Gestão e sustentabilidade ambiental no contexto do desenvolvimento econômico

Pós-Graduação em Gestão Sindical
Desenvolvimento internacional, nacional, regional e setorial

Gestão Ambiental
P+L, Licenciamento, Ciclo de Vida do Produto, Descarte,
Logística Reversa, Reciclagem
Infraestrutura
Logística Modal, Telecomunicações, Energia

São Paulo, 1º de março de 2012

Antonio Carlos Porto Araujo

Aviso

• As apresentações podem conter previsões acerca de eventos futuros. Tais previsões
refletem apenas expectativas do palestrante no momento específico dessa
apresentação
• Os termos “antecipa", "acredita", "espera", "prevê", "pretende", "planeja", "projeta",
"objetiva", "deverá", bem como outros termos similares, visam a identificar tais
previsões, as quais, evidentemente, envolvem riscos ou incertezas previstos ou não
quando da elaboração dessa apresentação
• Portanto, os resultados futuros das eventuais operações podem diferir das atuais
expectativas, e o leitor não deve se basear exclusivamente nas informações aqui
contidas
• A Trevisan e o consultor não se obrigam a atualizar as apresentações e previsões à
luz de novas informações ou de seus desdobramentos futuros
• Os valores informados para 2012 em diante são estimativas ou metas

Este material é para uso exclusivo em aula. Nenhuma de suas partes pode ser veiculada, transcrita ou reproduzida para distribuição, sem prévio consentimento por escrito da
Consultoria. Este relatório foi utilizado como material de apoio a uma apresentação oral e, por conseguinte, não representa registro completo do que foi abordado na referida
apresentação

Agenda
• Sistema Tributário e Desenvolvimento
• Gestão Ambiental
• Infraestrutura

Crédito/PIB – Comparação Internacional

Países
Desenvolvidos
Países 136.8
Emergentes
Ásia
Asia
110.4

Países
América Latina Emergentes da
33.2 Europa
45.0

Fonte: Tesouro Nacional; Serasa Experian; análise Agrociclo

Carga tributária e renda per capita deveriam ser
compatíveis

O Brasil tem a maior distorção na América Latina
Pressão Tributária
60

Carga Tributária Bruta Suécia
(% do PIB) Dinamarca
50
França
Israel Itália Austria
Hungria Holanda Noruega
40 Canadá
Brasil
Polônia Alemanha
Espanha Reino Unido
Portugal
Austrália
30
Chile USA
Africa do Sul

Bolívia
Argentina Japão
20
Singapura
México Coréia do Sul

Venezuela
10

Renda Per Capita (US$)

0
- 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000

Fonte: FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas; análise Agrociclo

Desafios para melhorar a competitividade da empresa
brasileira são de diferentes naturezas

• Carga tributária é onerosa e mal distribuída quando comparada a outros países:
Carga tributária Ex: alimentos industriais: Brasil - 34,7%; França - 5,5%, Espanha - 6%; Alemanha
- 7%, Portugal - 8%
• Preço do transporte (frete ao porto/ton) é muito alto – infra estrutura de
Transporte transportes no Brasil é muito deficiente: Brasil: US$ 32; EUA: US$ 15; Argentina:
US$ 17

• Portos operam com taxas que encarecem o produto: Roterdã - U$ 3; Brasil - US$
Taxas portuárias
13 a US$ 28

Taxa de juros • A taxa de juros real brasileira é a segunda maior do mundo

• Subsídios a produtos agrícolas chegam a 42% do valor de produção em países
Protecionismo
desenvolvidos

• Apoiar a reforma tributária; atentar para as alíquotas; pressionar o Congresso
Melhorias
Nacional; limitar a carga tributária; transparência nos gastos

Fonte: Tesouro Nacional; análise Agrociclo

Sistema Tributário e Desenvolvimento

Pressão Tributária

• A complexidade e a falta de neutralidade do sistema tributário brasileiro têm
representado um grande entrave ao crescimento

• As principais distorções do sistema tributário brasileiro estão relacionadas aos tributos
indiretos sobre bens e serviços, que são o objeto da reforma

• Exigências de tratamento justo e igualitário, bem como de simplificação

• Gastos do Governo e endividamento público geraram tributos exóticos, de baixa
eficácia econômica e nocivos a determinadas atividades empresariais

• Necessidades de desenvolvimento regionais contribuíram para gerar um modelo
tributário de difícil operacionalização e de alto custo administrativo

Fonte: análise Agrociclo

Teoria Econômica

• Modelo de Base Econômica, que busca quantificar os impactos
diretos e indiretos das divisas a serem obtidas devido à eventual
exploração de um recurso numa região – multiplicador da base
econômica, como pressupõe a Teoria da Base Econômica no campo
da Economia Regional
– esta teoria, que é também conhecida como Teoria da Base de
Exportação, trata da idéia de que as exportações de uma região
Metodologia são responsáveis por seu desenvolvimento econômico
– de acordo com esta linha de pensamento, o que define uma
região é o seu desenvolvimento em torno de uma base de
exportação comum
• Modelo de Insumo-Produto
– compreensão de como se propagam os impactos econômicos de
maneira mais específica em cada setor

A premissa de North conclui que o crescimento de uma região está intimamente vinculado
ao sucesso de suas exportações. se as exportações são bastante rentáveis, as atividades
desenvolvidas localmente serão contaminadas por este efeito positivo

Fonte: NORTH, Douglass C. Location Theory and regional economic growth. Journal of Political Economy, 63(3), p.253; análise Agrociclo

Gestão Ambiental

• Estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e
P+L produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e
energia

• Obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade
Licenciamento
potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente

• Descreve a evolução de um produto ou serviço no mercado dividindo-a em
Ciclo de vida
quatro fases: Introdução, Crescimento, Maturidade e Declínio

Descarte • Descarte Certo > Forma de dar um destino adequado aos resíduos

• Planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes ao
Logística reversa retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao
ciclo produtivo

• Reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um
Reciclagem
novo produto –apenas para os materiais que podem voltar ao estado original

Fonte: Tesouro Nacional; análise Agrociclo

Responsabilidade sócio-ambiental

Cliente
Governo Conceitos
Funcionários • Estabelecimento de metas
compatíveis com o
desenvolvimento sustentável da
Sociedade sociedade, preservando recursos
Empresas ambientais e culturais visando
promover a diminuição das
Sindicato Acionistas desigualdades sociais

• A adoção de práticas de
Comunidade responsabilidade sócio-ambiental
Imprensa geram externalidades em toda a
Fornecedores economia
Meio ambiente

Bancos, empresas e indústrias, por exemplo, desempenham um papel
central na divulgação, propagação e conscientização de novos valores
ligados à responsabilidade sócio-ambiental


Responsabilidade sócio-ambiental – Pressões externas

Pressões de Leis e Pressões do ambiente de
Pressões Sociais
Regulamentações negócios

• Legislação Ambiental • Aumento do consumo • Movimento internacional de
consciente fusões e aquisições
• Legislação Trabalhista
• Crescimento do conceito de • Concessão de crédito
• Lei n. 11.638 cidadania vinculada a critérios de
sustentabilidade
• Proteção aos Minoritários • Atuação de organizações não
• Código de Defesa do governamentais, etc. • Intensificação dos
investimentos de fundos de
Consumidor
pensão
• SEC; CVM, BOVESPA,
Sarbannes-Oxley, etc.
• Postura mais ativa dos
investidores institucionais,
nacionais e internacionais

• Seletividade de fornecedores


Mudanças na empresa pela conscientização ambiental

Abordagem convencional Abordagem consciente

Assegurar lucro transferindo Assegurar lucro controlando custos
lucro
ineficiências para o preço do produto reduzindo perdas ou ineficiências

Descartar os resíduos da maneira Valorizar e maximizar a reciclagem;
resíduos
mais fácil e econômica destinar corretamente os resíduos

Protelar investimentos em Investir em melhoria do processo e da
investimentos
proteção ambiental qualidade ambiental dos produtos

Cumprir a lei no que seja essencial, Adiantar-se às leis vigentes, projetando
legislação
evitando manchar a imagem uma imagem avançada a empresa

“Meio ambiente é um meio
“Meio ambiente é uma oportunidade’’
problema” ambiente


Valor agregado à marca

Responsabilidade social empresarial Investimento social privado

• É uma forma de conduzir os negócios • É o repasse voluntário de recursos
da empresa de tal maneira que a torne privados, de forma planejada,
parceira e co-responsável pelo monitorada e sistemática, para projetos
desenvolvimento social sociais de interesse público

Recursos privados para Recursos privados
fins privados para fins públicos

É justo que o investidor espere, como um subproduto de um investimento
social exitoso, um maior valor agregado para sua imagem

Fonte: Ethos; GIFE; análise Agrociclo

Certificações sócio-ambientais – família ISO 14000

Gerenciamento ambiental Família ISO 14000
• Sistema de gerenciamento ambiental:
14000; 14001; 14004
Certificação • Auditoria ambiental:14010; 14011; 14012;
14013; 14014; 14015
Sistema de
gerenciamento Rotulagem
Auditoria
ambiental • Rotulagem ambiental: 14020; 14021; 14022;
ambiental ambiental 14023; 14024

• Avaliação de performance ambiental: 14031;
Avaliação de Avaliação de 14032
ciclo de vida performance
ambiental • Avaliação de ciclo de vida: 14040; 14041;
Família ISO 14042; 14043
Aspectos 14000
ambientais • Glossário: 14050
das normas Glossário
de produtos • Aspectos ambientais de produtos: 15060

A principal finalidade da família ISO 14000 é a de fornecer às organizações
os requisitos básicos de um sistema de gestão ambiental eficaz


Sustentabilidade

Racionalidade
econômica

Gastos futuros
Recuperação da degradação Vetores

Aceita Eficácia
socialmente Ambiental
Sustentabilidade
ambiental

• Maior utilidade dos produtos
• Menos emissões
• Menos resíduos finais inertes
• Menos energia consumida

Sustentabilidade é a equalização entre as necessidades ambientais
econômicas e sociais


Sustentabilidade Empresarial

Vetores básicos de
É a perenidade do
sustentabilidade – empreendimento com
econômicos, adequada
remuneração do
ambientais e capital e/ou
sociais continuidade do
cumprimento de sua
missão ao longo prazo

Instrumentos de Gestão: Governança Corporativa, Ética e Cultura, Gestão
de Riscos, Indicadores de Sustentabilidade, Fatores Críticos de
Sustentabilidade


Sustentabilidade Empresarial

Saúde, bem estar e
meio ambiente O papel da empresa
Habilidade humana
• Ruído das operações • Cada vez mais a empresa é vista
• Expectativas e como parte integrante da
• Saúde e bem estar tratamento dos
dos funcionários sociedade, e, por isso, tem o dever
funcionários de participar de forma responsável
• Responsabilidade • Inclusão na solução de problemas sócio-
com o meio ambiente
• Remuneração ambientais existentes nas
comunidades em que está inserida
Relações externas
Desempenho
• Vantagens mútuas • Muitas empresas estão
• Compromisso com a
• Impactos sociais ética e com a lei gradualmente sendo obrigadas a
• Direitos humanos • Melhoras contínuas
divulgar seu desempenho social e
• Transparência ambiental, os impactos de suas
• Metas internas atividades e medidas tomadas para
• Riscos prevenção ou compensação de
acidentes

A maximização de valores da empresa não depende apenas da estratégia e
de sua performance, mas também de seu comportamento – o modo de agir


Exemplos

Uso eficiente de Emissões e qualidade
energia elétrica e água Coleta seletiva Educação ambiental
do ar

• Adoção de práticas • Realização de coleta • Desenvolvimento de • Registro em ações de
para redução do seletiva e projetos ambientais monitoramento e
consumo de energia conhecimento do direcionados às estabelecimento de
elétrica destino dos resíduos, comunidades, com metas de redução de
• Campanhas para garantindo foco em educação emissão de gás
consumo consciente disposição adequada ambiental carbônico e outros
objetivando a e não-agressiva ao gases danosos à
redução do consumo meio ambiente atmosfera
de água • Diversas instituições • Contribuição para a
• Aplicação de um financeiras realizam diminuição do efeito
sistema de acompanhamento estufa
monitoramento e dos resíduos de
metas para redução forma a garantir a
de desperdícios destinação correta
desse material


Exemplos

Concessão de
Produtos e serviços Fornecedores Recursos e resíduos
créditos

• Criação e oferta de • Lançamento de • Consideração das • Preservação dos
linhas de produtos e serviços práticas sócio- recursos naturais e
financiamento para que tenham cunho ambientais dos racionalização na
iniciativas sócio-ambiental de fornecedores na utilização dos
direcionadas a forma a contribuir aquisição de resíduos criados nas
reparar danos ou com iniciativas produtos instituições
desenvolver e ambientais • Investimento em
melhorar aspectos sustentáveis e que programas, novos
sócio-ambientais valorizem práticas projetos e
usualmente corretas tecnologias com
aplicação de
recursos na redução,
reutilização e
reciclagem de
resíduos


O caminho a seguir – a integração de sustentabilidade na
sua estratégia de negócios

Apresentação de
Conexões Diálogo Indicadores
relatórios

• Identificar a série de • Definir os • Converter o diálogo • Desenvolver
conexões integradas mecanismos para em indicadores mecanismos de
ao sucesso dos condução do diálogo relevantes para apresentação de
negócios – entre os pontos de estabelecer as relatórios
investidores, sócios, conexão implicações de
consumidores e • Considerar as estratégias futuras
sociedade como um implicações • Definir metas para
todo estratégicas do que melhoria e para
• Considerar quais os foi aprendido a partir monitorar
melhores dessas conexões desempenho
motivadores de
reputação e valor no
seu mercado


Gases de Efeito Estufa e o MDL

• Baseado na proposta brasileira de maio de 1997 de um Fundo Desenvolvimento de Limpo, adotada pelo G7
e China e adotada em Kyoto, modificada para Mecanismo Desenvolvimento de Limpo
• Objetivo: 5,2% de redução das emissões de Gases causadores do Efeito Estufa em relação às emissões de
1990, no primeiro período de comprometimento (entre 2008 e 2012), pelas chamadas Nações do Anexo I
(países desenvolvidos).
• Permite ao Brasil o pleno aproveitamento de seu potencial de desenvolver projetos que reduzam a emissão
ou removam gases de efeito estufa, com credibilidade capaz de atrair capitais externos para investimentos
e/ou financiamentos, bem como atrair, também, recursos externos para a aquisição das redução esperadas
ou certificadas domesticamente
• Assegura, através da alta credibilidade dos ativos e das modalidades operacionais desse novo mercado, um
nível de preço adequado para as redução ou remoção de emissões

• Principais gases envolvidos:
CO2: Dióxido de CH4: Metano N2O: Óxido Nitroso HFCs: PFCs: SF6: Hexafluoretos de
Carbono Hidroflúorcarbonetos Perflúorcarbonetos Enxofre

Cria ativos e modalidades operacionais que, em função de sua demanda e
credibilidade, estimulem, domesticamente, o desenvolvimento de projetos que
gerem redução de emissão ou remoção de CO2 equivalente


O Ecossistema não tem fronteira

• Como os GEEs se misturam na atmosfera independente de fronteiras políticas, do ponto de vista ambiental
não importa se a redução de emissões ocorre neste ou naquele país em específico – o que importa é que
haja uma redução de emissões global
• Assim, o mercado de carbono permite que um país adquira reduções de emissão geradas em outro país, de
forma a cumprir parte de suas próprias metas de redução

Promover o
Compras de quotas de emissão desenvolvimento
Reduzir os
sustentável
GEEs
principalmente nas
Partes não Anexo-I

Reduzir a emissão de gases de
efeito estufa e o impacto no
aumento da temperatura global

Responsabilidades comuns porém diferenciadas das Partes. Os objetivos mais
importantes do MDL são a diminuição dos custos globais de redução dos GEEs e a
promoção do desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento


Distribuição das faixas de contribuição

Projetos brasileiros por tipo de gás de efeito estufa Atividades de projeto por Escopo Setorial

Tipo % Tipo %

CO2 67 Geração elétrica 64

CH4 32 Suinocultura 16

N2O 1 Aterro Sanitário 10

PFC 0 N2O 1


Desafio da Oferta Mundial de Petróleo

Demanda Global por
Produção mundial de petróleo em 2030:
petróleo em 2012:  106 milhões de Em qualquer cenário de
 86 milhões de barris por dia crescimento da economia
barris/ dia mundial serão
necessárias descobertas
de grandes volumes de
Déficit : 75 milhões óleo para suprir a
Produção mundial de demanda prevista
será suprido por:
petróleo em 2030:
▪ Incorporação de
 31 milhões de
novas descobertas
barris/ dia (sem
▪ Fontes alternativas
novas
de energia
descobertas e
▪ Maior eficiência
com declínio)
energética

Fonte: Petrobras; análise Agrociclo

Desenvolvimento Sustentável no Petróleo

Geopolítica Inovação Indústria Recursos energéticos

• Ampliação do papel • Combate à pobreza, • Fortalecimento da • Segurança energética
econômico e conquista de uma economia nacional ‒ Consolidação de
geopolítico do Brasil educação de ‒ Expansão do parque uma matriz
qualidade, mais industrial do país energética baseada
acesso à cultura, atendendo à Política em fontes
busca da economia do Desenvolvimento renováveis de
do conhecimento Produtivo (PDP) energia e com
baseada em inovação ‒ Agregação de valor excedente de
e pesquisa científica na cadeia do petróleo para
e tecnológica e petróleo exportar
incentivo à
sustentabilidade do ‒ Criação de novos
meio ambiente empregos
brasileiros
‒ Relevância para
balança comercial
brasileira


CO2 na Camada Pré-Sal

Emissões Captura Armazenamento Potencial de CO2

• Uma das maiores • Para evitar que todo • A reinjeção é viável e • O óleo do pré-sal é
emissoras de CO2 do o gás pare na seu emprego se mais leve que o
país, a Petrobras atmosfera, a solução justifica pelo grande petróleo pesado da
anuncia que planeja é investir em passivo ambiental bacia de Campos,
deixar de lançar na tecnologia que seria gerado cujo potencial de CO2
atmosfera milhões de • A Petrobras quer caso o CO2 fosse na queima dos
toneladas de carbono reinjetar o CO2 liberado. derivados é maior
presentes nos extraído do pré-sal • Dentro de alguns • O petróleo do pré-sal
reservatórios de nos próprios anos, será ganha também de
petróleo e gás da reservatórios socialmente óleos mais pesados e
camada pré-sal inaceitável lançar mais poluentes como
• As concentrações de tamanha quantidade as areias
carbono no local são de carbono betuminosas do
muito maiores do que • A técnica é Canadá e o petróleo
em outros campos conhecida, mas não é ultrapesado da
petrolíferos utilizada em escala Venezuela
comercial


Mecanismos de Mercado
Investimentos em controle da poluição versus pagamentos de taxas de poluir

Proteção Emissões de
ambiental gases de
No caso dos recursos naturais
efeito estufa
transacionados no mercado – insumos,
materiais energéticos – a escassez
crescente de determinado recurso se
Instrumentos
Balanço traduz facilmente na elevação de seu
de seguros
ambiental preço

Os preços refletem a disponibilidade
de cada recurso independentemente
Provisão de seu estoque total, e por isso não
contábil e Composição servem para sinalizar um processo de
financeira dos gases extração ótima do ponto de vista da
nas reservas sustentabilidade
Prevenção de
desastres e
recuperação


Relatórios de Sustentabilidade – categorias

Constituem o Auxiliam decisões
arcabouço do Integralidade sobre o que deve
Transparência Relevância
Relatório ser incluído nos
Inclusão Contexto
Auditabilidade
relatórios

Clareza
Relacionam-se Exatidão Pontualidade Auxiliam decisões
com garantias de Neutralidade Periodicidade sobre acesso ao
qualidade e de Comparabilidade Relatório
confiabilidade


Sustentabilidade e resultados

Capacidade financeira

• Reputação • Avaliação retrospectiva
• Confiança
• Explicação de como os
• Credibilidade
resultados foram
Inatingíveis

• Integridade
atingidos

• Capital Intelectual
• Fidelidade do consumidor
• Gestão de risco
• Responsabilidade sócio-ambiental Capacidade estratégica
Tangíveis

• Capital financeiro • Pioneirismo
• Maneira pela qual os
• Imobilizado resultados foram e
serão atingidos


Governança Ambiental – ações

Informações sobre Previsão de geração de:
Legislação em vigor e Informações sobre
insumos: energia, resíduos sólidos,
legislação previsível em instalações físicas e
matérias-primas, água, efluentes líquidos,
futuro próximo dados operacionais
outros emissões, ruídos

Revisões Elaboração do Sistema
de Gestão Ambiental Implementação
periódicas

Metas e
objetivos

Gerenciamento dinâmico e sistemático, com metas ambientais definidas e objetivos
a serem alcançados em intervalos de tempo pré-estabelecidos, onde se estabelecem
as ações preventivas e corretivas identificadas pelas inspeções e auditorias

Fonte: Valle (2004); análise Agrociclo

Governança Ambiental – ciclo de atividades

Diretrizes gerais do Plano
Planejamento
• Identificação de como as operações
Necessidade de um sistema de da empresa afetam negativamente o
gestão ambiental Definição meio ambiente, e desenvolvimento
da política de métodos de mitigação desses
ambiental impactos
Implementação
• Implementação de programas e
Revisão Ciclo atividades específicas para
contínuo gerenciar suas interações com o
Planeja- ambiente
mento Avaliação/melhorias
Avaliação/ • Avaliação da eficácia da
melhorias Governança Ambiental e dos
Implementação programas estabelecidos
Revisão
• Determinação de mudanças
necessárias baseadas na avaliação
do desempenho dos programas e
atividades implementados


Governança Ambiental – gerenciamento

Dado que nenhuma organização
é perfeita, esse conceito
reconhece que os problemas
Melhora ocorrerão e que uma
contínua organização comprometida
aprenderá com seus erros e
impedirá que problemas
similares ocorram

Deve ser entendida
por todos da
empresa. Novas Implementador
formas de Mudanças na
da política1 cultura
gerenciamento
tendem a estar organizacional
associadas a Consciência e tendem a ser de
Compatibilidade
burocracia e/ou longo prazo. Deve
envolvimento com a cultura
despesas extras – ser compatível com
dos organizacional da sua cultura da
esse pré-conceito
funcionários empresa empresa a fim de
deve ser mitigado
ajudar a atingir os
objetivos
Flexibilidade estabelecidos
Deve ser dinâmica a fim de
garantir à empresa uma rápida
adaptação
Nota: (1) responsável pela implementação da política dentro da empresa

Governança Ambiental – vantagens

Melhora do desempenho ambiental

Redução de risco

Vantagem competitiva

Redução de custos

Diminuição de acidentes

Maior envolvimento dos funcionários Criação de Valor à Empresa

Melhora da imagem junto ao público

Atendimento das exigências dos consumidores

Aumento da confiança do consumidor

Acesso ao crédito – Princípios do Equador

Redução da poluição


Coleta de lixo em Barcelona


Planejamento em Infraestrutura

Planejamento

Intenções
Não se trata apenas de se saber
onde se quer chegar, mas onde
estão os bloqueios, os obstáculos,
O Brasil é um país com uma rica as implicações
tradição na área de planejamento
público. Desde a década de 40,
diversos governos utilizaram o Gargalos
planejamento como alavanca para
o desenvolvimento nacional. No
entanto, os resultados apresentam
uma disparidade significativa


Planejamento em Infraestrutura – Marcos (1947-2003)

1947 1951 1956 1963 1967 1975 1980 1986 1996 2000
1970

1940 1948 1964 1968 1972 2005

1947 Plano SALTE
1948 Missão Abbink
1951 Comissão Mista Brasil-Estados Unidos
1956 Plano de Metas
1963 Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social (1963-1968)
1964 Programa de Ação Econômica do Governo (1964-1966)
1967 Plano Decenal de Desenvolvimento Econômico e Social (1967-1976)
1968 Programa Estratégico de Desenvolvimento (1968-1970)
1970 Metas e Bases para Ação do Governo
1972 I PND (1972-1974)
1975 II PND (1975-1979)
1980 III PND (1980-1985)
1986 I PND-NR (1986-1989)
1996 PPA (1996-1999)
2000 PPA (2000-2003)


Planejamento em Infraestrutura – Integração e
desenvolvimento

Principais Clusters Identificados em cada Eixo Nacional
de Integração e Desenvolvimento Eixo Transnordestino
• Artesanato da Paraíba
• Couro e Calçados de Campina
Grande
• Gesso da Serra do Araripe
Eixo Madeira Amazonas • Têxtil e Vestuário de Campina
• Ecoturismo do Amazonas Grande

Eixo Araguaia-Tocantins Eixo São Francisco
• Grãos, Aves e Suínos no Sudoeste • Bordados de Tobias Barreto
de Goiás • Cacau em Ilhéus
• Pecuária em Imperatriz • Fruticultura de Petrolina e Juazeiro

Cluster do Eixo Oeste
• Agroindústria da Região de Chapadões Eixo Rede Sudeste
• Ecoturismo em Bonito • Açúcar e Álcool do Interior de São
• Turismo no Pantanal Paulo
• Aeronáutico de São José dos
Eixo Sudoeste Campos
• Alta Tecnologia de Campinas
• Avicultura e Suinocultura no • Automotivo do Vale do Paraíba e
Oeste do Paraná Fluminense
• Soja Paranaense • Automotivo na Grande São Paulo
• Turismo no Pantanal • Coureiro Calçadista de Franca
Eixo Sul • Empresas de Base Tecnológica de
• Automotivo de Curitiba São Carlos
• Cerâmica de Criciúma • Petrolífero do Rio de Janeiro
• Confecções de Criciúma • Serviços Financeiros de São Paulo
• Coureiro Calçadista do Vale dos Sinos • Têxtil de Nova Friburgo
• Eletro-Metalmecânico de Joinville • Turismo no Rio de Janeiro
• Suinocultura do Oeste de Santa Catarina
• Vinho de Bento Gonçalves

Planejamento em Infraestrutura – Desenvolvimento
regional


Planejamento em Infraestrutura – drives de mudanças

Avaliação

• Os drives de mudanças
compreendem a
economia, a
tecnologia, a política e
a regulação. Eles estão
condicionando a
competitividade das
empresas, das cidades
e das regiões


Planejamento em Infraestrutura – Estratégia nacional

Inflação valores
Inclusão
baixa e
social
estável

Econômico Ambiental
Desenvolvimento
sustentável ação sustentabilidade

Social
Emprego e Gestão
renda pública

comunicação

ação Inovar e disseminar Reportar e divulgar Planejar e executar


Ciclo de Vida dos Produtos – Redução

Tecnologia Redução do
Marketing Ciclo de vida
Logística

Exaustão dos
Aumento de Sistemas
Velocidade Tradicionais de
Logística Disposição final
Desmanche
Reuso
Retorno Reciclagem
Logística reversa Logística reversa
De De
pós-venda Pós consumo


Canais de Distribuição Diretos e Reversos

Mercados Matérias Matérias
Secundários Mercados
Primas Primas
Secundários
Virgens
Secundárias

Seleção / Fabricação
Destino Reuso / Desmanche/
Reciclagem Industrial
Distribuição
Distribuição
Reversa Distribuição
Pós venda Varejo Reversa Pós consumo

Coleta Consumidor Varejo
Reverso

PRODUTOS DE PÓS - VENDA Coleta

Destino
Seguro PRODUTOS DE PÓS - CONSUMO
Destino não
Seguro


Comportamento do consumidor e a logística reversa

Cultura Cultura
do consumo ambientalista
Comprar Usar Reduzir Reusar
Dispor Reciclar

Pressões Novo cliente e
ambientais consumidor
Cadeia Governos /
Produtiva Sociedade


Sistema transporte rodoviário

• Sem transportes, produtos essenciais não chegariam às mãos de seus consumidores, indústrias não
produziriam, não havia comércio externo

• O transporte é caracterizado pelas amplas externalidades; mais do que um simples setor, o transporte é um
serviço horizontalizado que viabiliza os demais setores afetando diretamente a segurança, a qualidade de
vida e o desenvolvimento econômico do país

• A baixa disponibilidade e as limitações operacionais dos modais ferroviário, de cabotagem e de navegação
interior, dificultam a utilização destes como reais alternativas ao modal rodoviário

• Por vários anos, os investimentos públicos priorizaram o setor rodoviário de carga, permitindo que o modal
de desenvolvesse sobre uma estrutura construída sem ônus direto para o setor e sem cobrança por sua
utilização

• O setor rodoviário se desenvolveu, portanto, em um paradigma de forte subsídio de sua infraestrutura

• A situação atual, é porém, muito distante dos anos anteriores, já que as rodovias brasileiras tem atualmente
a maior malha pedagiada do mundo

• Mesmo considerando que a situação atual é diferente do antigo paradigma, percebe-se que o legado
rodoviarista ainda persiste sob a forma de uma forte cultura de utilização desde modal, com uma
consequente falta de conhecimento a respeito das vantagens e desvantagens dos modais alternativos


Planejamento em Infraestrutura

• Infraestrutura capacitada para atender à demanda interna e ao
crescimento do comércio exterior
• Ênfase aos corredores de transportes
• Interligação viária com os países limítrofes
Cenário
• Estímulo à multimodalidade
desejado
• Incentivo à maior utilização dos modos ferroviário e aquaviário
• Redução dos custos logísticos e mudança na matriz de
transportes
• Incentivo às concessões e às PPPs

Aquaviário 13%

Ferroviário 24%

Rodoviário 63%
0 10 20 30 40 50 60 70


Participação dos setores aéreo e portuário no transporte
de cargas

Distribuição do transporte de cargas Distribuição do comércio exterior
% do total em tonelada quilômetro TACC % do FOB total, 2010
96-00

5% Outros
621 bi 669 bi 746 bi 788 bi 816 bi
Rodoviário
Aéreo 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 =100% 5%
11,5 11,6 12,7 13,9 4
Aquaviário 13,2 8
Dutoviário 3,8 10%
4,6 4,4 4,6 4,5
Ferroviário 20,7 20,7 20,0 19,6 9% Aéreo
20,9
5%
18

Rodoviário 63,7 62,9 62,6 62,3 60,5 3%
70
Aquaviário

1990 1995 2000 2005 2010
88%

Apesar da menor participação no contexto nacional de transporte
de carga, os setores aéreo e aquaviário são fundamentais para o comércio exterior
brasileiro que vem se transformando na principal alavanca de crescimento do país

Fonte: GEIPOT, BNDES, análise Agrociclo

Custos portuários – exemplo dos produtos siderúrgicos

Custos portuários nos principais portos do mundo
Portos
US$/t brasileiros
Valparaíso 4,7 • Melhor porto do Brasil = US$ 13,00/t
Hamburgo 4,8
• Média excluindo Brasil = US$ 7,02/t • Em um mundo
Roterdan 4,8 globalizado, os
Antuérpia 4,8 custos
portuários são
Singapura 5,0
elementos-
Pusan 5,0 chave de
competitividade
New Orleans 8,0
Baltimore 12,0 • No entanto, os
Praia Mole 13,0 menores custos
portuários
Kobe 14,0 brasileiros são
Vitória 18,0 quase duas
vezes
São Sebastião 19,0
a média dos
Salvador 19,0 melhores portos
Rio de Janeiro
mundiais
23,0
Santos 28,0

Fonte: IAS - International Advisory Services; análise Agrociclo

Principais problemas do setor portuário brasileiro

• A Lei de Modernização dos Portos de 1993 representou um importante passo para a
modernização do setor portuário brasileiro. No entanto, se faz necessário rever o marco
regulatório visando reduzir entre outros os seguintes problemas:
– As tarifas dos operadores privados são elevadas e não revertem na melhorias e
manutenção da infraestrutura portuária
Marco
– A competição intra e inter-portos não é efetiva e está sujeita a abusos econômicos e
cartéis em alguns portos
regulatório
– Os tributos cobrados e a burocracia alfandegária aumentam os custos portuários e
dificultam o desembaraço
– Os papéis e áreas de atuação das agências reguladoras ANTT e ANTAQ precisam ser
revistos
– O processo de licitações burocratiza e atrasa obras de manutenção dos portos (ex:
dragagem)
• Nos vinte maiores portos do mundo, o transbordo representa cerca de 40% do total de cargas
movimentado. No Brasil, o transbordo ainda é muito baixo. Devem ser incentivados a
cabotagem e a integração dos portos brasileiros com as modalidades fluvial, ferroviária e
Infraestrutura,
rodoviária
integração
• A infraestrutura portuária está aquém das necessidades sendo preciso investimentos em
e logística
criação e especialização de berços, dragagem dos principais portos e expansão de retroáreas
para contêineres e novos armazéns
• A manutenção dos ativos existentes é ineficiente e tardia, sobretudo no que tange a dragagem

• Os portos brasileiros demoram a se adaptaram às exigências norte-americanas referentes à
Segurança
segurança nos cais contra o terrorismo


Principais problemas do setor aeroportuário brasileiro

• Altas tarifas cobradas
Marco • Burocracia alfandegária dificulta desembaraço das cargas
regulatório • Administração dos principais aeroportos centralizada na Infraero
• Ausência de agência reguladora para a aviação civil (ANAC)

Infraestrutura, • A integração dos centros aeroportuários de carga com outros meios de transporte
integração (ex. ferroviário) ainda é incipiente. O encontro de soluções nessa área é essencial para o
e logística desenvolvimento do transporte aéreo de carga
• Ausência de centros logísticos nos aeroportos que possam agregar um valor significativo ao
transporte aéreo de cargas incentivando a demanda
• Os aeroportos centrais estão sobrecarregados gerando tráfego aéreo excessivo, riscos
de acidentes, questões ambientais, congestionamentos entre outros problemas
• Os aeroportos de maior porte não possuem integração eficiente com meios de transporte
de massa (ex.: trem de alta velocidade, metrô, etc.) o que os torna subutilizados

Vigilância
• A infraestrutura de controle fora dos grandes centros está em boa parte obsoleta e
necessitando de novos investimentos
e controle
de tráfego
• O volume excessivo de tráfego aéreo nos aeroportos centrais torna problemático e arriscado o
controle de tráfego nesse pontos


Planejamento em Infraestrutura – conclusões

• A escolha de horizontes de planejamento de curto prazo (até
cinco anos)
• A existência de lacunas relevantes na elaboração e
operacionalização do planos de desenvolvimento
• A descontinuidade entre os planos, que prejudicou
sobremaneira os resultados alcançados
A experiência • Uma preocupação ostensiva com investimentos em
histórica infraestrutura e, até recentemente, uma despreocupação com
demonstra capital humano. Além disso, uma ausência de referências ao
papel e necessidade de fortalecimento das instituições
• A escolha de planejamento indutivo, em geral baseada no
Estado enquanto agente produtor de bens e serviços
• A importância de se considerar as condicionantes exógenas,
particularmente de choques de preços relativos (ou seja de
produtividade)


Deixar de olhar entre as árvores...


e passar a contemplar a floresta …


em busca de melhores caminhos e oportunidades para o
seu Sindicato


Conhecendo e interagindo com outros players


Antonio Carlos Porto Araujo
Tel.: (11) 2597.3158
(11) 7971.3995

antonio.araujo@agrociclo.com.br

Gestão e sustentabilidade ambiental no contexto do desenvolvimento econômico

Recomendados

Recomendados

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Gestão e sustentabilidade ambiental no contexto do desenvolvimento econômico

Semelhante a Gestão e sustentabilidade ambiental no contexto do desenvolvimento econômico (8)

Mais de Antonio Carlos Porto Araujo

Mais de Antonio Carlos Porto Araujo (6)

Último

Último (6)

Gestão e sustentabilidade ambiental no contexto do desenvolvimento econômico