SlideShare uma empresa Scribd logo
Divisão do Império Romano
Ocidente – Capital Roma
Oriente – Capital Bizâncio – Constantinopla -
Istambul
 No fim do século IV D.C., com o objetivo de facilitar a
administração e a defesa, o imperador Teodósio dividiu o vasto
Império Romano em duas áreas distintas: o Império Romano do
Ocidente, com capital em Roma, e o Império Romano do Oriente,
com capital em Constantinopla. Quando Teodósio morreu, em
395, um de seus filhos, Honório, passou a governar o Ocidente, e o
outro, Arcádio, o Oriente. Em 476 D.C., bárbaros germânicos
rebelados, liderados pelo chefe Odoacro (que tinha feito carreira
como oficial do exército romano) derrubaram o último imperador
do Ocidente, Rômulo Augusto. Tradicionalmente, esse ano é
considerado o fim da Antiguidade e o início da Idade Média. O
Império Romano do Oriente, também conhecido como Império
Bizantino, ainda continuaria a existir durante cerca de mil anos,
encontrando seu fim em 1453, quando sua capital caiu nas mãos
dos turcos. Esse evento, por sua vez, é considerado o marco final
da Idade Média e o início da Idade Moderna.
Em 395, com a divisão do Império Romano, formou-se o Império Romano do
Oriente, que englobava a Grécia, a
Ásia Menor, a Síria atual, a Palestina, o nordeste da África (incluindo o Egito)
e as ilhas do Mediterrâneo oriental.
Quando, em 476, Roma foi definitivamente tomada pelos germanos, a parte
oriental do Império sobreviveu,
mantendo intensa atividade urbana e mercantil.
Com o passar do tempo, inúmeros aspectos da cultura romana foram
abandonados nessa região.
O próprio latim foi substituído pelo grego. Tudo isso levou ao
desenvolvimento de uma sociedade com características singulares — o
Império Bizantino. Um dos aspectos distintivos da sociedade bizantina foi
exatamente a
comunhão entre valores greco-romanos e orientais.
É traço marcante desse Império, também, a completa assimilação dos
preceitos do cristianismo, tendo sido em
Constantinopla que se realizaram os primeiros concílios responsáveis pela
definição dos dogmas da Igreja Católica
Em 330, no mesmo local onde existia a antiga colônia
grega de Bizâncio, o imperador Constantino mandou
construir Constantinopla.
Atualmente denominada Istambul, a cidade ocupava
excelente localização, entre os mares Negro e Egeu.
Para
melhorar ainda mais suas condições de defesa, foram
construídas enormes muralhas ao seu redor. Essas
características permitiram que ela resistisse a
numerosos ataques ao longo dos séculos.
Por muito tempo, Constantinopla foi um centro próspero
e florescente com intensas relações comerciais, que se
estendiam até o Extremo Oriente.
No governo de Justiniano, o Grande (527-565), o Império Bizantino atingiu o
esplendor. A tentativa de restabelecer a unidade do antigo Império Romano está
entre suas realizações de maior destaque.
Justiniano empreendeu a reconquista das terras do Ocidente, que haviam sido perdidas
para os povos germânicos. Com grandes esforços retomou a península Itálica, o
norte da África e o sul da península Ibérica. Mas os territórios reconquistados logo
sofreriam ocupação de outros povos, não permanecendo muito tempo sob domínio
bizantino.
Em seu governo, Justiniano ordenou que se organizasse um trabalho de compilação do
Direito romano, do qual
resultou o Corpo do Direito Civil, composto de quatro partes:
Código Justiniano — reunião de todas as leis romanas desde Adriano até o ano de 534.
As Institutas — princípios fundamentais do Direito romano.
O Digesto ou Pandectas — síntese da jurisprudência romana cujo conteúdo apresenta os
pareceres dos grandes
juristas a respeito das Institutas.
As Novelas, reunindo a nova legislação.
Em 532, Constantinopla foi agitada por uma revolta de
grandes proporções, conhecida pelo nome de Revolta
Nika, porque a população gritava a palavra vitória (nike,
em grego). Iniciada no hipódromo, onde a rivalidade
esportiva refletia divergências sociais, políticas e
religiosas, a rebelião se propagou rapidamente por
toda a capital.
A população indignava-se, sobretudo, com os altos
impostos cobrados. Diante da gravidade da situação,
Justiniano ameaçou fugir da cidade, mas foi impedido
por sua mulher, Teodora. A revolta foi ferozmente
reprimida pelo
general Belizário. Estima-se que cerca de trinta mil
pessoas tenham sido degoladas.
Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império
Romano, foram organizados concílios para definir
seus dogmas.
Aos poucos, a Igreja Católica foi-se estruturando e reunindo em
torno de si um conjunto de servidores: o clero.
Nos primeiros tempos, chamavam-se patriarcas os integrantes
do clero que eram responsáveis pela Igreja nas
regiões em que se subdividiam as terras do Império Romano:
Alexandria, Jerusalém, Antioquia, Constantinopla e
Roma. Posteriormente o patriarca de Roma se autoproclamou
papa, "pai de todos os cristãos".
A supremacia do papa sobre todos os patriarcas ocidentais foi
decretada pelo imperador romano em 455. Mas
somente no século VI, com o papa Gregório, ela conseguiu se
impor definitivamente.
No Império Bizantino, os imperadores
consideravam-se como chefes supremos da
cristandade, e isto provoca conflitos como
Papa. O constante desentendimento entre o
imperador e o Papa acabou por provocar o
‗‘Grande Cisma do Oriente‖, em 1054. A partir
desta data, a cristandade dividi-se em duas
igrejas: Igreja Católica do Oriente – conhecida
como igreja Ortodoxa, com sede em Bizâncio, e
a Igreja Católica do Ocidente – com sede em
Roma, sob a autoridade do Papa.
O Império Bizantino começou a entrar em declínio na fase final do
governo de Justiniano. Entre os séculos IX e
XI,ocorreu um breve período de prosperidade conhecido como
"renascença bizantina".
Em seguida, porém, as disputas religiosas e as constantes ameaças de
invasão fizeram com que as crises se instalassem de maneira
irreversível. Acelerou-se o empobrecimento das cidades, a
produção e o comércio se enfraqueceram e o Império perdeu
pouco a pouco alguns de seus mercados em regiões distantes.
Finalmente, em 1453, Constantinopla foi tomada pelos turcos
otomanos e o Império Bizantino entrou em colapso. Esse fato é o
marco que assinala o fim da Idade Média.
A cultura bizantina teve grande influência sobre os povos da Europa
oriental, como russos, armênios, búlgaros e
sérvios. Eles assimilaram vários costumes do cristianismo por meio do
contato com religiosos enviados pela Igreja Católica Ortodoxa
Grega em missões de evangelização.
O enfraquecimento de Roma, no século V, deu-
se no momento em que ocorreu a divisão de
seu império. O Império Romano do Ocidente
reorganizou-se e manteve-se até 1453, quando
Constantinopla, sua capital, foi tomada pelos
turcos. Mas o Império Romano do Ocidente
desabou com a invasão dos povos Bárbaros.
O Termo ―Bárbaros era usado pelos romanos
para todos os povos que não pertenciam à
civilização romana e se mostravam rebeldes à
sua cultura.
Os principais bárbaros foram os germânicos:
vândalos, visigodos ,ostrogodos, suevos, anglo
saxões , francos e lombardos.
O deslocamento das tribos germânicas do norte
para o sul da Europa, é em grande parte
explicado pelo crescimento de sua população,
fato que levou aqueles povos a procurar
territórios com terra fértil e melhor clima...
Até o século III, a penetração dos bárbaros foi
pacífica. Guerreiros eram aceitos no exército
romano como soldados, outros grupos obtinham
permissão para se fixar em zonas agrícolas do
Império. Nos séculos IV e V, grupos bárbaros
invadiram o Império pela força, conquistando
diversos lugares da Europa e do norte da África.
Esses bárbaros formaram seus próprios reinos,
destruindo a unidade política do Império Romano.
Era a crise do Mundo Antigo e de suas instituições,
e o início de um longo período da história
europeia, em que costumes germânicos
combinados com os romanos dariam início à
sociedade feudal.
A queda do Império Romano no século V deu
início à Idade Média, que costuma ser dividida
em dois grandes períodos:
 Alta Idade Média (século V a século X) –
Caracterizada basicamente pela desagregação
da sociedade antiga e pela formação do sistema
feudal.
 Baixa Idade Média (século X a século XV) –
Caracterizada, basicamente, pela dissolução do
sistema feudal e pela formação do sistema
capitalista.
A Invasão dos bárbaros causou a fuga da população das
cidades.
Voltava a calma à Europa. O campo foi o lugar onde a
maioria do povo passou a viver. Surgem os castelos,
moradia dos grandes proprietários de terra. Os castelos
eram cercados de muralhas que serviam de proteção
para seus ocupantes e os moradores das redondezas
contra qualquer ataque. A agricultura tornou-se a
principal atividade econômica.
A maioria dos reinos bárbaros teve vida curta. Apenas os
francos conseguiram se estruturar e fincar raízes na
Gália. Expandiram-se depois para outros territórios,
que hoje corresponde à França, Alemanha, Bélgica ,
Itália e mais oito países da Europa.
O Reino dos francos surgiu da reunião de todas as tribos
francas e expandiu-se sob o governo de duas dinastias:
 Dinastia dos merovíngios (século V a VIII) - Os
principais reis francos eram descendentes de Meroveu. O
primeiro grande rei foi Clóvis, que conseguiu promover a
unificação dos francos, expandiu seus domínios territoriais e
converteu-se ao Cristianismo católico, obtendo assim apoio
da Igreja para seu reino. Contudo, com o decorrer do tempo,
as constantes guerras e as partilhas por herança levaram à
divisão política do reino franco.
No século VIII, os reis merovíngios perderam o poder e foram
substituídos pelos carolíngios
 Dinastia dos reis carolíngio ( século VIII e IX) –
Carlos Magno deu o nome à nova dinastia e foi o seu mais
importante soberano. Governou de 768 a 814. Através de
diversas guerras de conquistas, Carlos Magno estendeu os
domínios dos domínios dos francos.
A igreja Católica aliou-se a Carlos Magno, pois
desejava a proteção de um soberano poderoso e cristão que
possibilitou a expansão do Cristianismo. Portanto, no dia 25
de dezembro de 800, o reino franco recebeu do papa Leão III
o Título de Imperador do Sacro Império Romano.
Era uma tentativa de restaurar o Império Romano
no Ocidente.
Carlos Magno procurou elevar a cultura do povo franco.
Fundou escolas nos mosteiros e no próprios palácio real. Ele
mesmo aprendeu a ler com 35 anos.
Seu período de governo foi marcado por importante atividade
cultural, que abrangeu os setores das letras, das artes e da
edução. Trata-se da chamada Renascença Carolíngia, que
contribui para a preservação e a transmissão de valores da
cultura da Antiguidade Clássica.
Após a morte de Carlos Magno, o Reino Franco entrou em
decadência. As principais causas dessa decadência foram a
fragmentação do poder político e as novas invasões dos
séculos IX e X contra a Europa Cristã.
A palavra feudalismo
ou sistema feudal
foi o modo de organização
da vida em sociedade
que caracterizou a Europa
durante grande parte
da Idade Média.
Ele não foi igual
em todas as regiões europeias, variando muito de
acordo com
a época e o local.”
 o feudalismo começou a se estruturar por volta
do século VIII, no rei franco, propagando-se
depois nas outras regiões da Europa ocidental.
 Uma das razões para esse começo entre
Francos foi o fato de os governantes carolíngios
terem colocados em prática, com modificações,
um antigo costume dos povos germânicos: a
vassalagem.
A formação da sociedade feudal foi um longo processo, que resultou da
fusão de diferentes valores e costumes, uns de origem romana e outros de
origem germânica.
De origem romana era o colonato , compromisso pelo qual os trabalhadores
tinham a obrigação de entregar uma parte de sua própria colheita e de
trabalhar gratuitamente nas plantações senhorias. O colonato deu origem
à servidão, relação de trabalho predominante no feudalismo.
De origem germânica era o comitatus, bando formado de jovens guerreiros
comandados por um chefe a qual prestavam juramento de fidelidade. O
comitatus de origem ao modo como os nobres feudais relacionavam uns
com os outros. Dos germanos, a sociedade feudal assimilou ainda o
hábito de aplicar leis de acordo com os costumes.
Com as invasões dos bárbaros germânicos, os ataques à cidade tornaram-se
frequentes. Isto gerou um clima de grande medo na Europa , o que levou
milhões de pessoas a fugir para o campo em busca de segurança. Teve
início, assim, um processo de ruralizarão no Ocidente,
ao mesmo que declinava a vida urbana, por falta de
segurança nas cidades atacadas pelos germanos, pela
destruição de várias delas e pela levada mortalidade
decorrente de epidemias, fome e de mortes pela guerra.
Foi nesta época que os nobres – encarregados de
defender os territórios - mandaram construir enormes
castelos, em torno dos quais passou a viver boa parte da
população europeia .
Nas terras conquistadas ao Império Romano do Ocidente, os
bárbaros germanos fundaram vários reinos independentes.
Nesses reinos as guerras e a pilhagem eram constantes, por
isso os reis pediam auxílio aos nobres com grande
frequência. Estes se aproveitavam da situação e, em troca de
ajuda militar, exigiam poder e riqueza para si; assim foram
se fortalecendo. Ao mesmo tempo e por isso mesmo o poder
do rei foi enfraquecendo.
No final do século Ix, os nobres não se consideravam mais
apenas os defensores das terras reais, mas seus donos, e, ao
morrer, as deixavam para os seus filhos. Assim, pouco a
pouco, o poder do rei fragmentou-se; cada nobre (conde,
duque, marquês, barão) passou a ser um ‗‘reizinho‘‘ no seu
feudo. Consolidava-se assim a sociedade feudal, cujas
características eram: predomínio da vida rural, poder
político descentralizado e forte religiosidade.
 Rei
 Duque
 Conde
 Marquês
 Visconde
 Barão
 cavaleiro
 Absoluta inferioridade em relação aos homens
 Devia fidelidade e lealdade ao marido
 O não cumprimento das obrigações era punida
com a morte
 O marido era escolhido pelo pai, muitas vezes
como moeda de troca de alianças políticas.
 teocêntrica, considerava Deus o centro de todas
as coisas
 a igreja cristã (católica) possuía o monopólio da
cultura letrada
 cristãos contrários a doutrina eram conhecidos
como hereges
 na alta idade média, a pior punição para um
herege era a excomunhão (condenação ao
inferno)
 na baixa idade média o herege era julgado pela
inquisição.
 Atividades culturais marcadas pela fé religiosa.
 A igreja determinava o modo de pensar e de
viver das pessoas.
 Fenômenos naturais explicados pela fé.
 Era comum a celebração de ritos religiosos par
fazer as plantas crescerem, para se obter boas
colheitas, para provocar chuvas, etc.
 ARADO DE FERRO
 SISTEMA DE ROTAÇÃO DE CULTURAS EM
TRÊS CAMPOS
 MOINHO DE VENTO
 ADUBAÇÃO DA TERRA COM ESTERCO DE
ANIMAIS
 EXTRAÇÃO MINERAL
 ARMAS DE GUERRA
Deus era o centro do Universo, Deus era a
explicação para todas as coisas
A palavra feudo é de origem germânica
e significa ‗‘ direito que uma pessoa
possui sobre um bem que recebeu em
troca de ajuda militar ou de um serviço
prestado ‗‘. Na maioria das vezes, o
feudo era uma terra grande. Mas, às
vezes , podia ser também um castelo,
um direito de receber impostos ou de
ocupar um cargo de prestígio. Aquele
que doava um feudo era chamado de
suserano, e o que recebia era
denominado vassalo.
Por exemplo, um conde doava o feudo a um visconde e
com isso tornava-se suserano do visconde e este seu
vassalo. Caso o visconde doasse parte das terras
recebidas a um barão, passava a ser seu suserano e, ao
mesmo tempo, continuava sendo vassalo do visconde.
Repare que as relações de suserania e vassalagem
ocorriam somente entre os membros da nobreza.
A doação do feudo se dava por meio de um juramento de fidelidade .
O feudo era doado juntamente com os camponeses que nele trabalhavam.
Eram eles que, com o seu trabalho, garantiam o meio de vida ao novo senhor.
Eis o trecho de um juramento de fidelidade feito durante a Cerimônia:
Prometo, por minha fé, ser, a partir deste instante, fiel ao conde Guilherme e
guardar-lhe contra todos os inteiramente a minha homenagem, de boa fé e sem engano.
(Freitas, Gustavo de . 900 textos e documentos de História. V.1, p 139 – 40.)
A partir desse juramento, um passava a ter
obrigações com o outro. O vassalo devia:
 Apresentar-se sempre que fosse chamado por
seu suserano;
 Dar ajuda financeira para o casamento da filha
de seu suserano, para armar o filho cavaleiro e
para pagar o resgate, caso o filho, fosse raptado
ou aprisionado;
 Comparecer ao tribunal para depor a favor se o
senhor o convocasse.
O suserano, por sua vez, também devia ajudar seu
vassalo em caso de conflito ou comparecer a um
tribunal para depor a seu favor. Tanto o suserano
quanto o vassalo sentiam-se na obrigação de
cumprir o juramento de fidelidade.
Cada senhor feudal era a autoridade máxima
dentro do seu feudo. Era ele quem julgava os
infratores, aplicava as penas, cobrava impostos e
cunhava sua própria moeda. Por isso se diz que no
Feudalismo o poder era descentralizado (estava
nas mãos de várias pessoas, e não apenas do rei).
Certas instituições germânicas, como o comitatus
e o benefício, incorporaram-se ao sistema
feudal.
O comitatus era o grupo de guerreiros ligados a
seus chefe por juramento de fidelidade. A
lealdade ao chefe era retribuída com a divisão
de saques de guerra (benefício),
principalmente de terras.
O comitatus e o benefício estão associados à
vassalagem do feudalismo.
Na sociedade feudal, a posição
social de uma pessoa dependia do
nascimento. Assim, o filho de nobre
era nobre por toda a vida. E o filho
de camponeses, mesmo trabalhand
duro, não conseguia alterar sua
posição social . No auge do feudalis
mo europeu, a sociedade era dividi
Em três grupos.
 Clero os que oravam,
 Nobreza os que guerreavam e
 Camponeses os que trabalhavam.
Era o trabalho dos camponeses que sustentava a nobreza e o clero.
O clero era formado pelo papa, cardeais, bispos, abades, monges e
padres. A maioria desses religiosos tinha origem nobre e possuía
feudos, muitos deles enormes. Cerca de dois terços da terra da
Europa Ocidental pertenciam a Igreja, num tempo em que a terra
era a principal medida de riqueza. A Igreja católica era, portanto, a
instituição mais rica da sociedade feudal . Um texto da época
justifica isso:
Deus quis que, entre os homens, uns fossem senhores e outros servos, de
tal maneira que os senhores estejam obrigados a venerar e amar Deus, e
que os servos estejam obrigados a amar e venerar o seu senhor.
(Freitas, Gustavo de . 900 textos e documentos de História. V.1, p 139 – 40.)
A nobreza compunha-se de reis, duques, marqueses,
condes, viscondes, barões, e sua principal
atividade era a guerra. Apesar de o clero ser o
grupo mais rico, a nobreza era a classe dirigente da
sociedade feudal. A nobreza valia-se do monopólio
das armas para impor seu domínio. Os nobres
ofereciam proteção e exigiam ser sustentados e
alimentados pelo povo desarmado. Viviam na
ociosidade e consideravam o trabalho uma
atividade digna. Desde a infância, o nobre era
preparado para a vidar militar.
Aos 7 anos , já começava a aprender a montar a cavalo e
manejar armas.
Aos 14 anos, tornava-se escudeiro de um senhor numa
cerimônia em que recebia a espada e as esporas. Aos
21, depois de participar de alguns combates como
auxiliar, estava habilitado e então era armado cavaleiro
numa cerimônia religiosa. Conta-nos um historiador
que:
Vestido de branco, passava uma noite toda na igreja, a rezar, em vigília
das armas colocadas no altar. De manha, após comungar, ocorria a
bênção das armas e depois, seguindo um rito muito antigo, seu padrinho
batia-lhe com a espada na nuca, (...) tornando-o seu igual.
( Franco Júnior, Hilário. Feudalismo: uma sociedade religiosa, guerreira e camponesa.p .40)
.
Nesta cerimônia, o padrinho entregava também um
capacete ou elmo, um escudo e, por fim, as esporas, a
espada e a lança.
As principais ocupações da nobreza eram a guerra, os
torneios e as caçadas.
Os camponeses eram em sua maioria servos da
gleba (Terra). O servo era assim chamado por
encontrar-se preso à terra, isto é, não tinha
liberdade para deixar o feudo em que vivia e
trabalhava. Porém, servo não é mesmo que
escravo. O servo não podia ser vendido, trocado
ou punido, como se fazia com o escravo. Também
não podia ser expulso do feudo. Além disso, era
dono de seus instrumentos de trabalho.
Em troca do direito de usar a terra para o seu
próprio sustento e para protegê-la, os servos
tinham uma série de obrigações para com o
senhor. As principais obrigações servis eram:
 A corveia – trabalho gratuito, durante alguns dias por
semana, nas terras do senhor.
 A talha - obrigações de entregar uma parte da produção
de seu próprio lote ao senhor.
 As prestações – obrigação de hospedar o senhor e sua
comitiva durante suas viagens pelo feudo
 As banalidades estabelecia o pagamento pela utilização de
fornos, moinhos e outros bens que pertenciam ao senhor
feudal.
 O dízimo – imposto paga à Igreja.
Além dos servos, havia ainda os vilões, camponeses
que também deviam obrigações ao senhor, porém
sem estar presos à terra: podiam escolher o feudo
onde desejassem trabalhar.
Os servos não eram alfabetizados. Acreditavam-se em
bruxas, fadas protetoras e que a Igreja salvaria suas
almas. A Igreja não admitia atos que fossem
contrários à sua doutrina. Por isso, o clero punia
através do Tribunal da Inquisição. Muitas vezes,
os hereges( pessoas contrárias aos dogmas da
Igreja), eram mortos nas fogueiras.
 Agricultura de subsistência
 Troca de produtos
 Inexistência de comércio
 Inexistência de Moedas
 Baixa produtividade agrícola
Falta de técnicas agrícolas
Contrastando com a fase anterior, de relativa
prosperidade, os séculos finais da Idade Média
foram marcados por sérias crises
 Declínio da Produção Agrícola:
A ocupação de solos menos férteis e a escassez de
terras de boa qualidade provocaram a diminuição
da produção de alimentos. A perda das colheitas
também provocou diminuição de quantidade de
alimentos, acarretando a fome de milhares de
pessoas que morriam ou sobreviviam com forte
desnutrição.
 Peste Negra
A população enfraquecida pela fome adoeceu
contaminada pela peste negra, doença
transmitida por ratos que vieram nos porões
de navios genoveses. Causou a morte de um
terço da população europeia. Para muitos,
essa doença implacável era sinal da ira divina,
anunciando o fim dos tempos.
Vítimas da peste negra na região de
Toumai (1349)
Os índices de mortalidade aumentaram
sensivelmente e, no século XIV, uma
população debilitada pela fome teve que
enfrentar uma epidemia de extrema
gravidade:
a Peste Negra, que chegou a dizimar cerca
de 1/3 dos habitantes da Europa.
Guerra dos cem Anos ( 1337- 1453)
A disputa pela rica região de Flandres, onde havia manufatura de lã e
sucessões dinásticas, provocaram conflito entre a França e a
Inglaterra.
Essa guerra ( Guerra dos Cem Anos) empobreceu grande parte dos
nobres feudais e prejudicou a vida econômica dos dois países. Após
seu término, a autoridade do rei estava fortalecida.
 O Cisma do Ocidente
Com o objetivo de manter boas relações com o rei Felipe IV, da frança,
o Papa Clemente V transferiu a sede do papado de Roma para
Avignon, no sul da França. Essa atitude gerou insatisfação dentro
da Igreja, culminando com a escolha de um outro Papa
estabelecido em Roma. A igreja ficou dividida entre dois papas.
Mais tarde, a Igreja recupera sua unidade, estabelecendo sua sede
em Roma.
No período que durou o Cisma Ocidental, aumentaram as heresias
contrárias à doutrina da Igreja, abalando a instituição.
Os reis fortaleceram-se com a ajuda da burguesia desenvolveram a
navegação, e a partido século XV os comerciantes lançaram-se ao
mar à procura de novos mercados e mercadorias para o comércio.
Esses fatos continuaram na Idade Moderna. O capitalismo
comercial vai tomando o lugar do feudalismo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Idade Média
Idade MédiaIdade Média
Idade Média
Marilia Pimentel
 
Aula 1 idade média “bárbaros”, bizantinos e império carolíngio
Aula 1   idade média “bárbaros”, bizantinos e império carolíngioAula 1   idade média “bárbaros”, bizantinos e império carolíngio
Aula 1 idade média “bárbaros”, bizantinos e império carolíngio
Dalton Lopes Reis Jr.
 
O IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO BIZANTINOO IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO BIZANTINO
andersonsenar
 
A identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidentalA identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidental
Lecia Neves
 
Bizantinos e francos
Bizantinos e francosBizantinos e francos
Bizantinos e francos
Lú Carvalho
 
A queda do imperio romano do ocidente
A queda do imperio romano do ocidenteA queda do imperio romano do ocidente
A queda do imperio romano do ocidente
222050sandro
 
Queda de roma e idade média
Queda de roma e idade médiaQueda de roma e idade média
Queda de roma e idade média
Carolina Medeiros
 
Queda do império
Queda do impérioQueda do império
Queda do império
Carla Freitas
 
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderesA identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
Núcleo de Estágio ESL 2014-2015
 
A cultura do mosteiro
A cultura do mosteiroA cultura do mosteiro
A cultura do mosteiro
Carla Teixeira
 
A Idade Média
A Idade MédiaA Idade Média
A Idade Média
Gisele Finatti Baraglio
 
Introdução à Idade Média
Introdução à Idade MédiaIntrodução à Idade Média
Introdução à Idade Média
Núcleo de Estágio ESL 2014-2015
 
3° ano EM - Bizantinos e Francos.
3° ano EM - Bizantinos e Francos.3° ano EM - Bizantinos e Francos.
3° ano EM - Bizantinos e Francos.
Daniel Alves Bronstrup
 
Feudalizaçõa da europa e o reino dos francos
Feudalizaçõa da europa e o reino dos francosFeudalizaçõa da europa e o reino dos francos
Feudalizaçõa da europa e o reino dos francos
Profdaltonjunior
 
A europa ocidental durante a idade média
A europa ocidental durante a idade médiaA europa ocidental durante a idade média
A europa ocidental durante a idade média
Maria Cristina Ribeiro
 
A Europa cristã nos séc. VI a IX
A Europa cristã nos séc. VI a IXA Europa cristã nos séc. VI a IX
A Europa cristã nos séc. VI a IX
historiajovem2011
 
Crise do império romano
Crise do império romanoCrise do império romano
Crise do império romano
secretaria estadual de educação
 
Reino franco
Reino francoReino franco
Reino franco
PROFºWILTONREIS
 
1° ano - Bizantinos
1° ano - Bizantinos1° ano - Bizantinos
1° ano - Bizantinos
Daniel Alves Bronstrup
 
O império bizantino
O império bizantinoO império bizantino
O império bizantino
Nelia Salles Nantes
 

Mais procurados (20)

Idade Média
Idade MédiaIdade Média
Idade Média
 
Aula 1 idade média “bárbaros”, bizantinos e império carolíngio
Aula 1   idade média “bárbaros”, bizantinos e império carolíngioAula 1   idade média “bárbaros”, bizantinos e império carolíngio
Aula 1 idade média “bárbaros”, bizantinos e império carolíngio
 
O IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO BIZANTINOO IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO BIZANTINO
 
A identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidentalA identidade civilizacional da europa ocidental
A identidade civilizacional da europa ocidental
 
Bizantinos e francos
Bizantinos e francosBizantinos e francos
Bizantinos e francos
 
A queda do imperio romano do ocidente
A queda do imperio romano do ocidenteA queda do imperio romano do ocidente
A queda do imperio romano do ocidente
 
Queda de roma e idade média
Queda de roma e idade médiaQueda de roma e idade média
Queda de roma e idade média
 
Queda do império
Queda do impérioQueda do império
Queda do império
 
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderesA identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
A identidade civilizacional da Europa Ocidental - A multiplicidade de poderes
 
A cultura do mosteiro
A cultura do mosteiroA cultura do mosteiro
A cultura do mosteiro
 
A Idade Média
A Idade MédiaA Idade Média
A Idade Média
 
Introdução à Idade Média
Introdução à Idade MédiaIntrodução à Idade Média
Introdução à Idade Média
 
3° ano EM - Bizantinos e Francos.
3° ano EM - Bizantinos e Francos.3° ano EM - Bizantinos e Francos.
3° ano EM - Bizantinos e Francos.
 
Feudalizaçõa da europa e o reino dos francos
Feudalizaçõa da europa e o reino dos francosFeudalizaçõa da europa e o reino dos francos
Feudalizaçõa da europa e o reino dos francos
 
A europa ocidental durante a idade média
A europa ocidental durante a idade médiaA europa ocidental durante a idade média
A europa ocidental durante a idade média
 
A Europa cristã nos séc. VI a IX
A Europa cristã nos séc. VI a IXA Europa cristã nos séc. VI a IX
A Europa cristã nos séc. VI a IX
 
Crise do império romano
Crise do império romanoCrise do império romano
Crise do império romano
 
Reino franco
Reino francoReino franco
Reino franco
 
1° ano - Bizantinos
1° ano - Bizantinos1° ano - Bizantinos
1° ano - Bizantinos
 
O império bizantino
O império bizantinoO império bizantino
O império bizantino
 

Destaque

1 a queda do império romano em 476d
1   a queda do império romano em 476d1   a queda do império romano em 476d
1 a queda do império romano em 476d
Renata Telha
 
Pré barra mundo feudal
Pré barra mundo feudalPré barra mundo feudal
Pré barra mundo feudal
Jorge Marcos Oliveira
 
Cruzadinha feudalismo
Cruzadinha feudalismoCruzadinha feudalismo
Cruzadinha feudalismo
Marcia Oliveira Lupion
 
13° feudalismo
13° feudalismo13° feudalismo
13° feudalismo
Ajudar Pessoas
 
Bárbaros feudalismo - igreja feudal
Bárbaros   feudalismo - igreja feudalBárbaros   feudalismo - igreja feudal
Bárbaros feudalismo - igreja feudal
Rodrigo HistóriaGeografia
 
O início do feudalismo
O início do feudalismoO início do feudalismo
O início do feudalismo
historiando
 
História da igreja i
História da igreja iHistória da igreja i
História da igreja i
Sérgio Miguel
 
Feudalismo início
Feudalismo   inícioFeudalismo   início
Feudalismo início
Nelia Salles Nantes
 
O Mundo Romano Origem E DifusãO Do Cristianismo
O Mundo Romano Origem E DifusãO Do CristianismoO Mundo Romano Origem E DifusãO Do Cristianismo
O Mundo Romano Origem E DifusãO Do Cristianismo
Sílvia Mendonça
 
A queda do império romano do ocidente
A queda do império romano do ocidenteA queda do império romano do ocidente
A queda do império romano do ocidente
Nelia Salles Nantes
 
Alta idade média
Alta idade médiaAlta idade média
Alta idade média
nilohistoria
 
Poder na idade média
Poder na idade médiaPoder na idade média
Poder na idade média
Maria Gomes
 
Poder Senhorial
Poder SenhorialPoder Senhorial
Poder Senhorial
jorgina8
 
A origem do Cristianismo
A origem do CristianismoA origem do Cristianismo
A origem do Cristianismo
CPH
 
Pirâmide Feudal
Pirâmide FeudalPirâmide Feudal
Pirâmide Feudal
Francisserrao
 
O surgimento do cristianismo
O surgimento do cristianismoO surgimento do cristianismo
O surgimento do cristianismo
Fabrício Colombo
 
A Sociedade Europeia Medieval
A Sociedade Europeia MedievalA Sociedade Europeia Medieval
A Sociedade Europeia Medieval
Isidro Santos
 
Hca M3
Hca   M3Hca   M3
Prova de história
Prova de históriaProva de história
Prova de história
Isa ...
 
Domínio senhorial
Domínio senhorialDomínio senhorial
Domínio senhorial
Maria Gomes
 

Destaque (20)

1 a queda do império romano em 476d
1   a queda do império romano em 476d1   a queda do império romano em 476d
1 a queda do império romano em 476d
 
Pré barra mundo feudal
Pré barra mundo feudalPré barra mundo feudal
Pré barra mundo feudal
 
Cruzadinha feudalismo
Cruzadinha feudalismoCruzadinha feudalismo
Cruzadinha feudalismo
 
13° feudalismo
13° feudalismo13° feudalismo
13° feudalismo
 
Bárbaros feudalismo - igreja feudal
Bárbaros   feudalismo - igreja feudalBárbaros   feudalismo - igreja feudal
Bárbaros feudalismo - igreja feudal
 
O início do feudalismo
O início do feudalismoO início do feudalismo
O início do feudalismo
 
História da igreja i
História da igreja iHistória da igreja i
História da igreja i
 
Feudalismo início
Feudalismo   inícioFeudalismo   início
Feudalismo início
 
O Mundo Romano Origem E DifusãO Do Cristianismo
O Mundo Romano Origem E DifusãO Do CristianismoO Mundo Romano Origem E DifusãO Do Cristianismo
O Mundo Romano Origem E DifusãO Do Cristianismo
 
A queda do império romano do ocidente
A queda do império romano do ocidenteA queda do império romano do ocidente
A queda do império romano do ocidente
 
Alta idade média
Alta idade médiaAlta idade média
Alta idade média
 
Poder na idade média
Poder na idade médiaPoder na idade média
Poder na idade média
 
Poder Senhorial
Poder SenhorialPoder Senhorial
Poder Senhorial
 
A origem do Cristianismo
A origem do CristianismoA origem do Cristianismo
A origem do Cristianismo
 
Pirâmide Feudal
Pirâmide FeudalPirâmide Feudal
Pirâmide Feudal
 
O surgimento do cristianismo
O surgimento do cristianismoO surgimento do cristianismo
O surgimento do cristianismo
 
A Sociedade Europeia Medieval
A Sociedade Europeia MedievalA Sociedade Europeia Medieval
A Sociedade Europeia Medieval
 
Hca M3
Hca   M3Hca   M3
Hca M3
 
Prova de história
Prova de históriaProva de história
Prova de história
 
Domínio senhorial
Domínio senhorialDomínio senhorial
Domínio senhorial
 

Semelhante a Feudalismo

3371982 historia-aula-03-alta-idade-media
3371982 historia-aula-03-alta-idade-media3371982 historia-aula-03-alta-idade-media
3371982 historia-aula-03-alta-idade-media
Marcus Vinicius Barbosa Silva
 
Aula 03 alta idade média
Aula 03   alta idade médiaAula 03   alta idade média
Aula 03 alta idade média
Jonatas Carlos
 
RESUMO Completo da Idade média
RESUMO Completo da Idade médiaRESUMO Completo da Idade média
RESUMO Completo da Idade média
Agassis Paulo Bezerra
 
6o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 156o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 15
Raquel Avila
 
6o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 156o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 15
Raquel Avila
 
6o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 156o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 15
Raquel Avila
 
cap09 - idade média-do apogeu a crise
cap09 - idade média-do apogeu a crisecap09 - idade média-do apogeu a crise
cap09 - idade média-do apogeu a crise
whybells
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
Vítor Santos
 
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
Vítor Santos
 
império bizantino
império bizantinoimpério bizantino
império bizantino
mo_nalegna
 
Bizantinos
BizantinosBizantinos
Bizantinos
Fatima Freitas
 
3˚ano 6 a 8 a alta idade média
3˚ano 6 a 8 a alta idade média3˚ano 6 a 8 a alta idade média
3˚ano 6 a 8 a alta idade média
Kerol Brombal
 
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
andrecarlosocosta
 
C:\Fakepath\Ocidente Na Alta Idade MéDia
C:\Fakepath\Ocidente Na Alta Idade MéDiaC:\Fakepath\Ocidente Na Alta Idade MéDia
C:\Fakepath\Ocidente Na Alta Idade MéDia
AEDFL
 
Bizantinos e carolíngios
Bizantinos e carolíngiosBizantinos e carolíngios
Bizantinos e carolíngios
Lú Carvalho
 
Idade Média - Curso completo
Idade Média - Curso completoIdade Média - Curso completo
Idade Média - Curso completo
Privada
 
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. MedeirosOs Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
João Medeiros
 
MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquista
MÓDULO II- 10º ANO-  Idade média: reconquistaMÓDULO II- 10º ANO-  Idade média: reconquista
MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquista
Carina Vale
 
Slides bizantinos 1º. ano
Slides bizantinos    1º. anoSlides bizantinos    1º. ano
Slides bizantinos 1º. ano
Fatima Freitas
 
3˚ano 6 a 8 a alta idade média
3˚ano 6 a 8 a alta idade média3˚ano 6 a 8 a alta idade média
3˚ano 6 a 8 a alta idade média
Kerol Brombal
 

Semelhante a Feudalismo (20)

3371982 historia-aula-03-alta-idade-media
3371982 historia-aula-03-alta-idade-media3371982 historia-aula-03-alta-idade-media
3371982 historia-aula-03-alta-idade-media
 
Aula 03 alta idade média
Aula 03   alta idade médiaAula 03   alta idade média
Aula 03 alta idade média
 
RESUMO Completo da Idade média
RESUMO Completo da Idade médiaRESUMO Completo da Idade média
RESUMO Completo da Idade média
 
6o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 156o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 15
 
6o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 156o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 15
 
6o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 156o. ano.revisão do capítulo 15
6o. ano.revisão do capítulo 15
 
cap09 - idade média-do apogeu a crise
cap09 - idade média-do apogeu a crisecap09 - idade média-do apogeu a crise
cap09 - idade média-do apogeu a crise
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
 
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
 
império bizantino
império bizantinoimpério bizantino
império bizantino
 
Bizantinos
BizantinosBizantinos
Bizantinos
 
3˚ano 6 a 8 a alta idade média
3˚ano 6 a 8 a alta idade média3˚ano 6 a 8 a alta idade média
3˚ano 6 a 8 a alta idade média
 
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
 
C:\Fakepath\Ocidente Na Alta Idade MéDia
C:\Fakepath\Ocidente Na Alta Idade MéDiaC:\Fakepath\Ocidente Na Alta Idade MéDia
C:\Fakepath\Ocidente Na Alta Idade MéDia
 
Bizantinos e carolíngios
Bizantinos e carolíngiosBizantinos e carolíngios
Bizantinos e carolíngios
 
Idade Média - Curso completo
Idade Média - Curso completoIdade Média - Curso completo
Idade Média - Curso completo
 
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. MedeirosOs Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros
 
MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquista
MÓDULO II- 10º ANO-  Idade média: reconquistaMÓDULO II- 10º ANO-  Idade média: reconquista
MÓDULO II- 10º ANO- Idade média: reconquista
 
Slides bizantinos 1º. ano
Slides bizantinos    1º. anoSlides bizantinos    1º. ano
Slides bizantinos 1º. ano
 
3˚ano 6 a 8 a alta idade média
3˚ano 6 a 8 a alta idade média3˚ano 6 a 8 a alta idade média
3˚ano 6 a 8 a alta idade média
 

Último

slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
JoeteCarvalho
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
LeticiaRochaCupaiol
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Zenir Carmen Bez Trombeta
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
Manuais Formação
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert EinsteinA Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
WelberMerlinCardoso
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
lveiga112
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Professor Belinaso
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 

Último (20)

slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert EinsteinA Evolução da história da Física - Albert Einstein
A Evolução da história da Física - Albert Einstein
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdfTestes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
Testes + soluções_Mensagens12 )11111.pdf
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escolaIntrodução à Sociologia: caça-palavras na escola
Introdução à Sociologia: caça-palavras na escola
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 

Feudalismo

  • 1. Divisão do Império Romano Ocidente – Capital Roma Oriente – Capital Bizâncio – Constantinopla - Istambul
  • 2.  No fim do século IV D.C., com o objetivo de facilitar a administração e a defesa, o imperador Teodósio dividiu o vasto Império Romano em duas áreas distintas: o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e o Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. Quando Teodósio morreu, em 395, um de seus filhos, Honório, passou a governar o Ocidente, e o outro, Arcádio, o Oriente. Em 476 D.C., bárbaros germânicos rebelados, liderados pelo chefe Odoacro (que tinha feito carreira como oficial do exército romano) derrubaram o último imperador do Ocidente, Rômulo Augusto. Tradicionalmente, esse ano é considerado o fim da Antiguidade e o início da Idade Média. O Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino, ainda continuaria a existir durante cerca de mil anos, encontrando seu fim em 1453, quando sua capital caiu nas mãos dos turcos. Esse evento, por sua vez, é considerado o marco final da Idade Média e o início da Idade Moderna.
  • 3. Em 395, com a divisão do Império Romano, formou-se o Império Romano do Oriente, que englobava a Grécia, a Ásia Menor, a Síria atual, a Palestina, o nordeste da África (incluindo o Egito) e as ilhas do Mediterrâneo oriental. Quando, em 476, Roma foi definitivamente tomada pelos germanos, a parte oriental do Império sobreviveu, mantendo intensa atividade urbana e mercantil. Com o passar do tempo, inúmeros aspectos da cultura romana foram abandonados nessa região. O próprio latim foi substituído pelo grego. Tudo isso levou ao desenvolvimento de uma sociedade com características singulares — o Império Bizantino. Um dos aspectos distintivos da sociedade bizantina foi exatamente a comunhão entre valores greco-romanos e orientais. É traço marcante desse Império, também, a completa assimilação dos preceitos do cristianismo, tendo sido em Constantinopla que se realizaram os primeiros concílios responsáveis pela definição dos dogmas da Igreja Católica
  • 4. Em 330, no mesmo local onde existia a antiga colônia grega de Bizâncio, o imperador Constantino mandou construir Constantinopla. Atualmente denominada Istambul, a cidade ocupava excelente localização, entre os mares Negro e Egeu. Para melhorar ainda mais suas condições de defesa, foram construídas enormes muralhas ao seu redor. Essas características permitiram que ela resistisse a numerosos ataques ao longo dos séculos. Por muito tempo, Constantinopla foi um centro próspero e florescente com intensas relações comerciais, que se estendiam até o Extremo Oriente.
  • 5. No governo de Justiniano, o Grande (527-565), o Império Bizantino atingiu o esplendor. A tentativa de restabelecer a unidade do antigo Império Romano está entre suas realizações de maior destaque. Justiniano empreendeu a reconquista das terras do Ocidente, que haviam sido perdidas para os povos germânicos. Com grandes esforços retomou a península Itálica, o norte da África e o sul da península Ibérica. Mas os territórios reconquistados logo sofreriam ocupação de outros povos, não permanecendo muito tempo sob domínio bizantino. Em seu governo, Justiniano ordenou que se organizasse um trabalho de compilação do Direito romano, do qual resultou o Corpo do Direito Civil, composto de quatro partes: Código Justiniano — reunião de todas as leis romanas desde Adriano até o ano de 534. As Institutas — princípios fundamentais do Direito romano. O Digesto ou Pandectas — síntese da jurisprudência romana cujo conteúdo apresenta os pareceres dos grandes juristas a respeito das Institutas. As Novelas, reunindo a nova legislação.
  • 6. Em 532, Constantinopla foi agitada por uma revolta de grandes proporções, conhecida pelo nome de Revolta Nika, porque a população gritava a palavra vitória (nike, em grego). Iniciada no hipódromo, onde a rivalidade esportiva refletia divergências sociais, políticas e religiosas, a rebelião se propagou rapidamente por toda a capital. A população indignava-se, sobretudo, com os altos impostos cobrados. Diante da gravidade da situação, Justiniano ameaçou fugir da cidade, mas foi impedido por sua mulher, Teodora. A revolta foi ferozmente reprimida pelo general Belizário. Estima-se que cerca de trinta mil pessoas tenham sido degoladas.
  • 7. Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, foram organizados concílios para definir seus dogmas. Aos poucos, a Igreja Católica foi-se estruturando e reunindo em torno de si um conjunto de servidores: o clero. Nos primeiros tempos, chamavam-se patriarcas os integrantes do clero que eram responsáveis pela Igreja nas regiões em que se subdividiam as terras do Império Romano: Alexandria, Jerusalém, Antioquia, Constantinopla e Roma. Posteriormente o patriarca de Roma se autoproclamou papa, "pai de todos os cristãos". A supremacia do papa sobre todos os patriarcas ocidentais foi decretada pelo imperador romano em 455. Mas somente no século VI, com o papa Gregório, ela conseguiu se impor definitivamente.
  • 8. No Império Bizantino, os imperadores consideravam-se como chefes supremos da cristandade, e isto provoca conflitos como Papa. O constante desentendimento entre o imperador e o Papa acabou por provocar o ‗‘Grande Cisma do Oriente‖, em 1054. A partir desta data, a cristandade dividi-se em duas igrejas: Igreja Católica do Oriente – conhecida como igreja Ortodoxa, com sede em Bizâncio, e a Igreja Católica do Ocidente – com sede em Roma, sob a autoridade do Papa.
  • 9. O Império Bizantino começou a entrar em declínio na fase final do governo de Justiniano. Entre os séculos IX e XI,ocorreu um breve período de prosperidade conhecido como "renascença bizantina". Em seguida, porém, as disputas religiosas e as constantes ameaças de invasão fizeram com que as crises se instalassem de maneira irreversível. Acelerou-se o empobrecimento das cidades, a produção e o comércio se enfraqueceram e o Império perdeu pouco a pouco alguns de seus mercados em regiões distantes. Finalmente, em 1453, Constantinopla foi tomada pelos turcos otomanos e o Império Bizantino entrou em colapso. Esse fato é o marco que assinala o fim da Idade Média. A cultura bizantina teve grande influência sobre os povos da Europa oriental, como russos, armênios, búlgaros e sérvios. Eles assimilaram vários costumes do cristianismo por meio do contato com religiosos enviados pela Igreja Católica Ortodoxa Grega em missões de evangelização.
  • 10.
  • 11. O enfraquecimento de Roma, no século V, deu- se no momento em que ocorreu a divisão de seu império. O Império Romano do Ocidente reorganizou-se e manteve-se até 1453, quando Constantinopla, sua capital, foi tomada pelos turcos. Mas o Império Romano do Ocidente desabou com a invasão dos povos Bárbaros.
  • 12. O Termo ―Bárbaros era usado pelos romanos para todos os povos que não pertenciam à civilização romana e se mostravam rebeldes à sua cultura. Os principais bárbaros foram os germânicos: vândalos, visigodos ,ostrogodos, suevos, anglo saxões , francos e lombardos. O deslocamento das tribos germânicas do norte para o sul da Europa, é em grande parte explicado pelo crescimento de sua população, fato que levou aqueles povos a procurar territórios com terra fértil e melhor clima...
  • 13. Até o século III, a penetração dos bárbaros foi pacífica. Guerreiros eram aceitos no exército romano como soldados, outros grupos obtinham permissão para se fixar em zonas agrícolas do Império. Nos séculos IV e V, grupos bárbaros invadiram o Império pela força, conquistando diversos lugares da Europa e do norte da África. Esses bárbaros formaram seus próprios reinos, destruindo a unidade política do Império Romano. Era a crise do Mundo Antigo e de suas instituições, e o início de um longo período da história europeia, em que costumes germânicos combinados com os romanos dariam início à sociedade feudal.
  • 14. A queda do Império Romano no século V deu início à Idade Média, que costuma ser dividida em dois grandes períodos:  Alta Idade Média (século V a século X) – Caracterizada basicamente pela desagregação da sociedade antiga e pela formação do sistema feudal.  Baixa Idade Média (século X a século XV) – Caracterizada, basicamente, pela dissolução do sistema feudal e pela formação do sistema capitalista.
  • 15. A Invasão dos bárbaros causou a fuga da população das cidades. Voltava a calma à Europa. O campo foi o lugar onde a maioria do povo passou a viver. Surgem os castelos, moradia dos grandes proprietários de terra. Os castelos eram cercados de muralhas que serviam de proteção para seus ocupantes e os moradores das redondezas contra qualquer ataque. A agricultura tornou-se a principal atividade econômica. A maioria dos reinos bárbaros teve vida curta. Apenas os francos conseguiram se estruturar e fincar raízes na Gália. Expandiram-se depois para outros territórios, que hoje corresponde à França, Alemanha, Bélgica , Itália e mais oito países da Europa.
  • 16. O Reino dos francos surgiu da reunião de todas as tribos francas e expandiu-se sob o governo de duas dinastias:  Dinastia dos merovíngios (século V a VIII) - Os principais reis francos eram descendentes de Meroveu. O primeiro grande rei foi Clóvis, que conseguiu promover a unificação dos francos, expandiu seus domínios territoriais e converteu-se ao Cristianismo católico, obtendo assim apoio da Igreja para seu reino. Contudo, com o decorrer do tempo, as constantes guerras e as partilhas por herança levaram à divisão política do reino franco. No século VIII, os reis merovíngios perderam o poder e foram substituídos pelos carolíngios
  • 17.  Dinastia dos reis carolíngio ( século VIII e IX) – Carlos Magno deu o nome à nova dinastia e foi o seu mais importante soberano. Governou de 768 a 814. Através de diversas guerras de conquistas, Carlos Magno estendeu os domínios dos domínios dos francos. A igreja Católica aliou-se a Carlos Magno, pois desejava a proteção de um soberano poderoso e cristão que possibilitou a expansão do Cristianismo. Portanto, no dia 25 de dezembro de 800, o reino franco recebeu do papa Leão III o Título de Imperador do Sacro Império Romano. Era uma tentativa de restaurar o Império Romano no Ocidente.
  • 18. Carlos Magno procurou elevar a cultura do povo franco. Fundou escolas nos mosteiros e no próprios palácio real. Ele mesmo aprendeu a ler com 35 anos. Seu período de governo foi marcado por importante atividade cultural, que abrangeu os setores das letras, das artes e da edução. Trata-se da chamada Renascença Carolíngia, que contribui para a preservação e a transmissão de valores da cultura da Antiguidade Clássica. Após a morte de Carlos Magno, o Reino Franco entrou em decadência. As principais causas dessa decadência foram a fragmentação do poder político e as novas invasões dos séculos IX e X contra a Europa Cristã.
  • 19. A palavra feudalismo ou sistema feudal foi o modo de organização da vida em sociedade que caracterizou a Europa durante grande parte da Idade Média. Ele não foi igual em todas as regiões europeias, variando muito de acordo com a época e o local.”
  • 20.  o feudalismo começou a se estruturar por volta do século VIII, no rei franco, propagando-se depois nas outras regiões da Europa ocidental.  Uma das razões para esse começo entre Francos foi o fato de os governantes carolíngios terem colocados em prática, com modificações, um antigo costume dos povos germânicos: a vassalagem.
  • 21. A formação da sociedade feudal foi um longo processo, que resultou da fusão de diferentes valores e costumes, uns de origem romana e outros de origem germânica. De origem romana era o colonato , compromisso pelo qual os trabalhadores tinham a obrigação de entregar uma parte de sua própria colheita e de trabalhar gratuitamente nas plantações senhorias. O colonato deu origem à servidão, relação de trabalho predominante no feudalismo. De origem germânica era o comitatus, bando formado de jovens guerreiros comandados por um chefe a qual prestavam juramento de fidelidade. O comitatus de origem ao modo como os nobres feudais relacionavam uns com os outros. Dos germanos, a sociedade feudal assimilou ainda o hábito de aplicar leis de acordo com os costumes. Com as invasões dos bárbaros germânicos, os ataques à cidade tornaram-se frequentes. Isto gerou um clima de grande medo na Europa , o que levou milhões de pessoas a fugir para o campo em busca de segurança. Teve início, assim, um processo de ruralizarão no Ocidente,
  • 22. ao mesmo que declinava a vida urbana, por falta de segurança nas cidades atacadas pelos germanos, pela destruição de várias delas e pela levada mortalidade decorrente de epidemias, fome e de mortes pela guerra. Foi nesta época que os nobres – encarregados de defender os territórios - mandaram construir enormes castelos, em torno dos quais passou a viver boa parte da população europeia .
  • 23. Nas terras conquistadas ao Império Romano do Ocidente, os bárbaros germanos fundaram vários reinos independentes. Nesses reinos as guerras e a pilhagem eram constantes, por isso os reis pediam auxílio aos nobres com grande frequência. Estes se aproveitavam da situação e, em troca de ajuda militar, exigiam poder e riqueza para si; assim foram se fortalecendo. Ao mesmo tempo e por isso mesmo o poder do rei foi enfraquecendo. No final do século Ix, os nobres não se consideravam mais apenas os defensores das terras reais, mas seus donos, e, ao morrer, as deixavam para os seus filhos. Assim, pouco a pouco, o poder do rei fragmentou-se; cada nobre (conde, duque, marquês, barão) passou a ser um ‗‘reizinho‘‘ no seu feudo. Consolidava-se assim a sociedade feudal, cujas características eram: predomínio da vida rural, poder político descentralizado e forte religiosidade.
  • 24.  Rei  Duque  Conde  Marquês  Visconde  Barão  cavaleiro
  • 25.  Absoluta inferioridade em relação aos homens  Devia fidelidade e lealdade ao marido  O não cumprimento das obrigações era punida com a morte  O marido era escolhido pelo pai, muitas vezes como moeda de troca de alianças políticas.
  • 26.  teocêntrica, considerava Deus o centro de todas as coisas  a igreja cristã (católica) possuía o monopólio da cultura letrada  cristãos contrários a doutrina eram conhecidos como hereges  na alta idade média, a pior punição para um herege era a excomunhão (condenação ao inferno)  na baixa idade média o herege era julgado pela inquisição.
  • 27.  Atividades culturais marcadas pela fé religiosa.  A igreja determinava o modo de pensar e de viver das pessoas.  Fenômenos naturais explicados pela fé.  Era comum a celebração de ritos religiosos par fazer as plantas crescerem, para se obter boas colheitas, para provocar chuvas, etc.
  • 28.  ARADO DE FERRO  SISTEMA DE ROTAÇÃO DE CULTURAS EM TRÊS CAMPOS  MOINHO DE VENTO  ADUBAÇÃO DA TERRA COM ESTERCO DE ANIMAIS  EXTRAÇÃO MINERAL  ARMAS DE GUERRA
  • 29. Deus era o centro do Universo, Deus era a explicação para todas as coisas
  • 30. A palavra feudo é de origem germânica e significa ‗‘ direito que uma pessoa possui sobre um bem que recebeu em troca de ajuda militar ou de um serviço prestado ‗‘. Na maioria das vezes, o feudo era uma terra grande. Mas, às vezes , podia ser também um castelo, um direito de receber impostos ou de ocupar um cargo de prestígio. Aquele que doava um feudo era chamado de suserano, e o que recebia era denominado vassalo.
  • 31. Por exemplo, um conde doava o feudo a um visconde e com isso tornava-se suserano do visconde e este seu vassalo. Caso o visconde doasse parte das terras recebidas a um barão, passava a ser seu suserano e, ao mesmo tempo, continuava sendo vassalo do visconde. Repare que as relações de suserania e vassalagem ocorriam somente entre os membros da nobreza.
  • 32. A doação do feudo se dava por meio de um juramento de fidelidade . O feudo era doado juntamente com os camponeses que nele trabalhavam. Eram eles que, com o seu trabalho, garantiam o meio de vida ao novo senhor. Eis o trecho de um juramento de fidelidade feito durante a Cerimônia: Prometo, por minha fé, ser, a partir deste instante, fiel ao conde Guilherme e guardar-lhe contra todos os inteiramente a minha homenagem, de boa fé e sem engano. (Freitas, Gustavo de . 900 textos e documentos de História. V.1, p 139 – 40.)
  • 33. A partir desse juramento, um passava a ter obrigações com o outro. O vassalo devia:  Apresentar-se sempre que fosse chamado por seu suserano;  Dar ajuda financeira para o casamento da filha de seu suserano, para armar o filho cavaleiro e para pagar o resgate, caso o filho, fosse raptado ou aprisionado;  Comparecer ao tribunal para depor a favor se o senhor o convocasse.
  • 34. O suserano, por sua vez, também devia ajudar seu vassalo em caso de conflito ou comparecer a um tribunal para depor a seu favor. Tanto o suserano quanto o vassalo sentiam-se na obrigação de cumprir o juramento de fidelidade. Cada senhor feudal era a autoridade máxima dentro do seu feudo. Era ele quem julgava os infratores, aplicava as penas, cobrava impostos e cunhava sua própria moeda. Por isso se diz que no Feudalismo o poder era descentralizado (estava nas mãos de várias pessoas, e não apenas do rei).
  • 35. Certas instituições germânicas, como o comitatus e o benefício, incorporaram-se ao sistema feudal. O comitatus era o grupo de guerreiros ligados a seus chefe por juramento de fidelidade. A lealdade ao chefe era retribuída com a divisão de saques de guerra (benefício), principalmente de terras. O comitatus e o benefício estão associados à vassalagem do feudalismo.
  • 36. Na sociedade feudal, a posição social de uma pessoa dependia do nascimento. Assim, o filho de nobre era nobre por toda a vida. E o filho de camponeses, mesmo trabalhand duro, não conseguia alterar sua posição social . No auge do feudalis mo europeu, a sociedade era dividi Em três grupos.
  • 37.  Clero os que oravam,  Nobreza os que guerreavam e  Camponeses os que trabalhavam. Era o trabalho dos camponeses que sustentava a nobreza e o clero. O clero era formado pelo papa, cardeais, bispos, abades, monges e padres. A maioria desses religiosos tinha origem nobre e possuía feudos, muitos deles enormes. Cerca de dois terços da terra da Europa Ocidental pertenciam a Igreja, num tempo em que a terra era a principal medida de riqueza. A Igreja católica era, portanto, a instituição mais rica da sociedade feudal . Um texto da época justifica isso: Deus quis que, entre os homens, uns fossem senhores e outros servos, de tal maneira que os senhores estejam obrigados a venerar e amar Deus, e que os servos estejam obrigados a amar e venerar o seu senhor. (Freitas, Gustavo de . 900 textos e documentos de História. V.1, p 139 – 40.)
  • 38. A nobreza compunha-se de reis, duques, marqueses, condes, viscondes, barões, e sua principal atividade era a guerra. Apesar de o clero ser o grupo mais rico, a nobreza era a classe dirigente da sociedade feudal. A nobreza valia-se do monopólio das armas para impor seu domínio. Os nobres ofereciam proteção e exigiam ser sustentados e alimentados pelo povo desarmado. Viviam na ociosidade e consideravam o trabalho uma atividade digna. Desde a infância, o nobre era preparado para a vidar militar.
  • 39. Aos 7 anos , já começava a aprender a montar a cavalo e manejar armas. Aos 14 anos, tornava-se escudeiro de um senhor numa cerimônia em que recebia a espada e as esporas. Aos 21, depois de participar de alguns combates como auxiliar, estava habilitado e então era armado cavaleiro numa cerimônia religiosa. Conta-nos um historiador que: Vestido de branco, passava uma noite toda na igreja, a rezar, em vigília das armas colocadas no altar. De manha, após comungar, ocorria a bênção das armas e depois, seguindo um rito muito antigo, seu padrinho batia-lhe com a espada na nuca, (...) tornando-o seu igual. ( Franco Júnior, Hilário. Feudalismo: uma sociedade religiosa, guerreira e camponesa.p .40)
  • 40. . Nesta cerimônia, o padrinho entregava também um capacete ou elmo, um escudo e, por fim, as esporas, a espada e a lança. As principais ocupações da nobreza eram a guerra, os torneios e as caçadas.
  • 41. Os camponeses eram em sua maioria servos da gleba (Terra). O servo era assim chamado por encontrar-se preso à terra, isto é, não tinha liberdade para deixar o feudo em que vivia e trabalhava. Porém, servo não é mesmo que escravo. O servo não podia ser vendido, trocado ou punido, como se fazia com o escravo. Também não podia ser expulso do feudo. Além disso, era dono de seus instrumentos de trabalho. Em troca do direito de usar a terra para o seu próprio sustento e para protegê-la, os servos tinham uma série de obrigações para com o senhor. As principais obrigações servis eram:
  • 42.  A corveia – trabalho gratuito, durante alguns dias por semana, nas terras do senhor.  A talha - obrigações de entregar uma parte da produção de seu próprio lote ao senhor.  As prestações – obrigação de hospedar o senhor e sua comitiva durante suas viagens pelo feudo  As banalidades estabelecia o pagamento pela utilização de fornos, moinhos e outros bens que pertenciam ao senhor feudal.  O dízimo – imposto paga à Igreja.
  • 43. Além dos servos, havia ainda os vilões, camponeses que também deviam obrigações ao senhor, porém sem estar presos à terra: podiam escolher o feudo onde desejassem trabalhar. Os servos não eram alfabetizados. Acreditavam-se em bruxas, fadas protetoras e que a Igreja salvaria suas almas. A Igreja não admitia atos que fossem contrários à sua doutrina. Por isso, o clero punia através do Tribunal da Inquisição. Muitas vezes, os hereges( pessoas contrárias aos dogmas da Igreja), eram mortos nas fogueiras.
  • 44.  Agricultura de subsistência  Troca de produtos  Inexistência de comércio  Inexistência de Moedas  Baixa produtividade agrícola Falta de técnicas agrícolas
  • 45. Contrastando com a fase anterior, de relativa prosperidade, os séculos finais da Idade Média foram marcados por sérias crises  Declínio da Produção Agrícola: A ocupação de solos menos férteis e a escassez de terras de boa qualidade provocaram a diminuição da produção de alimentos. A perda das colheitas também provocou diminuição de quantidade de alimentos, acarretando a fome de milhares de pessoas que morriam ou sobreviviam com forte desnutrição.
  • 46.  Peste Negra A população enfraquecida pela fome adoeceu contaminada pela peste negra, doença transmitida por ratos que vieram nos porões de navios genoveses. Causou a morte de um terço da população europeia. Para muitos, essa doença implacável era sinal da ira divina, anunciando o fim dos tempos.
  • 47. Vítimas da peste negra na região de Toumai (1349) Os índices de mortalidade aumentaram sensivelmente e, no século XIV, uma população debilitada pela fome teve que enfrentar uma epidemia de extrema gravidade: a Peste Negra, que chegou a dizimar cerca de 1/3 dos habitantes da Europa.
  • 48. Guerra dos cem Anos ( 1337- 1453) A disputa pela rica região de Flandres, onde havia manufatura de lã e sucessões dinásticas, provocaram conflito entre a França e a Inglaterra. Essa guerra ( Guerra dos Cem Anos) empobreceu grande parte dos nobres feudais e prejudicou a vida econômica dos dois países. Após seu término, a autoridade do rei estava fortalecida.
  • 49.  O Cisma do Ocidente Com o objetivo de manter boas relações com o rei Felipe IV, da frança, o Papa Clemente V transferiu a sede do papado de Roma para Avignon, no sul da França. Essa atitude gerou insatisfação dentro da Igreja, culminando com a escolha de um outro Papa estabelecido em Roma. A igreja ficou dividida entre dois papas. Mais tarde, a Igreja recupera sua unidade, estabelecendo sua sede em Roma. No período que durou o Cisma Ocidental, aumentaram as heresias contrárias à doutrina da Igreja, abalando a instituição. Os reis fortaleceram-se com a ajuda da burguesia desenvolveram a navegação, e a partido século XV os comerciantes lançaram-se ao mar à procura de novos mercados e mercadorias para o comércio. Esses fatos continuaram na Idade Moderna. O capitalismo comercial vai tomando o lugar do feudalismo.