Este documento fornece diretrizes para a elaboração de Planos de Manejo para Áreas de Proteção Ambiental no Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é padronizar a estrutura e conteúdo dos planos para que sejam elaborados de acordo com a realidade de cada área, envolvendo a participação social. O roteiro aborda o conceito de Áreas de Proteção Ambiental, a importância dos Planos de Manejo e sua estrutura, além de orientações para cada etapa do processo de elaboração.
Este documento apresenta o plano de manejo da Reserva Biológica de Una, localizada no sul da Bahia. A REBIO cobre uma área de 11,400 hectares e abrange integralmente o município de Una. O documento descreve a história da criação da unidade de conservação e fornece informações gerais sobre a mesma, incluindo acesso, limites, bioma, atividades permitidas e proibidas. O plano de manejo tem como objetivo orientar as ações de conservação da biodiversidade na reserva biológ
Este guia apresenta a metodologia utilizada pelo Serviço Geológico do Brasil para a elaboração de setorizações de áreas de risco geológico nos municípios brasileiros. O documento descreve os conceitos, processos analisados, métodos e etapas do trabalho, que incluem pré-campo, levantamentos de campo, produção de dados e publicação. A setorização tem como objetivo mapear as áreas urbanas sujeitas a danos causados por eventos geológicos como deslizamentos e inundações,
Este documento propõe a criação da Área de Proteção Ambiental de São João do Montenegro para preservar a biodiversidade local, controlar a erosão e garantir áreas de recreação. A APA abrangeria os morros de São João, Pedreira e Fagundes, e teria como objetivos recuperar as margens dos rios e manter as características originais dos morros. Sua criação exigiria estudos técnicos, participação da comunidade e um plano de gestão ambiental.
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho em Olinda, Pernambuco. O plano descreve a caracterização da reserva, sua história, vegetação e fauna, e identifica potencialidades e vulnerabilidades. Ele também estabelece zoneamento ambiental para a unidade de conservação e programas de atividades para gestão, controle ambiental, recuperação ambiental, pesquisa, educação ambiental e recursos econômicos.
O documento discute a seleção de indicadores ambientais para áreas de preservação permanente (APP) em uma bacia hidrográfica no estado de São Paulo. O estudo analisou dados de uso e ocupação do solo para identificar oito indicadores capazes de caracterizar o estado das áreas avaliadas. Os resultados mostraram que apenas 44,6% da APP estão em conformidade com a legislação e que a pastagem e silvicultura são os principais usos do solo nessas áreas.
O documento discute a experiência de capacitação em gestão de unidades de conservação na Amazônia brasileira, apresentando informações sobre o contexto, metodologias e lições aprendidas ao longo de vários cursos realizados. Aborda tópicos como planejamento e avaliação de unidades de conservação, pesquisa e conhecimento tradicional, participação comunitária, financiamento e desafios da conservação.
O documento descreve os objetivos gerais e específicos do Parque Nacional da Serra do Divisor, incluindo a proteção dos ecossistemas e da biodiversidade da região, a pesquisa científica, a recreação e a educação ambiental. Também apresenta as diretrizes, pressupostos e pré-requisitos para o planejamento da unidade de conservação, com foco na conservação dos valores naturais da área protegida.
Mapeamento dos Mangues no Litoral Fluminense é realizado com suporte de image...GlobalGeo Geotecnologias
O documento descreve um projeto de mapeamento digital e monitoramento das áreas de mangues do litoral fluminense através de tecnologias de geoprocessamento e análise espacial, utilizando imagens de satélite e ortofotos para identificar a distribuição, localização e extensão dos mangues. O projeto tem o objetivo de fornecer subsídios para estudos de mudanças climáticas e o desenvolvimento de atividades sustentáveis de pesca e extrativismo.
Este documento apresenta o plano de manejo da Reserva Biológica de Una, localizada no sul da Bahia. A REBIO cobre uma área de 11,400 hectares e abrange integralmente o município de Una. O documento descreve a história da criação da unidade de conservação e fornece informações gerais sobre a mesma, incluindo acesso, limites, bioma, atividades permitidas e proibidas. O plano de manejo tem como objetivo orientar as ações de conservação da biodiversidade na reserva biológ
Este guia apresenta a metodologia utilizada pelo Serviço Geológico do Brasil para a elaboração de setorizações de áreas de risco geológico nos municípios brasileiros. O documento descreve os conceitos, processos analisados, métodos e etapas do trabalho, que incluem pré-campo, levantamentos de campo, produção de dados e publicação. A setorização tem como objetivo mapear as áreas urbanas sujeitas a danos causados por eventos geológicos como deslizamentos e inundações,
Este documento propõe a criação da Área de Proteção Ambiental de São João do Montenegro para preservar a biodiversidade local, controlar a erosão e garantir áreas de recreação. A APA abrangeria os morros de São João, Pedreira e Fagundes, e teria como objetivos recuperar as margens dos rios e manter as características originais dos morros. Sua criação exigiria estudos técnicos, participação da comunidade e um plano de gestão ambiental.
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho em Olinda, Pernambuco. O plano descreve a caracterização da reserva, sua história, vegetação e fauna, e identifica potencialidades e vulnerabilidades. Ele também estabelece zoneamento ambiental para a unidade de conservação e programas de atividades para gestão, controle ambiental, recuperação ambiental, pesquisa, educação ambiental e recursos econômicos.
O documento discute a seleção de indicadores ambientais para áreas de preservação permanente (APP) em uma bacia hidrográfica no estado de São Paulo. O estudo analisou dados de uso e ocupação do solo para identificar oito indicadores capazes de caracterizar o estado das áreas avaliadas. Os resultados mostraram que apenas 44,6% da APP estão em conformidade com a legislação e que a pastagem e silvicultura são os principais usos do solo nessas áreas.
O documento discute a experiência de capacitação em gestão de unidades de conservação na Amazônia brasileira, apresentando informações sobre o contexto, metodologias e lições aprendidas ao longo de vários cursos realizados. Aborda tópicos como planejamento e avaliação de unidades de conservação, pesquisa e conhecimento tradicional, participação comunitária, financiamento e desafios da conservação.
O documento descreve os objetivos gerais e específicos do Parque Nacional da Serra do Divisor, incluindo a proteção dos ecossistemas e da biodiversidade da região, a pesquisa científica, a recreação e a educação ambiental. Também apresenta as diretrizes, pressupostos e pré-requisitos para o planejamento da unidade de conservação, com foco na conservação dos valores naturais da área protegida.
Mapeamento dos Mangues no Litoral Fluminense é realizado com suporte de image...GlobalGeo Geotecnologias
O documento descreve um projeto de mapeamento digital e monitoramento das áreas de mangues do litoral fluminense através de tecnologias de geoprocessamento e análise espacial, utilizando imagens de satélite e ortofotos para identificar a distribuição, localização e extensão dos mangues. O projeto tem o objetivo de fornecer subsídios para estudos de mudanças climáticas e o desenvolvimento de atividades sustentáveis de pesca e extrativismo.
O documento descreve a Área de Proteção Ambiental Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (APA SUL RMBH) no Brasil, incluindo sua criação, objetivos, normas regulatórias, abrangência geográfica e instrumentos de gestão como o zoneamento econômico-ecológico e o Conselho Consultivo da APA.
O documento descreve um projeto de extensão socioambiental em regiões minero-metalúrgicas que visa estruturar uma rede de extensão na Área de Proteção Ambiental Sul (APA Sul) em Minas Gerais, abordando a história do projeto, as unidades de conservação da região, estratégias de ação e zoneamento proposto.
O documento discute o conceito e objetivos do manejo ambiental. Ele define manejo ambiental como o conjunto de metodologias e práticas para preservar o meio ambiente de forma sustentável. Também explica que o manejo ambiental visa melhorar a qualidade de vida humana de forma harmoniosa com a natureza. Finalmente, apresenta alguns modelos de zoneamento para áreas protegidas, como parques nacionais.
O documento apresenta o plano de trabalho para o desenvolvimento do plano de manejo do Parque Natural Municipal das Andorinhas. Serão realizadas oficinas de apresentação com a comunidade local para coletar informações e apresentar os produtos. O plano de manejo consistirá em 6 produtos, incluindo diagnósticos, zoneamento, planejamento estratégico e um resumo executivo, e contará com a participação de diversos atores locais.
Campinas-SP
Reunião Congeapa de 27/3/18
Apresentação da VALM responsavel pelo plano de manejo da APA Campinas.
Informações na pagina da SVDS http://campinas.sp.gov.br/governo/meio-ambiente/conservacao-da-natureza.php
Zoneamento http://campinas.sp.gov.br/arquivos/meio-ambiente/zoneamento_01_02_18.pdf
Parametros da ocupação http://campinas.sp.gov.br/arquivos/meio-ambiente/puot_2018.pdf
Este guia prático fornece informações sobre como criar Unidades de Conservação em Pernambuco, descrevendo os passos para criação de UCs públicas e privadas e esclarecendo conceitos importantes como tipos de UCs e benefícios de sua criação.
Este documento propõe a criação de uma Unidade de Conservação na Serra da Canoa, município de Floresta, Pernambuco. A Serra da Canoa possui importante biodiversidade da Caatinga e sua proteção é prioritária para a conservação do bioma. A proposta caracteriza a área e sua biodiversidade e justifica a criação da Unidade de Conservação com base na proteção dos ecossistemas e espécies da região.
1. O documento descreve um projeto de mapeamento da vegetação remanescente do Bioma Pampa no Rio Grande do Sul utilizando imagens de satélite Landsat.
2. O objetivo é produzir um mapa da cobertura vegetal do Bioma Pampa na escala 1:250.000 com base na legenda do IBGE.
3. As atividades incluem a mosaicagem de imagens Landsat, recorte em cartas na escala 1:250.000, interpretação das imagens e mapeamento das formações vegetais.
O documento analisa as Áreas Prioritárias para a Conservação (APCs) identificadas no bioma Cerrado brasileiro. Foram delimitadas 431 APCs, sendo 250 novas áreas e 181 já protegidas, que cobrem quase metade do bioma. As principais ações indicadas são a criação de unidades de conservação, recuperação de áreas degradadas e estimulo ao uso sustentável. Os estados com maior número de APCs são Minas Gerais e Goiás.
Este documento resume a Área de Proteção Ambiental de Guadalupe em Pernambuco. A APA foi criada em 1997 para proteger os ecossistemas locais, incluindo florestas, restingas, manguezais e recursos hídricos. O documento descreve a biodiversidade da região, incluindo fragmentos florestais, aves e fauna aquática. Ele também discute o zoneamento da APA, que define zonas para diferentes usos como conservação, turismo sustentável e agricultura.
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson MaltaJudson Malta
Slide sobre a Mata Atlantica de Sergipe. Abordando questões gerais, regionais e locais sobre a luta pela conservação da mata atlântica e a criação e gestão de Unidades de Conservação.
A palestra está estruturada em
1- O que é a Mata Atlântica?
2 - Mata no Nordeste: Uma perspectiva regional
3- Fitogeografia, Unidades de Paisagem e Zoneamento RVSMJ
4- A Mata Atlântica em Sergipe
Palestra proferida na UFS, em 21/09/17 - com conteúdo editado devido a direitos autorais.
Este documento apresenta um estudo preliminar sobre o estado de preservação das unidades de conservação no bioma Pampa brasileiro. Ele destaca que o bioma já perdeu quase 54% da vegetação original e que apenas 1% da área está protegida em unidades de conservação. O objetivo do estudo é realizar um levantamento atualizado sobre a situação das unidades de conservação no bioma para contribuir com futuras ações de proteção. Ele apresenta dados sobre a distribuição e situação das 14 unidades de conservação no Rio Grande do Sul.
Zoneamento ambiental da APA do estuário do rio Curu. (Ceará, Nordeste do Brasil)Ilanna Rego
Este documento apresenta o zoneamento ambiental da Área de Proteção Ambiental do Estuário do Rio Curú no Ceará. Foram identificadas sete unidades geoambientais na área: Planície fluvial, Planície flúvio-marinha com manguezais, Dunas fixas, Planície de deflação/dunas móveis, Planície de Deflação/Dunas Fixas, Tabuleiro Pré-Litorâneo e Cordão Litorâneo. Estas unidades foram mapeadas e zoneadas de acordo com critérios de uso e instabilidade ambiental,
O documento apresenta uma pesquisa geomorfológica realizada na bacia do Ribeirão Jurupará no município de Piedade-SP. Foram mapeados e analisados os processos morfodinâmicos que atuaram na evolução da paisagem da bacia, identificando diferentes estágios e patamares erosivos condicionados por fatores geológicos, climáticos e tectônicos. A análise permitiu correlacionar a atual configuração do relevo com eventos ocorridos principalmente no Qu
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das LeguminosasGilberto Fugimoto
- O documento apresenta o zoneamento agroecológico do estado do Rio de Janeiro, discutindo os solos, o clima, a vegetação, a aptidão agrícola e indicando culturas, com ênfase em leguminosas.
- Foram mapeados os solos, definidos domínios bioclimáticos e unidades agroecológicas. Áreas foram destinadas à proteção ambiental, recuperação de vegetação e atividades agrícolas.
- Leguminosas são apontadas como opção para cultivo, auxiliando na melhoria
1. O documento analisa os impactos ambientais causados pelo turismo na Cachoeira de Ouricuri em Pilões-PB.
2. Ele observou que a cachoeira é usada como espaço de lazer, mas não tem infraestrutura para apoiar os visitantes, levando a acúmulo de lixo e desmatamento.
3. O documento conclui que há divulgação da cachoeira como atração turística, mas falta planejamento para lidar com os impactos ambientais causados pelos visitantes.
Termo de Referência Plano de Manejo APA Mesquita_20090729Marcelo Forest
O documento estabelece as diretrizes para a elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental Municipal de Mesquita no Rio de Janeiro, incluindo o escopo do trabalho, as etapas, produtos e responsabilidades. A consultoria contratada deverá realizar diagnóstico ambiental, zoneamento, normas de uso e planejamento estratégico para a gestão da APA, envolvendo a comunidade local.
1. O documento apresenta o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí.
2. Foi realizado um diagnóstico completo da bacia, incluindo características físicas, bióticas, uso do solo, disponibilidade hídrica, qualidade da água e aspectos sociais e econômicos.
3. O plano propõe ações para compatibilizar a demanda e disponibilidade hídrica de forma sustentável, melhorar a qualidade da água e promover
Desmatamento no bioma Cerrado: uma análise temporalProjetoBr
O documento analisa os desmatamentos no bioma Cerrado no período de 2001 a 2005 usando imagens MODIS e três mapas-base diferentes. As áreas de mudança detectadas tendem a coincidir independente do mapa-base, variando de 58.889 km2 em 2001-2002 a 24.721 km2 em 2004-2005, o que representa uma redução de aproximadamente 50% na área desmatada.
Este documento analisa as mudanças no uso do solo e cobertura vegetal no município de Uberlândia, MG entre 1988 e 2002 usando imagens de satélite. Mostrou um aumento na área agrícola, principalmente de soja e milho, enquanto áreas de pastagem e reflorestamento diminuíram. O objetivo foi mapear o uso do solo e vegetação em 2002 e comparar com 1988 para entender as transformações.
Produto 5 Roteiro Metodológico para a Gestão de Corredores versao 2[1].1Vincent Brackelaire
Este documento apresenta um roteiro metodológico para a gestão de corredores ecológicos no Brasil. Ele fornece orientações gerais sobre os conceitos, componentes e etapas do ciclo de gestão de corredores, incluindo a constituição, planejamento, implementação, monitoramento e avaliação. O objetivo é apoiar a aplicação prática das estratégias de corredor de forma adaptada a cada realidade local.
O documento descreve a experiência do Projeto Corredores Ecológicos no Brasil, um projeto pioneiro em adotar uma abordagem de conservação da biodiversidade baseada em paisagem. O projeto testou a criação de corredores ecológicos nos biomas da Mata Atlântica e Amazônia para promover a conectividade entre fragmentos de biodiversidade. Após 10 anos, o projeto contribuiu para a expansão de unidades de conservação, recuperação de áreas degradadas e envolvimento de proprietários rurais e comunidades
O documento descreve a Área de Proteção Ambiental Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (APA SUL RMBH) no Brasil, incluindo sua criação, objetivos, normas regulatórias, abrangência geográfica e instrumentos de gestão como o zoneamento econômico-ecológico e o Conselho Consultivo da APA.
O documento descreve um projeto de extensão socioambiental em regiões minero-metalúrgicas que visa estruturar uma rede de extensão na Área de Proteção Ambiental Sul (APA Sul) em Minas Gerais, abordando a história do projeto, as unidades de conservação da região, estratégias de ação e zoneamento proposto.
O documento discute o conceito e objetivos do manejo ambiental. Ele define manejo ambiental como o conjunto de metodologias e práticas para preservar o meio ambiente de forma sustentável. Também explica que o manejo ambiental visa melhorar a qualidade de vida humana de forma harmoniosa com a natureza. Finalmente, apresenta alguns modelos de zoneamento para áreas protegidas, como parques nacionais.
O documento apresenta o plano de trabalho para o desenvolvimento do plano de manejo do Parque Natural Municipal das Andorinhas. Serão realizadas oficinas de apresentação com a comunidade local para coletar informações e apresentar os produtos. O plano de manejo consistirá em 6 produtos, incluindo diagnósticos, zoneamento, planejamento estratégico e um resumo executivo, e contará com a participação de diversos atores locais.
Campinas-SP
Reunião Congeapa de 27/3/18
Apresentação da VALM responsavel pelo plano de manejo da APA Campinas.
Informações na pagina da SVDS http://campinas.sp.gov.br/governo/meio-ambiente/conservacao-da-natureza.php
Zoneamento http://campinas.sp.gov.br/arquivos/meio-ambiente/zoneamento_01_02_18.pdf
Parametros da ocupação http://campinas.sp.gov.br/arquivos/meio-ambiente/puot_2018.pdf
Este guia prático fornece informações sobre como criar Unidades de Conservação em Pernambuco, descrevendo os passos para criação de UCs públicas e privadas e esclarecendo conceitos importantes como tipos de UCs e benefícios de sua criação.
Este documento propõe a criação de uma Unidade de Conservação na Serra da Canoa, município de Floresta, Pernambuco. A Serra da Canoa possui importante biodiversidade da Caatinga e sua proteção é prioritária para a conservação do bioma. A proposta caracteriza a área e sua biodiversidade e justifica a criação da Unidade de Conservação com base na proteção dos ecossistemas e espécies da região.
1. O documento descreve um projeto de mapeamento da vegetação remanescente do Bioma Pampa no Rio Grande do Sul utilizando imagens de satélite Landsat.
2. O objetivo é produzir um mapa da cobertura vegetal do Bioma Pampa na escala 1:250.000 com base na legenda do IBGE.
3. As atividades incluem a mosaicagem de imagens Landsat, recorte em cartas na escala 1:250.000, interpretação das imagens e mapeamento das formações vegetais.
O documento analisa as Áreas Prioritárias para a Conservação (APCs) identificadas no bioma Cerrado brasileiro. Foram delimitadas 431 APCs, sendo 250 novas áreas e 181 já protegidas, que cobrem quase metade do bioma. As principais ações indicadas são a criação de unidades de conservação, recuperação de áreas degradadas e estimulo ao uso sustentável. Os estados com maior número de APCs são Minas Gerais e Goiás.
Este documento resume a Área de Proteção Ambiental de Guadalupe em Pernambuco. A APA foi criada em 1997 para proteger os ecossistemas locais, incluindo florestas, restingas, manguezais e recursos hídricos. O documento descreve a biodiversidade da região, incluindo fragmentos florestais, aves e fauna aquática. Ele também discute o zoneamento da APA, que define zonas para diferentes usos como conservação, turismo sustentável e agricultura.
PALESTRA - Mata Atlântica em Sergipe Geocaçadores Judson MaltaJudson Malta
Slide sobre a Mata Atlantica de Sergipe. Abordando questões gerais, regionais e locais sobre a luta pela conservação da mata atlântica e a criação e gestão de Unidades de Conservação.
A palestra está estruturada em
1- O que é a Mata Atlântica?
2 - Mata no Nordeste: Uma perspectiva regional
3- Fitogeografia, Unidades de Paisagem e Zoneamento RVSMJ
4- A Mata Atlântica em Sergipe
Palestra proferida na UFS, em 21/09/17 - com conteúdo editado devido a direitos autorais.
Este documento apresenta um estudo preliminar sobre o estado de preservação das unidades de conservação no bioma Pampa brasileiro. Ele destaca que o bioma já perdeu quase 54% da vegetação original e que apenas 1% da área está protegida em unidades de conservação. O objetivo do estudo é realizar um levantamento atualizado sobre a situação das unidades de conservação no bioma para contribuir com futuras ações de proteção. Ele apresenta dados sobre a distribuição e situação das 14 unidades de conservação no Rio Grande do Sul.
Zoneamento ambiental da APA do estuário do rio Curu. (Ceará, Nordeste do Brasil)Ilanna Rego
Este documento apresenta o zoneamento ambiental da Área de Proteção Ambiental do Estuário do Rio Curú no Ceará. Foram identificadas sete unidades geoambientais na área: Planície fluvial, Planície flúvio-marinha com manguezais, Dunas fixas, Planície de deflação/dunas móveis, Planície de Deflação/Dunas Fixas, Tabuleiro Pré-Litorâneo e Cordão Litorâneo. Estas unidades foram mapeadas e zoneadas de acordo com critérios de uso e instabilidade ambiental,
O documento apresenta uma pesquisa geomorfológica realizada na bacia do Ribeirão Jurupará no município de Piedade-SP. Foram mapeados e analisados os processos morfodinâmicos que atuaram na evolução da paisagem da bacia, identificando diferentes estágios e patamares erosivos condicionados por fatores geológicos, climáticos e tectônicos. A análise permitiu correlacionar a atual configuração do relevo com eventos ocorridos principalmente no Qu
Zoneamento Agroecológico uma Abordagem das LeguminosasGilberto Fugimoto
- O documento apresenta o zoneamento agroecológico do estado do Rio de Janeiro, discutindo os solos, o clima, a vegetação, a aptidão agrícola e indicando culturas, com ênfase em leguminosas.
- Foram mapeados os solos, definidos domínios bioclimáticos e unidades agroecológicas. Áreas foram destinadas à proteção ambiental, recuperação de vegetação e atividades agrícolas.
- Leguminosas são apontadas como opção para cultivo, auxiliando na melhoria
1. O documento analisa os impactos ambientais causados pelo turismo na Cachoeira de Ouricuri em Pilões-PB.
2. Ele observou que a cachoeira é usada como espaço de lazer, mas não tem infraestrutura para apoiar os visitantes, levando a acúmulo de lixo e desmatamento.
3. O documento conclui que há divulgação da cachoeira como atração turística, mas falta planejamento para lidar com os impactos ambientais causados pelos visitantes.
Termo de Referência Plano de Manejo APA Mesquita_20090729Marcelo Forest
O documento estabelece as diretrizes para a elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental Municipal de Mesquita no Rio de Janeiro, incluindo o escopo do trabalho, as etapas, produtos e responsabilidades. A consultoria contratada deverá realizar diagnóstico ambiental, zoneamento, normas de uso e planejamento estratégico para a gestão da APA, envolvendo a comunidade local.
1. O documento apresenta o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí.
2. Foi realizado um diagnóstico completo da bacia, incluindo características físicas, bióticas, uso do solo, disponibilidade hídrica, qualidade da água e aspectos sociais e econômicos.
3. O plano propõe ações para compatibilizar a demanda e disponibilidade hídrica de forma sustentável, melhorar a qualidade da água e promover
Desmatamento no bioma Cerrado: uma análise temporalProjetoBr
O documento analisa os desmatamentos no bioma Cerrado no período de 2001 a 2005 usando imagens MODIS e três mapas-base diferentes. As áreas de mudança detectadas tendem a coincidir independente do mapa-base, variando de 58.889 km2 em 2001-2002 a 24.721 km2 em 2004-2005, o que representa uma redução de aproximadamente 50% na área desmatada.
Este documento analisa as mudanças no uso do solo e cobertura vegetal no município de Uberlândia, MG entre 1988 e 2002 usando imagens de satélite. Mostrou um aumento na área agrícola, principalmente de soja e milho, enquanto áreas de pastagem e reflorestamento diminuíram. O objetivo foi mapear o uso do solo e vegetação em 2002 e comparar com 1988 para entender as transformações.
Produto 5 Roteiro Metodológico para a Gestão de Corredores versao 2[1].1Vincent Brackelaire
Este documento apresenta um roteiro metodológico para a gestão de corredores ecológicos no Brasil. Ele fornece orientações gerais sobre os conceitos, componentes e etapas do ciclo de gestão de corredores, incluindo a constituição, planejamento, implementação, monitoramento e avaliação. O objetivo é apoiar a aplicação prática das estratégias de corredor de forma adaptada a cada realidade local.
O documento descreve a experiência do Projeto Corredores Ecológicos no Brasil, um projeto pioneiro em adotar uma abordagem de conservação da biodiversidade baseada em paisagem. O projeto testou a criação de corredores ecológicos nos biomas da Mata Atlântica e Amazônia para promover a conectividade entre fragmentos de biodiversidade. Após 10 anos, o projeto contribuiu para a expansão de unidades de conservação, recuperação de áreas degradadas e envolvimento de proprietários rurais e comunidades
9- areas prioritárias de conservação.pptEtieneClavico
O documento descreve cinco subprojetos realizados para identificar áreas e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade nos principais biomas brasileiros. Os subprojetos avaliaram o Cerrado e Pantanal, Mata Atlântica e Campos Sulinos, Amazônia Brasileira, Caatinga e Zona Costeira e Marinha. Os workshops reuniram especialistas que mapearam áreas prioritárias com base em critérios de biodiversidade, grau de ameaça e importância biológica.
Este documento fornece um guia nacional para coleta e preservação de amostras de água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos no Brasil. O guia abrange tópicos como planejamento de amostragem, equipamentos de coleta, métodos de coleta, preservação e armazenamento de amostras para análises físicas, químicas e biológicas. O objetivo é estabelecer procedimentos padronizados para garantir a qualidade e comparabilidade dos dados obtidos
Este documento fornece um guia nacional para coleta e preservação de amostras de água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos no Brasil. O guia descreve procedimentos de amostragem, preservação, transporte e armazenamento de amostras para análises físicas, químicas e biológicas. Além disso, fornece orientações sobre planejamento de programas de monitoramento e seleção de pontos de amostragem.
Este documento apresenta o Plano de Manejo da Reserva de Floresta Urbana Mata de Passarinho localizada no município de Olinda, Pernambuco. O plano caracteriza a unidade de conservação, identifica suas potencialidades e vulnerabilidades, estabelece seu zoneamento e programas de atividades para gestão, incluindo monitoramento, controle ambiental, educação ambiental e integração com a comunidade. O plano tem como objetivo garantir a proteção da biodiversidade da Mata de Passarinho e o uso sustentável dos recursos
oRelatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2012 Samantha Shiraishi
O documento apresenta informações sobre a Agência Nacional de Águas e sua equipe técnica, e discute a edição especial do relatório de conjuntura dos recursos hídricos no Brasil.
Este documento discute a metodologia de avaliação de impacto ambiental no Brasil, com foco na Amazônia, Cerrado e Pantanal. Apresenta o marco conceitual e as etapas da avaliação de impacto ambiental, seguido pela análise do estágio atual da metodologia no Brasil e critérios para analisar sua efetividade nos biomas mencionados. Por fim, levanta demandas e propostas preliminares para aprimorar a aplicação deste instrumento de gestão ambiental.
Instituto Estadual do Ambiente (RJ). Atlas dos mananciais de abastecimento público do Estado do Rio de Janeiro : subsídios ao planejamento e ordenamento territorial / Instituto Estadual do Ambiente ; coordenação geral: Silvia Marie Ikemoto ; coordenação executiva: Patrícia Rosa Martines Napoleão. – Rio de Janeiro, 2018. 464 p.
A Mata Atlântica é um conjunto de formações florestais, campos naturais, restingas e manguezais que originalmente cobriam 15% do território brasileiro. Atualmente restam apenas 27% de remanescentes, sendo que apenas 7,26% estão bem conservados. Apesar de seu tamanho reduzido, a Mata Atlântica abriga grande biodiversidade, com cerca de 20.000 espécies vegetais e muitas espécies animais ameaçadas de extinção, devido à perda de habitat.
Este documento descreve um projeto de conservação e gestão sustentável do bioma Caatinga nos estados do Ceará e Bahia no Brasil. O objetivo é preservar a biodiversidade da Caatinga através de apoio institucional, promoção de práticas sustentáveis e monitoramento. O projeto inclui fortalecimento de unidades de conservação, gestão de recursos naturais e alternativas econômicas para as comunidades locais.
Guia nacional de_coleta_e_preservacao_de_amostras_100604
Este documento apresenta o Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras de Água, Sedimento, Comunidades Aquáticas e Efluentes Líquidos, elaborado pela Agência Nacional de Águas e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. O guia fornece diretrizes para a coleta e preservação corretas dessas amostras ambientais de forma a garantir a qualidade e confiabilidade dos resultados analíticos.
1. O documento apresenta um prognóstico da bacia hidrográfica do Rio Miranda até 2030, analisando a evolução populacional, econômica e de uso do solo na região e suas implicações nos recursos hídricos e na qualidade da água.
2. São estimadas as demandas futuras por água com base nos cenários populacionais e econômicos projetados e avaliada a disponibilidade hídrica na bacia.
3. Realiza-se uma análise do balanço hídrico para horizontes temporais de
1. O documento apresenta informações sobre a Iniciativa Latino-Americana e Caribenha para o Desenvolvimento Sustentável (ILAC) no Brasil em 2007, incluindo indicadores de acompanhamento da ILAC.
2. Contém dados sobre diversidade biológica, recursos hídricos, assentamentos humanos, temas sociais, aspectos econômicos e institucionais relacionados ao desenvolvimento sustentável no Brasil.
3. Apresenta autoridades governamentais envolvidas, equipes técnicas, agências e instit
O clima de Icapuí varia entre o semiárido e o subúmido, com chuvas concentradas entre fevereiro e maio, quando a precipitação média é de 1.331,7mm. Os ventos predominantes de sudeste e leste transportam areia para a faixa de praia no primeiro semestre.
Roteiro para Criação de Unidades de Conservação MunicipaisParanapiacaba
Este documento fornece orientações sobre os procedimentos para a criação de unidades de conservação municipais no Brasil. Ele explica a fundamentação legal para a criação de UCs com base na Constituição Federal e na Lei no 9.985/2000. Também define as categorias de UCs no Brasil, divididas em grupos de proteção integral e uso sustentável, e fornece instruções sobre como criar, implantar e gerir unidades de conservação nos municípios.
A Central de Tratamento de Resíduos Ipojuca visa atender o crescimento da região e a necessidade de instalações para tratamento de resíduos. Foram estudadas três áreas e selecionada a localizada no Engenho Arimbi por apresentar boas condições e acesso pavimentado. O estudo ambiental foi realizado por equipe multidisciplinar."
Apostila avaliacao de impactos ambientaisPedro Verdan
Este documento fornece orientações sobre agentes sociais, procedimentos e ferramentas para a Avaliação de Impacto Ambiental no Brasil. Apresenta uma introdução sobre o processo de AIA no contexto da gestão ambiental e discute as práticas atuais e demandas. Na segunda parte, fornece orientações para a condução do processo de AIA de forma participativa, discutindo a situação atual dos agentes envolvidos e propondo alternativas para aprimorar a legislação. Tem o objetivo de tornar a AIA um instrumento mais efetivo
Este documento apresenta a atualização das áreas prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em 2007. O processo envolveu consultas com especialistas e grupos da sociedade civil para definir novas áreas prioritárias levando em conta informações biológicas recentes. O objetivo é orientar políticas públicas visando a compatibilização entre desenvolvimento econômico e conservação da biodiversidade no Brasil.
A escassez de água, a ocorrência de águas salinas e salobras na maioria dos poços no
Semiárido brasileiro, a existência de tecnologias para dessalinização da água, que promove a sua
potabilização, fizeram com que o Governo Federal, com a coordenação do Ministério do Meio
Ambiente - MMA, em conjunto com instituições federais, estaduais e organizações da sociedade
civil, formulassem o Programa Água Doce, visando aumentar a oferta de água de boa qualidade
para dessedentação humana.Essa formulação considerou as recomendações do Capítulo 18 da
Agenda 21, relacionadas ao desenvolvimento de fontes novas e alternativas de abastecimento
de água (como a dessalinização) e a delegação até as comunidades da responsabilidade pela
implementação e funcionamento dos sistemas de abastecimento de água.
3. GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Luiz Fernando de Souza
Governador
SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE (SEA)
Carlos Francisco Portinho
Secretário de Estado do Ambiente
INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA)
Isaura Maria Ferreira Frega
Presidente
Marco Aurélio Damato Porto
Vice-Presidente
Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas (Dibap)
Guido Gelli
Diretor
Diretoria de Gestão das Águas e do Território (Digat)
Rosa Maria Formiga Johnsson
Diretora
Diretoria de Informação, Monitoramento e Fiscalização (Dimfis)
Ciro Mendonça da Conceição
Diretor
Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilam)
Ana Cristina Henney
Diretora
Diretoria de Recuperação Ambiental (Diram)
Fernando Antônio de Freitas Mascarenhas
Diretor
Diretoria de Administração e Finanças (Diafi)
Daniel Cortez de Souza Pereira
Diretor
4. Roteiro Metodológico para
Elaboração de Planos de Manejo
Rio de Janeiro
2014
Áreas de Proteção Ambiental
Organizadores:
Luiz Dias da Mota Lima - gerente de Unidades de Conservação de Uso
Sustentável (Geuso), Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas
(Dibap).
Carlos Henrique Martins - Geuso/Dibap.
Liane da Cruz Cordeiro Moreira - Geuso/Dibap.
Ana Carolina Marques de Oliveira - Coordenadoria de Mecanismos de
Proteção à Biodiversidade (Combio), Dibap.
Glauber Soares Carvalhosa - chefe do Serviço de Educação Ambiental,
GerênciadeEducaçãoAmbiental(Geam),DiretoriadeGestãodasÁguasedo
Território (Digat).
instituto estadual
do ambiente
Secretaria de estado
do ambiente
5. Colaboradores:
Eduardo Ildefonso Lardosa - Gerência de Unidades de Conservação de Proteção Integral
(Gepro/Dibap/Inea)
Fabiana Bandeira - Gerência de Unidades de Conservação de Proteção Integral
(Gepro/Dipab/Inea)
Maria Rachel Lourenço - Gerência de Unidades de Conservação de Uso Sustentável
(Geuso/Dibap/Inea)
Danielle Brasil Fanzeres Martins - ex-servidora da Gerência de Unidades de Conservação
de Proteção Integral (Gepro/Dipab/Inea)
Jonas André Marien - ex-servidor do Serviço de Regularização Fundiária (Serf/Dibap/Inea)
Celia Lontra Vieira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Este documento foi baseado no roteiro metodológico para Unidades de Conservação de Pro-
teção Integral publicado pelo Inea em 2010 e nos roteiros metodológicos para gestão de Áreas
de Proteção Ambiental elaborados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), em 2001, e pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São
Paulo (SMA-SP), em 2004.
Direitos desta edição do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas (Dibap)
Av. Venezuela, 110 - 3o
andar - Saúde
20081-312 - Rio de Janeiro - RJ
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Disponível também em: www.inea.rj.gov.br > Estudos e Publicações > Publicações
Produção editorial:
Gerência de Informação e Acervo Técnico (Geiat)
Coordenação editorial:
Tânia Machado
Revisão:
Sandro Carneiro
Capa e diagramação:
Ideorama Comunicação Ltda.
Projeto gráfico e impressão financiados com recursos do Fundo Estadual de ConservaçãoAm-
biental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).
I59 Instituto Estadual do Ambiente
Roteiro metodológico para elaboração de planos de manejo: áreas de
proteção ambiental/Instituto Estadual do Ambiente.----Rio de Janeiro:
INEA, 2014.
64p.
ISBN 978-85-63884-18-3
1. Unidade de Conservação. 2. Gestão ambiental. 3. Área de proteção
ambiental. 4. APA. 5. Plano de manejo. I. Lima, Luiz Dias da Mota. II.
Martins, Carlos Henrique. III. Moreira, Liane da Cruz Cordeiro. IV. Oliveira,
Ana Carolina Marques de. V. Carvalhosa, Glauber Soares.
CDU 502.72:504.06
Catalogação na fonte
6. Apresentação
A gestão de Unidades de Conservação (UCs) é um desafio constante
enfrentado por aqueles que se dedicam à proteção dos recursos naturais.
Quando essas unidades preveem o uso direto de seus recursos, bem
como a existência de populações humanas em seu interior, como é o
caso das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) – um tipo de Unidade de
Conservação de Uso Sustentável –, esse desafio é ainda maior. Como
estabelecer as normas para utilização desses recursos, zelar pela ma-
nutenção dos mesmos e, ao mesmo tempo, não comprometer o cotidiano
das populações existentes?
O presente roteiro apresenta uma forma de construir um documento
básico para essa gestão, o Plano de Manejo. Nele, estarão determinadas
as normas de uso para o território das APAs, bem como diretrizes sobre
programas e projetos que poderão ser desenvolvidos nas UCs. Nosso
objetivo é apresentar alguns dos critérios que devem ser levados em
consideração para a elaboração desse Plano, ressaltando a importância
dos fatores ambientais e socioeconômicos, apontando a gestão participa-
tiva como fundamental para a minimização de conflitos e a integração
das comunidades com a Unidade de Conservação, e propondo parcerias
como importantes aliadas na conservação das paisagens e da biota.
O planejamento é aqui apresentado como ferramenta contínua, gradual
e dinâmica, fundamental para essa gestão, devendo ser constante-
mente avaliado e revisto. Os planos e atividades traçados devem
ser construídos, não com base em conceitos ideais, mas a partir das
possibilidades reais do que se pode e deseja realizar para melhorar
as condições ambientais das UCs e conservar remanescentes de
seus ecossistemas.
Esperamos, dessa forma, contribuir para formatar um processo participa-
tivo de definição das normas de uso e dos programas dessa modalidade
de Unidades de Conservação, de modo que as APAs, de fato, se tor-
nem sustentáveis.
Guido Gelli
Diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas (Dibap/Inea)
7.
8. Lista de abreviaturas
APA Área de Proteção Ambiental
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
Combio Coordenadoria de Mecanismos de Proteção
à Biodiversidade
Conama Conselho Nacional de Meio Ambiente
CTAA Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação
Dibap Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas
Dimfis Diretoria de Informação, Monitoramento e Fiscalização
DOERJ Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
Geuso Gerência de Unidades de Conservação de Uso Sustentável
Geopea Gerência de Geoprocessamento e Estudos Ambientais
Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Inea Instituto Estadual do Ambiente
MaB Programa Homem e a Biosfera (Man and the Biosphere,
em inglês)
PCH Pequena Central Hidrelétrica
PM Plano de Manejo
RBMA Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
RM Roteiro Metodológico
RPPN Reserva Particular do Patrimônio Natural
SEA Secretaria de Estado do Ambiente
SIG Sistema de Informação Geográfica
Slam Sistema de Licenciamento Ambiental
SMA-SP Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Snuc Sistema Nacional de Unidades de Conservação
9. UC Unidade de Conservação
Unesco Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura (United Nations Educational, Scientific and Cultural
Organization, em inglês)
10. Lista de ilustrações
Figuras
Figura 1 - Organização do PM 23
Quadros
Quadro 1 - Unidades de Conservação do entorno 37
Quadro 2 - Formulário dos recursos humanos 44
disponíveis na APA
Quadro 3 - Quadro-síntese das zonas 51
Quadro 4 - Quadro-síntese das áreas estratégicas 51
Quadro 5 - Distribuição de área por zonas 51
Quadro 6 - Cronograma de execução 55
Quadro 7 - Modelo de planilha de monitoramento 56
de atividades
Quadro 8 - Planilha de avaliação da efetividade 57
do planejamento
11.
12. Sumário
Parte I - Introdução
1. Objetivo do Roteiro Metodológico 17
2. Áreas de Proteção Ambiental (APAs) 17
2.1 O que são 17
2.2 APAs e a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica 18
2.3 Gestão de APAs 19
2.4 Gestão participativa 20
3. Plano de Manejo (PM) 22
3.1 Definição 22
3.2 Objetivos 22
3.3 Estrutura 23
3.3.1 Fase de diagnóstico 23
3.3.2 Fase de planejamento 23
3.4 Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação 24
3.5 Apresentação do PM 24
3.6 A revisão do PM 25
4. Elaboração do Plano de Manejo 25
4.1 Identificação das etapas do PM 25
4.2 Descrição das etapas 26
Parte II - Conteúdo do Plano de Manejo
1. Módulo 1 - Informações gerais sobre a APA35
1.1 Localização e vias de acesso 35
1.2 Ficha técnica da Unidade de Conservação 35
1.3 Histórico, antecedentes legais e justificativa de criação 35
1.4 Origem do nome da UC 35
13. 2. Módulo 2 - Análise regional 35
2.1 Descrição geocartográfica 36
2.2 Contextualização municipal 36
2.3 Uso e ocupação da terra e problemas 36
ambientais decorrentes
2.4 Aspectos culturais e históricos 37
2.5 Ações ambientais exercidas por outras instituições 37
2.6 Potencialidades de cooperação e apoio institucional 37
3. Módulo 3 - Análise da APA 38
3.1 Fatores abióticos 38
3.1.1 Clima 39
3.1.2 Geologia, geomorfologia e solos 39
3.1.3 Aspectos espeleológicos 39
3.1.4 Hidrografia, hidrologia e limnologia 39
3.1.5 Oceanografia 40
3.1.6 Ocorrência de fogo e fenômenos 40
naturais extremos
3.2 Fatores bióticos 40
3.2.1 Vegetação 40
3.2.2 Fauna 41
3.3 Fatores socioeconômicos 42
3.3.1 Sítios históricos 42
3.3.2 Caracterização dos fatores socioeconômicos 42
3.3.3 Usos e ocupação do solo 43
3.3.4 Serviços de apoio disponíveis para a Unidade 43
de Conservação
3.4 Aspectos institucionais da APA 43
3.4.1 Recursos humanos 43
3.4.2 Infraestrutura, equipamentos e serviços 44
3.4.3 Atividades de gestão desenvolvidas 44
3.5 Problemática identificada e potencialidades 45
3.6 Análise integrada do diagnóstico 45
3.7 Declaração de Significância 45
3.8 Anexos 46
14. 4. Módulo 4 - Zoneamento e normas 46
4.1 Objetivos da UC 46
4.2 Normas gerais da APA 46
4.3 Zoneamento da UC 47
4.3.1 Caracterização das zonas e áreas estratégicas 47
4.3.1.1 Diretrizes gerais para as zonas mais 48
comuns às APAs
4.3.1.2 Exemplos de áreas estratégicas mais 49
comuns às APAs
4.3.2 Apresentação do zoneamento 50
4.3.3 Quadros-síntese do zoneamento 51
5. Módulo 5 - Planos setoriais 52
5.1 Apresentação do planejamento 52
5.2 Estrutura do planejamento 52
6. Módulo 6 - Monitoramento e avaliação 55
6.1 Estratégia de execução 56
6.2 Avaliação da efetividade do planejamento 56
6.3 Avaliação da efetividade do zoneamento 57
Referências bibliográficas 59
Anexos 61
Anexo I - Critérios para elaboração de cartografia 61
básica e mapas temáticos
Anexo II - Ficha técnica de identificação da APA 64
18. 17
1. Objetivo do Roteiro Metodológico
O Roteiro Metodológico apresentado neste trabalho tem por objetivo
difundir a metodologia a ser empregada na elaboração dos Planos de
Manejo (PMs) das Áreas de Proteção Ambiental (APAs) administradas
pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Esta publicação visa guiar
a elaboração e avaliação do PM de modo claro, objetivo e coerente com
a legislação. Como resultados, são esperados: a uniformização e padro-
nização da estrutura e conteúdo dos PMs; a elaboração de PMs de acordo
com a realidade de cada APA quanto a recursos financeiros, humanos,
tempo e capacidade de execução e implementação da unidade; e o for-
talecimento da participação social em todo o processo de elaboração do
documento e em sua implementação.
2. Áreas de Proteção Ambiental
2.1 O que são
As APAs foram criadas pela Lei Federal no
6.902/1981 como espaços onde
a instalação de indústrias e de atividades capazes de causar impactos am-
bientais ou extinguir espécies da biota nativa poderia sofrer intervenção
do Poder Executivo.
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc; Lei Federal
no
9.985/2000) define Área de Proteção Ambiental como uma Unidade de
Conservação (UC) de Uso Sustentável. Essa categoria tem como objetivo
básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável
de parte dos seus recursos naturais. Ainda segundo o artigo 15 da Lei do
Snuc, a APA é definida da seguinte forma:
Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral
extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das popula-
ções humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversi-
dade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
19. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
18
§ 1o
A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras pú-
blicas ou privadas.
§ 2o
Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabele-
cidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade
privada localizada em uma Área de Proteção Ambiental.
§ 3o
As condições para a realização de pesquisa científica e visi-
tação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas
pelo órgão gestor da unidade.
§ 4o
Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário es-
tabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público, ob-
servadas as exigências e restrições legais.
§ 5o
A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho pre-
sidido pelo órgão responsável por sua administração e constituí-
do por representantes dos órgãos públicos, de organizações da
sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no
regulamento desta Lei.
Pode-se entender as APAs como um espaço que permite o desenvolvi-
mento econômico e social local em seu território, porém, sem perder de
vista o uso racional e sustentável dos recursos naturais e a manutenção da
qualidade de vida das populações locais. As APAs, portanto, devem atu-
ar no fortalecimento das boas práticas socioambientais e na regulação do
espaço, ordenando o crescimento e a degradação da qualidade ambiental
que acompanha esta expansão. Em resumo, uma APA visa compatibilizar,
através do ordenamento territorial, a conservação da natureza com o uso
sustentável dos recursos naturais.
2.2 APAs e a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
O Estado do Rio de Janeiro está totalmente inserido no bioma Mata
Atlântica, o que faz com que todas as unidades de conservação existentes
em seu território façam parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
(RBMA). Reservas da biosfera são áreas de ecossistemas terrestres e/ou
marinhos reconhecidas pelo programa Man and the Biosphere (MaB), da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco), como importantes, em nível mundial, para a conservação da
biodiversidade e o desenvolvimento sustentável. Essas áreas devem ser
20. 19
prioritariamente usadas em experimentos e demonstrações de práticas
voltadas à preservação e conservação da natureza.
As reservas da biosfera – que são objeto do capítulo VI da Lei
do Snuc – podem ter sua área dividida conforme o zoneamento
a seguir:
• Zonas núcleo - voltadas à proteção da biodiversidade;
correspondem, na grande maioria, às áreas florestais bem
preservadas inseridas em UCs de Proteção Integral.
• Zonas de amortecimento - aquelas estabelecidas no entorno
das zonas núcleo, ou entre elas; têm por objetivos minimizar
os impactos negativos sobre esses núcleos e promover a
qualidade de vida das populações da área, especialmente as
comunidades tradicionais.
• Zonas de transição - onde os princípios básicos do desenvolvi-
mento sustentável devem ser incentivados, visando reduzir o
impacto das concentrações populacionais, estradas ou núcleos
industriais sobre os ecossistemas que se pretende proteger.
No modelo das reservas da biosfera, as APAs constam como zonas
de amortecimento, tendo como meta permitir o desenvolvimento
econômico local concomitantemente ao uso sustentável dos seus
recursos naturais.
2.3 Gestão de APAs
O processo de planejamento e gestão de APAs em terras privadas,
especialmente quando se trata da proteção de áreas relevantes por sua
biodiversidade, recursos naturais e demais atributos, implica restrições
no exercício de determinadas atividades, bem como a imposição de
limitações administrativas e de algumas obrigações a quem detém a
propriedade da terra. Esse modelo de gestão foi inspirado na figura do
Parque Natural, um tipo de área protegida compatível com a proprie-
dade privada, já existente em Portugal, Espanha, França e Alemanha
(Ibama, 2001).
21. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
20
As APAs, como já foi dito, têm como principal objetivo aliar o desen-
volvimento econômico local ao uso sustentável dos recursos naturais
disponíveis. Dessa forma, é essencial que os Planos de Manejo, mais do
que restringir usos, proponham novas práticas produtivas, buscando a
sustentabilidade econômica, ambiental e social. Nesse sentido, a atuação
dos órgãos ambientais não deve ser apenas restritiva. Também deve estar
focada na gestão do território, nas potencialidades locais e no incentivo
às boas práticas ambientais.
O Plano de Manejo é, portanto, um ponto-chave para a gestão dessa
categoria de UC. Nele são definidos, através do zoneamento ambiental,
grupos de áreas que, de acordo com suas características e necessidades,
constituirão zonas regidas por normas específicas, com maiores ou meno-
res restrições de uso. O zoneamento define, ainda, áreas estratégicas
que poderiam constituir bons pontos de partida para a implantação de
programas diferenciados de conservação e desenvolvimento.
A importância do ordenamento territorial para a gestão desse tipo de
UC é tal que a articulação interinstitucional se torna imprescindível
para que as ações de conservação e gestão territorial sejam efetiva-
mente executadas.
2.4 Gestão participativa
A presença de ocupação humana, propriedades privadas e atividades
econômicas em seu território tornam as áreas de proteção ambiental
bastante peculiares. Essas características representam um grande poten-
cial de conflitos, face aos propósitos de proteger a diversidade biológica
e os atributos culturais, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Com essa perspectiva, a
participação dos atores sociais na gestão da APA é fundamental para que
as estratégias de conservação e sustentabilidade tenham êxito.
Para que o planejamento da APA seja efetivado, é necessário levar em
consideração a maneira como a população percebe o espaço em que vive
e interpreta e resolve seus problemas cotidianos, pois será entendendo a
vida dessa coletividade e enfrentando as questões que ela mesma coloca
22. 21
para si que será possível envolvê-la na proteção ambiental da região
(SMA-SP, 2004).
O Conselho Consultivo da APA deve ser representativo do poder público
e dos diversos segmentos sociais com legítimos interesses na área. Os
conselheiros devem tanto trazer contribuições e dúvidas das entidades
que representam quanto levar a seus pares o resultado dos debates trava-
dos, promovendo uma representação de fato em ambos os espaços. Esse
mecanismo tem por princípio promover a aproximação entre as intenções
dos atores e os propósitos da Unidade de Conservação, garantindo que
possíveisconflitossejamdirimidospelodiálogoepelamútuacolaboração.
Para que o Plano de Manejo contemple as contribuições do Conselho
Consultivo e da comunidade do entorno e do interior da APA, seu pro-
cesso de elaboração deve ser abrangente, gradativo e participativo. Isso
é essencial para que esse documento de planejamento seja efetivamente
internalizado pela população local em suas ações cotidianas, e para que
essa população assuma sua corresponsabilidade pelo uso sustentável e
pela conservação da biodiversidade. O envolvimento da comunidade
na elaboração do Plano de Manejo, portanto, é desejável e deve ser
estimulado por meio da atuação do Conselho Consultivo, da utilização
de ferramentas participativas (como oficinas, reuniões e atividades de
capacitação), pela inclusão de técnicos locais e pela valorização do saber
tradicional acumulado pelos habitantes mais antigos.
O propósito desse processo complexo é cumprir a Lei do Snuc
e atingir os objetivos da APA, ou seja, torná-la uma Unidade de
Conservação capaz de manter a qualidade de vida das populações
humanas, o uso sustentável dos recursos naturais e a proteção
da biodiversidade.
23. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
22
3. Plano de Manejo
3.1 Definição
De acordo com o Snuc, em seu artigo 2o
, inciso XVII, o Plano de Manejo
é um:
(...) documento técnico mediante o qual, com fundamento nos
objetivos gerais de uma UC, se estabelece o seu zoneamento e as
normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos
naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessá-
rias à gestão da unidade.
Portanto, o Plano de Manejo, além de cumprir um papel técnico, tem um
caráter gerencial. Dessa forma, ele não deve ser excessivamente extenso
nem parecer um texto acadêmico, devendo conter informações claras e
concisas que orientem a gestão da UC.
3.2 Objetivos
Os principais objetivos do Plano de Manejo são:
• Propiciar o cumprimento dos objetivos da UC, conforme
sua categoria;
• Estabelecer os objetivos específicos de manejo, orientando
a gestão da UC;
• Estabelecer o ordenamento territorial a partir do zoneamento
ambiental e do planejamento;
• Incentivar a participação da sociedade no planejamento
e gestão da UC.
24. 23
3.3 Estrutura
O Plano de Manejo é estruturado em módulos e dividido em duas fases:
diagnóstico e planejamento (Figura 1). O planejamento é feito com base
nas informações obtidas no diagnóstico. Em casos de revisão do Plano
de Manejo, é possível a atualização de alguns módulos sem que seja
necessária a revisão total do documento.
DIAGNÓSTICO
MÓDULO 1 - Informações gerais sobre a UC
MÓDULO 2 - Análise regional
MÓDULO 3 - Análise da UC
MÓDULO 1 - Zoneamento e normas
MÓDULO 2 - Planos setoriais
MÓDULO 3 - Monitoramento e avaliação
PLANEJAMENTO
Figura 1. Organização do PM
Fonte: Adaptado de Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo: par-
ques estaduais, reservas biológicas, estações ecológicas (Inea, 2010)
3.3.1 Fase de diagnóstico
Constituída de três módulos, deve fornecer um retrato da realidade em
que a APA está inserida. Por isso, prevê a obtenção de informações gerais
sobre a unidade (Módulo 1), um estudo da região (Módulo 2) e uma análise
da UC (Módulo 3). Os objetivos são levantar e analisar os fatores bióticos,
abióticos e socioculturais da localidade, identificar espécies relevantes e
alvos para a conservação, investigar as relações da UC com a comunidade,
e indicar o grau de conservação e a vocação de uso das áreas da APA.
Concluído o levantamento, todos os dados obtidos e consolidados são
usados na elaboração de um planejamento executável para a UC.
3.3.2 Fase de planejamento
Compreende os seguintes módulos: Zoneamento e Normas (Módulo
4), Planos Setoriais (Módulo 5) e Monitoramento e Avaliação (Módulo
6). Neles ficam estabelecidas as diretrizes e estratégias para a definição
do zoneamento, as normas, projetos e atividades que irão conduzir a
gestão da UC, assim como as ferramentas necessárias ao monitoramen-
to e avaliação do processo de implementação.
25. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
24
3.4 Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação
O Inea nomeará, por meio de instrumento administrativo interno, uma
Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação (CTAA) para cada
Plano de Manejo. Esse grupo deverá acompanhar a elaboração do Plano
de Manejo e avaliar o conteúdo dos módulos, determinando se estão ou
não satisfatórios, organizando as contribuições do Conselho Consultivo
e encaminhando correções e pedidos de mudanças cabíveis à equipe
de elaboração.
3.5 Apresentação do PM
O Plano de Manejo deve ser composto de capa, contracapa, apresentação
institucional, ficha técnica, agradecimentos (opcional), folha de rosto,
sumário, apresentação do PM, módulos (1 ao 6), referências bibliográ-
ficas e anexos (ex.: mapas, ato legal de criação, cronogramas, memorial
descritivo etc.).
O documento final deverá ser apresentado em dois formatos:
1. Versão Integral (VI) - Com linguagem e abordagem técnicas,
trata de todos os pontos essenciais à implementação da UC,
objetivando atender às necessidades operacionais da institu-
ição gestora. Essa versão é disponibilizada para consulta pú-
blica na sede e no site do Inea, e também na UC contemplada
pelo PM. É imprescindível que a VI siga as normas técnicas de
apresentação da ABNT.
2. Resumo Executivo (RE) - Reúne, de forma simples e objetiva,
as principais informações do PM. No RE, a abordagem dos pon-
tos de maior interesse para a sociedade utiliza uma linguagem
acessível ao público leigo. O documento é disponibilizado na
forma impressa ou digital, sendo distribuído via internet e em
bibliotecas, prefeituras e organizações da sociedade civil.
26. 25
3.6 A revisão do PM
O Plano de Manejo é um documento dinâmico, assim como o processo de
implementação de uma Unidade de Conservação, e deve refletir a reali-
dade existente no interior da UC. Para ser eficaz, é necessário que, perio-
dicamente, ele sofra ajustes e tenha seus programas e projetos avaliados
e revistos. A recomendação é que a revisão do Plano de Manejo aconteça
a cada cinco anos. Porém, é possível antecipá-la se o monitoramento e a
avaliação da efetividade do planejamento assim justificarem.
4. Elaboração do Plano de Manejo
4.1 Identificação das etapas do PM
Um Plano de Manejo, do início da sua elaboração até a sua conclusão,
envolve uma série de atividades. Abaixo seguem as etapas essenciais à
sua elaboração, várias das quais podem ser executadas simultaneamente:
A. Criação da CTAA;
B. Reunião técnica introdutória (organização do Plano de Trabalho);
C. Coleta e análise de dados secundários (revisão bibliográfica);
D. Análise e interpretação das imagens de satélite;
E. Reconhecimento de campo na UC (sobrevoo aconselhável);
F. Levantamentos de campo para coleta e atualização de dados;
G. Realização de oficinas participativas de diagnóstico;
H. Elaboração do diagnóstico;
I. Avaliação do diagnóstico;
J. Reuniões técnicas de planejamento (proposta preliminar);
K. Realização de oficinas participativas de planejamento;
L. Elaboração do planejamento;
M. Avaliação do planejamento;
N. Análise final, consolidação e finalização do PM.
27. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
26
4.2 Descrição das etapas
A. Criação da CTAA
Será de responsabilidade do Inea a nomeação da Comissão Técnica de
Acompanhamento e Avaliação do PM.
B. Reunião técnica introdutória (organização do Plano
de Trabalho)
Durante a primeira reunião técnica entre a CTAA e os responsáveis pela
elaboração do PM, as equipes contratante e contratada devem apresentar
seus membros e as funções de cada um. Em pauta, devem estar os seguin-
tes pontos:
1. Orientações gerais: nesse momento, todos os envolvidos no
processo de elaboração, acompanhamento e avaliação do PM
definem seus respectivos papéis no encaminhamento do proces-
so e são apresentados à metodologia a ser aplicada, aos atores
envolvidos e à área de abrangência da UC e, consequentemente,
do PM, devendo tudo ser devidamente registrado em ata;
2. Dados existentes: na reunião, o Inea deverá disponibilizar tudo
o que for útil à elaboração do plano, como pesquisas, imagens e
mapas, além de informações institucionais detalhadas (recursos
humanos, equipamentos, infraestrutura etc.) sobre a UC a
ser manejada;
3. Banco de dados: a estratégia a ser adotada para a formação
e consolidação dos dados que alimentarão o PM (estru-
tura, padronização, SIG, arquivos etc.) é outro aspecto do
planejamento que tem de ser definido durante a reunião
técnica introdutória.
C. Levantamento e análise de dados secundários (referências
bibliográficas)
Etapa que se caracteriza pela busca de informações bibliográficas, ima-
gens atuais e fotografias aéreas.Aanálise dos dados compilados permitirá
a construção do diagnóstico.
28. 27
D. Análise e interpretação das imagens de satélite
A interpretação das imagens de satélite visa à elaboração de diferentes
mapas, conforme tratado no Anexo I (p. 61), nas escalas mais apropriadas
ao planejamento da UC, de acordo com o nível de detalhamento desejado
e a elaboração ou atualização do Banco de Dados Espaciais (BDE) do Inea.
O conjunto de informações resultante desse mapeamento constitui
insumo básico para a obtenção de um diagnóstico pormenorizado das
características da paisagem.
As especificações técnicas dos dados espaciais (metadados, parâmetros
de projeção, padrão de exatidão cartográfica, legenda para mapeamentos
temáticos etc.) serão fornecidas pela Gerência de Geoprocessamento e
Estudos Ambientais (Geopea/Dimfis/Inea), assim como as demais ori-
entações necessárias.
Em relação às imagens de satélite, serão utilizadas para análise apenas
as mais adequadas ao estudo em questão, levando-se em conta as carac-
terísticas da área e os dados que se deseja extrair das mesmas. Os registros
serão interpretados visando à elaboração de mapas com detalhes sobre
a caracterização:
• Da cobertura vegetal;
• Do uso e ocupação do solo;
• Do relevo;
• Dos corpos hídricos.
E. Reconhecimento de campo da UC
É no reconhecimento de campo que começa a haver um envolvimento
da população na elaboração do PM, pois, nessa etapa, os membros da
equipe responsável pelo plano dirigem-se à região da UC e, com a equipe
da unidade, iniciam os contatos com as comunidades locais.
Nessa etapa também começam a mobilização de atores sociais para as
oficinas participativas e o agendamento de reuniões e encontros com o
Conselho Consultivo, com a sociedade civil organizada, com as lideranças
locais e com instituições regionais representativas que possam colaborar
de forma direta ou indireta para a elaboração do PM. É o momento de
identificar os representantes que participarão das oficinas participativas a
29. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
28
serem realizadas. Faz-se necessário, portanto, o agendamento de reuniões
com os representantes de cada uma das prefeituras inseridas nos limites
da APA, visando não só a comunicação oficial à municipalidade local de
que o plano está se iniciando, como também o estreitamento dos laços
com os técnicos dos municípios e o aumento da troca de informações.
Nessas reuniões com as prefeituras é fundamental a obtenção do Plano
Diretor de cada município, bem como dos planos e programas de governo
(esferas federal, estadual e municipal) em andamento e que sejam rele-
vantes para o desenvolvimento dos trabalhos.
F. Levantamento de campo
Esse trabalho deve ter o acompanhamento de pelo menos um técnico da
Unidade de Conservação, que auxiliará a equipe de elaboração do PM na
localização de acessos às áreas de estudo, propriedades, trilhas etc.
Os levantamentos de campo para coleta dos dados primários, quando
exigidos em Termo de Referência, deverão buscar informações que
atendam ao conteúdo mínimo a ser apresentado no Módulo 3, conforme
indicado neste roteiro.
Nos levantamentos de campo, devem ser observados e analisados os
seguintes fatores:
• A visão da UC pelas comunidades locais;
• As atividades geradoras de impactos positivos e negativos
na unidade;
• Os pontos fortes e fracos das atividades sob o ponto de vista
dos servidores lotados na UC e nas respectivas superintendên-
cias regionais;
• A elaboração, sempre que possível, de mapas falados nas
reuniões locais, como subsídio para as demais etapas.
G. Realização de oficinas participativas de diagnóstico
Oficinas participativas de diagnóstico partem do princípio que os atores
sociais locais dispõem de uma ampla gama de conhecimentos técnicos
e sociais que poderiam ser utilizados no embasamento de um processo
30. 29
de desenvolvimento eficaz. Os participantes dessas oficinas devem ser
representantes da unidade, das comunidades da UC, da sociedade civil
organizada, de instituições governamentais e de ensino, do setor empre-
sarial, do Conselho Consultivo, bem como do próprio Inea.
Por terem sido concebidas sobre uma metodologia participativa, essas
oficinas deverão evidenciar fatores internos (pontos fortes e fracos) e
externos (oportunidades e ameaças), objetivando dar à equipe de plane-
jamento uma noção da visão e das expectativas da sociedade local em
relação à UC.
Dessa forma, fica assegurado que a elaboração do PM contará com
informações baseadas na vivência e nas experiências dos mais diversos
segmentos da sociedade civil local e regional.
As oficinas deverão ser conduzidas de modo a trazer respostas para
questões como as apresentadas a seguir, considerando também a espa-
cialização dessas no território da APA:
Como a população percebe o território?
Aspectos positivos e negativos sobre:
• Recursos naturais (biodiversidade, água, clima...);
• Poder público (prefeitura, instrumentos reguladores...);
• Aspectos sociais (geração de renda, aspectos culturais...).
Como a população percebe a APA?
Aspectos positivos e negativos sobre:
• Recursos naturais (biodiversidade, água, clima...);
• Poder público (órgão gestor, prefeitura, instrumentos
reguladores...);
• Aspectos sociais (geração de renda, aspectos culturais...).
Dependendo da dimensão e complexidade da APA, podem ser necessári-
as duas ou mais oficinas para que a população das diversas localidades
existentes na unidade seja ouvida.
É importante que as oficinas aconteçam numa etapa intermediária da fase
de diagnóstico, possibilitando a análise coerente e integrada dos dados e,
31. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
30
consequentemente, oferecendo um subsídio consistente ao planejamento.
Como resultados, elas gerarão relatórios que serão apresentados anexos
ao Módulo 3.
H. Elaboração do diagnóstico
A elaboração dos três módulos de diagnóstico (Módulo 1 - Informações
Gerais sobre a UC; Módulo 2 - Análise Regional; e Módulo 3 - Análise da
UC) será baseada nas informações obtidas nas etapas descritas até aqui.
Antes do uso desses dados, porém, é preciso avaliar como eles poderão
subsidiar as propostas de gestão e planejamento da APA. A descrição de
cada módulo pode ser encontrada mais adiante neste roteiro.
I. Avaliação dos módulos de diagnóstico
Conforme o cronograma aprovado no Plano de Trabalho, os módulos
1, 2 e 3 deverão ser enviados separadamente à CTAA, que também irá
encaminhá-los ao Conselho Consultivo. A análise, adequação e posterior
aprovação dos módulos serão feitas pela CTAA, conforme a entrega dos
volumes. As contribuições do Conselho Consultivo serão consideradas se
encaminhadas em tempo hábil para a versão final do módulo. Em caso
de desrespeito ao prazo estabelecido, poderão ser incluídas na redação
final do PM.
J. Reuniões técnicas de planejamento
A elaboração, tanto do zoneamento quando dos planos setoriais, é uma
etapa importante do PM, e deve ter grande participação da CTAA. Dessa
maneira, serão necessárias várias reuniões técnicas entre a Comissão
Técnica e a equipe de elaboração do PM para que o planejamento siga
as diretrizes estabelecidas para a UC e seja possível preparar uma versão
preliminar do zoneamento.
K. Oficinas participativas de zoneamento e planejamento
Estas oficinas têm dois objetivos: apresentar a proposta de zonea-
mento e de estruturação do planejamento ao Conselho Consultivo e à
comunidade, e obter contribuições desses dois interlocutores.
Dependendo da dimensão e complexidade da APA, poderão ser necessá-
rias duas ou mais oficinas para que a população das diversas localidades
existentes na UC seja ouvida de forma satisfatória e representativa.
32. 31
A proposta levada para as oficinas deverá ser previamente discutida
com a CTAA, possibilitando sua adequação às diretrizes do Inea para
a gestão de APAs. Após a aprovação pela CTAA, a proposta deverá ser
enviada aos participantes da oficina antes da sua realização.
L. Elaboração do planejamento
A elaboração dos módulos de planejamento (Módulo 4 - Zoneamento
e Normas; Módulo 5 - Planos Setoriais; e Módulo 6 - Monitoramento e
Avaliação) será baseada nas informações obtidas no diagnóstico e nas
oficinas participativas, que deverão subsidiar um planejamento para a
gestão eficiente da Unidade de Conservação.
A estruturação do planejamento visa, principalmente, à definição dos
planos setoriais e, dentro de cada um destes, à identificação clara dos
seus objetivos, executores e parceiros, devendo ser sucinta.
M. Avaliação do planejamento
Conforme o cronograma aprovado no plano de trabalho, os módulos 4, 5
e 6 (analogamente aos módulos 1, 2 e 3) deverão ser enviados individual-
mente à CTAA, que também irá encaminhá-los ao Conselho Consultivo.
A análise, adequação e posterior aprovação desses módulos serão feitas
pela CTAA. As contribuições do Conselho Consultivo serão considera-
das se encaminhadas em tempo hábil para a versão final do módulo ou
para a aprovação final do PM. A avaliação se dará conforme a entrega
dos módulos.
N. Análise final, consolidação e finalização do PM
A última avaliação técnica consiste na leitura de todo o PM (versão
integral e resumo executivo), acertos finais e atualização de dados que
tenham ficado defasados ao longo da elaboração do plano, bem como
possível inclusão de contribuições do Conselho Consultivo. Uma vez
realizadas as últimas alterações cabíveis, procede-se à aprovação técnica
final e ao encaminhamento do Plano de Manejo ao Conselho Diretor do
Inea para última aprovação e posterior publicação no DOERJ.
36. 35
1. Módulo 1 - Informações gerais sobre a APA
Este módulo deve apresentar a APA, expondo suas características de
forma objetiva. O conteúdo mínimo deverá incluir:
1.1 Localização e vias de acesso
Texto e mapa deverão informar a localização da APA , situando-a no
Estado e município(s), e identificando as principais vias de acesso.
1.2 Ficha técnica da Unidade de Conservação
A ficha técnica tem como objetivo apresentar de forma concisa e padro-
nizada os dados da APA, de modo a facilitar a consulta a essas infor-
mações. É utilizada para atualização do Cadastro Nacional de Unidades
de Conservação (Cnuc) e segue o modelo apresentado no Anexo II (p. 64).
1.3 Histórico, antecedentes legais e justificativa de criação
O histórico da Unidade de Conservação deve revelar o uso anterior das
suas terras, os motivos que justificaram sua criação e as razões do seu
enquadramento como APA. Também deverá abordar, de forma resumida,
a situação da área desde a sua criação, incluindo conquistas e conflitos.
1.4 Origem do nome da UC
Informa a origem e o significado do nome da UC, o que ajuda na com-
preensão de aspectos históricos e culturais da Unidade de Conservação.
2. Módulo 2 - Análise regional
Este módulo deverá apresentar a realidade dos municípios em que a APA
está inserida, as potenciais parcerias institucionais e serviços de apoio,
as atividades econômicas e mudanças no uso e ocupação do solo, bem
como possibilidades de conectividade com outras UCs. O planejamento
37. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
36
dos municípios para a área da APA, conforme seus planos diretores,
é outro item a ser considerado.
2.1 Descrição geocartográfica
Identifica os municípios abrangidos pela UC. A apresentação é feita
por meio de mapas ilustrativos em que constem malha viária primária,
rede hidrográfica, UCs federais, estaduais e municipais, RPPNs e,
ainda, assentamentos rurais e urbanos, comunidades tradicionais,
terras indígenas, grandes projetos de infraestrutura e outros aspectos
julgados relevantes.
A descrição deve mostrar como a UC está inserida no espaço territorial
do Estado, informar a área da unidade e classificar os ambientes naturais
que ela abrange. É obrigatório, ainda, indicar o percentual de área da
APA que cada município detém, e também qual o percentual do território
de cada município encontra-se coberto pela APA.
2.2 Contextualização municipal
Aponta a localização da APA dentro dos municípios e como seu território
é reconhecido pelos seus respectivos planos diretores e outros instrumen-
tos normativos, Agenda 21 etc.
2.3 Uso e ocupação da terra e problemas ambientais
decorrentes
Identifica brevemente as principais atividades econômicas (agrícolas,
pecuárias, minerais, industriais, pesqueiras, turísticas, imobiliárias etc) de-
senvolvidas na APA, suas tendências, os impactos ambientais decorrentes,
bem como empreendimentos de infraestrutura previstos na região (estradas,
pequenas centrais hidrelétricas etc).
Também prevê um levantamento dos planos e programas federais,
estaduais e municipais pertinentes.
38. 37
2.4 Aspectos culturais e históricos
Apresentam informações resumidas sobre a colonização da região, sua
história recente e suas manifestações culturais (valores folclóricos e reli-
giosos, música, teatro, literatura, gastronomia), bem como formas de usos
tradicionais dos recursos naturais.
2.5 Ações ambientais exercidas por outras instituições
Descrevem as atividades na área de meio ambiente que outras institu-
ições – governamentais e não governamentais – desenvolvem na APA a
ser gerida, como campanhas educativas e programas de coleta seletiva
de lixo.
O item também aponta as UCs cujos limites se sobrepõem aos da APA e
aquelas que coexistem em seu entorno. Além disso, deve descrever breve-
mente os mosaicos de UCs dos quais a APA faz parte ou poderia fazer.
Outra exigência é a elaboração de uma tabela (Quadro 1) indicando to-
das as UCs em nível federal, estadual e municipal localizadas na região
da APA.
Quadro 1 – Unidades de Conservação do entorno
Item UC
Ato de
criação
Área
(ha)
Órgão
gestor
Município(s)
abrangido(s)
Inserção
em
mosaico
Plano
de
Manejo
1
2
3
n
2.6 Potencialidades de cooperação e apoio institucional
Indicam, sob dois diferentes enfoques (ambiental e institucional), as possi-
bilidades reais e potenciais que aAPAterá, em curto, médio e longo prazos,
39. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
38
de estabelecer parcerias municipais, estaduais ou federais para sua gestão
e, com isso, ampliar a efetividade da proteção da sua biodiversidade e a
conectividade com outras UCs.
Para isso, é preciso fazer um levantamento dos processos que tratam de
parcerias, quando existentes; identificar e qualificar os parceiros institucio-
nais, públicos e privados; e descrever as atividades implementadas e os
projetos e programas de cooperação (objetivos, metas, plano de atividades,
recursos envolvidos, duração etc).
3. Módulo 3 - Análise da APA
Este módulo é dedicado ao diagnóstico dos fatores abióticos, bióticos e
socioeconômicos existentes na APA. Além de trazer mapas temáticos,
deve abordar as atividades econômicas desenvolvidas no interior da
unidade, tratar do uso e da ocupação do solo, e identificar tendências no
que se refere à utilização da área e dos seus recursos naturais.
Os tópicos, descritos a seguir, deverão apresentar uma análise conclusiva e
individualizada de cada fator, caracterizando a influência deles na área de
abrangência da APA, e não se restringir apenas à apresentação dos dados.
3.1 Fatores abióticos
3.1.1 Clima
Apresenta o regime de precipitação, temperatura, ventos, umidade,
sazonalidade climática e outras informações, conforme a disponibilidade
e a importância delas para o manejo da UC.
É obrigatória, ainda, a localização, por meio de coordenadas geográficas,
das estações meteorológicas existentes na UC e próximas a ela.
Quando existir estação meteorológica na UC, é necessário registrar os
dados coletados, ainda que estes não constituam uma série histórica.
40. 39
3.1.2 Geologia, geomorfologia e solos
Além de descreverem sucintamente a evolução geológica, o tipo de relevo
predominante e as cotas de altitude existentes na Unidade de Conservação,
apresentam as principais unidades pedológicas na região, a morfologia dos
solos presentes na UC, a suscetibilidade deles à erosão e os usos minerários
ocorrentes na APA.
As informações geradas têm de ser apresentadas em mapas temáticos (in-
cluindo mapas topográficos) na escala apropriada ao nível de detalhamen-
to desejado e à representação adequada. Para isso, é importante observar
as escalas de mapeamento disponíveis e adaptá-las ao mapeamento para
a APA, sem esquecer que as bases utilizadas deverão ser as mais detalha-
das e atualizadas, e seguir as orientações da Geopea/Dimfis/Inea.
3.1.3 Aspectos espeleológicos
Relacionam as cavidades naturais subterrâneas (cavernas, grutas, lapas,
furnas, abrigos sob rocha, abismos etc.) encontradas na APA, informan-
do: nomes pelas quais são conhecidas, localização (região, fazenda, serra,
rio etc.), estado geral de conservação e existência ou não de visitação
(eventual ou frequente) ou de outros usos pela população local (abrigo,
depósito, local de manifestação folclórica ou religiosa etc.). É obrigatória
a apresentação de croquis das áreas encontradas.
3.1.4 Hidrografia, hidrologia e limnologia
Apontam as regiões hidrográficas e bacias abrangidas pela UC, o estado
de conservação delas e os principais cursos d’água e nascentes, dando
enfoque ao regime das águas (cheias e vazantes) e aos aquíferos e seus
mecanismos de recarga.
Além disso, citam os lagos, lagoas, brejos e/ou banhados, identificando
sua importância e conexão com outros ambientes lênticos e/ou lóticos, e
descrevem os principais aspectos do uso e qualidade da água e a condição
geral das margens, em termos de retificação, canalização e mata ciliar.
Na elaboração do mapa temático correspondente, deve-se observar se a
UC fica em área com mapeamentos em escala mais detalhada. Em casos
41. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
40
específicos, pode ser necessário atualizar a rede de drenagem a partir de
imagens de satélite.
3.1.5 Oceanografia
Item inserido quando a APA apresenta porção marinha. O mapa temáti-
co correspondente deve reunir: informações sobre o relevo marinho,
aspectos da dinâmica da água (incluindo circulação marinha ou costeira),
principais características físicas e químicas da água e as rotas de trans-
porte marítimo.
3.1.6 Ocorrência de fogo e fenômenos naturais extremos
Quando for relevante para a área, o PM deve apresentar o histórico da
ocorrência de incêndios e de fenômenos naturais extremos (deslizamen-
tos, enchentes, trombas d’água etc.) registrados na APA. Os períodos de
maior risco, assim como as áreas mais suscetíveis a essas ocorrências, os
procedimentos adotados para controlá-las e a falta ou disponibilidade de
apoio para combatê-las, também devem ser indicados.
Já o mapa temático deve incluir as áreas de risco, as áreas de incên-
dios recorrentes e os pontos e coordenadas para captação de água
por helicópteros.
3.2 Fatores bióticos
A identificação dos fatores bióticos de uma área protegida é feita a partir
de levantamentos florísticos e faunísticos que indiquem quais espécies
são consideradas representativas, abundantes, raras, endêmicas, ameaça-
das de extinção, exóticas e invasoras. Para tanto, deve-se considerar tanto
as espécies de ambientes terrestres quanto as de ambientes aquáticos,
inclusive marinhos, quando for o caso.
3.2.1 Vegetação
A vegetação ocorrente na APA deve ser caracterizada distinguindo-se as
fitofisionomias gerais e seu estágio sucessional, conforme a classificação da
vegetação brasileira estabelecida pelo IBGE.
42. 41
Durante o levantamento, aconselha-se verificar se há registros históricos
que fazem menção à diminuição ou desaparecimento de espécies dentro
da Unidade de Conservação, bem como motivos aos quais essas mu-
danças poderiam ser atribuídas.
Outra sugestão é identificar espécies ou grupos alvos de coleta, comer-
cialização irregular ou exploração de essências e princípios ativos, bem
como aquelas com possibilidade de manejo sustentável.
Recomenda-se, ainda, a verificação em campo a partir dos dados se-
cundários levantados.
As referências para definição das classes são o Manual Técnico da
Vegetação Brasileira (IBGE, 2012), o Manual Técnico do Uso da Terra (IBGE,
2006) e a Resolução Conama no
06/94. Devido às peculiaridades da
região, pode ser necessária a inclusão de outras classes. A vegetação
de restinga, por sua vez, deverá seguir a classificação estabelecida pelo
Decreto Estadual no
41.612, de 23 de dezembro de 2008, que dispõe
sobre a definição de restingas no Estado do Rio de Janeiro e estabelece a
tipologia e a caracterização ambiental desse tipo de vegetação.
3.2.2 Fauna
Identifica as espécies de vertebrados e invertebrados que ocorrem na
área e descreve sua classificação, segundo seu status de conservação
e endemismo.
Durante o levantamento, aconselha-se verificar se há registros históricos
que façam menção à diminuição ou desaparecimento de espécies dentro
da Unidade de Conservação, bem como os motivos aos quais essas mu-
danças poderiam ser atribuídas.
Outra sugestão é identificar espécies ou grupos alvos de caça
e tráfico de animais, bem como aquelas com possibilidade de
manejo sustentável.
Espécies que se destacam ou que possam favorecer uma campanha de
comunicação devem ter uma descrição maior, inclusive do seu manejo,
quando necessário.
43. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
42
Recomenda-se, ainda, a verificação em campo a partir dos dados se-
cundários levantados.
3.3 Fatores socioeconômicos
3.3.1 Sítios históricos
Informam a localização de sítios arqueológicos (com artefatos de cerâmi-
ca, pedra, pontas de flecha, ossos, instrumentos como machados, pinturas
ou gravuras antigas nas paredes, sambaquis etc.), paleontológicos (com
ossos, dentes, conchas presas nas rochas etc.) e históricos (com construções
coloniais, antigas senzalas etc.).
Quando existentes, deve-se relacionar os aspectos paleontológicos e/ou
arqueológicos com uma avaliação de sua importância científica, histórica
e cultural.
3.3.2 Caracterização dos fatores socioeconômicos
De modo geral, o tópico destaca as particularidades das populações
da APA, as atividades econômicas na localidade e as consequências ou
efeitos negativos dessas atividades sobre a UC, reunindo, também, infor-
mações obtidas nas oficinas participativas de diagnóstico.
Especificamente, aponta a distribuição rural/urbana e os fluxos mi-
gratórios, levando em conta a dinâmica populacional na região; regis-
tra tendências e vetores de crescimento dos núcleos populacionais e
das mudanças de uso e ocupação do solo; avalia o saneamento básico
e o grau de escolaridade, citando informações sobre atividades de
educação ambiental nas escolas; traça o perfil socioeconômico da região,
considerando os dados mais recentes do censo demográfico do IBGE e
destacando indicadores como faixa etária, gênero e renda; examina a
relação da comunidade com a APA; e indica as organizações, associações
e/ou cooperativas que atuam na UC, incluindo dados para contato.
Uma vez reunidas, as informações devem ser apresentadas na forma de
quadros ou mapas que sintetizem os aspectos populacionais e utilizem os
setores censitários como unidade de análise.
44. 43
No caso de APAs marinhas e costeiras, é preciso, ainda, verificar os efeitos
das atividades executadas na região e daquelas que, sob a influência de
correntes marinhas, poderiam impactar a UC, como a dragagem, pesca e
exploração de petróleo em alto mar.
3.3.3 Uso e ocupação do solo
Item dedicado aos diferentes usos e formas de ocupação do solo e no
qual são apontadas tanto formações naturais quanto áreas antropizadas,
áreas de risco e áreas de remanescentes naturais. Além de identificar as
mudanças no uso do solo registradas na APA, inclui um mapa temático
com as representações das diferentes formas de utilização e ocupação do
solo local, conforme os critérios e parâmetros apresentados no item 3.2.1
(p. 40) e no Anexo I (p. 61).
3.3.4 Serviços de apoio disponíveis para a Unidade
de Conservação
Apresentam a disponibilidade de serviços como prontos-socorros, hos-
pitais, redes de apoio (oficinas mecânicas, bancos e postos de combus-
tível, dentre outros), segurança pública, fornecimento de energia elétrica,
transporte, correios etc.
3.4 Aspectos institucionais da APA
3.4.1 Recursos humanos
As informações referentes ao pessoal lotado na APA devem ser atualiza-
das e abranger: número total, tempo de serviço, cargo, função e níveis de
qualificação e capacitação dos funcionários.
É indispensável, ainda, apresentar um perfil sucinto do responsável pela
APA, considerando seu nível de qualificação, capacitação e experiência;
relacionar o pessoal contratado ou que foi cedido por outras instituições,
não esquecendo de incluir suas atribuições; identificar o tipo de trabalho
que estagiários ou voluntários podem realizar na APA; e preencher um
formulário (Quadro 2) referente aos recursos humanos existentes na
Unidade de Conservação.
45. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
44
Quadro 2 – Formulário dos recursos humanos disponíveis na APA
Quantidade
Nome
Instituição
Vínculo
Escolaridade
Cargo
Função
GO
CC
TE
PA
VO
1
2
3
n
GO – servidor do estado; CC – cargo comissionado; TE – terceirizado;
PA – parceria; VO – voluntário
3.4.2 Infraestrutura, equipamentos e serviços
Indicam a infraestrutura e principais equipamentos da APA, incluindo a
localização georreferenciada e o estado de conservação das edificações e
dos acervos cultural, histórico e científico disponíveis.
Se a UC possuir sinalização, esta deve ter sua efetividade, propriedade,
suficiência e estado de conservação avaliados.
Outra exigência é a identificação em mapa das estradas existentes, com
detalhes sobre estado de conservação, tipo de pavimentação, utilização e
necessidade de permanência ou interdição, e a indicação das formas de
acesso a pontos estratégicos da UC.
3.4.3 Atividades de gestão desenvolvidas
Todas as atividades de gestão já implementadas pela UC e a forma como
são desenvolvidas (parcerias, apoios, frequência etc.) devem ser levadas
em consideração na elaboração do PM. O diagnóstico de algumas dessas
atividades ou de outras diretamente relacionadas à UC, como fiscalização,
46. 45
pesquisa científica e educação ambiental, subsidiará os programas espe-
cíficos que serão apresentados no Módulo 5.
3.5 Problemática identificada e potencialidades
Todo Plano de Manejo deve identificar os fatores e forças que mais limitam
e restringem a correta gestão da UC, assim como as necessidades e dificul-
dades da APA relacionadas a tópicos anteriores que deveriam ser sanadas
para permitir a consolidação do PM.
Por essa razão, tanto as potencialidades quanto os conflitos existentes na
UC a ser gerida devem ser apresentados num mapa temático. No caso
das potencialidades, ao descrevê-las é preciso dar detalhes de como elas
ajudariam a APA a alcançar seus objetivos e dos recursos necessários
para explorá-las.
3.6 Análise integrada do diagnóstico
A análise integrada dos atributos dos meios físico e biótico da UC deverá
ser feita com base nos dados levantados, na análise de imagens de satélite
e nos elementos obtidos nos trabalhos de campo. As informações coletadas
deverão ser integradas de maneira que se obtenha a análise da UC como
um todo. A análise integrada tem como objetivos estabelecer a relação
entre fauna, flora e meio físico a partir dos dados levantados e relacionar a
ocupação humana atual com as condições ambientais diagnosticadas.
3.7 Declaração de Significância
Com base nos conhecimentos adquiridos, a Declaração de Significância
apresenta uma análise da APA com relação à raridade, representati-
vidade, grau de ameaça, importância ecológica e exclusividade, entre
outros parâmetros referentes à fauna, flora, ecossistemas e aspectos geo-
morfológicos, espeleológicos, culturais, antropológicos, arqueológicos,
históricos, paleontológicos, oceanográficos e paisagísticos.
47. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
46
3.8 Anexos
Devem constar como anexos do Módulo 3:
• Lista de espécies da flora;
• Lista de espécies da fauna;
• Mapas temáticos;
• Relatórios das oficinas participativas do diagnóstico, contendo
fotografias e nomes dos participantes;
• Resumo de séries históricas de dados meteorológicos, ocea-
nográficos, hidrológicos e outros que apresentem relevância e
representatividade para o processo de planejamento.
4. Módulo 4 - Zoneamento e normas
O Módulo 4 é o primeiro módulo que trata do planejamento da UC. Nele
serão apresentados os objetivos específicos da APA, suas normas gerais,
seu zoneamento, as normas específicas para cada zona, bem como o
resultado das oficinas participativas.
4.1 Objetivos da UC
Devem ser enumerados no PM tanto os objetivos da APA determinados
em seu ato de criação quanto os específicos, determinados após a etapa
de diagnóstico. Esses objetivos servirão de base para a elaboração e
execução dos planos setoriais (Módulo 5).
4.2 Normas gerais da APA
Abrangem as normas que valerão para toda a APA, independentemente
do zoneamento. É importante que essas normas se harmonizem com o
Slam e abordem assuntos relevantes dentro da realidade local. Como as
APAs são UCs que permitem o uso direto dos seus recursos naturais,
as normas estabelecidas deverão visar à mitigação de impactos nega-
tivos e ameaças identificadas, tendo em mente que tudo que não for
48. 47
vedado pelo Plano de Manejo é permitido, desde que de acordo com as
demais legislações.
4.3 Zoneamento da UC
O zoneamento é conceituado pela Lei n° 9.985/2000 como a “definição de
setores ou zonas em uma UC com objetivos de manejo e normas especí-
ficas, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que
todos os objetivos da Unidade de Conservação possam ser alcançados de
forma harmônica e eficaz”. Além de constituir uma importante ferramen-
ta para agilizar o processo de licenciamento e a fiscalização, ele direciona a
implantação de empreendimentos e orienta moradores e usuários quanto
à apropriação dos atributos naturais de uma UC (SMA-SP, 2004).
O zoneamento deve, ainda, caracterizar os setores conforme sua vocação
ambiental, definir os limites geográficos de cada zona e estabelecer as
normas para o uso e ocupação do território, sempre de forma compatível
com o Plano Diretor dos municípios.
É importante lembrar que as zonas são sempre formadas por espaços
contínuos que apresentam similaridade no uso e ocupação do solo.
Os critérios para definição das zonas e seus limites devem ser claros e
aquelas devem possuir memorial descritivo. A criação de várias zonas
diminutas ou de zonas extremamente grandes como forma de facilitar
a operacionalização dos programas para gestão da UC deve ser evitada
ao máximo.
Dentro das zonas podem existir, ainda, áreas com extensão reduzida
e condições ecológicas, culturais e socioeconômicas peculiares e/ou
vocações que justifiquem um planejamento específico. Esses setores são
chamados de áreas estratégicas.
4.3.1 Caracterização das zonas e áreas estratégicas
Geralmente, encontramos os seguintes tipos de zona numa APA:
Zona de Preservação (ZP), Zona de Conservação (ZC), Zona de Uso
Agropecuário (ZUAP), Zona de Ocupação Controlada (ZOC) e Zona
de Ocupação Controlada Industrial (ZOCI). No entanto, é possível que
49. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
48
uma área protegida tenha outras zonas (Zona de Interesse Turístico -
ZIT; Zona de Ocupação Restrita - ZOR etc.) e que estas variem ou
sejam criadas de acordo com a realidade de cada APA.
Vale destacar que uma mesma tipologia de zona pode ser dividida em
dois ou mais segmentos ou polígonos, que deverão ser identificados
pela sigla da zona e sua numeração (ZP-01, ZOC-03 etc). As normas,
por sua vez, poderão variar entre segmentos de uma mesma zona, em
função de especificidades observadas no diagnóstico.
As áreas estratégicas, por terem características específicas, serão ob-
jeto de ações de gestão diferenciadas, inseridas em planos setoriais pri-
oritários à sua gestão. Essas áreas não precisam apresentar memorial
descritivo e podem ocorrer em qualquer tipo de zona.
4.3.1.1 Diretrizes gerais para as zonas mais comuns às APAs
Zona de Preservação (ZP)
É aquela onde ocorrem ambientes com alto grau de conservação e onde
não deve ser permitido o uso direto dos recursos naturais. Caso haja
sobreposição entre o território de uma APA e o de uma UC de Proteção
Integral, este local deverá ser enquadrado como Zona de Preservação.
Quando se tratar de UC de Proteção Integral que tenha área reduzida,
como é comum em RPPNs e UCs municipais, elas só serão consideradas
Zonas de Preservação se isto não tornar o zoneamento muito complexo,
cabendo avaliação caso a caso. Ainda que estas UCs de Proteção Integral
se enquadrem em outra zona da APA que não a de preservação, as regras
dela irão prevalecer às normas da APA. Locais legalmente definidos
como Áreas de Preservação Permanente (APPs), de grande extensão e
em bom estado de conservação também podem ser consideradas Zonas
de Preservação.
Nas ZPs, é vedado o parcelamento do solo, bem como novas construções
ou a ampliação das já existentes, com exceção daquelas que sirvam à
administração e funcionamento da UC.
Zona de Conservação (ZC)
Destinada à conservação dos ecossistemas remanescentes. Possui
potencial para recuperação ou regeneração futura, admitindo uso
50. 49
direto – especialmente aquele voltado a fins turísticos, educacionais e
recreativos –, assim como atividades de baixo impacto ambiental, como
produção de mudas. Funciona principalmente como transição entre a
Zona de Preservação e as zonas que permitem o uso mais intensivo dos
recursos naturais.
Zona de Uso Agropecuário (ZUAP)
Engloba, como o seu nome sugere, as áreas destinadas ao uso
agropecuário. Para esta zona é desejável a elaboração de programas
que minimizem os impactos negativos (empobrecimento do solo por
queimadas e uso de agrotóxicos etc.) dessas atividades no médio e
longo prazo e estimulem a adequação do uso da terra e práticas ambi-
entalmente sustentáveis.
Zona de Ocupação Controlada (ZOC)
Aplica-se aos núcleos urbanos consolidados dentro de APAs. Os limites,
as atividades permitidas e a taxa de ocupação previstos para esta zona
terão como principal guia o Plano Diretor municipal que incidir sobre ela.
Zona de Ocupação Controlada Industrial (ZOCI)
Abrange as áreas destinadas ao uso industrial. Para essa zona é desejável
a elaboração de programas que minimizem os impactos negativos dessas
atividades no médio e longo prazo e estimulem a compatibilização de
processos industriais com práticas ambientalmente sustentáveis.
4.3.1.2 Exemplos de áreas estratégicas mais comuns às APAs
Área de Interesse Turístico (AIT)
Refere-se a locais de uso turístico consolidado em áreas naturais ou pou-
co alteradas pelo homem, nas quais o ambiente deve ser mantido o mais
próximo possível do natural. O objetivo básico do manejo é facilitar a
recreação e a educação ambiental.
Área de Recuperação (AR)
É toda área que demanda intervenções para ser recuperada. Pode ser
estabelecida para minimizar riscos de eventos geológicos catastróficos,
conectar fragmentos florestais ou recuperar a vegetação da APP, entre
outros objetivos. Em caso de espécies exóticas na AR, elas deverão ser
51. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
50
progressivamente removidas. Já a recuperação dos sistemas ecológicos
pode ser natural ou induzida.
Área Histórico-Cultural (AHC)
Possui bens materiais ou imateriais de interesse histórico ou cultural.
Destina-se à proteção das amostras do patrimônio histórico, cultural,
religioso e arqueológico encontradas nas APAs, servindo à pesquisa,
educação e uso científico.
Área de Uso Conflitante (AUC)
Aplica-se a espaços cujos usos e finalidades não são coerentes com a
conservação da natureza e demandam especial atenção, como áreas
com atividades industriais que não apresentem grande extensão, áreas
com ocupação irregular ou aquelas onde ocorram conflitos legais pelo
uso do solo. Também podem ser consideradas Áreas de Uso Conflitante
aquelas onde ocorrem atividades potencialmente causadoras de degra-
dação ambiental de difícil mitigação.
4.3.2 Apresentação do zoneamento
Deverão ser seguidas as seguintes orientações para a apresentação
do zoneamento:
• Elaborar mapa do zoneamento, seguindo a orientação car-
tográfica apresentada no Anexo I (p. 61) deste roteiro;
• Apresentar, para cada zona estabelecida, os seguintes itens:
nome, localização, área em hectares e sua porcentagem em
relação ao território da APA, além de normas específicas. Essas
normas deverão tratar de questões e situações específicas
daquela determinada zona, buscando, também, minimizar,
resolver e/ou mitigar impactos;
• Apresentar, após a aprovação do zoneamento pelo Inea, o
memorial descritivo das zonas.
Cada área estratégica definida será mapeada e detalhada com os seguin-
tes itens: justificativa, localização geográfica, inserção no zoneamento,
descrição e indicação de programas com atuação específica, se houver.
52. 51
4.3.3 Quadros-síntese do zoneamento
É imprescindível que a apresentação do zoneamento seja acompanhada
por tabelas (Quadros 3 e 4) com informações resumidas sobre as princi-
pais características de cada zona/área – ou de seus segmentos, se ocor-
rerem –, como fatores bióticos e abióticos de destaque, usos conflitantes
e permitidos etc.
Quadro 3 – Quadro-síntese das zonas
Zonas Localização
Critérios de
zoneamento
Normas
específicas
Programas
prioritários
Quadro 4 – Quadro-síntese das áreas estratégicas
Áreas estratégicas Localização Justificativa
Programas
prioritários
Outra exigência é a apresentação de uma tabela (Quadro 5) que mostre a
área de cada zona, seus segmentos em hectares e a porcentagem daquelas
em relação ao território total da APA.
Quadro 5 – Distribuição de área por zonas
Zona Área (ha) % do total da APA
ZP
ZC
ZUAP
(soma da ZUAP 1
e ZUAP2)
ZUAP 1
ZUAP 2
ZOC
53. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
52
5. Módulo 5 - Planos setoriais
Este módulo apresenta o planejamento da APA. Nele são descritos os
planos setoriais (conjunto de ações referentes a temas específicos), os
programas que os compõem e as atividades a serem realizadas. Todos
os planos setoriais e programas devem buscar o alcance dos objetivos
da APA, já determinados no Módulo 4. É imprescindível que sejam
elaboradas atividades e programas que tenham como foco os pontos
fracos ou ameaças sinalizados durante as oficinas participativas e que
foram consideradas prioritários.
5.1 Apresentação do planejamento
Os planos setoriais e seus programas deverão apresentar objetivos inte-
grados ao conjunto de objetivos da APA, determinados no Módulo 4.
Na apresentação, deve ficar claro de que forma os objetivos dos planos e
programas contribuem para que os objetivos da unidade sejam alcançados.
5.2 Estrutura do planejamento
Os planos setoriais são divididos em programas e estes, em atividades.
São consideradas “atividades” todas as ações executadas em prol de
um programa. As atividades deverão permitir a imediata identificação
do que precisa ser feito e dos responsáveis por sua execução, além da
sua inserção no cronograma de execução do Plano de Manejo. Para que
seja possível atingir uma meta de execução em cinco anos, recomenda-se
elencar um número reduzido de atividades por programa.
Os programas deverão ser apresentados de maneira que as atividades
sejam numeradas de forma contínua (veja exemplo detalhado na p. 54).
Essas atividades terão de estar descritas de forma clara e concisa. Para
cada atividade elencada deverão ser estabelecidas metas e o tempo de
execução, adotando-se indicadores adequados ao seu monitoramento
(Módulo 6).
54. 53
É importante ressaltar que diferentes planos setoriais podem ser sugeri-
dos de acordo com as particularidades de cada APA. A seguir, a estrutura
típica que um planejamento com planos setoriais e programas deve ter:
Plano Setorial de Geração de Renda e Manejo Sustentável dos
Recursos
• Programa de Incentivo a Práticas Agrícolas Sustentáveis
• Programa de Recreação e Turismo
• Programa de Incentivo a Práticas de Construção Sustentável
e Saneamento
Plano Setorial de Integração e Gestão Interinstitucional
• Programa de Cooperação Interinstitucional
• Programa de Comunicação Social
• Programa de Educação Ambiental
Plano Setorial de Conhecimento
• Programa de Pesquisa
• Programa de Monitoramento Socioambiental
Plano Setorial de Proteção Ambiental
• Programa de Recuperação Ambiental
• Programa de Controle e Fiscalização Ambiental
• Programa de Prevenção e Combate a Incêndios
Plano Setorial de Operacionalização Administrativa
• Programa de Administração e Manutenção
• Programa de Capacitação à Gestão
• Programa de Infraestrutura e equipamentos
55. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
54
Exemplo detalhado:
Plano Setorial de Geração de Renda e Manejo Sustentável
dos Recursos
• Programa de Incentivo a Práticas Agrícolas Sustentáveis
• Objetivos: 1- Implementar módulos agroecológicos
demonstrativos
2 - ...
• Atividade 1: Articular com instituições de extensão a
implantação de módulos demonstrativos agroecológicos.
Responsável: Inea/Chefe da APA.
• Atividade 2: Cadastrar agricultores interessados em im-
plantar sistemas agroecológicos. Responsável: Conselho
Consultivo/Câmara Temática de Agricultura.
• Atividade 3/Responsável
• Programa de Recreação e Turismo
• Atividade 4/Responsável
• ...
• Programa de Incentivo a Práticas de Construção Sustentável
e Saneamento
O cronograma de execução das atividades propostas é organizado
conforme o Quadro 6, que deve seguir a numeração adotada nos
planos setoriais.
56. 55
Quadro 6 – Cronograma de execução
Atividades Responsável
Cronograma
Ano 1/Trimestre
Ano2
Ano3
Ano4
Ano5
1 2 3 4
1. Articulação
para módulos
agroecológi-
cos demons-
trativos
Inea/
Chefe da
APA
X X
2. Cadastro de
agricultores
interessados
em implantar
sistemas
agroecológicos
Conselho
Consultivo/
Câmara
Temática de
Agricultura
X X X
3....
6. Módulo 6 - Monitoramento e avaliação
Este módulo, que tem a função de guia, permite que o chefe e os fun-
cionários de uma APA possam acompanhar de perto a execução do Plano
de Manejo, aperfeiçoando-o. Desenvolvido pelos responsáveis pela
elaboração do PM para ser posteriormente usado pela equipe da APA,
apresenta-se como um conjunto de planilhas para o monitoramento e
avaliação das atividades propostas no Módulo 5.
57. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
56
6.1 Estratégia de execução
Para que possam ser feitos ajustes na estratégia de execução, a planilha
de monitoramento e avaliação será a ferramenta utilizada para a docu-
mentação sistemática e a identificação de desvios nas atividades propos-
tas. O monitoramento e a avaliação contínua da implantação dos planos
setoriais serão feitos pelo chefe da APA e sua equipe, com o auxílio da
Combio e da Geuso.
No Quadro 7, temos um exemplo de planilha de monitoramento
de atividades.
Quadro 7 – Modelo de planilha de monitoramento de atividades
Nome do Plano Setorial
Nome do Programa
Atividade
Estágio de
execução
(R,PR,NR)
Justificativas (PR; NR) Reprogramação
1.
2.
n...
R- Realizado / PR- Parcialmente realizado / NR - Não realizado
6.2 Avaliação da efetividade do planejamento
A avaliação difere do monitoramento pela periodicidade, que, neste
caso, pode ser anual, durante o período de vigência da execução do
PM. A finalidade da avaliação é determinar se o planejamento está se
mostrando eficaz e, caso contrário, mostrar o que deve ser corrigido. Ela
é feita com base nos resultados esperados e nos respectivos indicadores
das ações propostas nos planos setoriais.
Durante a elaboração do PM, a equipe responsável deverá preencher as
três primeiras colunas de uma planilha de avaliação (Quadro 8), deixan-
do para a administração da APA o preenchimento da última (Resultados
alcançados), em função dos indicadores no momento da verificação.
58. 57
Quadro 8 – Planilha de avaliação da efetividade do planejamento
Nome do Programa
Objetivo
Resultados
esperados
Indicadores
Resultados
alcançados
1. Implementar
módulos
agroecológicos
demonstrativos
5 módulos
demonstrativos
agroecológicos
implementos
Número de
módulos
(preenchimento
pela
Administração
da APA)
Parceria com
instituições de
extensão rural
firmada
Número de
instituições
parceiras em
potencial
visitadas/
reunidas
(preenchimento
pela
Administração
da APA)
Agricultores
cadastrados para
implementação
de módulos
demonstrativos
Relação entre
número de
agricultores
cadastrados
e número de
agricultores
interessados
(preenchimento
pela
Administração
da APA)
2. Objetivo 2
(preenchimento
de acordo
com o objetivo
assinalado)
(preenchimento
de acordo
com o objetivo
assinalado)
(preenchimento
pela
Administração
da APA)
3. Objetivo 3
(preenchimento
de acordo
com o objetivo
assinalado)
(preenchimento
de acordo
com o objetivo
assinalado)
(preenchimento
pela
Administração
da APA)
6.3 Avaliação da efetividade do zoneamento
A avaliação da efetividade do zoneamento permitirá verificar se
todas as zonas foram adequadamente delimitadas, observando-se a
existência de situações de conflito. Essa avaliação é essencial para a re-
visão do Plano de Manejo.
A avaliação do zoneamento deverá levar em conta os critérios e
objetivos de cada zona. A partir das informações do monitoramento,
avalia-se se as diferentes localidades estão nas zonas apropriadas ou
59. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
58
se será necessário alterar o zoneamento na ocasião da revisão do Plano
de Manejo.
Para isso, a equipe de elaboração do Plano de Manejo deverá propor uma
planilha de avaliação, dando à Administração da UC a prerrogativa
de realizar o acompanhamento, fazer a avaliação e justificar a alteração
das zonas.
60. 59
Referências bibliográficas
IBAMA. INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Roteiro metodológico para
gestão da área de proteção ambiental. Brasília, 2001. 213p.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.
Manual técnico da vegetação brasileira. 2. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro,
2012. 271p. (Manuais técnicos em geociências, 1).
______. Manual técnico de uso da terra. 2. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro,
2006. 91p. (Manuais técnicos em geociências, 7)
INEA. INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE. Roteiro metodológico
para planos de manejo de unidades de conservação de proteção inte-
gral: parques estaduais, reservas biológicas e estações ecológicas. Rio de
Janeiro, 2010. 140p.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de MeioAmbiente. Roteiro metodológi-
co para implementação da gestão integrada das áreas de proteção ambi-
ental. São Paulo, 2004. 15p.
61.
62. 61
Anexos
Anexo I
Critérios para elaboração de cartografia básica e mapas
temáticos
Recomendamos que as informações obtidas no PM sejam espacializadas
sobre uma base comum em escala previamente definida (1:25.000 e/ou
1:10.000), dependendo da disponibilidade.Aelaboração da base cartográfi-
ca e os mapas temáticos deverão atender aos seguintes requisitos:
1) Elementos mínimos para elaboração da base
topográfica de referência
Recomendações:
a. A base cartográfica de referência deve conter, no mínimo,
informações referentes a: rede hidrográfica, sistema viário,
hipsometria (curvas de nível e pontos altimétricos), limites
(estaduais e municipais) e sedes municipais e distritais.
b. Recomenda-se que os temas componentes da base topográfica
sejam contínuos; apresentem topologia, com atributos al-
fanuméricos vinculados às feições gráficas; e estejam na escala
definida e no mesmo sistema de projeção cartográfico (exem-
plo: no caso de projeção Universal Transversa de Mercator
- UTM, não esquecer de indicar Fuso e datum horizontal adota-
dos) e número de pontos de controle, em relação a superfície e
escala, para a correção geográfica e geométrica (para escala de
maior detalhe).
c. O produto de imageamento (imagens de satélite e/ou fotos
aéreas) utilizado para atualização da base topográfica de
referência deve ser, pelo menos, de data recente, com resolução
espacial adequada à atividade de atualização (exemplo: para
dados na escala 1:25.000, devemos utilizar, preferencialmente,
63. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
62
imagens com resolução espacial de 10 m) e com registro com-
patível com a base de referência.
2) Elementos mínimos para elaboração de mapas
temáticos
Os mapas temáticos têm por objetivo a representação cartográfica de
informações relativas à vegetação, fauna, geologia, geomorfologia, pedo-
logia, uso da terra, impactos ambientais, levantamento fundiário, rede de
marcos geodésicos e outros.
Recomendações:
a. Dados pontuais poderão ser obtidos por meio de GPS comum
(exemplo: Garmin 12) ou com processamento de correção
diferencial (DGPS).
b. Utilizar a base topográfica de referência para elaborar dados
temáticos.
c. Os dados temáticos devem ser contínuos, com topologia e
atributos alfanuméricos vinculados às feições gráficas, e estar
na escala definida e no mesmo sistema de projeção cartográfi-
co da base de referência.
d. A escolha dos produtos de sensores remotos e aerotransporta-
dos a serem usados na elaboração dos mapas temáticos devem,
pelo menos, apresentar datas recentes de imageamento, per-
mitir ampla visualização da área – sem cobertura de nuvens, se
possível – e possuir resolução espectral e espacial apropriada
para a escala de interpretação e compatível com a escala da
base topográfica de referência.
3) Cruzamento de informações por meio de sistema
de informação geográfica
O Sistema de Informação Geográfica, constituído por hardware,
software, peopleware e procedimentos, foi construído para suportar a
captura, gestão, manipulação, análise, modelação e visualização de in-
formação referenciada no espaço, com o objetivo de resolver problemas
64. 63
complexos de planejamento e gestão que envolvam a realização de
operações espaciais.
Recomendações:
O SIG que será utilizado no PM deve ser o mesmo adotado pelo Inea,
ou, pelo menos, apresentar compatibilidade tanto no formato final dos
elementos gráficos como na plataforma de armazenamento de dados.
4) Integração dos dados ao Banco de Dados Espaciais
(BDE) do Inea
Os dados oriundos dos mapeamentos para UCs deverão estar estru-
turados de forma a integrar o BDE/Inea, com correspondência à no-
menclatura dos arquivos, formato e extensão, metadados, topologia e
integração dos dados.
65. Roteiro Metodológico para Elaboração de Planos de Manejo
Áreas de Proteção Ambiental
64
Anexo II
Ficha técnica de identificação da APA
Ficha técnica (inserir nome da APA)
ADMINISTRAÇÃO
Nome da UC:
Endereço da sede:
Bairro: Cidade:
CEP: Telefone:
E-mail: Fax:
Gestor:
Infraestrutura:
Equipe:
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
Ato de criação*:
Objetivos da UC:
Municípios abrangidos:
Altitude máxima: Altitude mínima:
Coordenadas do quadrante (Latitude Norte e Longitude W de Greenwich)
Ponto superior esquerdo: Lat __/__/__, Long __/__/__
Ponto inferior direito: Lat __/__/__, Long __/__/__
Área: Perímetro:
Geologia:
Solo:
Clima:
Vegetação:
Fauna:
Relevância:
Ecossistema:
Plano de Manejo anterior: ( ) sim ( ) não
Principais problemas:
Acesso à sede da UC:
*Ato legal de criação será incluído como anexo do PM