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Desmatamento da Floresta Amazônica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Mapa do desmatamento da Amazônia brasileira, divulgado em agosto de 2009. Fonte:
Imazon/Agência Brasil

As principais fontes de desmatamento na Amazônia são assentamentos humanos e
desenvolvimento da terra.[1] Entre 1991 e 2000, a área total de floresta
amazônica desmatada para a pecuária e estradas aumentou de 415.000 para 587,000
km²; uma área total de mais de seis vezes maior do que Portugal, 64% maior do
que a Alemanha, 55% maior do que o Japão, 21% maior do que ou igual a Sichuan e
84% da área do Texas. A maior parte desta floresta perdida foi substituída por
pastagem para o gado.[2] Em fevereiro de 2008, o governo brasileiro anunciou que
a taxa com que a floresta amazônica está sendo destruída tinha vindo a acelerar
notavelmente durante a época do ano que normalmente diminu.: apenas nos últimos
cinco meses de 2007, mais de 3.200 quilômetros quadrados, uma área equivalente
ao estado estadunidense de Rhode Island, foi desmatada.[3]

A taxa anual de desmatamento na Amazônia cresceu de 1990 a 2003 devido a fatores
locais, nacionais e internacionais.[4]
Índice

    1   Redução do desmatamento
    2   Causas
    3   Unidades de Conservação
    4   Ver também
    5   Referências

Redução do desmatamento

Desde 2004, o rítimo do desmatamento vem sendo reduzido, passando de 27.423
quilmômetros quadrados a 6.418 em 2011, um récorde histórico de mínima. [5]
Ainda sim, o desmatamento de um ano corresponde a quase 13 vezes a área a ser
alagada com a construção da Usina de Belo Monte.
Causas

As queimadas têm acelerado o processo de formação de área de savana em região
que compreende o Mato Grosso e sul do Pará.[6]

Cerca de 70% da área anteriormente coberta por floresta, e 91% da área desmatada
desde 1970, é usada como pastagem.[7][8] Além disso, o Brasil é atualmente o
segundo maior produtor global de soja (atrás apenas dos EUA), usada sobretudo
como ração para animais. À medida que o preço da soja sobe, os produtores
avançam para o norte, em direção às áreas ainda cobertas por floresta. Pela
legislação brasileira, abrir áreas para cultivo é considerado "uso efetivo" da
terra e é o primeiro passo para obter sua propriedade.[4] Áreas já abertas valem
5 a 10 vezes mais que áreas florestadas e por isso são interessantes para
proprietários que tem o objetivo de revendê-las. Segundo Michael Williams, "O
povo brasileiro sempre viu a Amazônia como uma propriedade comunal que pode ser
livremente cortada, queimada e abandonada."[9] A indústria da soja é a principal
fonte de divisas para o Brasil, e as necessidades dos produtores de soja têm
sido usados para validar muitos projetos controversos de infraestrutura de
transportes na Amazônia.[4]
Queimadas e desmatamento em Rondônia.

As duas primeiras rodovias, Belém-Brasília (1958) e Cuiabá-Porto Velho (1968),
eram, até o fim da década de 1990, as duas únicas rodovias pavimentadas e
transitáveis o ano inteiro na Amazônia Legal. Costuma-se dizer que essas duas
rodovias são o cerne de um ‘arco de desmatamento‘". A rodovia Belém-Brasília
atraiu cerca de 2 milhões de colonizadores em seus 20 primeiros anos. O sucesso
da rodovia Belém-Brasília em dar acesso à Amazônia foi repetido com a construção
de mais estradas para dar suporte à demanda por áreas ocupáveis. A conclusão da
construção das estradas foi seguida por intenso povoamento das redondezas, com
impactos para a floresta.[9]
Cientistas usando dados de satélites da NASA constataram que a ocupação por
áreas de agricultura mecanizada tem tornado-se, recentemente, uma força
significativa no desmatamento da Amazônia brasileira. Essa modificação do uso da
terra pode alterar o clima da região e a capacidade da área de absorver dióxido
de carbono. Pesquisadores descobriram que em 2003, então o ano com maiores
índices de desmatamento, mais de 20% das florestas no Mato Grosso foram
transformadas em área de cultivo. Isso sugere que a recente expansão agrícola na
região contribui para o desmatamento. Em 2005, o preço da soja caiu mais de 25%
e algumas áreas do Mato Grosso mostraram diminuição no desmatamento, embora a
zona agrária central tenha continuado com o desmatamento.

A taxa de desmatamento pode retornar aos altos níveis de 2003 à medida que a
soja e outros produtos agrícolas voltam a se valorizar no mercado internacional.
O Brasil tornou-se um líder mundial na produção de grãos, incluindo a soja, que
totalizam mais de um terço do PIB brasileiro. Isso sugere que as altas e baixas
dos preços de grãos, carne e madeira podem ter um impacto significativo no
destino do uso da terra na região.[10]

Em 2006, o atual senador do Mato Grosso Blairo Borges Maggi recebeu o prêmio
"Motossera de Ouro" do Greenpeace por ser, de acordo com a organização, o
brasileiro que mais contribuiu para a destruição da Floresta Amazônica [11].

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  • 1. Desmatamento da Floresta Amazônica Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Mapa do desmatamento da Amazônia brasileira, divulgado em agosto de 2009. Fonte: Imazon/Agência Brasil As principais fontes de desmatamento na Amazônia são assentamentos humanos e desenvolvimento da terra.[1] Entre 1991 e 2000, a área total de floresta amazônica desmatada para a pecuária e estradas aumentou de 415.000 para 587,000 km²; uma área total de mais de seis vezes maior do que Portugal, 64% maior do que a Alemanha, 55% maior do que o Japão, 21% maior do que ou igual a Sichuan e 84% da área do Texas. A maior parte desta floresta perdida foi substituída por pastagem para o gado.[2] Em fevereiro de 2008, o governo brasileiro anunciou que a taxa com que a floresta amazônica está sendo destruída tinha vindo a acelerar notavelmente durante a época do ano que normalmente diminu.: apenas nos últimos cinco meses de 2007, mais de 3.200 quilômetros quadrados, uma área equivalente ao estado estadunidense de Rhode Island, foi desmatada.[3] A taxa anual de desmatamento na Amazônia cresceu de 1990 a 2003 devido a fatores locais, nacionais e internacionais.[4] Índice 1 Redução do desmatamento 2 Causas 3 Unidades de Conservação 4 Ver também 5 Referências Redução do desmatamento Desde 2004, o rítimo do desmatamento vem sendo reduzido, passando de 27.423 quilmômetros quadrados a 6.418 em 2011, um récorde histórico de mínima. [5] Ainda sim, o desmatamento de um ano corresponde a quase 13 vezes a área a ser alagada com a construção da Usina de Belo Monte. Causas As queimadas têm acelerado o processo de formação de área de savana em região que compreende o Mato Grosso e sul do Pará.[6] Cerca de 70% da área anteriormente coberta por floresta, e 91% da área desmatada desde 1970, é usada como pastagem.[7][8] Além disso, o Brasil é atualmente o segundo maior produtor global de soja (atrás apenas dos EUA), usada sobretudo como ração para animais. À medida que o preço da soja sobe, os produtores avançam para o norte, em direção às áreas ainda cobertas por floresta. Pela legislação brasileira, abrir áreas para cultivo é considerado "uso efetivo" da terra e é o primeiro passo para obter sua propriedade.[4] Áreas já abertas valem 5 a 10 vezes mais que áreas florestadas e por isso são interessantes para proprietários que tem o objetivo de revendê-las. Segundo Michael Williams, "O povo brasileiro sempre viu a Amazônia como uma propriedade comunal que pode ser livremente cortada, queimada e abandonada."[9] A indústria da soja é a principal fonte de divisas para o Brasil, e as necessidades dos produtores de soja têm sido usados para validar muitos projetos controversos de infraestrutura de transportes na Amazônia.[4] Queimadas e desmatamento em Rondônia. As duas primeiras rodovias, Belém-Brasília (1958) e Cuiabá-Porto Velho (1968), eram, até o fim da década de 1990, as duas únicas rodovias pavimentadas e transitáveis o ano inteiro na Amazônia Legal. Costuma-se dizer que essas duas rodovias são o cerne de um ‘arco de desmatamento‘". A rodovia Belém-Brasília atraiu cerca de 2 milhões de colonizadores em seus 20 primeiros anos. O sucesso da rodovia Belém-Brasília em dar acesso à Amazônia foi repetido com a construção de mais estradas para dar suporte à demanda por áreas ocupáveis. A conclusão da construção das estradas foi seguida por intenso povoamento das redondezas, com impactos para a floresta.[9]
  • 2. Cientistas usando dados de satélites da NASA constataram que a ocupação por áreas de agricultura mecanizada tem tornado-se, recentemente, uma força significativa no desmatamento da Amazônia brasileira. Essa modificação do uso da terra pode alterar o clima da região e a capacidade da área de absorver dióxido de carbono. Pesquisadores descobriram que em 2003, então o ano com maiores índices de desmatamento, mais de 20% das florestas no Mato Grosso foram transformadas em área de cultivo. Isso sugere que a recente expansão agrícola na região contribui para o desmatamento. Em 2005, o preço da soja caiu mais de 25% e algumas áreas do Mato Grosso mostraram diminuição no desmatamento, embora a zona agrária central tenha continuado com o desmatamento. A taxa de desmatamento pode retornar aos altos níveis de 2003 à medida que a soja e outros produtos agrícolas voltam a se valorizar no mercado internacional. O Brasil tornou-se um líder mundial na produção de grãos, incluindo a soja, que totalizam mais de um terço do PIB brasileiro. Isso sugere que as altas e baixas dos preços de grãos, carne e madeira podem ter um impacto significativo no destino do uso da terra na região.[10] Em 2006, o atual senador do Mato Grosso Blairo Borges Maggi recebeu o prêmio "Motossera de Ouro" do Greenpeace por ser, de acordo com a organização, o brasileiro que mais contribuiu para a destruição da Floresta Amazônica [11].