O documento apresenta uma coleção de poemas e descrições de pinturas que exploram temas como paisagens, arquitetura, objetos e cidades de uma maneira surreal e desconstruída. As obras questionam noções de espaço, tempo e perspectiva através de imagens fragmentadas e elementos fora de contexto.
Palestra com o Professor, Eduardo Barros de Mello no seminário de Poesia Regional organizado pelos acadêmicos do Curso de Letras/UAB/UNIR no município de Rolim de Moura
Palestra com o Professor, Eduardo Barros de Mello no seminário de Poesia Regional organizado pelos acadêmicos do Curso de Letras/UAB/UNIR no município de Rolim de Moura
Acre 004 (ago set-out de 2014) e-book revista de arte e poesia em geral circ...AMEOPOEMA Editora
Versão em E-Book da 3ª edição do Suplemento Acre (Agosto a Outubro de 2014)
Nesta edição: Carl Solomon, Joannes Jesus, Maria Apparecida S. Coquemala, Paçoca Psicodélica, Abílio Dantas, Naíma Silva, José Callado, Ana Maria Ferreira, Tom Zé, Robson Letiere, Sarah Ferreira, Flávio Ferreira, Bárbara Zul, Rômulo Ferreira, Conrado Gonçalves, Thiago de Mello, Brasil Barreto, Luiz Fernandes da Silva, Giovani Bafô, Beatriz Azavedo, Alexandre Nodari, Henrique Santos, Intervenções AMEOPOEMA, Faça você mesmo sua página, Luisa Condé, Lívia Uchôa, Ricardo Moreno
Nota Importante Aos Participantes:
Quem optar pela versão impressa (montada e com acabamento em stencil e impressa em papel artesanal), poderá solicitar via email, ou mensagem (www.facebook.com/ameopoema), ao custo de (*vide tabela abaixo).
(correio incluso para todo Brasil)
Participe da 4ª edição, envie seu trabalho (gravura, desenho, poema, conto, foto, prosa, etc...) para::
outrasdimensoes@gmail.com no assunto coloque ACRE 04. (IMPORTANTE COLOCAR O ASSUNTO)
TABELA DE INVESTIMENTOS: (Solicite conta para depósito, no Banco do Brasil ou Santander)
(o dinheiro arrecadado, garante a circulação em dia da revista e proporciona maior alcance de circulação, podendo, colabore!)
Um Exemplar >>>>>>> 7,00
Dois exemplares >>>>> 10,00
Três exemplares >>>>> 15,00
Quatro exemplares >>> 20,00
Cinco exemplares >>>> 25,00
Seis exemplares >>>>> 30,00
Sete exemplares >>>>> 35,00
Oito exemplares >>>>> 40,00
Nove exemplares >>>> 45,00
Dez exemplares >>>>> 50,00
20 exemplares >>>>>>>85,00
1. E se, olhando atentamente,
a realidade desliza e acontece
A Ruptura do Improvável,
então que ela sirva para dele se
fazer o maior elogio!
Tem de se ter cuidado e fazer
muita atenção. Há que lhe dar
extremoso carinho.
De acordo assim se fará!
Ter-se-á o maior cuidado!
2. A torrente passa
ao lado, que é
modo de dizer:
passa por baixo.
O aqueduto não
conduz a água.
O aqueduto, vindo
de nenhum lado e
indo para lado
algum, nem sequer
ponte pode ser.
Altaneiro,
agigantado,
mostra-se inútil.
O aqueduto falhou.
O Aqueduto Falhado Óleo sobre tela 90 X 70 2009
3. Das mil e uma cores
desembrulhado, o
palácio ficou sem sítio
para estar. Que é feito
do jardim do lago
espelhado, das
alamedas, do calor e
das sombras
refrescantes?! Assim
sozinho, o palácio não
tem sítio para estar.
Que é feito das mil e
uma noites do palácio,
do palácio
desembrulhado ?!
O Palácio Desembrulhado Óleo sobre tela 90 X 70 2009
4. Uma vez,
à noite, a paisagem
partiu-se.
O que havia antes
perdeu sentido e o vale
apresenta-se ufano
e conta com firmeza a
história do seu estar
assim.
Do antes guarda a
nitidez das cores.
Do agora mostra as
fracturas que o
definem.
A Paisagem Quebrada Óleo sobre tela 90 X 70 2009
5. A nascente nasce rio por baixo de uma paisagem pousada por
camadas de folhas finas sobre folhas.
Dizem que são extractos geológicos sobrepostos por convulsões
agigantadas arrumadas e desarrumadas em sequências
logicamente explicadas. Assim o cremos!
A Nascente
Óleo sobre tela
30 x 40 2008
6. Sem Horizonte
Óleo sobre tela
30 x 40 2008
O horizonte diz onde está o alto e o baixo, organiza os espaços,
define a origem e dá sentido.
Aqui falta o horizonte e não há sentido o que, em si mesmo, é a
sua razão de ser.
7. O Ornato Deslocado
Óleo sobre tela
30 x 40 2008
Seria como se fosse a história de um ornato deslocado num sítio sem
saber muito bem onde se colocar, se junto à nascente, se no não-
horizonte ou se fica onde está, ali onde não pertence, ao pé do lírio
vermelho que há muito deixou de ser flor. É que isto de ornatos
nunca se pode dizer se ficam bem ou não.
8. É a porta para a escada que não sobe, ela a porta que não abre. O que
estava à volta e o que estava além interpenetraram-se e escada e porta
são agora tão somente presenças diluidas na paisagem.
A Porta para a Escada
Aguarela sobre tela
80x100
2009
9. Todos os enfeites: serpentinas, confeitos e balões, tecidos e muitos
artefactos, mais lindas coisas e muitas delas e foram todas levadas para o
bosque e tudo lá se deixou. É a festa do bosque, muito bonita e há muito
celebrada em todos os arredores.
A Festa do
Bosque
Óleo sobre tela
30 X 40 2009
10. O rio fechou a
cidade na
tentativa de
simetria. Na
cidade dos
homens, o rio em
baixo procura
arremedo de
espelho lá no cimo.
Tem verticais,
muitas verticais
para dizer que
sobe e que há-de
chegar lá ao alto.
A cidade dos
homens é assim:
procura sempre o
rio de cima.
O Rio de Cima Óleo sobre tela 100 X 80 2009
11. O livro sobre a mesa não se pode ler, não está escrito. Os objectos não
têm sombras próprias nem projectadas. O candeeiro ilumina as
superfícies afastadas. A figuração quebra-se nas perspectivas múltiplas.
A biblioteca guarda a memória de si mesma.
A Biblioteca
Óleo sobre
tela
80 X 100
2009
12. De noite as portas do armário dão para a cidade. Acontece!
Para a cidade obsessivamente iluminada em cada uma das janelas. Do rio
parado sobe a névoa esverdeada dos limos e tinge os céus. Pois é: de noite
as portas do armário dão para a cidade.
As Portas do
Armário
Óleo sobre tela
80 X 100 2009
13. Pasmado de tanto olhar, o cais naufragou, o que foi notícia em tudo
quanto contou o episódio por todos falado. E ele caiu no fundo, mais o
horizonte que é dele e olha pasmado para o que o cerca.
O destino do cais é olhar o mar.
O Cais
Naufragado
Óleo sobre tela,
80X100
2009
14. Pela noite adentro de tudo se falou. Concepções tautológicas do mundo dá-
me a garrafa, visões filosóficas, mesmo teosóficas, passa-me aí o copo.
Noite adentro tudo era possível, mais um pouco de vinho e o amanhecer
seria definitivamente diferente no dia seguinte igual ao sempre igual.
A Pela Noite
Adentro Óleo
sobre tela sobre
tela
100 x80
2009
15. Porfírio Alves Pires
2009
Em exposição
de 3 de Outubro a 7 de Novembro de 2009
na
Galeria Vieira Portuense
Largo dos Lóios nº50 Porto