Hip Hop, um movimento que arrebata jovens e adultos
1. Galeria
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“Eutiveoprazerdeserum
aluno,umpupilo,umaprendiz
derap.SerchamadodeMCé
umagrandehonraparamim”
Criolo,rapper,cantorecompositor
“Comohiphop,foipossível
tercontatocomumconjunto
deartesquemeajudoua
entendercomomeexpressar.
Tambémmedeuautoestimae
váriasamizades”
TubarãoDulixo,artistaplásticoepoeta
“Ohiphopmeensinoua
levantaracabeça,ame
orgulhardaminhacoredo
lugardeondevenho”
Emicida,rapper
“Encontreimeucaminhocom
ohiphop”
Tubarão,rapper,cantorecompositordo
grupoConexãoBaixada
CARLOTACAFIERO
DAREDAÇÃO
Você pode até sair do hip hop,
mas ele não sai de você. Foi o
que provaram MCs, DJs e
b-boys (dançarinos de break)
de diferentes gerações, que se
reuniram na tarde de ontem
paracelebraroDiadoHipHop
naPraçaMauá,CentroHistóri-
co, em festa organizada pelo
ConselhodeParticipaçãoeDe-
senvolvimento da Comunida-
deNegradeSantos.
Para marcar a data instituí-
da pela lei municipal 2573/
2008, representantes da velha
e da nova escola promoveram
apresentações de rap com o
grupo Imagreen e de break
dance com o coreógrafo Popin
Zoioeos grupos Mad Feeling e
Dynamic Breakers, reunindo
centenasdepessoas.
Composto por música, dan-
ça e grafite, o movimento teve
origem na Jamaica da década
de60esedesenvolveunosgue-
tos negros da Nova Iorque dos
anos 70 antes de conquistar os
jovens da periferia de São Pau-
lo – que se reuniam nas ruas
São Bento e 24 de Maio para
dançarbreak.
Em Santos, o rapper Crimi-
nal D (nome artístico de Da-
niel Oliveira), de 45 anos, é um
dos mais conhecidos represen-
tantes do hip hop da Cidade.
Ontem, na Praça Mauá, ele se
revezou como Mestre de Ceri-
mônias(MC) dafesta – ao lado
dodançarinoJúlioMad,repre-
sentanteda crew (como secha-
ma um grupo de b-boys) Mad
Feeling, formada por 12 jovens
e adultos que moram nas re-
giãocentraldaCidade.
Morador da Zona Noroeste,
onde nasceu, Criminal D fez
nome entre os anos 80 e 90,
encabeçando o grupo de break
dance Gangue de Rua – com o
qual participou de concursos e
se apresentou em programas
de auditório como Barros de
Alencar, Bolinha e Chacrinha.
Em 2001, ele revelou talento
tambémparaorap,lançandoo
CD O Conteúdo do Sistema,
pelagravadora Trama, deJoão
MarcelloBôscoli.
“O hip hop tirou a minha
ganadearrumarconfusão,por-
que joguei toda a minha adre-
nalidanobreakdance”,lembra
odançarino erapper,quetam-
bém gravou participações em
álbuns de Cláudio Zoli e Max
de Castro, entre outros, e hoje
comandauma academia de ar-
tesmarciaisemSantos.
DEROUPASOCIAL
Quem olhasse Cristiano Eugê-
nio Francisco da Silva, de 37
anos, assistindo à batalha de
break dance na Praça Mauá,
poderia confundi-lo com um
funcionário de banco ou escri-
tório. Vestindo calça e camisa
sociais,eletrabalhacomcomér-
cio exterior, mas é conhecido
como b-boy Cachorrão no
meiohiphop.
Ontem,quandoadisputaen-
tre os dançarinos esquentou,
Cristiano caiu para dentro da
lona e se revelou um ótimo
break dancer, arrancando
aplausos do público e dando
trabalhoaosmaisjovens.
UmdosfundadoresdaDyna-
micBreakers,naZonaNoroes-
te, o b-boy contou que come-
çou a dançar break aos 15 anos
e não parou mais. “O hip hop
meajudouacolocarfocoedisci-
plinaemtudooquefaçonodia
adia”,reconhece.
CALDEIRÃOCULTURAL
O poeta Jeferson dos Santos,
conhecidocomoTubarãoDuli-
xo, resume a importância do
movimentoparajovenseadul-
tos: “É uma das poucas opções
que a periferia tem para se ex-
pressar, firmar sua identidade
e falar de suas mazelas, angús-
tias, alegrias, raízes, como um
verdadeiro caldeirão cultural.
Quem não dança (break), pega
o microfone e manda sua poe-
sia (MC), ao balanço do toca-
discos(DJ)ouempunhaseujet
(grafite) e se manifesta dando
cor à vida”. Confira vídeo em A
TribunaOn-Line.
NicoleKidmanabreFestivaldeCannes
Grace–APrincesadeMônaco,estreladopelaatriz,éolongana
abertura,hoje,dofestivalfrancês,comapresençadeastrosde
HollywoodesuasluxuosasfestasàsmargensdoMediterrâneo
Cantores do Imagreen, grupo de rap formado no ano passado
HipHop,um
movimento
quearrebata
jovenseadultos
Ontem, a Praça Mauá foi palco de festa
Luciano Nunes Oliveira participou da batalha de break dance e foi bastante aplaudido pelo público
Cristiano Eugênio Francisco da
Silva, conhecido como b-boy
Cachorrão e um dos integrantes
do Dynamic Breakers, fez
bonito na tarde de ontem
FOTOSNIRLEYSENA
Ohiphopsalva
Quarta-feira 14
D-1maio de2014 www.atribuna.com.br