O poema descreve a dor da despedida de alguém importante de forma abrupta e silenciosa, deixando a pessoa sem tempo para se despedir. A paisagem interna da pessoa ficou esmaecida e ela não sabe se os sentimentos ainda estão nela ou foram embora com a outra pessoa. Agora nada mais importa se tudo soa falso e a pessoa busca em vão por algum sinal ou brilho que a outra pessoa possa ter deixado para trás.

1. Luzia13-08-2016

2. Partiu sem tempo de dizer adeus.
Calada,com o sal ardendo em minha
boca selada,criei a fantasia da despedida
ciciando poemas que não foram
poetizados, sentindo minha paisagem
interna esmaecida sem saber se está
em mim ou foi contigo...

4. Quem sabe lentamente já esteja morta,
sem entender, sem saber onde colocar
os olhos, as mãos, por onde andar, ou então
esteja na ponta do meu olhar o que não
ousei ver, falar e sentir...

6. Nada mais importa se tudo agora soa
falso, se me alastro em busca de um gemido
saído das sombras, de um brilho
num olhar agora...opaco.

8. Quem sabe ainda escute seus passos
trazendo a melodia final no compasso
descompassado da dor...
Márcia Portella

10. “Venho de muitas vidas.
Fui santa Madalena
Parideira Feiticeira
Guerreira Esculpi
a dor Plantei o silêncio.
Hoje, rabisco a vida...”
Márcia Portella
Goiânia – Go - Brasil

11. Formatação: Luzia Gabriele
Email: luziagabriele@hotmail.com
Poeta: Márcia Portella
http://marciaportellago.blogspo.com
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Eduardo Lages
(And I Love Her) Piano
Data: 12 de Agosto de 2016