a última fase do
desenho infantil. Quando Luquet utiliza o termo “objeto” refere-se a uma
4. categoria mais ou menos geral, como diríamos “mesa” para indicar os móveis
de apoio com quatro pernas e um tampo (e não aquela mesa da minha sala de
jantar). Ele constrói o seu texto atento ao processo do desenhar, diríamos hoje,
atendo aos processos cognitivos que permitem transformar as imagens visuais,
percebidas e memorizadas como categorias de objetos, em um registro gráfico
que as representem como as palavras o fazem. Importa recordar que na base
do pensamento de Luquet encontram-se, também, as suas pesquisas sobre os
grafismos primitivos e suas possíveis relações com a escrita. A citação abaixo
exemplifica o cuidado de Luquet em trabalhar visando à generalidade e/ou à
especificidade da representação gráfica.
“ Comme les représentations en général, le images visuelles dont les dessins
sont la traduction graphique sont d’autant plus abstraites qu’elles sont plus
générales, puisque la généralisation implique l’élimination ou la neutralisation
des caractères distinctifs des individus analogues. Par suite, bien que les
dessins correspondant aux images génériques par opposition aux images
individuelles consevent des traces saisissables de l’intention réaliste, c’est dans
la représentation graphique des images les plus individuelles, les plus
spéciales, que le souci du détail aussi fidèle et minutieux que possible sera le
plus marqué et le plus manifeste, puisque c’est par ces détails que se
caracterise et s’individualise le motif représenté. ”(Luquet, 1913, p.147)
Uma concepção de desenho no qual, abstrações, isto é, simplificações,
permitem que a imagem visual possa “corresponder a um número sempre
crescente de objetos concretos” é determinante na tese de Luquet e marca
definitiva das exaustivas observações que ele realiza durante o
acompanhamento das sessões de desenho de seus filhos. A noção de “modelo
interno” é resultado dessas observações, fundamento de sua tese, e das
etapas de desenvolvimento proposta.
Nas palavras de Luquet sua concepção de “modelo interno”:
“A representação do objeto a desenhar, devendo ser traduzida no
desenho por linhas que se dirigem à vista, toma necessariamente a forma de
uma imagem visual; mas esta imagem nunca é a reprodução servil de
qualquer das percepções fornecidas ao desenhista pela observação do
objeto ou de um desenho correspondente. É uma refração do objeto a
desenhar através do espírito da criança, uma reconstrução original que
resulta de uma elaboração muito complicada apesar da sua espontaneidade.
O nome modelo interno é destinado a distinguir claramente do objeto ou
modelo propriamente dito esta representação mental que traduz o desenho.”
(Luquet, 1927-1969, p. 81.)
5. O “modelo interno” é, na concepção de Luquet, o exemplar mental que a
criança “copia” quando realiza um desenho de memória, e também aquele que
“copia” mesmo tendo “diante dos olhos” o objeto a ser desenhado. A
característica principal do “modelo interno” é ser conforme “não ao realismo
visual, mas ao realismo intelectual”. (Luquet, 1927-1969, p.82) O modelo
interno apresenta também as características de ser um exemplar típico de uma
categoria de objetos. Nesse processo os aspectos mais típicos do objeto são
registrados graficamente, quer do ponto de vista de seu conjunto ou de seus
pormenores.
Ao elaborar a concepção de “modelo interno”, Luquet descreve um
processo de desenho precedente à construção desse “modelo” e um processo
posterior, de alteração do modelo, que denomina “modificação do tipo” (Luquet,
1927-1969, p.57 e ss). Ele compreende essa imagem que se inscreve na
mente, como resultado de várias tentativas concretas, nas quais a criança
altera e aprimora o seu desenho de determinado objeto até considerá-lo bom e
suficiente. Uma vez satisfeito e estabilizado esse modelo, ele responde por
duas imagens semelhantes: aquela do desenho propriamente dito; e aquela
que se inscreve na mente e sofrerá um processo de “cópia” nos próximos
desenhos a serem realizados do mesmo objeto3
. O “modelo interno” é uma
imagem mental intermediária entre o objeto e o desenho. Isto é, o desenho
realizado pela criança passa a ter como recurso básico de execução o “modelo
interno” que lhe apresenta um modo de desenhar esse ou aquele objeto.
Compreende-se, assim, o fato de Luquet afirmar que a criança desenha “o que
sabe” dos objetos, trata-se do resumo mental modelado entre o ver e o
desenhar.
Na concepção de Luquet a representação do objeto único e
determinado, que ele denomina “histórico”, cede lugar, no desenho infantil, a
3
Em outro texto, “A imitação sensório-motora como uma possibilidade de aprendizagem de desenho por
crianças cegas” (DUARTE, 2006-B, Relatório CAPES de Estágio de Pós-doutoramento), indico, a partir da
psicologia cognitiva e dos estudos de neurologia, que o desenhar envolve também uma imagem motora,
memorizada, dos procedimentos (movimentos) necessários à fatura do desenho.
6. uma representação gráfica geral de uma categoria de objetos similares
marcada pela abstração4
:
“...le dessin ne représentatera plus telle petite fille, mais une petite
fille quelconque, ou même um bonhomme sans distinction de sexe ni
d’âge;il ne représentera plus notre maison, mais une maison ; plus une
marguerite ou un rosier, mais une fleur, etc. ” (Luquet, 1913, p. 148)
Luquet chama atenção para o fato de que essas distinções podem surgir
de modo bem atenuado nos desenhos e que é mesmo impossível de posse
apenas do desenho determinar se a criança realmente viu a cena desenhada
no momento mesmo que a desenhou. Essa observação reafirma a importância
dos registros realizados durante o ato de desenhar das crianças, único modo
de poder precisar suas intenções e o momento vivenciado.
O entrelaçamento entre desenho e relato verbal que caracteriza a
pesquisa de Luquet assim como a faixa etária na qual ele centraliza a sua
etapa de obtenção de dados (entre os três e os oito anos de idade) fez com
que ele desacreditasse no caráter “esquemático” do desenho infantil ainda que
identificasse a generalização do traçado como característica central. Se para
Luquet a configuração do desenho é realizada a partir das características
formais gerais de uma categoria, esse fato não impede que o objeto seja
considerado “real” à experiência vivenciada pela criança. Deste modo, sua
concepção de realismo opõe-se às concepções de esquematismo e idealismo.
“Mais si le dessin enfantin est imprégné de réalisme en tan qu’on
oppose ce terme à celui de schématisme, si en d’autres termes l’enfant ne
vise pas à simplifier le objets dans la représentation qu’il en donne, il serait
exagéré d’en conclure que l’idéalisme est complètement absent de l’art
enfantin. Dans la plupart de ses dessins l’enfant se contente de reproduire
la nature ; quand Simonne signale comme joli ou beau l’ensemble ou tel
élément d’un dessin, elle veut presque toujours dire ressemblant ou
complet. Mais dans certains cas elle tend à embellir la nature, à la faire, si
l’on peut dire, plus belle que nature, ce qui nous semble la caractéristique
essentielle de l’idéalisme artistique, quelques formes particulières que
puisse prendre cette tendance. L’enfant a d’ailleurs conscience de ce
rudiment d’idéalisme qu’il surajoute au réalisme, et il a soin de l’en
distinguer expressément. Simonne a pour désigner les traits idéalistes de
ses dessins une formule constante : elle le appelle des ‘pour faire joli’ ”
(Luquet, 1913, p.166)
4
Contém compreender aqui, que o termo “abstração” não possui no começo do século XX o sentido
vulgarizado pela eclosão do abstracionismo artístico. A construção total do texto permite compreender
que o termo é empregado por Luquet para significar aquilo que é “mental”, o que é “conceitual”.
7. Na obra de 1927, Luquet trabalha à luz da escola froebeliana a
oposição entre as atividades artísticas cuja finalidade seria produzir uma “forma
de vida” ou uma “forma de beleza”. Atrelando a idéia do belo aos aspectos
formais, geométricos e abstratos em relevância na produção artística da época,
o autor reconhece que a criança não é insensível a uma estética formal, mas
acentua como determinante o interesse infantil pela representação dos objetos
de seu cotidiano. Citando vários exemplos observados nos quais aparentes
exercícios com linhas e figuras geométricas foram rapidamente transformados
em representações de objetos concretos pelas crianças, Luquet afirma: “O
desenho infantil é realista pela escolha de seus motivos e também pelo seu
fim.” (Luquet, 1927-1969, p.124).
Enfatizando a contraposição entre idealismo e realismo, Luquet
argumenta que mesmo realizando uma cena imaginária com personagens e
cenários jamais vistos, ainda assim a criança desenha realisticamente, no
sentido em que se propõe a dotar esses elementos imaginários de
características correlatas a uma possível realidade. Para o autor, o idealismo
consiste no movimento contrário que requer atribuir aos objetos representados
características estranhas a sua natureza, fato esse pouco observado nos
desenhos infantis (Luquet, 1927-1969, p.133).
Igualmente Luquet atrela o conceito de esquematismo compreendido
como “simplificação do objeto representado, que se traduz por uma redução do
número de pormenores reproduzidos” às dificuldades de ordem motora e
psíquica da primeira infância, argumentando que esse esquematismo não é
voluntário, mas fruto do próprio estágio de desenvolvimento infantil como um
todo. Para o autor, o esquematismo (aparente) é traduzido como um período,
uma fase do desenho infantil que ele denomina “réalisme manqué”, realismo
falhado ou malogrado (Luquet, 1927-1969, p.131 e ss).
Quando nega a característica de “esquematização” ao desenho infantil,
Luquet argumenta contra uma esquematização “voluntária”. Distingue assim o
desenho infantil da simplificação esquemática do adulto que, nos povos
primitivos, conduziu aos elementos decorativos (idealismo) e à própria escrita.
Por outro lado, ao estabelecer uma ligação de interdependência entre
esquematismo e idealismo parece evitar o primeiro termo para escapar a uma
falsa interpretação da sua concepção de realismo. Entretanto, a concepção de
8. “modelo interno” deixa entrever uma esquematização “involuntária”, presente
no desenvolvimento do desenho infantil até a fase denominada pelo próprio
pesquisador “realismo visual”. Nessa etapa de desenvolvimento a realidade
passa a ser apresentada no desenho sem qualquer síntese como resultado não
apenas do interesse da criança, já quase adolescente, mas também como
produto de uma prática e de uma aprendizagem dos recursos gráficos
necessários a esse tipo de representação.
Em 1923, Luquet já abordava as dificuldades a serem enfrentadas pela
criança antes de ser capaz de desenhar de acordo com um “realismo visual”.
Por meio do binômio sucessividade/simultaneidade explicitou o caráter distinto
entre o objeto concreto (e sua representação tridimensional na escultura) e o
desenho de caráter bidimensional. Se no primeiro caso a configuração
tridimensional permite perceber o objeto visualmente por meio do recurso de
movimentar-se “em torno de” extraindo desse movimento uma visão
“sucessiva”, no segundo o caráter bidimensional do desenho permite apenas a
representação “simultânea” das propriedades dos objetos.
“Il y a là une différence essentielle entre l’image dessinée d’une part,
l’image sculptée et le modèle d’autre part, dans lesquels tel caractére
invisible à un moment donné deviendra apparent à un autre et inversement.
Par suite, tandis que dans le modèle ou l’image esculptée tout ce qui s’y
trouve est visible successivement, mais n’est pas visible simultanément,
dans le dessin ce qui s’y trouve est visible simultanément, mais rien de ce
qui n’y est pas n’est jamais visible. (...) c’est pour cette raison que les
artistes primitifs des milieux les plus variés adoptent spontanément pour
leurs dessins d’animaux la vue de profil, pour leurs figures humaines,
quoiqu’avec un certain nombre d’exceptions, la vue de face. ” (Luquet,
1923, p.20)
No desenho das crianças as dificuldades de representação inerentes à
simultaneidade são, não raro, solucionadas por meio de sínteses e
deslocamentos com a finalidade de apresentar todas as características
compreendidas como essenciais aos objetos. Luquet remarca esse movimento
no desenho infantil, especialmente na etapa de desenvolvimento que denomina
em 1910 “realismo lógico” e, a partir de 1913, “realismo intelectual”. Trata-se
de diferenciar uma realidade visual de uma realidade que se poderia, talvez,
denominar também “conceitual”. Luquet conclui:
“En définitive il y a deux grandes sortes de ressemblance et par
suite deux grandes sortes de réalisme, puisque le réalisme cherche à faire
9. des images ressemblantes : un réalisme visuel, qui consiste à figurer dans
le dessin les seuls caractères du modèle qu’on en peut apercevoir du point
de vue choisi, et un réalisme intellectuel, qui consiste à figurer dans le
dessin tous les caractères que le modèle possède effectivement, qui « y
sont » ; le dessin est, dans le premier cas, une impression visuelle fixée,
dans le second, une définition exprimée par des traits au lieu de l’être par
des mots.” (Luquet, 1923, p.20.)
A prerrogativa conferida por Luquet aos artistas primitivos e às crianças
entre “desenhar o que sabe ou desenhar o que vê”, tem sido citada ao longo
desses anos como um equívoco em sua própria concepção de realismo. Seus
críticos só admitem um tipo de realismo, aquele visual, indicado por Luquet
como a última etapa do desenho infantil. Porém, mais uma vez, em texto de
1947 publicado nos “Cahiers de pedagogie moderne pour l’enseignement du
premier degré – Le dessin” (Cadernos de pedagogia moderna para o ensino do
primeiro grau – O desenho), Luquet inicia sua argumentação afirmando:
“Pour l’enfant, un beau dessin veut dire un dessin ressemblant et, par
suite, la tendance fondamentale de son dessin est le réalisme.(...) Tandis
que le réalisme de l’adulte est un réalisme visuel, le réalisme de l’enfant est
un réalisme intellectuel. Pour lui, un dessin n’est pas un tableau, mais une
définition ; il a pour rôle d’exprimer avec des traits l’essence de l’objet
représenté, comme le langage l’exprime avec des mots.” (Luquet in:
Huisman et Landowski (org), 1947, p.7)
Considerações Finais:
As críticas e incompreensões sobre o conceito de realismo
adotado por Luquet foram bastante contundentes mesmo frente as suas
primeiras publicações. Talvez por isso, quando da publicação do livro “Le
dessin enfantin” (O desenho Infantil) de 1927, ele já tenha tentado evitar o
termo “realismo visual” em um esforço para driblar controvérsias. Nessa
publicação, diferente da tese de 1913 “Les dessins d’un enfant” (Os desenhos
de uma criança), Luquet nomeia “A narração gráfica” o capítulo dedicado a
última fase do desenho infantil que anteriormente nomeara “Realismo Visual”.
Entretanto, as discórdias e críticas se mantiveram ao longo dos anos.
Seus críticos mesmo os mais recentes como Bideaud, Houdé e Pedinielli
(1993) mantêm a relação univalente entre o realismo do objeto (sempre um
realismo visual) e o realismo intelectual ou lógico, isto é, o realismo que permite
à criança estabelecer analogias mentais entre o objeto experimentado e seu
desenho. Quando Luquet nomeia as primeiras fases do desenho infantil como
10. “réalisme fortuit” e “réalisme manqué” (realismo fortuito e realismo falhado)
estes termos são compreendidos como um fator ocasional ou uma falha
verificada e lastimada pela criança quando, na verdade, os termos são
utilizados por Luquet na perspectiva do adulto que vê, que acompanha o
desenhar infantil e percebe, ele sim, a partir de seus critérios de visualidade, a
eventualidade e as falhas desse desenhar.
Definitivamente, para Luquet o critério de visualidade, o desenhar a
partir de um comprometimento com a percepção visual surge apenas ao final
da infância e início da adolescência. Antes de construir a sua seqüência de
fases do desenho infantil, Luquet apresenta os elementos deste desenhar tanto
na tese de 1913 quando na publicação e 1927. Estes elementos são essenciais
na construção das fases: intenção, interpretação, tipo, modelo interno e cor.
Ora, se “modelo interno” é um elemento fundamental do desenho infantil, é o
caráter mental da imagem gráfica que está em jogo e não a sua visualidade
externa. É ainda, nos ensaios entre “intenção” e “interpretação”, que o desenho
é considerado, ou não, pela criança, um representante satisfatório dos objetos
do seu cotidiano, justamente aqueles objetos que ela necessita cognitivamente
compreender e categorizar.
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