O documento discute como conceitos da biologia evolutiva como "sobrevivência do mais forte" e "luta pela vida" são usados de forma equivocada para justificar ideologias individualistas. A autora argumenta que a cooperação, não a competição, é o padrão nos reinos da vida, e que não há hierarquias naturais entre espécies ou entre humanos.
Este documento apresenta um plano de palestra sobre a teoria da evolução de Darwin. Resume os principais pontos como: I) Definição de teoria científica; II) Ferramentas para detectar falácias; III) A ideia revolucionária de Darwin da evolução por seleção natural.
John Gray discute sua visão cética sobre o progresso humano. Ele acredita que a fé no progresso é uma ilusão e que os avanços científicos não estão relacionados à ética. Apesar do poder e conhecimento humanos continuarem crescendo, a natureza humana e as instituições sociais impõem limites ao progresso.
O documento discute a evolução histórica dos conceitos de raça e etnicidade no Brasil e no mundo. Inicialmente, os europeus viam os grupos recém-descobertos como "selvagens" e inferiores. No século XIX, teorias raciais pseudocientíficas defendiam a superioridade da raça branca. A antropologia passou a estudar as culturas de forma científica. Atualmente, entende-se que raça e etnicidade são construções sociais que variam no tempo, e o preconceito e discriminação ainda afet
A evolução das espécies por seleção natural proposta por Darwin teve um grande impacto nas ciências biológicas. Muitos cientistas contribuíram para o desenvolvimento da teoria ao longo dos séculos, como Mendel com as leis da hereditariedade e os geneticistas de populações que ajudaram a formular a síntese evolutiva moderna. A estrutura do DNA como material genético também foi fundamental para entender os mecanismos da evolução.
Antropologia da ciência biológica à social [laraia]Marcia Marafigo
1) A antropologia surgiu no século 18 como uma ciência biológica, mas ao longo do século 19 foi se transformando em uma ciência social, principalmente graças ao trabalho de antropólogos britânicos evolucionistas.
2) No século 20, a antropologia se consolida definitivamente como uma ciência social com o desenvolvimento da teoria da cultura, que atribui maior importância aos fatores culturais do que aos biológicos na diferenciação dos povos.
3) Ao longo do texto, são descritos os principais marcos
Aula 1 maestro ucam ipa 2013.1 -liderança e autogestaoAngelo Peres
O documento discute as diferenças entre liderança e gerenciamento, afirmando que liderança envolve desenvolvimento de visão e estratégias enquanto gerenciamento mantém o sistema funcionando. Também aborda habilidades necessárias para liderança como dar feedback e estabelecer objetivos, destacando a importância do equilíbrio entre as duas.
Este documento apresenta um plano de palestra sobre a teoria da evolução de Darwin. Resume os principais pontos como: I) Definição de teoria científica; II) Ferramentas para detectar falácias; III) A ideia revolucionária de Darwin da evolução por seleção natural.
John Gray discute sua visão cética sobre o progresso humano. Ele acredita que a fé no progresso é uma ilusão e que os avanços científicos não estão relacionados à ética. Apesar do poder e conhecimento humanos continuarem crescendo, a natureza humana e as instituições sociais impõem limites ao progresso.
O documento discute a evolução histórica dos conceitos de raça e etnicidade no Brasil e no mundo. Inicialmente, os europeus viam os grupos recém-descobertos como "selvagens" e inferiores. No século XIX, teorias raciais pseudocientíficas defendiam a superioridade da raça branca. A antropologia passou a estudar as culturas de forma científica. Atualmente, entende-se que raça e etnicidade são construções sociais que variam no tempo, e o preconceito e discriminação ainda afet
A evolução das espécies por seleção natural proposta por Darwin teve um grande impacto nas ciências biológicas. Muitos cientistas contribuíram para o desenvolvimento da teoria ao longo dos séculos, como Mendel com as leis da hereditariedade e os geneticistas de populações que ajudaram a formular a síntese evolutiva moderna. A estrutura do DNA como material genético também foi fundamental para entender os mecanismos da evolução.
Antropologia da ciência biológica à social [laraia]Marcia Marafigo
1) A antropologia surgiu no século 18 como uma ciência biológica, mas ao longo do século 19 foi se transformando em uma ciência social, principalmente graças ao trabalho de antropólogos britânicos evolucionistas.
2) No século 20, a antropologia se consolida definitivamente como uma ciência social com o desenvolvimento da teoria da cultura, que atribui maior importância aos fatores culturais do que aos biológicos na diferenciação dos povos.
3) Ao longo do texto, são descritos os principais marcos
Aula 1 maestro ucam ipa 2013.1 -liderança e autogestaoAngelo Peres
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El tsunami es un desastre natural causado principalmente por terremotos bajo el mar que generan grandes olas capaces de arrasar con todo a su paso. El documento describe cómo tsunamis recientes han afectado a Chile, Haití y Japón, este último generado por el gran terremoto que sufrió el país en 2011.
Este manual contiene instrucciones para el uso y mantenimiento de placas de cocción. Incluye consejos de seguridad, presentación del aparato y sus funciones como encender y apagar zonas de cocción, programar el temporizador y ajustar la potencia. También proporciona información sobre limpieza y solución de averías.
Hotel Villa Kiossev is a hotel located 15 minutes from Sofia, Bulgaria situated at the foot of Vitosha Mountain. It has 11 rooms, 3 suites, and 3 apartments that provide a comfortable and modern interior design. Guests have access to amenities like a lobby bar, outdoor pool, parking, and Tavern Sweet Life which can host events. The hotel aims to provide a relaxing environment for both business and leisure travelers.
Manzor Marketing is a boutique marketing agency dedicated to the food, beverage & SME sectors. Our passion is all about brands. We strive to discover what is unique, distinctive and unforgettable about your brand - we call it your 10% difference.
This document describes an art and technology workshop series held at the Power Station of Art Museum in Shanghai, China as part of the 9th Shanghai Biennial in 2012. It features workshops led by several international artists working at the intersection of art and emerging technologies. Workshops include topics like cybernetics, virtual reality, sound and image installation, and narrative structures for immersive media. The workshops aimed to explore artistic approaches to immersion through new technologies.
Počítačová kriminalita versus preventívne vzdelávanie realita, mýty a omyly, ...Tom Paulus
Preventista.sk spoluorganizoval konferenciu eCrime.EU 2016 : STOP. THINK. CONNECT. v Bratislave.
Prvý deň bol venovaný učiteľom a Jaroslav Oster, predseda OZ Preventista - združenie pre bezpečnosť a prevenciu nám povedal čo to o počítačovej kriminalite a reálnom stave prevencie v školstve.
Prednášku nájdete aj na u2b :) https://www.youtube.com/watch?v=H5-F4xx2Ilc
na http://www.preventista.sk nájdete množstvo článkov, návodov a rád ako sa správať alebo naopak nesprávať na internete :)
Ransomware a zálohovanie | Učíme učiteľov 2016Tom Paulus
Preventista.sk spoluorganizoval konferenciu eCrime.EU 2016 : STOP. THINK. CONNECT. v Bratislave.
Prvý deň bol venovaný učiteľom a Peter Košinár, Technical Fellow z ESET-u nám porozprával o Ransomware, zálohovaní a phishingu.
Na http://www.preventista.sk nájdete množstvo článkov, návodov a rád ako sa správať alebo naopak nesprávať na internete :)
O documento discute como a ideia de "sucesso" na sociedade está ligada à fama, riqueza e poder, os quais são alcançados principalmente através de meios de comunicação de massa. Também critica a noção de que a natureza é regida pela competição e luta pela sobrevivência, afirmando que a cooperação é igualmente importante para a evolução e sobrevivência das espécies.
1) O documento critica a ideia de sucesso baseada na capacidade de se destacar dos outros e vencê-los, argumentando que essa ideia é desastrosa pois desperdiça potencialidades da cooperação.
2) A fama, riqueza e poder são vistos como os principais indicadores de sucesso na sociedade, mas a fama não necessariamente está ligada ao talento e sim à exposição em mídia.
3) A ideia de que a natureza premia os mais fortes e destacados é questionada, apontando que na verdade a seleção
Franco, Augusto - A Desastrosa Ideia de SucessoFabio Pedrazzi
O documento discute a ideia de sucesso baseada na capacidade de se destacar dos outros e vencê-los, argumentando que essa ideia é desastrosa. A educação focada no destaque individual desperdiça potenciais parcerias e sinergias coletivas. Além disso, a noção de que a natureza premia apenas os mais fortes é uma interpretação ideológica do darwinismo, não corroborada pela ciência.
Este documento discute como os indicadores tradicionais de sucesso como fama, riqueza e poder estão sendo desafiados por novos papéis sociais emergentes na era digital. A fama ainda é valorizada, mas está ligada à exposição em mídia de massa. Novos atores sociais anônimos estão surgindo online através de redes, como hubs, inovadores e netweavers.
O documento discute a "perversão neodarwinista" em alguns considerados gurus da web e das mídias sociais. Afirma que existe uma "perversão neodarwinista" no neodarwinismo social, que importa pressupostos não-cooperativos para as ciências sociais. Defende que visões biológicas colaborativas, como a teoria da endossimbiose de Lynn Margulis, inspiram pressupostos opostos à ideia de que a sobrevivência depende de vencer o outro.
O documento discute três dimensões fundamentais do trabalho segundo Hanna Arendt: trabalho (produção), obra (construção do mundo) e ação (construção de si mesmo através das relações). Também aborda três rupturas atuais com a natureza, os outros e consigo mesmo e três perguntas radicais sobre o futuro do planeta, da espécie humana e da vida individual.
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempoLuci Bonini
O documento discute vários temas relacionados à filosofia, história e sociologia. Aborda as ideias de Hegel, Marx, Darwin e Freud, além de conceitos como materialismo histórico, evolução biológica, inconsciente e existencialismo. Também menciona temas atuais como globalização, violência doméstica e violações de direitos humanos no Irã.
Este documento discute os "condutores de rebanhos", líderes que alcançam popularidade guiando massas através de discursos carismáticos ou mídia, geralmente para reter poder. Estes líderes são comparados a "tubarões" que controlam "peixes" em uma metáfora de Bertold Brecht, sugerindo que buscam comandar e manipular as pessoas em benefício próprio. Finalmente, o documento argumenta que tais figuras representam funções do "velho mundo" que tentam reprimir a "fluzz", ou flux
O documento discute como a idéia de sucesso baseada em se destacar dos outros é desastrosa. Ela desperdiça a criatividade das parcerias e prejudica o desenvolvimento de pessoas e comunidades. Apesar disso, a fama, riqueza e poder ainda são vistos como os principais indicadores de sucesso na sociedade atual.
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...Junior Ferreira
1. O documento discute a representação do índio nos livros didáticos e como essas representações podem perpetuar valores e atitudes socialmente privilegiadas.
2. Analisa como as sociedades tendem a ver os "outros" como ameaçadores ou inferiores, distorcendo suas realidades através de estereótipos e generalizações.
3. Tem como objetivo principal analisar quais imagens do índio são mais comuns nos livros didáticos de história e como essas representações são transmitidas às novas gerações.
O documento discute a evolução do pensamento antropológico, desde as teorias evolucionistas e racialistas do século XIX, que defendiam a superioridade de determinados grupos, até o relativismo cultural e a antropologia estrutural do século XX, que reconhecem a igualdade de todas as culturas. Também apresenta conceitos-chave como etnocentrismo, alteridade e a importância do método etnográfico para o estudo antropológico.
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O documento discute como a ideia de "sucesso" na sociedade está ligada à fama, riqueza e poder, os quais são alcançados principalmente através de meios de comunicação de massa. Também critica a noção de que a natureza é regida pela competição e luta pela sobrevivência, afirmando que a cooperação é igualmente importante para a evolução e sobrevivência das espécies.
1) O documento critica a ideia de sucesso baseada na capacidade de se destacar dos outros e vencê-los, argumentando que essa ideia é desastrosa pois desperdiça potencialidades da cooperação.
2) A fama, riqueza e poder são vistos como os principais indicadores de sucesso na sociedade, mas a fama não necessariamente está ligada ao talento e sim à exposição em mídia.
3) A ideia de que a natureza premia os mais fortes e destacados é questionada, apontando que na verdade a seleção
Franco, Augusto - A Desastrosa Ideia de SucessoFabio Pedrazzi
O documento discute a ideia de sucesso baseada na capacidade de se destacar dos outros e vencê-los, argumentando que essa ideia é desastrosa. A educação focada no destaque individual desperdiça potenciais parcerias e sinergias coletivas. Além disso, a noção de que a natureza premia apenas os mais fortes é uma interpretação ideológica do darwinismo, não corroborada pela ciência.
Este documento discute como os indicadores tradicionais de sucesso como fama, riqueza e poder estão sendo desafiados por novos papéis sociais emergentes na era digital. A fama ainda é valorizada, mas está ligada à exposição em mídia de massa. Novos atores sociais anônimos estão surgindo online através de redes, como hubs, inovadores e netweavers.
O documento discute a "perversão neodarwinista" em alguns considerados gurus da web e das mídias sociais. Afirma que existe uma "perversão neodarwinista" no neodarwinismo social, que importa pressupostos não-cooperativos para as ciências sociais. Defende que visões biológicas colaborativas, como a teoria da endossimbiose de Lynn Margulis, inspiram pressupostos opostos à ideia de que a sobrevivência depende de vencer o outro.
O documento discute três dimensões fundamentais do trabalho segundo Hanna Arendt: trabalho (produção), obra (construção do mundo) e ação (construção de si mesmo através das relações). Também aborda três rupturas atuais com a natureza, os outros e consigo mesmo e três perguntas radicais sobre o futuro do planeta, da espécie humana e da vida individual.
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempoLuci Bonini
O documento discute vários temas relacionados à filosofia, história e sociologia. Aborda as ideias de Hegel, Marx, Darwin e Freud, além de conceitos como materialismo histórico, evolução biológica, inconsciente e existencialismo. Também menciona temas atuais como globalização, violência doméstica e violações de direitos humanos no Irã.
Este documento discute os "condutores de rebanhos", líderes que alcançam popularidade guiando massas através de discursos carismáticos ou mídia, geralmente para reter poder. Estes líderes são comparados a "tubarões" que controlam "peixes" em uma metáfora de Bertold Brecht, sugerindo que buscam comandar e manipular as pessoas em benefício próprio. Finalmente, o documento argumenta que tais figuras representam funções do "velho mundo" que tentam reprimir a "fluzz", ou flux
O documento discute como a idéia de sucesso baseada em se destacar dos outros é desastrosa. Ela desperdiça a criatividade das parcerias e prejudica o desenvolvimento de pessoas e comunidades. Apesar disso, a fama, riqueza e poder ainda são vistos como os principais indicadores de sucesso na sociedade atual.
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...Junior Ferreira
1. O documento discute a representação do índio nos livros didáticos e como essas representações podem perpetuar valores e atitudes socialmente privilegiadas.
2. Analisa como as sociedades tendem a ver os "outros" como ameaçadores ou inferiores, distorcendo suas realidades através de estereótipos e generalizações.
3. Tem como objetivo principal analisar quais imagens do índio são mais comuns nos livros didáticos de história e como essas representações são transmitidas às novas gerações.
O documento discute a evolução do pensamento antropológico, desde as teorias evolucionistas e racialistas do século XIX, que defendiam a superioridade de determinados grupos, até o relativismo cultural e a antropologia estrutural do século XX, que reconhecem a igualdade de todas as culturas. Também apresenta conceitos-chave como etnocentrismo, alteridade e a importância do método etnográfico para o estudo antropológico.
Este artigo discute a liberdade existencialista de acordo com Jean-Paul Sartre. Sartre acreditava que os seres humanos são totalmente livres para escolher, e que são responsáveis pelas consequências de suas ações. O artigo explora como Sartre desenvolveu essas ideias após sua experiência no campo de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Este documento discute os "mantenedores do velho mundo" que resistem à mudança para sociedades altamente conectadas. Estes incluem burocratas, doutrinadores, aqueles que controlam o conhecimento e a informação, construtores de pirâmides de poder e fabricantes de guerra. Apesar de alguns terem talento, muitos apenas reproduzem e se beneficiam do sistema hierárquico existente. Eles não conseguem ver as novas sociedades emergentes baseadas na rede porque operam dentro
O documento discute como as instituições sociais como escolas, igrejas, nações e corporações impõem caminhos e deformam a "rede-mãe" naturalmente distribuída das pessoas. Quando essas instituições perderem força devido à globalização e conectividade, a rede tenderá a voltar para sua forma distribuída original, com menos anisotropias no espaço-tempo dos fluxos sociais.
Este documento discute as origens e capacidades dos primeiros humanos. Resume que:
1) Os primeiros humanos, como caçadores-coletores, tinham uma vida de ócio e igualdade, não de alienação ou dominação.
2) Eles possuíam inteligência igual ou superior à nossa, desmentindo a tese da "ignorância primitiva".
3) A divisão sexual do trabalho e a caça em larga escala só apareceram muito tarde na evolução humana, sendo a coleta de alimentos a atividade principal.
A superação da escalada da violência e das guerras no mundoFernando Alcoforado
1. O documento discute as visões de diversos pensadores sobre a natureza humana e origens da violência, incluindo se é inata ou produto do ambiente. 2. Alguns teorizam que a violência surgiu com a propriedade privada e sociedades, enquanto outros acreditam que os seres humanos eram originalmente não violentos. 3. Há debates sobre os papéis da frustração, agressividade e organização social no desenvolvimento da violência entre os humanos.
O documento discute as visões antropológicas sobre o conceito de homem desde os iluministas até perspectivas modernas. Apresenta que os iluministas viam o homem como um ser universal e racional, capaz de criar civilização, ao contrário dos animais. Também discute as noções de selvagem versus civilizado e a individualidade humana. Por fim, resume que a antropologia vê o homem como um ser cultural e social que se define por sua história e envolvimento comunitário.
Artigo Popper_vida do autor_textos centraisLusFrancisco9
1) O documento discute as ideias de Karl Popper sobre a sociedade aberta versus sociedade fechada, onde a primeira valoriza a liberdade crítica e questionamento das leis e a segunda vê as leis como inquestionáveis.
2) Popper via a transição da sociedade fechada para a aberta como um processo iniciado na Grécia Antiga que ainda não terminou, devido à tentação de regressar à não-crítica.
3) O documento fornece um breve resumo da vida e obra de Popper, incluindo suas críticas
Franco, Augusto (2017) Conservadorismo, liberalismo econômico e democraciaaugustodefranco .
O documento resume dez princípios conservadores propostos por Russell Kirk. O primeiro princípio é a crença em uma ordem moral duradoura, baseada na ideia de que a natureza humana é constante e as verdades morais são permanentes. Entretanto, essa visão de ordem moral pré-existente pode levar a uma justificação autocrática do poder em vez de democrática.
Franco, Augusto (2018) Os diferentes adversários da democracia no brasilaugustodefranco .
O documento discute a classificação de forças políticas proposta por Takis Pappas para a Europa e argumenta que ela não se aplica ao Brasil. Propõe uma nova classificação com antidemocratas (de direita e esquerda), neopopulistas e populistas autoritários como adversários da democracia no país.
1) A democracia está sob ataque em todo o mundo e o número de democracias não tem aumentado no século 21. 2) Populistas e neopopulistas autoritários como Trump, Putin e outros estão ganhando poder e ameaçando a democracia. 3) Esquerda e direita se unem contra a globalização e a favor do autoritarismo, representando uma ameaça à democracia e à emergência de uma sociedade em rede.
El documento presenta la idea de que existe una "Matrix realmente existente" que deforma el campo social y hace que las personas se comporten de manera replicante. La Matrix se carga en las personas a través de la familia, la escuela, la iglesia, las organizaciones y el trabajo, haciéndolas actuar como si estuvieran bajo la influencia de un sistema de creencias y valores compartidos. Sin embargo, las personas no se dan cuenta de que al actuar basadas en estas creencias básicas, están reproduciendo una realidad social deformada.
Algumas notas sobre os desafios de empreender em redeaugustodefranco .
O autor descreve sua tentativa de configurar um "cluster de inteligência colaborativa" com amigos para empreender em rede. No entanto, ele observa que é mais fácil projetar do que implementar esse tipo de empreendimento distribuído, devido a fatores ambientais e estruturais que dificultam a emergência da inteligência coletiva. Ele argumenta que ambientes hierárquicos impedem o tempo necessário de interação para que esses sistemas se desenvolvam de forma autônoma e estável.
1) Cortar custos é necessário durante crises, mas as empresas devem cortar os "custos invisíveis", como custos de transação, sinergia e atrito de gestão, ao invés de demitir funcionários. 2) Esses custos invisíveis, como burocracia e falta de colaboração, podem ser maiores do que os custos aparentes. 3) Transformando a organização e gestão da empresa em sistemas mais baseados em rede pode reduzir esses custos e trazer mais inovação e sustentabilidade à longo prazo.
1) O documento discute duas perspectivas para explicar o fenômeno da aprendizagem: a perspectiva informacionista e a perspectiva da deriva ontogênica.
2) O autor argumenta que a perspectiva informacionista requer interações instrutivas e não é compatível com sistemas determinados estruturalmente como os seres vivos.
3) A perspectiva da deriva ontogênica é compatível com sistemas determinados estruturalmente e explica a aprendizagem como resultado da história de interações e mudanças estruturais congr
CONDORCET, Marquês de (1792). Relatório de projeto de decreto sobre a organiz...augustodefranco .
1) A instrução pública deve ser universal, igualitária e abranger todas as idades para garantir que todos os cidadãos tenham acesso ao conhecimento.
2) Os estabelecimentos de ensino devem ser independentes de qualquer autoridade política para assegurar a livre disseminação do conhecimento.
3) A liberdade do ensino é essencial para o progresso das ciências e das luzes, e nenhum poder deve ter o direito de limitar o ensino de novas ideias.
NIETZSCHE, Friederich (1888). Os "melhoradores" da humanidade, Parte 2 e O qu...augustodefranco .
Nietzsche critica os "melhoradores" da humanidade que tentam seduzir as pessoas para dentro de instituições como a Igreja. Ele argumenta que a Igreja tornou as pessoas fracas ao invés de melhorá-las e que coisas boas como a beleza raramente podem ser compartilhadas por todos. Nietzsche também afirma que os alemães carecem de espírito e coragem para defender suas próprias opiniões.
1) O documento descreve um projeto de investigação-aprendizagem sobre padrões autocráticos em obras de ficção e filmes.
2) O objetivo é identificar padrões de organização e regulação hierárquica presentes em diferentes contextos, como no nazismo, marxismo e ditaduras.
3) Um exemplo dado é o culto ao trabalho presente nos campos de concentração nazistas e soviéticos.
O documento discute as principais ameaças à liberdade e paz mundial: 1) o neo-expansionismo russo sob Putin e 2) a expansão do jihadismo islâmico. Não há solução fácil para essas ameaças estatistas senão uma "mudança de época" através de uma democratização radical das sociedades que deslegitime os Estados e proto-Estados autoritários.
Textos de Augusto de Franco publicados no Facebook, entre maio e setembro de 2014, sobre o Decreto 8.243/2014 que institui a Política Nacional de Participação Social - PNPS e o Sistema Nacional de Participação Social - SNPS, e dá outras providências
1) O autor argumenta que as eleições nem sempre consolidam a democracia e podem, na verdade, conspirar contra o processo de democratização em países com governos autocráticos.
2) Ele aponta exemplos recentes como Síria, Egito e Turquia onde eleições foram realizadas, mas não promoveram a democracia.
3) No Brasil, o autor afirma que o processo eleitoral vem sendo usado pelo governo do PT para enfraquecer a democracia, ao invés de consolidá-la.
1. O documento descreve um programa de aprendizagem democrática baseado na leitura de romances e filmes clássicos que abordam temas como distopias e autocracias.
2. O programa consiste em 10 módulos realizados ao longo de 100 dias, cada um contendo um romance e um filme, além de um teste.
3. Os fundamentos do programa incluem o estudo do "padrão Darth Vader" de comportamento autoritário para reconhecê-lo onde quer que surja.
Democracia cooperativa: escritos políticos escolhidos de John Deweyaugustodefranco .
FRANCO, Augusto e POGREBINSCHI, Thamy (editores) (2008) Democracia Cooperativa - Escritos Políticos Escolhidos de John Dewey. A versão final desta obra foi impressa em papel. Porto Alegre: ediPUCRS, 2008.
Como configurar um ambiente de investigação-aprendizagem openscience em sua escola. Capacitação teórica e opção de programa prático para educadores e gestores escolares e extraescolares.Programa intensivo de aprendizagem para agentes de educação que desejam configurar novos ambientes inovadores de pesquisa ou investigação em escolas e outras organizações. Programa presencial ofertado pelo LABE=R em São Paulo.
Programa de Aprendizagem Política a distância, ofertado pelo LABE=R (Laboratório da Escola-de-Redes), com 80 horas (estimadas) de duração, realizado totalmente pelo Facebook, de junho a setembro de 2014.
This document from Human Rights Watch investigates alleged human rights violations committed by Venezuelan security forces in response to protests since February 2014. It documents 45 cases of serious abuses, including unlawful killings, torture, arbitrary arrest and detention, and violations of due process rights. The abuses appeared to target both protesters and those documenting the security response, and occurred across multiple states. Prosecutors and judges failed to properly investigate and enable accountability. While some protesters have used violence, evidence suggests many victims of security force abuses were nonviolent or not engaged in criminal activity at the time.
1. Em pílulas
Edição em 92 tópicos da versão preliminar integral do livro de Augusto de
Franco (2011), FLUZZ: Vida humana e convivência social nos novos mundos
altamente conectados do terceiro milênio
71
(Corresponde ao primeiro tópico do Capítulo 9,
intitulado Eles já estão entre nós)
Mentiras pregadas em nome da ciência
Os sobreviventes não são selecionados por seu sucesso evolutivo
Para difundir a idéia de que a vida é uma guerra permanente recorre-se à
mentira. Para legitimar essa mentira alguns dizem que não somente a vida
humana é assim, mas a vida em geral. E aí dão os exemplos mais furados,
supostamente embasados na biologia da evolução, de que sempre vence o
mais forte ou o mais esperto e que a natureza seleciona os sobreviventes
por seu sucesso. Essa crença, entretanto, nada tem de científica. Como
escreveu a notável bióloga Lynn Margulis (1998), não é que “os
sobreviventes sejam selecionados por seu sucesso, mas sim que os seres
que não conseguem reproduzir-se antes de morrer são excluídos por
2. seleção” (1). Simples assim. Quase (tauto)lógico. Ou seja, a natureza não
premia apenas alguns, os mais destacados. E não há nada como uma “luta
pela vida” nos cinco reinos de organismos vivos – nem no reino das
bactérias, nem no dos protoctistas (como as amebas e conchas), nem no
dos fungos (como os cogumelos), nem no das plantas, nem no dos animais
– com uma única exceção: os humanos.
O problema com essas leituras ideológicas do darwinismo (e com o próprio
darwinismo) é que, em algum momento do passado, projetamos sobre a
natureza a competição que observamos nos mercados (e na política
autocrática a eles associada) na antesala do nascente capitalismo
concorrencial europeu (sobretudo o inglês). Já se disse sobre isso que
selvagem não era bem a selva, mas a concorrência nesse capitalismo
inaugural (que, aliás, foi chamado, não por acaso, de “capitalismo
selvagem”) e que a “lei da selva” não saiu propriamente da selva para a
sociedade sob o influxo desse mercado nada-livre, mas, ao contrário, da
segunda para a primeira.
Capitalismo, ao contrário do que se pensa, não é livre mercado. Na sua
origem e em grande parte do seu desenvolvimento, ele foi – como já
dissemos e repetimos aqui – uma espécie de conúbio entre empresas
monárquicas e Estado autocrático hobbesiano (de lá para cá, o Estado se
democratizou um pouco, porém as empresas – em sua maioria –
continuaram monárquicas, mas isso não vem ao caso agora). O fato é que,
independentemente das atuais leituras do darwinismo urdidas para
legitimar a idéia de sucesso competitivo-excludente, o darwinismo foi
capturado por uma corrente de pensamento hobbesiana e transformado,
desde o princípio, em “darwinismo social”.
Como percebeu com argúcia Matt Ridley (1996), “Thomas Hobbes foi o
antepassado intelectual de Charles Darwin em linha direta” (2). Segundo
Hobbes (que tantos citam e poucos lêem) na falta de um poder que
domestique ou apazigue os homens, “não há sociedade; e o que é pior do
que tudo, [há] um medo contínuo e perigo de morte violenta. E a vida do
homem é solitária, miserável, sórdida, brutal e curta” (3). E isso ocorre,
segundo ele, não por razões culturais, que emanassem da forma como a
sociedade se organiza, mas intrínsecas: uma espécie de inclinação
“genética” – e Hobbes (1651) só não disse isso porquanto Mendel (1864)
ainda não havia nascido. Sim, foi exatamente o que ele escreveu, sem
meias-palavras, no famoso capítulo XIII do “Leviatã”: “Na natureza do
homem encontramos três causas principais de discórdia. Primeiro, a
competição; segundo, a desconfiança; e terceiro, a glória” (4). Para ele o
egoísmo e seus bad feelings acompanhantes (como a desconfiança) não
2
3. eram culturais, mas tinham sua origem na própria natureza humana (seja lá
o que isso for).
Muito tempo depois surgiu toda uma linhagem de tarados individualistas
mais intelectualizados (como Ayn Rand e Ludwig von Mises) construindo
suas ortodoxias com base nesse pressuposto metafísico, segundo o qual o
homem é inerentemente competitivo, que o egoísmo é a força motriz da
criatividade e que a cooperação e o altruísmo são um atraso de vida. Trata-
se, é claro, de uma impostura antropológica que não pode ser justificada
pela ciência. Mas muitos – com estruturas mentais um pouco mais simples
do que Rand e von Mises – ainda tentam embasá-la com hipóteses
científicas para aumentar-lhe a verossimilhança. Dizem então que basta
olhar o comportamento dos outros seres vivos para perceber que essa é “a
ordem natural das coisas”.
E citam exemplos. As abelhas têm sua rainha. Os formigueiros têm seus
chefes. Os pássaros que voam em bando seguem sempre o seu líder. Ou
seja, por toda parte que se olhe, sempre há os que dirigem e os que são
dirigidos. E os que dirigem foram os que conseguiram se destacar dos
demais, por serem mais bem-dotados (!), mais capazes de desenvolver
suas próprias potencialidades como indivíduos e, sobretudo, mais aptos a
enfrentar a luta pela vida saindo-se vitoriosos. Um leão protege o seu
território (e suas fêmeas) afugentando os outros leões na base de rugidos,
patadas e mordidas. Em várias espécies animais o macho-alfa impõe seu
domínio pela força, pela destreza ou pela esperteza, batendo a
concorrência. E o mais forte vence, fere, mata ou devora o mais fraco. Sim,
é “a natureza, vermelha em dentes e em garras” (5) como cantou o poeta
Tennyson (1849) no poema In Memorian A. H. H.
De sorte que se disseminou a crença segundo a qual no mundo humano,
semelhantemente ao que ocorre no mundo animal (e nos outros reinos de
organismos vivos), ter sucesso é sempre se destacar dos demais, vencê-los,
sobretudo em contextos em que há escassez – tudo isso baseado no
egoísmo.
Ora, se ter sucesso em condições de escassez (e dependendo do modo de
olhar sempre encontraremos escassez de algum recurso em toda parte) é
se destacar dos demais, isso significa que há uma economia política do
sucesso, ou seja, a escassez precisa ser administrada. Se todos tivessem
sucesso, cada qual naquilo que realiza de uma maneira peculiar (e que só
ele pode realizar daquela maneira), o sucesso não seria um prêmio pela
vitória. Vitória é o triunfo em uma luta, aquele triunfo que recebiam os
generais romanos, atributo da sua glória, conquanto a glória (escoimada da
3
4. ideologia que a acompanhava) não passasse de uma metáfora para a fama
possível naquela época: não havia TV e os caras precisavam desfilar em
carro aberto com a coroa de louros nas praças e estádios para serem vistos
(e isso não deixava de ser uma difusão por broadcasting, pois que um era
visto por muitos).
Mas essa escassez – segundo a qual no pódio só cabem alguns – é gerada
artificialmente pela construção de um pódio em que só cabem alguns. Eis o
ponto! Não precisava ser assim. Da mesma forma, não há nenhuma lei
natural segundo a qual os jogos precisem ser, quase todos, baseados no
padrão perde-ganha; ou, como observou George Orwell (1945), como uma
espécie de “guerra sem mortes” (6). A invenção da escassez replica um
padrão piramidal de organização: poucos em cima e muitos na base. Com
aqueles degrauzinhos dispostos em diferentes níveis, os pódios são
pirâmides.
Se as mentes simples que gostam de sacar exemplos do mundo natural se
esforçassem um pouco mais para acompanhar as descobertas científicas,
veriam que não há pódios nos reinos de organismos vivos (com exceção do
humano). E não há porque não é necessário. Há quatro bilhões de anos a
vida vem trabalhando com redundância (e, portanto, com abundância):
mesmo quando os recursos sobrevivenciais se esgotam para uma
população, a evolução compensa essa (aparente) escassez desenvolvendo
novas habilidades na espécie atingida, novas sinergias entre várias espécies
e simbioses entre espécies diferentes gerando novas espécies adaptadas às
condições mutantes.
O padrão jamais é o da luta, tal como nós, os humanos, a concebemos. O
padrão jamais é de competição, como a praticamos. Não há nenhum triunfo
e os indivíduos de qualquer espécie não-humana, por mais que tenham
conseguido superar grandes dificuldades para sobreviver ou se reproduzir,
não desfilam em carro aberto como os generais romanos. Maturana já nos
mostrou que animais não-humanos não competem por alimentos,
simplesmente seguem seu impulso de se alimentar, não importando para
nada se outro exemplar da espécie ficou sem alimento; ou seja, não é
constitutiva da sua ação (nem da sua emoção, no caso dos mamíferos), a
diretiva de vencer o outro (não sendo essencial para quem come o fato de
que o outro deixe de comer) (7).
Da mesma forma, não há liderança nos reinos de organismos (com exceção
dos humanos, no reino animal). A abelha rainha não lidera as outras
abelhas. As colônias de formigas não têm chefe (nem coordenador, nem
facilitador). Como escreveu a cientista Deborah Gordon (1999) – professora
4
5. de ciências biológicas em Stanford, que pesquisou durante 17 anos colônias
de formigas no Arizona –, “o mistério básico que cerca as colônias é que
nelas não há administração... Não há nenhum controle central. Nenhum
inseto dá ordens a outro ou o instrui a fazer coisas de determinada
maneira... De fato, não há entre elas líderes de qualquer espécie”. E não
há, ademais, qualquer programação genética capaz de determinar um tipo
de comportamento especializado em relação aos demais indivíduos da
espécie: “as formigas não nascem para executar certa tarefa; a função de
cada uma delas muda juntamente com as condições que encontra, incluindo
as atividades de outras formigas” (8).
Outra hipótese perversa, supostamente científica – que também tem sido
instrumentalizada para legitimar a idéia de sucesso competitivo-excludente
– é a de que existe uma escala evolutiva segundo a qual alguns seres vivos
seriam mais “evoluídos” do que outros. E assim como o homem seria mais
evoluído do que o macaco ou do que uma fischerella (uma cyanobactéria),
assim também, entre os próprios seres humanos, alguns seriam mais
“evoluídos” do que outros: ou seja, a evolução natural se espelharia ou teria
uma espécie de continuidade em uma evolução cultural (frequentemente
chamada de “espiritual”) baseada em fatores naturais diferenciados (daí as
perversões que levaram alguns a justificar a superioridade do “macho
branco no comando”: os caucasianos seriam superiores aos negros,
amarelos e pardos, os machos seriam superiores às fêmeas, os arianos
seriam superiores às demais “raças” humanas e outras barbaridades).
Nada disso! Novamente aqui é Lynn Margulis (1998) que vem puxar a
orelha dos impostores:
“Todas as espécies existentes são igualmente evoluídas. Todos os
seres vivos, desde a minúscula bactéria até o membro de um comitê
do Congresso, evoluíram do antigo ancestral comum que desenvolveu
a autopoese e que, com isso, tornou-se a primeira célula viva. A
própria realidade da sobrevivência prova a “superioridade”, já que
todos descendemos de uma mesma forma originária metabolizadora.
A delicada explosão da vida, em uma sinuosa trajetória de quatro
bilhões de anos até o presente, produziu-nos a todos” (9).
5
6. Notas
(1) MARGULIS, Lynn & SAGAN, Dorian (1998). O que é vida? Rio de Janeiro: Zahar,
2022.
(2) O caso de Hobbes é notável, pois além de esse pensador ter lançado os
fundamentos para uma justificação filosoficamente elaborada da autocracia,
também derruiu os pressupostos cooperativos de qualquer idéia democrática, tendo
influência marcante sobre grande parte dos pensadores de outras disciplinas
científicas que surgiram ulteriormente – como a biologia da evolução e a economia
– até, praticamente, o final do século 19. A esse respeito vale a pena ler a brilhante
passagem de Matt Ridley (1996) no livro As origens da virtude: “Thomas Hobbes foi
o antepassado intelectual de Charles Darwin em linha direta. Hobbes (1651) gerou
David Hume (1739), que gerou Adam Smith (1776), que gerou Thomas Robert
Malthus (1798), que gerou Charles Darwin (1859). Foi depois de ler Malthus que
Darwin deixou de pensar sobre competição entre grupos e passou a pensar sobre
competição entre indivíduos, mudança que Smith fizera um século antes. O
diagnóstico hobbesiano – embora não a receita – ainda está no centro tanto da
economia quanto da biologia evolutiva moderna (Smith gerou Friedman; Darwin
gerou Dawkins). Na raiz das duas disciplinas está a noção de que, se o equilíbrio da
natureza não foi projetado de cima, mas surgiu de baixo, não há motivo para
pensar que se trata de um todo harmonioso. Mais tarde, John Maynard Keynes diria
que “A Origem das Espécies” é “simples economia ricardiana expressa em
linguagem científica”. E Stephen Jay Gould disse que a seleção natural “era
essencialmente a economia de Adam Smith vista na natureza”. Karl Marx fez mais
ou menos a mesma observação: “É notável”, escreveu ele a Friedrich Engels, em
junho de 1862, “como Darwin reconhece, entre os animais e as plantas, a própria
sociedade inglesa à qual pertence, com sua divisão de trabalho, competição,
abertura de novos mercados, ‘invenções’ e a luta malthusiana pela existência. É a
‘bellum omnium contra omnes de Hobbes’”. Cf. RIDLEY, Matt (1996). As origens da
virtude: um estudo biológico da solidariedade. Rio de Janeiro: Record, 2000.
(3) HOBBES, Thomas (1651). Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
(4) Idem.
(5) TENNYSON, Alfred (Lord) (1849). In Memorian A. H. H. Canto 56: “Who trusted
God was love indeed / And love Creation's final law / Tho' Nature, red in tooth and
claw / With ravine, shriek'd against his creed”. Cf. o link abaixo:
<http://en.wikipedia.org/wiki/In_Memoriam_A.H.H.>
(6) Literalmente: “It is war minus the shooting”. Cf. ORWELL, George (1945). The
Sporting Spirit. London: Tribune, December 1945. Disponível em:
<http://orwell.ru/library/articles/spirit/english/e_spirit>
6
7. (7) MATURANA, Humberto (1993). La democracia es una obra de arte (alocução em
uma mesa redonda organizada pelo Instituto para o Desenvolvimento da
Democracia Luis Carlos Galan, Colômbia). Bogotá: Editorial Magistério, 1993.
(8) GORDON, Deborah (1999). Formigas em ação: como se organiza uma
sociedade de insetos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
(9) MARGULIS, L. & SAGAN, D.: Op. cit.
7