Este documento discute fake news, definindo-as como notícias falsas que se espalham na internet para desinformar ou causar pânico. Ele fornece conselhos para identificar fake news, como verificar fontes e ter ceticismo, e discute como denunciá-las. Finalmente, pede aos alunos que criem um cartaz alertando para verificar cuidadosamente informações online.
Apesar de uma enorme vaga de desinformação, sobretudo com o início e o decurso da pandemia, que difundem muito amplamente as falsas notícias, críticas para as consequências sobre a saúde, começamos a observar, sobretudo através das redes sociais, indivíduos e grupos de cidadãos alertam e denunciam essas fakenews.
Este relatório integra a pesquisa de um conjunto de investigadores que procederam a uma avaliação, durante um período de tempo curto (janeiro a fevereiro de 2022), em redes sociais como o LinkedIn (mais dedicada a profissionais) e no facebook (mais generalizada) para retirar comentários de alerta, que denunciam o que pensam ser de notícia falsa.
Verificamos um maior número de pessoas do género masculino a fazerem essas denúncias nas redes, mais críticos e incisivos nas denúncias, geralmente com uma carga negativa pronunciada e de chamada de atenção do público.
Estes alertas vão sendo apreendidos pela população, e, poderão eventualmente ser uma força poderosa de crescimento de maior consciência sobre o perigo da desinformação.
Palavras-chave: literacia em saúde; fake news; comunicação; redes sociais; denuncias; desinformação
Fake News: o que professores precisam saber sobre campanhas de desinformaçãoAna Paula Coelho Barbosa
Material para conscientização sobre campanhas de desinformação para uso de professores em sala de aula. Entenda o que são as Fake News e como evitar cair e compartilhar informações falsas.
Palestra apresentada no dia 22/11/2018 na semana acadêmica do curso de Comunicação e Marketing da Uninter sobre Ciência de Dados e Inteligência Artificial para detecção de Fake News.
1
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) produziu em 2020 dois policy briefs para ajudar organizações
intergovernamentais, Estados, sociedade civil, meios de comunicação e demais atores a lutar contra a desinfodemia que fomenta doença e confusão em todo o
mundo. Este artigo é uma versão editada do policy brief homônimo, cuja íntegra está disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000374416_por
2
Diretora-geral de pesquisa do International Center for Journalists (ICFJ). É pesquisadora sênior afiliada ao Centro de Liberdade de Mídia da Universidade de
Sheffield e ao Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo da Universidade de Oxford.
3
Professora de Ciências da Computação na Universidade de Sheffield e membro do Centro de Liberdade de Mídia da mesma universidade.
4
Este artigo emprega o termo “desinformação” para se referir de forma ampla a conteúdos que são falsos e têm impacto potencialmente negativo. O
enfoque nos efeitos destrutivos da informação fabricada e enganosa, mais que a motivação para sua criação e disseminação, explica o uso do termo aqui.
5
Saiba mais: https://www.icfj.org/news/short-guide-history-fake-news-and-disinformation-new-icfj-learning-module
6 São eles: Denis Teyssou (AFP), Clara Hanot (EU DisinfoLab), Trisha Meyer (Vrije Universiteit Brussel), Sam Gregory (Witness) e Diana Maynard (Universidade de
Sheffield).
7
A pesquisa buscou utilizar fontes relativas a países de todos os continentes, incluindo sempre que possível (de acordo com as capacidades linguísticas das
pesquisadoras) materiais em outros idiomas que não o inglês. Essas fontes foram agregadas a uma base de dados que será continuamente atualizada, cujo
acesso público está disponível em: https://www.disinfo.eu/coronavirus. Enquanto a desinfodemia se move rapidamente e é vasta em escala, este artigo considera
os resultados da pesquisa feita em materiais originais contidos nessa base de dados a partir de 10 de abril de 2020.
Apesar de uma enorme vaga de desinformação, sobretudo com o início e o decurso da pandemia, que difundem muito amplamente as falsas notícias, críticas para as consequências sobre a saúde, começamos a observar, sobretudo através das redes sociais, indivíduos e grupos de cidadãos alertam e denunciam essas fakenews.
Este relatório integra a pesquisa de um conjunto de investigadores que procederam a uma avaliação, durante um período de tempo curto (janeiro a fevereiro de 2022), em redes sociais como o LinkedIn (mais dedicada a profissionais) e no facebook (mais generalizada) para retirar comentários de alerta, que denunciam o que pensam ser de notícia falsa.
Verificamos um maior número de pessoas do género masculino a fazerem essas denúncias nas redes, mais críticos e incisivos nas denúncias, geralmente com uma carga negativa pronunciada e de chamada de atenção do público.
Estes alertas vão sendo apreendidos pela população, e, poderão eventualmente ser uma força poderosa de crescimento de maior consciência sobre o perigo da desinformação.
Palavras-chave: literacia em saúde; fake news; comunicação; redes sociais; denuncias; desinformação
Fake News: o que professores precisam saber sobre campanhas de desinformaçãoAna Paula Coelho Barbosa
Material para conscientização sobre campanhas de desinformação para uso de professores em sala de aula. Entenda o que são as Fake News e como evitar cair e compartilhar informações falsas.
Palestra apresentada no dia 22/11/2018 na semana acadêmica do curso de Comunicação e Marketing da Uninter sobre Ciência de Dados e Inteligência Artificial para detecção de Fake News.
1
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) produziu em 2020 dois policy briefs para ajudar organizações
intergovernamentais, Estados, sociedade civil, meios de comunicação e demais atores a lutar contra a desinfodemia que fomenta doença e confusão em todo o
mundo. Este artigo é uma versão editada do policy brief homônimo, cuja íntegra está disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000374416_por
2
Diretora-geral de pesquisa do International Center for Journalists (ICFJ). É pesquisadora sênior afiliada ao Centro de Liberdade de Mídia da Universidade de
Sheffield e ao Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo da Universidade de Oxford.
3
Professora de Ciências da Computação na Universidade de Sheffield e membro do Centro de Liberdade de Mídia da mesma universidade.
4
Este artigo emprega o termo “desinformação” para se referir de forma ampla a conteúdos que são falsos e têm impacto potencialmente negativo. O
enfoque nos efeitos destrutivos da informação fabricada e enganosa, mais que a motivação para sua criação e disseminação, explica o uso do termo aqui.
5
Saiba mais: https://www.icfj.org/news/short-guide-history-fake-news-and-disinformation-new-icfj-learning-module
6 São eles: Denis Teyssou (AFP), Clara Hanot (EU DisinfoLab), Trisha Meyer (Vrije Universiteit Brussel), Sam Gregory (Witness) e Diana Maynard (Universidade de
Sheffield).
7
A pesquisa buscou utilizar fontes relativas a países de todos os continentes, incluindo sempre que possível (de acordo com as capacidades linguísticas das
pesquisadoras) materiais em outros idiomas que não o inglês. Essas fontes foram agregadas a uma base de dados que será continuamente atualizada, cujo
acesso público está disponível em: https://www.disinfo.eu/coronavirus. Enquanto a desinfodemia se move rapidamente e é vasta em escala, este artigo considera
os resultados da pesquisa feita em materiais originais contidos nessa base de dados a partir de 10 de abril de 2020.
1. Enter | Tecnologia de Informação e Comunicação | 7.o ano
Paulo Nunes | Maria Clara Alves | Clara Neto
Fake News
O que são fake news?
As fake news (notícias falsas) são notícias que circulam na Internet como sendo verdadeiras,
mas que não passam de falsidades ou de desinformação.
Pretendem desinformar o público, causar pânico, medo, confusão ou convencer as pessoas
a aderirem a algo. Muitas vezes, também pretendem desacreditar algo ou alguém, ou até
incentivar a uma ação.
As fake news são difíceis de combater, principalmente hoje em dia, em que é tão fácil publicar
o que quer que seja. As melhores armas contra estas notícias são a informação e a atenção!
Este tipo de notícias circula, principalmente, nas redes sociais, em grupos de mensagens ou
nos e-mails.
O que podes fazer?
Está atento e sê crítico. Às vezes, o bom senso permite perceber que as notícias não têm
sentido. Podes conversar com outras pessoas sobre essas notícias e, se tiveres
possibilidade, consultar especialistas da área.
Lê atentamente o conteúdo das notícias e verifica se referem fontes de consulta e se estas
são fiáveis. Valida os conteúdos das notícias noutras fontes que sejam consideradas
credíveis.
Tem em atenção os títulos e os conteúdos das notícias, que normalmente são chamativos,
alarmistas e podem pedir-te que as divulgues. Devem ser denunciadas.
2. Enter | Tecnologia de Informação e Comunicação | 7.o ano
Paulo Nunes | Maria Clara Alves | Clara Neto
Atividade prática
1. Analisa as afirmações seguintes e assinala com (X) as que correspondem a possíveis
consequências das fake news.
(A) Contribuem para que a população fique mais informada.
(B) Levam as pessoas a acreditarem em algo que não é verdadeiro.
(C) Tornam a velocidade da Internet mais lenta.
(D) Influenciam de forma negativa a opinião das pessoas.
(E) Denigrem a reputação de pessoas ou entidades (principalmente quando estas são
referenciadas nessas notícias).
(F) Fazem com que as pessoas deixem de ler notícias em jornais e passem a consultá-
las apenas na Internet.
2. Classifica cada uma das afirmações sobre as características das fake news em
verdadeiras (V) ou falsas (F).
(A) Por vezes, o conteúdo das notícias não tem sentido ou podem apresentar informações
contraditórias. _____
(B) Normalmente, possuem GIF animados e vídeos associados. _____
(C) Habitualmente, têm títulos chamativos e são alarmistas. _____
(D) As notícias falsas afirmam sempre ter origem em organismos governamentais credíveis.
_____
(E) Não citam fontes ou estas são desconhecidas. _____
(F) Solicitam a sua divulgação. _____
(G) Possuem muitas evidências e factos válidos. _____
3. Analisa as afirmações seguintes e assinala com (X) as que correspondem a atitudes
corretas relativamente às fake news.
(A) Ler atentamente todo o conteúdo das notícias.
(B) Verificar a data, o URL (endereço) e se as fontes referidas são credíveis.
(C) Evitar navegar na Internet para não encontrar estas notícias.
(D) Ler notícias apenas nos sites de jornais credíveis.
(E) Confirmar o conteúdo das notícias noutras fontes que sejam consideradas credíveis.
(F) Confiar no conteúdo das notícias, conversar com outras pessoas sobre isso e
convencê-las da sua credibilidade.
(G) Denunciar as notícias que saibas serem falsas.
Cria um cartaz ou folheto, recorrendo a um software de edição de imagem (por exemplo,
o GIMP) sobre as fake news, alertando para os cuidados a ter na realização de pesquisas
na Internet.