3. Biografia
• Helena Morley (pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira
Brant; Diamantina, 1880 — Rio de Janeiro, 1970) foi
uma escritora brasileira.
• Filha de pai inglês e de mãe mineira, escreveu entre 1893 e 1895 – entre
seus 13 e 15 anos – um diário. Nele, descrevia sua vida na cidade de
Diamantina, Minas Gerais.
• Alice estudou na Escola Normal e casou-se, em 1900, com Augusto Mário
Caldeira Brant, com quem teve cinco filhos. Seu diário transformou-se no
livro Minha Vida de Menina, lançado em 1942, quando a escritora estava
com 62 anos de idade. A obra foi traduzida em inglês (por Elizabeth
Bishop) e em francês.
4. • Quando era adolescente, Alice foi aconselhada pelo pai a escrever
diariamente, em um caderno, seus afazeres do dia a dia passado na
família e na escola na cidade de Diamantina. Muito inteligente e
perspicaz Alice acrescentava comentários marotos sobre cada um
dos fatos registrados em seu diário.
• Escreveu sobre o escândalo que a paixão de seus pais causava
entre as tias, que não haviam tido a sorte de escolher o próprio
marido. Ou sobre a avareza dos parentes ricos, que desdenhavam
da teimosia de seu pai em procurar diamantes nas lavras quase
esgotadas. Alice se surpreendia com o lado brasileiro da família
aceitar como normal que os escravos livres continuassem
agregados à casa de sua avó. Falava das amigas, dos vizinhos, do
padre e dos professores, numa forma vivaz e cheia de inteligência.
5.
6.
7. • Em 1942, sob o pseudônimo de “Helena Morley”, seu livro foi
publicado com o título de “Minha Vida de Menina”. Por seu valor
literário e histórico, o livro foi considerado uma das melhores
obras literárias do Brasil do século XIX. A obra, apesar de ter sido
escrita com a inconsequência que as garotas costumam dedicar
aos seus diários, traz um retrato das contradições sociais, das
festas religiosas e as várias faces do racismo, tudo numa linguagem
franca, plena de humor e de calor humano.
8. • Na opinião do crítico Roberto Schwarz, a obra, é comparável, na
produção do século XIX, apenas à obra de Machado de Assis. A
poetisa Elizabeth Bishop, fascinada pelo livro, tomou a iniciativa
de traduzi-lo para o inglês, nos anos 50. O escritor Guimarães
Rosas classificou a obra como “mais pujante exemplo de tão literal
reconstrução da infância”.
9.
10.
11. • Em 2004, o diário de Helena Morley ganhou uma adaptação
cinematográfica. Dirigido por Helena Solberg, com trilha sonora de
Wagner Tiso, com Ludmila Dayer, como a protagonista, e Daniela
Escobar, Dalton Vigh, entre outros.
• Alice Dayrell Caldeira Brant deixou também vasta correspondência
que trocava com seus parentes e com as pessoas mais próximas,
durante a época em que acompanhou seu marido durante o exílio
político que passou na Europa e depois na Argentina.
• Alice Dayrell Caldeira Brant faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de
junho de 1970.
12. Minha Vida de Menina (Livro)
• Aclamado por escritores como Carlos Drummond de Andrade e
João Guimarães Rosa, Minha vida de menina é o diário de uma
garota de província do final do século XIX. Publicado pela primeira
vez em 1942, antecipa a voga das histórias do cotidiano e dos
relatos confessionais de adolescentes ao traçar um retrato vivo e
bem-humorado da vida em Diamantina entre 1893 e 1895.
A pequena Helena Morley (pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira
Brant) compõe um painel multicolorido, desabusado e quase
sempre inconformista do Brasil. De lambuja, o leitor é apresentado
às inquietações típicas de uma adolescente espevitada e esperta às
vésperas de um novo século.
13.
14. Vida de Menina (filme)
• Vida de Menina é um filme brasileiro de 2004, do gênero drama e
o primeiro longa-metragemde ficção dirigido por Helena Solberg.
Teve direção de fotografia de Pedro Farkas e a trilha sonora
de Wagner Tiso.
• É uma adaptação do livro Minha Vida de Menina, de Helena Morley.
Sinopse
• Vida de Menina é baseado no diário de Helena Morley, que viveu
em Diamantina, Minas Gerais após a abolição da escravatura.
Helena Morley é uma adolescente que conta o seu cotidiano num
diário, que chamou a atenção de grandes escritores.
15.
16.
17.
18.
19. Referências
• Um diamante redescoberto. Vida de Menina traz de volta
à luz uma das melhores obras literárias do Brasil do
século XIX. Por Isabela Boscov.
• O diamante de Helena. Por Fernando Masini. Tropico.