O documento discute como a subjetividade é produzida na interação entre seres humanos e máquinas, comparando a "sujeição social" e a "servidão maquínica". Também contrasta as "semiologias significantes" dos seres humanos com as "semióticas a-significantes" das máquinas e como ambas contribuem igualmente para definir os enquadramentos e condições de ação na sociedade contemporânea.
5. “A sujeição produz e sujeita os indivíduos, enquanto na servidão
[in]divíduos se tornam ‘dividuais’ [componentes] e as massas se
tornam amostras, dados, mercados ou bancos.” (p. 29)
6. “Não existem mais sujeito e objeto separados. A servidão trabalha
com a sua desterritorialização, ou seja, suas potencialidades não
individuadas” (p. 30).
Waze
7. Semiologias significantes vs
Semiótica a-significante
Sujeição Servidão
Sujeito
Objeto
usos
inputs
outputs
O autor toma como base os trabalhos de Deleuze e Guattari.
Significantes
a-significantes
Universo
Maquinocêntrico
Universo
Logocêntrico
Enunciados Agenciamentos
8. “As novas máquinas sociais e técnicas tomaram posse do
comportamento e das atitudes não apenas no emprego e no
trabalho em geral, mas também na vida diária”. (p. 34)
Nike
10. “Não humanos contribuem tanto quanto os humanos na definição
de enquadramentos e nas condições de ação. Age-se sempre
dentro de um agenciamento, um coletivo em que máquinas,
objetos e signos são ao mesmo tempo ‘agentes’” (p. 32)
Her
11. http://www.adorocinema.com/filmes/filme-206799/trailer-19535942/
“Theodore (Joaquin Phoenix) é um
escritor solitário, que acaba de comprar
um novo sistema operacional para seu
computador. Para a sua surpresa, ele
acaba se apaixonando pela voz deste
programa informático, dando início a
uma relação amorosa entre ambos. Esta
história de amor incomum explora a
relação entre o homem contemporâneo
e a tecnologia.”
12. [...] “Nos sistemas homens-máquinas, em que ‘numerosos elementos
humanos e não humanos interagem (...), os componentes de todo
trabalho podem ser expressas em termos de informação.” (p. 31)
Minority Report
13. “Washington, 2054. O assassinato foi banido, pois
há a divisão pré-crime, um setor da polícia onde o
futuro é visualizado através de paranormais, os
precogs, e o culpado é punido antes do crime ter
sido cometido. O líder da equipe de policiais é
John Anderton (Tom Cruise). Porém algo muda
totalmente sua vida quando vê, através dos
precogs, que matará um desconhecido em menos
de trinta e seis horas. A confiança que Anderton
tinha no sistema rapidamente se perde e John
segue uma pequena pista, que pode ser a chave
da sua inocência
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-34917/trailer-19534796/
14. [...] “A sujeição invoca a consciência e a representação do sujeito,
enquanto a servidão maquínica ativa muito mais e muito menos do
que a consciência e a representação.” (p. 32)
Black Mirror
15. “Uma espécie de híbrido entre "The Twilight Zone"
e "Tales of the Unexpected", Black Mirror explora
sensações do mal-estar contemporâneo. Cada
episódio conta uma história diferente, traçando
uma antologia que mostra o lado negro da vida
atrelada à tecnologia.”
http://www.adorocinema.com/series/serie-10855/
16. “Devemos libertar as forças humanas e
não humanas que a primeira revolução
industrial aprisionou no trabalho, na
linguagem e na vida, e fazê-lo não
para encontrar uma subjetividade
‘original’, mas para abrir e ativar outros
processos de sua produção, nos
apoderando da testerritorizalização do
trabalho, da linguagem e da vida como
uma oportunidade.” (p. 82)