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História do Espartilho
O trajeto que o espartilho que conhecemos hoje começa bem antes do que
imaginamos. Na antiguidade e na idade média já se usavam tecidos que tinham os
mesmos objetivos do espartilho, de dar suporte ao busto e à cintura e definir o corpo.
Foram nos séculos XIII e XIV que esses tecidos começaram a ser reforçados, evoluindo
para o Kirtle, que era um colete engomado e/ou tinham cordas ou barbatanas de baleia
usada por fora das vestes. Mais tarde ele passou a ser usado por dentro das roupas,
vindo junto com a separação do vestido, em saia, mais volumosas e com anáguas e o
corpete bem justo e retilíneo.
A rigidez era o atributo principal do espartilho. Com ele o busto era erguido,
valorizando os seios e deixando a postura mais ereta, tudo o que era de mais valorizado
em uma mulher. Para garantir essa rigidez, os tecidos eram extremamente engomados.
Geralmente couro, juncos ou cordas eram engomados e depois costurados nos tecidos
entre espécies de canais. Havia também o busk , uma estreita placa que podia ser de
madeira ou marfim, colocado à frente para deixar o corpo ainda mais ereto,além de
apresentar outra finalidade : caso a dama quisesse se defender de alguém, o busk podia
ter a forma de uma adaga, sendo assim utilizado como arma.
O uso constante era movido pela busca da silhueta em S, característica forte da Belle
Époque. Isso acarretava muito mal estar, ocorrendo muitos desmaios, fragilizando a
coluna e até atrofiando músculos e órgãos. Podemos atribuir a este fato também o
começo das loucas dietas, que incluíam, por exemplo, tomar vinagre para emagrecer e
como conseqüência, conseguir apertar ainda mais o espartilho.Em 1823, foi criado o
espartilho mecânico, que era atado e desatado sem a ajuda de outra pessoa, fazendo com
que o reinado do espartilho se perpetuasse ainda mais e deixando um legado de beleza
física quase doentio.
Foi no século XX, com estilistas como Paul Poiret e Madeleine Vionnet, que a
libertação dessa peça começou a ocorrer. Começaram a criar modelos de vestidos que
não apresentavam a cintura marcada. Mesmo depois do New Look de Dior, com a
cintura em destaque novamente, as mulheres não recorreram ao espartilho, mas sim o
uso de uma cinturita, com 30 cm mais ou menos, feita de elástico e fechada por
colchetes.
Quando a primeira guerra mundial começa, as mulheres começaram a trabalhar nos
campos para o sustento das famílias, já que os homens estavam em batalha. Desse
modo, elas necessitavam de roupas práticas e flexíveis, começando a usar assim, cintas
menores ao invés dos espartilhos.Surge então o sutiã, pois elas precisavam de suportes
para os seios.
Já na década de 80, os corpetes começaram a fazer a cabeça dos fashionistas
novamente, mas foi nos anos 90 que o uso volta, mas volta com outra proposta. Os
corpetes ou espartilhos ficam por cima da roupa e quase sempre, são as peças centrais
das produções, ricos em detalhes, e assim permanece até hoje no guarda- roupa de
muitas mulheres.

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História do espartilho

  • 1. História do Espartilho O trajeto que o espartilho que conhecemos hoje começa bem antes do que imaginamos. Na antiguidade e na idade média já se usavam tecidos que tinham os mesmos objetivos do espartilho, de dar suporte ao busto e à cintura e definir o corpo. Foram nos séculos XIII e XIV que esses tecidos começaram a ser reforçados, evoluindo para o Kirtle, que era um colete engomado e/ou tinham cordas ou barbatanas de baleia usada por fora das vestes. Mais tarde ele passou a ser usado por dentro das roupas, vindo junto com a separação do vestido, em saia, mais volumosas e com anáguas e o corpete bem justo e retilíneo. A rigidez era o atributo principal do espartilho. Com ele o busto era erguido, valorizando os seios e deixando a postura mais ereta, tudo o que era de mais valorizado em uma mulher. Para garantir essa rigidez, os tecidos eram extremamente engomados. Geralmente couro, juncos ou cordas eram engomados e depois costurados nos tecidos entre espécies de canais. Havia também o busk , uma estreita placa que podia ser de madeira ou marfim, colocado à frente para deixar o corpo ainda mais ereto,além de apresentar outra finalidade : caso a dama quisesse se defender de alguém, o busk podia ter a forma de uma adaga, sendo assim utilizado como arma. O uso constante era movido pela busca da silhueta em S, característica forte da Belle Époque. Isso acarretava muito mal estar, ocorrendo muitos desmaios, fragilizando a coluna e até atrofiando músculos e órgãos. Podemos atribuir a este fato também o começo das loucas dietas, que incluíam, por exemplo, tomar vinagre para emagrecer e como conseqüência, conseguir apertar ainda mais o espartilho.Em 1823, foi criado o espartilho mecânico, que era atado e desatado sem a ajuda de outra pessoa, fazendo com que o reinado do espartilho se perpetuasse ainda mais e deixando um legado de beleza física quase doentio. Foi no século XX, com estilistas como Paul Poiret e Madeleine Vionnet, que a libertação dessa peça começou a ocorrer. Começaram a criar modelos de vestidos que não apresentavam a cintura marcada. Mesmo depois do New Look de Dior, com a cintura em destaque novamente, as mulheres não recorreram ao espartilho, mas sim o uso de uma cinturita, com 30 cm mais ou menos, feita de elástico e fechada por colchetes. Quando a primeira guerra mundial começa, as mulheres começaram a trabalhar nos campos para o sustento das famílias, já que os homens estavam em batalha. Desse
  • 2. modo, elas necessitavam de roupas práticas e flexíveis, começando a usar assim, cintas menores ao invés dos espartilhos.Surge então o sutiã, pois elas precisavam de suportes para os seios. Já na década de 80, os corpetes começaram a fazer a cabeça dos fashionistas novamente, mas foi nos anos 90 que o uso volta, mas volta com outra proposta. Os corpetes ou espartilhos ficam por cima da roupa e quase sempre, são as peças centrais das produções, ricos em detalhes, e assim permanece até hoje no guarda- roupa de muitas mulheres.