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Transformações Químicas
Ligações químicas e interações
intermoleculares
Prof. Luiz Duarte Ramos
Teoria que explica as partículas e as forças
fundamentais. Explica do que o mundo é feito e o que o
mantém unido. Contudo, ainda existem muitas
questões a serem respondidas.
MODELO PADRÃO
Estrutura Eletrônica dos Átomos e
Tabela Periódica
https://youtu.be/7Kp-AW9aj64
4
Uma breve animação:
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COVALENT
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Ligações Químicas
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Definição de Ligações Químicas
Ligação química: é a força que mantém dois ou mais átomos unidos.
• Ligação covalente: resulta do compartilhamento de elétrons entre
dois átomos. Normalmente encontrada entre elementos não-
metálicos.
• Ligação iônica: resulta da transferência de elétrons de um metal
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• Ligação metálica: é a força atrativa que mantém metais puros
unidos.
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2. Eletroafinidade (ou Afinidade Eletrônica).
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Configurações Eletrônicas de Íons
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❖ metálicos tendem a
perder elétrons
❖ não metálicos
tendem a ganhar
elétrons
❖ Configuração
eletrônica final igual
ao próximo gás nobre
❖ Regra do OCTETO
Configurações eletrônicas de alguns átomos e
dos íons que eles formam
9
10
Interações eletrostáticas
Interação entre cargas ≡ força coulômbica
r
Repulsão
Atração
Ligações Iônicas
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Estrutura
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Lewis
Energia de ionização vs
eletroafinidade
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energia necessária
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energia liberada
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um elétron em
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+145 kJ/mol
-642 kJ/mol
Ligações Iônicas
Energias envolvidas na
formação da ligação iônica
• A energia de rede (energia
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de um composto iônico sólido nos
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Propriedades dos Compostos Iônicos
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número de pares de elétrons compartilhados aumenta.
H H O O N N
19
Ligações Covalentes
Estruturas de Lewis: uma revisão
Lewis percebeu que ele poderia justificar a existência de um grande número de
moléculas ao propor que cada átomo compartilha elétrons com seus átomos
vizinhos para atingir um total de oito elétrons de valência.
20
Eletronegatividade
• Eletronegatividade: é a habilidade de um átomo de atrair elétrons para si em
certa molécula.
• Pauling estabeleceu as eletronegatividades em uma escala de 0,7 (Cs) a 4,0 (F).
21
Polaridade da ligação e eletronegatividade
Eletronegatividade e
polaridade de ligação
• A diferença na eletronegatividade entre dois átomos é uma medida da
polaridade de ligação:
• as diferenças de eletronegatividade próximas a 0 resultam em
ligações covalentes apolares (compartilhamento de elétrons igual ou
quase igual);
• as diferenças de eletronegatividade próximas a 2 resultam em
ligações covalentes polares (compartilhamento de elétrons
desigual);
• as diferenças de eletronegatividade próximas a 3 resultam em
ligações iônicas (transferência de elétrons).
F2 (4,0 – 4,0 = 0,0)
HF (4,0 – 2,1 = 1,9)
LiF (4,0 – 1,0 = 3,0) 22
Característica da Ligação
Ligação Iônica vs Ligações Covalentes
23
Forma espacial das moléculas
24
Modelo RPECV ou VSEPR
O modelo da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência (modelo
RPECV ou VSEPR) amplia a teoria da ligação química de Lewis para explicar
as formas das moléculas, adicionando regras que explicam os ângulos de ligação.
Primeira regra: as regiões de altas concentrações de elétrons se repelem e, para
reduzir ao máximo essa repulsão, elas tendem a se afastar o máximo possível,
mantendo a mesma distância do átomo central.
25
Forma e Estrutura das Moléculas
Segunda regra: tendo identificado o arranjo que localiza os pares de elétrons na
posição “mais distante” (ligações e pares isolados do átomo central), que é
chamado de arranjo dos elétrons na molécula, determinamos a posição dos
átomos e identificamos a forma da molécula, dando-lhe um nome de acordo com
as formas.
26
Terceira regra: não existe distinção entre ligações simples ou múltiplas.
Quarta regra: quando existe mais de um átomo central, as ligações de cada
átomo são tratados independentemente.
Exemplos:
Forma e Estrutura das Moléculas
27
Moléculas Polares e Apolares
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Moléculas Polares e Apolares
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Moléculas Polares e Apolares
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Moléculas Polares e Apolares
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Moléculas Polares e Apolares
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Moléculas Polares e Apolares
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Moléculas Polares e Apolares
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Moléculas Polares e Apolares
35
Hibridização e Geometria Molecular
36
Hibridização e Geometria Molecular
37
Hibridização e Geometria Molecular
38
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• Se espalham por toda a molécula;
• Os elétrons de valência estão delocalizados sobre toda a molécula, não
pertencem a uma ligação específica;
• Resultam da combinação linear de orbitais atômicos (LCAO – linear
combination of atomic orbitals).
39
Por que O2 é paramagnético?
40
41
Estruturas
de Lewis
Teoria de
Ligação de
Valência
Geometria
Molecular
Polaridade
Molecular
Teoria do
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Molecular
Ordem de
Ligação
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natureza elestrostática.
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N, O, F; ligados a um
átomo de H
compartilhado
20
Ligação de Hidrogênio
Moléculas polares em
rotação
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estacionárias
2
dipolo-dipolo
Íons e moléculas polares
15
íon-dipolo
Somente íons
250
íon-íon
Espécies que
interagem
Energia,
kJ.mol-1
Tipo de Interação
Dispersão de London
46
Íon-dipolo
• Quando há a
presença de íons
em uma solução
• Atração de cargas
opostas
• Quanto maior a
carga ou menor o
íon mais forte a
atração ocorre
ÍON-DIPOLO
48
49
ÍON-DIPOLO
Chang e Goldsby, Fig. 11.3
Energia de Hidratação
Íon metálico
Raio Iônico (10-12
m)
Energia de Hidratação
(kJ.mol-1)
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Na+ 102 - 405
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50
Dipolo-dipolo
• Ocorre entre moléculas polares
• Alinhamento dos dipolos da
moléculas
• Quanto maios o momento
dipolo da molécula maior a
atração entre elas
Dipolo-dipolo
• Ocorre entre moléculas polares
• Alinhamento dos dipolos da
moléculas
• Quanto maios o momento
dipolo da molécula maior a
atração entre elas
Interações de London
(dipolo induzido- dipolo induzido)
• Quando duas moléculas apolares se
aproximam ocorre uma repulsão das nuvens
eletrônicas gerando dipolos induzidos
momentâneos.
Forças de London
54
Forças de London
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C15H32 C18H38
55
Forças de London
Ponto de ebulição: 360C
Ponto de ebulição: 100C
56
POLARIZABILIDADE
• Quanto maior o tempo que uma espécie consegue
manter-se polarizada, maior será a sua capacidade de
indução da polaridade na molécula seguinte.
• Este tempo depende de dois fatores:
– Valor da carga, q.
– Valor de r (raio). Um grande valor de r produz um dipolo com
maior tempo de vida. Portanto, as espécies polarizáveis são as
mais volumosas, pois permitem maior separação entre as
cargas.
57
POLARIZABILIDADE
F2 Gás
Cl2 Gás
Br2 Líquido
I2 Sólido
58
LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO
59
Ligações de hidrogênio
• Tipo de interação intermolecular mais forte.
• O átomo de Hidrogênio tem que estar ligado a
um átomo extremamente eletronegativo (F, O, N)
Ligações de Hidrogênio
Os pontos de ebulição da maior parte dos hidretos moleculares dos elementos do
bloco p mostram um aumento suave com a massa molar em cada grupo. Entretanto,
três compostos têm comportamento anormal.
61
62
63
1 Debye = D = 3,33564 x 10-30 C m
Composto
orgânico
Fórmula Moment
o
Dipolar
(D)
M
(g/mol)
PE
(0C)
Interação Predominante
Álcool
etílico
CH3CH2OH 1,69 46 78 Ligações de H
Acetona CH3COCH3 2,88 58 56 Dipolo-dipolo
Éter
etílico
(CH3CH2)2O 1,15 74 35 Dipolo-dipolo e Dipolo
Instantâneo-Dipolo
Induzido (London)
64
65
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  • 1. 1 Transformações Químicas Ligações químicas e interações intermoleculares Prof. Luiz Duarte Ramos
  • 2. Teoria que explica as partículas e as forças fundamentais. Explica do que o mundo é feito e o que o mantém unido. Contudo, ainda existem muitas questões a serem respondidas. MODELO PADRÃO
  • 3.
  • 4. Estrutura Eletrônica dos Átomos e Tabela Periódica https://youtu.be/7Kp-AW9aj64 4 Uma breve animação:
  • 6. Definição de Ligações Químicas Ligação química: é a força que mantém dois ou mais átomos unidos. • Ligação covalente: resulta do compartilhamento de elétrons entre dois átomos. Normalmente encontrada entre elementos não- metálicos. • Ligação iônica: resulta da transferência de elétrons de um metal para um não-metal. • Ligação metálica: é a força atrativa que mantém metais puros unidos. 6
  • 7. 7 1. Ligação entre elementos metálicos e não metálicos 1. Energia de Ionização. 2. Eletroafinidade (ou Afinidade Eletrônica). 3. Interações eletrostáticas. Ligações Iônicas 7
  • 8. Configurações Eletrônicas de Íons 8 ❖ metálicos tendem a perder elétrons ❖ não metálicos tendem a ganhar elétrons ❖ Configuração eletrônica final igual ao próximo gás nobre ❖ Regra do OCTETO
  • 9. Configurações eletrônicas de alguns átomos e dos íons que eles formam 9
  • 10. 10 Interações eletrostáticas Interação entre cargas ≡ força coulômbica r Repulsão Atração Ligações Iônicas 10 Estrutura de Lewis
  • 11. Energia de ionização vs eletroafinidade 11 energia necessária para retirar um elétron e um átomo no estado gasoso
  • 12. Energia de ionização vs eletroafinidade 12 energia liberada pela ‘entrada’ de um elétron em um átomo no estado gasoso
  • 13. Energia de rede 13 +145 kJ/mol -642 kJ/mol
  • 14. Ligações Iônicas Energias envolvidas na formação da ligação iônica • A energia de rede (energia necessária para separar um mol de um composto iônico sólido nos seus no estado gasoso) aumenta à medida que: • As cargas nos íons aumentam • A distância entre os íons diminui 14 LEI DE COULOMB
  • 17. X- X2- X3- M+ MX M2X M3X M2+ MX2 MX M3X2 M3+ MX3 M2X3 MX Estequiometrias Comuns dos Compostos Iônicos 17
  • 19. Ligações Covalentes Ligações múltiplas • É possível que mais de um par de elétrons seja compartilhado entre dois átomos (ligações múltiplas): • Um par de elétrons compartilhado = ligação simples (H2); • Dois pares de elétrons compartilhados = ligação dupla (O2); • Três pares de elétrons compartilhados = ligação tripla (N2). • Em geral, a distância entre os átomos ligados diminui à medida que o número de pares de elétrons compartilhados aumenta. H H O O N N 19
  • 20. Ligações Covalentes Estruturas de Lewis: uma revisão Lewis percebeu que ele poderia justificar a existência de um grande número de moléculas ao propor que cada átomo compartilha elétrons com seus átomos vizinhos para atingir um total de oito elétrons de valência. 20
  • 21. Eletronegatividade • Eletronegatividade: é a habilidade de um átomo de atrair elétrons para si em certa molécula. • Pauling estabeleceu as eletronegatividades em uma escala de 0,7 (Cs) a 4,0 (F). 21
  • 22. Polaridade da ligação e eletronegatividade Eletronegatividade e polaridade de ligação • A diferença na eletronegatividade entre dois átomos é uma medida da polaridade de ligação: • as diferenças de eletronegatividade próximas a 0 resultam em ligações covalentes apolares (compartilhamento de elétrons igual ou quase igual); • as diferenças de eletronegatividade próximas a 2 resultam em ligações covalentes polares (compartilhamento de elétrons desigual); • as diferenças de eletronegatividade próximas a 3 resultam em ligações iônicas (transferência de elétrons). F2 (4,0 – 4,0 = 0,0) HF (4,0 – 2,1 = 1,9) LiF (4,0 – 1,0 = 3,0) 22
  • 23. Característica da Ligação Ligação Iônica vs Ligações Covalentes 23
  • 24. Forma espacial das moléculas 24
  • 25. Modelo RPECV ou VSEPR O modelo da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência (modelo RPECV ou VSEPR) amplia a teoria da ligação química de Lewis para explicar as formas das moléculas, adicionando regras que explicam os ângulos de ligação. Primeira regra: as regiões de altas concentrações de elétrons se repelem e, para reduzir ao máximo essa repulsão, elas tendem a se afastar o máximo possível, mantendo a mesma distância do átomo central. 25
  • 26. Forma e Estrutura das Moléculas Segunda regra: tendo identificado o arranjo que localiza os pares de elétrons na posição “mais distante” (ligações e pares isolados do átomo central), que é chamado de arranjo dos elétrons na molécula, determinamos a posição dos átomos e identificamos a forma da molécula, dando-lhe um nome de acordo com as formas. 26
  • 27. Terceira regra: não existe distinção entre ligações simples ou múltiplas. Quarta regra: quando existe mais de um átomo central, as ligações de cada átomo são tratados independentemente. Exemplos: Forma e Estrutura das Moléculas 27
  • 28. Moléculas Polares e Apolares 28
  • 29. Moléculas Polares e Apolares 29
  • 30. Moléculas Polares e Apolares 30
  • 31. Moléculas Polares e Apolares 31
  • 32. Moléculas Polares e Apolares 32
  • 33. Moléculas Polares e Apolares 33
  • 34. Moléculas Polares e Apolares 34
  • 35. Moléculas Polares e Apolares 35
  • 39. Orbitais Moleculares • Se espalham por toda a molécula; • Os elétrons de valência estão delocalizados sobre toda a molécula, não pertencem a uma ligação específica; • Resultam da combinação linear de orbitais atômicos (LCAO – linear combination of atomic orbitals). 39
  • 40. Por que O2 é paramagnético? 40
  • 41. 41
  • 42. Estruturas de Lewis Teoria de Ligação de Valência Geometria Molecular Polaridade Molecular Teoria do Orbital Molecular Ordem de Ligação Magnetismo das Moléculas Cores das moléculas
  • 45. Como explicar as Forças Intermoleculares? São explicadas por argumentos de natureza elestrostática. 45 Ligação química é força INTRAmolecular!
  • 46. Tipos de Interações – Formação de Fases Condensadas N, O, F; ligados a um átomo de H compartilhado 20 Ligação de Hidrogênio Moléculas polares em rotação 0,3 Moléculas polares estacionárias 2 dipolo-dipolo Íons e moléculas polares 15 íon-dipolo Somente íons 250 íon-íon Espécies que interagem Energia, kJ.mol-1 Tipo de Interação Dispersão de London 46
  • 47. Íon-dipolo • Quando há a presença de íons em uma solução • Atração de cargas opostas • Quanto maior a carga ou menor o íon mais forte a atração ocorre
  • 50. Energia de Hidratação Íon metálico Raio Iônico (10-12 m) Energia de Hidratação (kJ.mol-1) Li+ 59 - 515 Na+ 102 - 405 K+ 151 - 321 Rb+ 161 - 296 Cs+ 174 - 263 Mg2+ 72 - 1922 50
  • 51. Dipolo-dipolo • Ocorre entre moléculas polares • Alinhamento dos dipolos da moléculas • Quanto maios o momento dipolo da molécula maior a atração entre elas
  • 52. Dipolo-dipolo • Ocorre entre moléculas polares • Alinhamento dos dipolos da moléculas • Quanto maios o momento dipolo da molécula maior a atração entre elas
  • 53. Interações de London (dipolo induzido- dipolo induzido) • Quando duas moléculas apolares se aproximam ocorre uma repulsão das nuvens eletrônicas gerando dipolos induzidos momentâneos.
  • 56. Forças de London Ponto de ebulição: 360C Ponto de ebulição: 100C 56
  • 57. POLARIZABILIDADE • Quanto maior o tempo que uma espécie consegue manter-se polarizada, maior será a sua capacidade de indução da polaridade na molécula seguinte. • Este tempo depende de dois fatores: – Valor da carga, q. – Valor de r (raio). Um grande valor de r produz um dipolo com maior tempo de vida. Portanto, as espécies polarizáveis são as mais volumosas, pois permitem maior separação entre as cargas. 57
  • 58. POLARIZABILIDADE F2 Gás Cl2 Gás Br2 Líquido I2 Sólido 58
  • 60. Ligações de hidrogênio • Tipo de interação intermolecular mais forte. • O átomo de Hidrogênio tem que estar ligado a um átomo extremamente eletronegativo (F, O, N)
  • 61. Ligações de Hidrogênio Os pontos de ebulição da maior parte dos hidretos moleculares dos elementos do bloco p mostram um aumento suave com a massa molar em cada grupo. Entretanto, três compostos têm comportamento anormal. 61
  • 62. 62
  • 63. 63
  • 64. 1 Debye = D = 3,33564 x 10-30 C m Composto orgânico Fórmula Moment o Dipolar (D) M (g/mol) PE (0C) Interação Predominante Álcool etílico CH3CH2OH 1,69 46 78 Ligações de H Acetona CH3COCH3 2,88 58 56 Dipolo-dipolo Éter etílico (CH3CH2)2O 1,15 74 35 Dipolo-dipolo e Dipolo Instantâneo-Dipolo Induzido (London) 64