O documento discute estratégias de articulação socioespacial para cidades e sociedades divididas. Apresenta exemplos de intervenções urbanísticas em favelas e complexos de favelas no Rio de Janeiro, como Manguinhos, Rocinha e Complexo do Alemão, com foco em mobilidade, infraestrutura e equipamentos públicos.
2. O
desafio
sócio-‐espacial
contemporâneo
consiste
em
imaginar
novas
formas
de
relação
e
equilíbrio
entre
cidade,
urbanidade
e
espaço
público…
CIIDADE:
configurãção
espacial
definida
pelo
assentamento
de
construções
estáveis,
habitada
por
una
população
numerosa,
densa
e
heterogênea,
conformada
essencialmente
por
estranhos
entre
sí
URBANIDADE:
modo
de
vida
caracterizado
pela
mobilidade,
a
agitação
como
fonte
de
vertebração
social,
e
pela
proliferação
de
“urdimbres”
relacionais.
Sociedade
que
normalmente
se
movimenta,
e
ocasionalmente,
se
mobiliza
ESPAÇO
PÚBLICO:
superNcies
em
que
se
produzem
deslizamentos,
dos
quais
resultam
infinidades
de
entrecruzamentos
e
bifurcações;
cenário
das
agitações
humanas,
onde
as
dimensões
políPcas
e
culturais
estão
no
centro
das
questões
(Manuel
Delgado)
3.
AS QUATRO FASES DO URBANISMO :
>A CIDADE CLÁSSICA [continuidade de edificações amarradas por ruas e
praças].
>A CIDADE INDUSTRIAL [ na sua duas versões: a utopia da ordem, Haussman
e a utopia da inclusão da natureza, a cidade jardim].
> A CIDADE MODERNA [“explode” o esquema clássico; edificações
descontínuas flutuam num “espaço verde” separadas por “vias de
circulação”].
> A CIDADE METAPOLITANA [mudança de escala e de forma numa
ocupação do território induzida pela globalização que estimula a expansão
da “nebulosa urbana”, demandando novas formas de pensar e fazer].
4. Posta a mente num
problema instala um
redemoinho no ar. Um
conceito
imediatamente
sobrevoa em circulo o
buraco preto. Rodeia,
rodeia, gira, gira ao
redor das sensações,
levanta velocidade e
centrípeto se
arredemoinha, chupa,
succiona e lança e
amontoa, sedimenta,
edifica em torno a ou
acerca do problema.
Gilles Deleuze
5.
"L'alliance de la ville et du concept jamais
ne les identifie mais elle joue de leur
progressive symbiose: planifier la ville,
c'est à la fois penser la pluralité même du
réel et donner effectivité à cette pensée
du pluriel; c'est savoir et pouvoir
articuler."
Michel de Certeau
(L'invention du quotidien)
6. desenvolvimento
local
integrado,
conceito
de
¨rizoma¨,
¨dobra¨,
espaço
liso_
geração
de
trabalho
e
renda,
equipamento
para
espaço
estriado
serviços
sociais
(posto
de
saúde,
centro
de
FILOSOFIA
capacitação
laboral,
creche,
etc)
leitura
da
estrutura
do
lugar;
POLÍTICAS
SOCIAIS
formulação
do
esquema
urbanísPco;
reconfiguração
das
situação
fundiária;
delimitação
centralidades
público_privado
(projetos
de
alinhamento,
reconhecimento
URBANISMO
/
ARQUITETURA
de
vias
públicas,
estabelecimento
de
áreas
de
especial
interesse
social,
etc)
ASPECTOS
LEGAIS
INTERSEÇÃO
(magma
sócio-‐espacial)
ENGENHARIAS
/
MOBILIDADE
PSICANÁLISE
sistemas
infraestruturais;
sistema
de
¨escuta¨
das
demandas;
associação
livre
e
transporte;
etc
atenção
flutuante
ASPECTOS
SOCIOLÓGICOS
estudos
sócio-‐econômicos;
estudos
ASPECTOS
GEO-‐BIO-‐AMBIENTAIS
demográficos;
interações
homem-‐ambiente;
delimitações
de
áreas
de
gestão
de
processos
de
parPcipação
risco
geotécnico;
comunitária
(workshops,
seminários,
informes
de
impacto
ambiental;
pesquisas
de
opinião
pública,
etc)
quadro
de
adequação
ambiental
das
intervenções;
etc
7. Uma cidade nos chega pelos olhos e pelos pés.
Walter Benjamin
8. ESCALAS DE INTERVENÇÃO
PEQUENA:
até 500 familias
desenho urbano
MÉDIA:
de 500 a 3500 familias
Curto e médio
GRANDE: prazo, 4-8 anos
mais de 3500 familias
EXTRA GRANDE OU TERRITORIAL:
conjunto de
comunidades que
configuram Planejamento
“fragmentos urbanos” estratégico
incluindo entornos
Longo prazo,
variáveis segundo os
15-20 anos
casos. Mede-se em
hectáres e em
número de habitantes
considerados
SCALES
OF
INTERVENTION
9. Favelas
A
abordagem
da
questão
urbana
contemporânea
exige
colocar
no
centro
das
atenções
as
relações
entre
os
setores
formais
e
informais,
tratando
de
maneira
simultânea
os
aspectos
_sicos,
sociais
e
ecológicos.
48. MANGUINHOS
TRATAMENTO DAS ESTAÇÕES DO TELEFÉRICO E ENTORNO
49. ALEMÃO
PARQUE DA SERRA DA MISERICÓRDIA
MINEIROS
BAIANA
PALMEIRAS-MATINHA
NOVO ALEMÃO
JOAQUIM QUEIROZ
ITARARÉ
MORRO DO ADEUS
ALVORADA-CRUZEIRO NOVA BRASÍLIA
HELIOGAS
ITAOCA 1174
ITAOCA 1833
TRATAMENTO DAS ESTAÇÕES DO TELEFÉRICO
LOCALIZAÇÃO
50. PALMEIRAS
ADEUS
TRATAMENTO DAS ESTAÇÕES DO TELEFÉRICO
LOCALIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES