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Técnicas de Pesquisa em Economia -
FEA/UFJF
1
O método científico
Considerações adicionais aos
conceitos vistos em Chalmers
2
RESUMO DA AULA
CIÊNCIA
NÍVEIS DE
CONHECIMENTO
TRINÔMIO
VERDADE-
EVIDÊNCIA-
CERTEZA
NATUREZA DO
ESPÍRITO
CIENTÍFICO
3
Ciência: níveis de
conhecimento
 Não é possível fazer trabalho
científico sem conhecer os seguintes
instrumentos:
a. Atividades cognoscitivas (como saber)
b. Termos e conceitos (fundamentos)
c. Processos metodológicos (como
fazer)
4
 Espécies de considerações sobre a
mesma realidade (níveis de
conhecimento)
a. Conhecimento empírico
b. Conhecimento científico
c. Conhecimento filosófico
d. Conhecimento teológico
Ciência: níveis de
conhecimento
5
a. Conhecimento empírico (popular)
 É o conhecimento obtido sem método
ou sistema, por experiências ao acaso
 A pessoa conhece o fato e sua ordem
aparente, podendo ter sido
influenciada por tradições coletivas,
religiosas, etc.
 Exemplo: Plantas e água; manga e
leite
Ciência: níveis de
conhecimento
6
b. Conhecimento científico
 Procura conhecer, além do fenômeno,
suas causas e leis
 Concepção atual
• Ciência não é algo pronto nem definitivo
• Não é posse de verdades imutáveis
• É um processo em construção/dinâmico
Ciência: níveis de
conhecimento
7
c. Conhecimento filosófico
 Distingue-se do científico pelo objeto
de investigação e método
 Objeto é de ordem supra sensível
(ultrapassa a experiência)
 É um interrogar contínuo a si mesmo
e à realidade
Ciência: níveis de
conhecimento
8
d. Conhecimento teológico
 Para o estudo e entendimento de um
mistério, pode-se fazê-lo via
inteligência (reflexão e auxílio de
instrumentos: procedimento científico
ou filosófico) ou pela aceitação de
explicações de alguém que o
desvendou (em atitude de fé diante de
um conhecimento revelado)
Ciência: níveis de
conhecimento
9
 Como o ser humano pode conhecer a
verdade?
 O que é a verdade?
 Quais evidências reveladas são
realmente a verdade?
Ciência: verdade-evidência-
certeza
10
a. A verdade
 É quando a essência das coisas se
manifesta, torna-se visível ao olhar, à
inteligência e compreensão humana
 Todos querem estar com a verdade,
mas o problema da verdade está: na
finitude do ser humano frente a uma
complexidade da realidade
Ciência: verdade-evidência-
certeza
11
a. A verdade
 A realidade jamais será captada por
um investigador
 Pode-se contribuir para o
desvelamento das coisas, pela
capacidade de perceber informações
e bons instrumentos de pesquisa
Ciência: verdade-evidência-
certeza
12
b. Evidências
 Manifestação clara, transparente e
desvelamento da essência das coisas
Ciência: verdade-evidência-
certeza
13
c. A certeza
 É o estado de espírito que consiste na
adesão firme a uma verdade, sem
temor de engano. A partir do momento
em que a evidência se manifesta de
forma clara, pode-se afirmar com
certeza, a verdade. De outra forma,
tem-se a ignorância (estado
intelectual negativo)
Ciência: verdade-evidência-
certeza
14
 A ignorância (a ausência de
conhecimento das coisas por falta de
desvelamento) pode ser:
 Vencível (superada) ou invencível
 Culpável (há obrigação de fazê-la
desaparecer) ou desculpável
Ciência: verdade-evidência-
certeza
15
 A dúvida
 Estado de equilíbrio entre afirmação e
negação
 É espontânea quando o equilíbrio
entre a afirmação e a negação resulta
da falta do exame dos prós e contra
Ciência: verdade-evidência-
certeza
16
 Tipos de dúvida
 Dúvida refletida: estado de equilíbrio que
permanece após o exame dos prós e contra
 Dúvida metódica: suposição (suspende uma
asserção para lhe controlar o valor)
 Dúvida universal: considera toda asserção
como incerta (é a dúvida dos céticos)
Ciência: verdade-evidência-
certeza
17
 Processo de busca de soluções sérias
com métodos adequados de problema
proposto previamente
 Precisa de mente crítica, objetiva e
racional
Ciência: o espírito científico
18
Ciência: o espírito científico
Espírito científico
Tomada de posição
que não aceite o
que é fácil e
superficial
Trabalho impessoal
(desaparece a
pessoa do
Pesquisador)
19
Pesquisa: motivações e
qualidades do pesquisador
20
RESUMO
PESQUISA
CONCEITO MOTIVAÇÕES
QUALIDADES
DO
PESQUISADOR
21
Conceito de pesquisa
 Procedimento racional e sistemático
para proporcionar respostas a
problemas propostos
 Feita quando falta informação para
responder a um problema ou quando a
informação está desordenada de
forma que não esteja relacionada
adequadamente com o problema
22
Motivações para fazer
pesquisa
 Razões de ordem intelectual (pesquisa
pura), que é o conhecer pelo conhecer
 Razões de ordem prática (pesquisa
aplicada), que é o conhecer para
tornar algo mais eficiente
 Estas razões não são mutuamente
exclusivas (problemas práticos podem
implicar descobertas de princípios
científicos e vice-versa)
23
Requerimentos para boa pesquisa:
qualidades mínimas do pesquisador
 Conhecimento do assunto a ser pesquisado
 Curiosidade
 Criatividade
 Integridade intelectual (imparcialidade)
 Atitude auto-corretiva (senso crítico)
 Sensibilidade social
 Imaginação disciplinada
 Perseverança e paciência
 Confiança na experiência
24
Outros requerimentos para
pesquisa
 Recursos humanos, materiais e
financeiros
25
Analisando mais de perto o senso
crítico
 Capacidade de analisar e discutir
problemas inteligente e racionalmente,
sem aceitar, automaticamente, suas
próprias opiniões (afirmações sem
certeza) ou as das outros
 Caracteriza-se pelo pensar, pelo
espírito indagador e pela autonomia
(combate ao dogmatismo e à
manipulação intelectual)
26
 Envolve também a recusa em aceitar
nossas próprias opiniões de forma
automática
 Este processo requer tolerância e
gosto por conflitos no conhecimento (a
ansiedade por resposta correta pode
impedir a exploração mais completa
do problema)
Analisando mais de perto o
senso crítico
27
A vantagem do exercício
sistemático da dúvida
 Encarar os problemas de vários ângulos
(amadurecimento de trabalho intelectual e
descoberta de múltiplas perspectivas)
 Gera o pensar de ordem superior para:
 Julgar os diferentes aspectos do problema;
 Julgar o problema em termos de maior ou
menor generalidade;
 Julgar os critérios que usamos para fazer os
julgamentos anteriores.
28
Efeito do pensar crítico
 Incerteza, pois não se conhece tudo
relativo à tarefa em questão
“If we knew what it was were doing, it
would be not be called research, would
it?”
- A. Einstein
29
Regras de redação
BÊRNI ( 2002)
30
1. Preferência por tratamento
narrativo impessoal
 Quando se diz: “chegamos a quatro
conclusões”, parece que o autor e o
leitor chegaram à quatro conclusões”,
o que viola a objetividade da narrativa
31
2. Tempo verbal da narração
 Redação ocorre no presente, mas cuidado
com fenômenos ocorridos no passado.
 Ex.: “Lênin faz a Revolução Russa em
1917.”
 O projeto deve ser escrito considerando
tarefas a serem realizadas no futuro.
Quando da conclusão da pesquisa, a
monografia fica adaptada para o tempo
verbal passado
32
3. Uso de construção negativa
 Evite frases como:
 “Não era insuficiente”
 “Não se deve dizer o que não dizer”
33
4. Use entradas paralelas
 “Por um lado, (...). Por outro lado, (...)”
 Primeiramente, (...). Em segundo
lugar, (...). Finalmente, (...)”
34
5. Tamanho de
frases/parágrafos
 Frases: menor do que quatro linhas
 Parágrafos: no máximo 1/3 ou ¼ da
página
35
6. Narração: sugestões
 Que seja conduzida do geral para o
particular
 Que use o critério cronológico
crescente
36
7. Números
 De zero a nove (por extenso)
 De 10 em diante (numericamente)
37
Outras dicas para escrever
bem
1. Vc. deve evitar abrev., etc.
2. Desnecessário faz-se empregar estilo de
escrita demasiadamente rebuscado,
segundo deve ser do conhecimento
inexorável dos copidesques. Tal prática
advém de esmero excessivo que beira o
exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas
(repetição de fonemas: perfume que
perpassa, ave leve, rápida e lépida).
38
4. "não esqueça das maiúsculas", como
já dizia dona loreta, minha professora
lá no colégio alexandre de gusmão,
no ipiranga.
5. Evite lugares-comuns assim como o
diabo foge da cruz.
6. Estrangeirismos estão out; palavras de
origem portuguesa estão in.
Outras dicas para escrever
bem
39
7. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo
que sejam maneiras, tá ligado?
8. Nunca generalize: generalizar, em todas as
situações, sempre é um erro.
9. Evite repetir a mesma palavra, pois essa
palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A
repetição da palavra vai fazer com que a
palavra repetida desqualifique o texto onde
a palavra se encontra repetida.
Outras dicas para escrever
bem
40
10. Não abuse das citações. Como
costuma dizer meu amigo: "Quem
cita demais os outros não tem idéias
próprias".
11. Frases incompletas podem causar
Outras dicas para escrever
bem
41
12. Não seja redundante, não é preciso
dizer a mesma coisa de formas
diferentes; isto é, basta mencionar
cada argumento uma só vez. Em
outras palavras, não fique repetindo a
mesma idéia.
13. Seja mais ou menos específico.
14. Frases com apenas uma palavra?
Jamais!
Outras dicas para escrever
bem
42
15. Em escrevendo, não se esqueça de
estar evitando o gerúndio.
16. Use a pontuação corretamente o
ponto e a vírgula especialmente será
que ninguém sabe mais usar o sinal
de interrogação
Outras dicas para escrever
bem
43
17. Conforme recomenda a A.G.O.P.,
nunca use siglas desconhecidas.
18. Exagerar é cem bilhões de vezes pior
do que a moderação.
Outras dicas para escrever
bem
44
19. Evite frases exageradamente longas, pois
estas dificultam a compreensão da idéia
contida nelas, e, concomitantemente, por
conterem mais de uma idéia central, o que
nem sempre torna o seu conteúdo
acessível, forçando, desta forma, o pobre
leitor a separá-la em seus componentes
diversos, de forma a torná-las
compreensíveis, o que não deveria ser,
afinal de contas, parte do processo da
leitura, hábito que devemos estimular
através do uso de frases mais curtas.
Outras dicas para escrever
bem
45
8. A regra dos “sete Cs”
a. Começar
b. Conceituar
c. Classificar
d. Contrastar
e. Comentar
f. Concluir
g. Continuar
46
a. Começar
 Enuncie um tópico da frase (idéia
básica a ser desenvolvida no restante
do parágrafo). Ex.:
“As autoridades antitruste objetivam
regular a economia por meio da
legislação de defesa da concorrência
e investigação de acordos que afetam
o bem-estar da economia, como o
cartel.”
47
b. Conceituar
 Retire o conceito de dentro do tópico
frasal.Ex.:
“Os cartéis podem ser definidos em
termos de um acordo horizontal,
formal ou não, entre concorrentes que
atuam no mesmo mercado que tenha
por objetivo uniformizar as variáveis
econômicas inerentes às suas
atividades, de maneira a regular ou
neutralizar a concorrência”.
48
c. Classificar
 Ex.:
“Este acordo pode ser tácito
(comportamento paralelo e
interdependente adotado pelos
concorrentes); ou explícito (contato
efetivo, por meio de reuniões, meios
eletrônicos ou qualquer outra forma,
visando combinar aquela variável
relativa às suas atividades).”
49
d.Contrastar (a classificação)
 Ex.:
“Dada a proibição atual dos cartéis,
acordos explícitos não são observados
hoje como no passado, o que implica
a maior importância dos acordos
tácitos, teórica e empiricamente.”
50
e. Comentar
 Advindo dos resultados do contraste.
Ex.:
“Esta maior importância relativa tem
como conseqüência um desafio
metodológico para os analistas em
organização industrial no campo de
detecção dos cartéis.”
51
f. Concluir
 Em torno do que se aprendeu, discutir.
Ex.:
“Por esta razão, é válido tentar
compreender o papel da transmissão
da informação entre firmas como
elemento de constituição de provas
em processos antitruste.”
52
Projeto e Monografia
Esclarecimentos iniciais
53
Monografia
 É a construção de um relatório formal e final
de uma investigação técnica, científica ou
acadêmica (Bêrni, 2002)
 Formalmente, mónos significa um só e
grafhein, escrever.
 Assim, ela pressupõe a realização de um
trabalho intelectual orientado pelas idéias
de especificação e delimitação do campo de
investigação a um só tema e uma só
problemática
54
Projeto
 A pesquisa exige que as ações
desenvolvidas ao longo de seu
processo sejam planejadas
 O projeto é redação deste
planejamento, e envolve formular o
problema, especificar os objetivos,
operacionalizar conceitos, indicar o
método escolhido, os prazos de
execução e a bibliografia já revisada.
55
Elementos de um projeto de
pesquisa
56
1. INTRODUÇÃO
1.1. O problema e sua importância
1.2. Objetivos
1.2.1. Geral
1.2.2. Específicos
57
O que consta na Introdução
 Conteúdo:
 considerações mais amplas que
levaram o autor a escolher o tema
atual ou a problemática mais geral
que circunscreve o tema;
 apresentação resumida do estado da
arte sobre o problema;
58
O que consta na Introdução
 Objetivos do trabalho
 Esclarecimento dos pontos em que o
presente trabalho se assemelha ou
diverge dos demais já escritos na área
 Justificativa da importância econômica
do trabalho
 Indicação de como o trabalho se
organiza
59
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Resumo do estado atual do
conhecimento
2.2. Trabalhos empíricos no Brasil e no
exterior
2.3. Contribuições a serem dadas pelo
estudo e linha a ser seguida em
relação à revisão
60
O que consta na RL
 Também chamada de Fundamentação
Teórica ou Marco Teórico e Conceitual
 É quando se apresenta o resumo da
teoria e os conceitos utilizados para a
elaboração das análises
desenvolvidas nos capítulos
subseqüentes
61
3. METODOLOGIA (OU
MÉTODO)
3.1. Modelo teórico utilizado
3.2. Modelo proposto e especificação
das variáveis
3.3. Fonte e natureza dos dados
62
4. CRONOGRAMA DE
EXECUÇÃO
 Etapas relacionadas às atividades
demarcadas no tempo, incluindo a
defesa do projeto
 Varia de projeto para projeto
63
Exemplo de cronograma de
pesquisa
Meses
Atividades
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
a) Revisão de literatura
b) Coleta dos dados
c) Estimação e tabulação
d) Análise dos resultados
e) Redação final
f) Relatório final
64
5. BIBLIOGRAFIA
 Referências bibliográficas citadas
65
6. ANEXOS/APÊNDICES
 Caso haja, vem por último
66
A ESCOLHA DO TEMA
67
1. Considerações iniciais
 É o primeiro passo no planejamento da
pesquisa
 Selecionar um tema é eliminar outros
 Delimite primeiro a área geral, como por
exemplo, Economia Brasileira, Economia
Regional e Urbana, Economia Internacional,
Economia Agrícola, etc.
 Depois escolha o assunto, que é um
capítulo ou item particular da área geral
definida
68
1. Considerações iniciais
 A escolha depende, no mínimo:
a) Sua capacidade, formação, interesse e
facilidade na área (predisposição de
cálculo, por ex.)
b) Se material bibliográfico é suficiente e
disponível
c) Sua familiaridade e experiência com o tema
d) Atualidade e importância do tema
e) Utilidade profissional dos resultados que
obtiver na pesquisa
f) Conversas com pessoas da área
69
2. Delimitação do tema
 Envolve selecionar o tópico ou parte
focalizada
 Para tanto, é preciso conhecer sua
divisão interna ou suas partes
constitutivas
 Pode-se também delimitá-lo por
circunstâncias (tempo e espaço:
limitação do tema em termos histórico
e geográfico)
70
O PROBLEMA DE
PESQUISA
71
Considerações iniciais
 Conceito: “questão não solvida que é
objeto de discussão, em qualquer
domínio do conhecimento.”
 A escolha é facilitada pela imersão no
objeto de estudo e pela discussão com
pesquisadores da área
72
Requisições
 Em forma de pergunta
 Claro, objetivo
 Sem juízo de valor
 Solvível (base teórica indica isso)
 Dimensão viável
73
Sugestão: relacione variáveis
a. Um fator que influencia outro
Ex.: Consumo = f (renda)
b. As variáveis interajam e se reforcem.
Ex.: Estrutura ► conduta ou
Conduta ► estrutura
c. As variáveis não tenham relação entre
si
Ex.: Consumo de livros didáticos e
preço de passagens aéreas

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  • 1. Técnicas de Pesquisa em Economia - FEA/UFJF 1 O método científico Considerações adicionais aos conceitos vistos em Chalmers
  • 2. 2 RESUMO DA AULA CIÊNCIA NÍVEIS DE CONHECIMENTO TRINÔMIO VERDADE- EVIDÊNCIA- CERTEZA NATUREZA DO ESPÍRITO CIENTÍFICO
  • 3. 3 Ciência: níveis de conhecimento  Não é possível fazer trabalho científico sem conhecer os seguintes instrumentos: a. Atividades cognoscitivas (como saber) b. Termos e conceitos (fundamentos) c. Processos metodológicos (como fazer)
  • 4. 4  Espécies de considerações sobre a mesma realidade (níveis de conhecimento) a. Conhecimento empírico b. Conhecimento científico c. Conhecimento filosófico d. Conhecimento teológico Ciência: níveis de conhecimento
  • 5. 5 a. Conhecimento empírico (popular)  É o conhecimento obtido sem método ou sistema, por experiências ao acaso  A pessoa conhece o fato e sua ordem aparente, podendo ter sido influenciada por tradições coletivas, religiosas, etc.  Exemplo: Plantas e água; manga e leite Ciência: níveis de conhecimento
  • 6. 6 b. Conhecimento científico  Procura conhecer, além do fenômeno, suas causas e leis  Concepção atual • Ciência não é algo pronto nem definitivo • Não é posse de verdades imutáveis • É um processo em construção/dinâmico Ciência: níveis de conhecimento
  • 7. 7 c. Conhecimento filosófico  Distingue-se do científico pelo objeto de investigação e método  Objeto é de ordem supra sensível (ultrapassa a experiência)  É um interrogar contínuo a si mesmo e à realidade Ciência: níveis de conhecimento
  • 8. 8 d. Conhecimento teológico  Para o estudo e entendimento de um mistério, pode-se fazê-lo via inteligência (reflexão e auxílio de instrumentos: procedimento científico ou filosófico) ou pela aceitação de explicações de alguém que o desvendou (em atitude de fé diante de um conhecimento revelado) Ciência: níveis de conhecimento
  • 9. 9  Como o ser humano pode conhecer a verdade?  O que é a verdade?  Quais evidências reveladas são realmente a verdade? Ciência: verdade-evidência- certeza
  • 10. 10 a. A verdade  É quando a essência das coisas se manifesta, torna-se visível ao olhar, à inteligência e compreensão humana  Todos querem estar com a verdade, mas o problema da verdade está: na finitude do ser humano frente a uma complexidade da realidade Ciência: verdade-evidência- certeza
  • 11. 11 a. A verdade  A realidade jamais será captada por um investigador  Pode-se contribuir para o desvelamento das coisas, pela capacidade de perceber informações e bons instrumentos de pesquisa Ciência: verdade-evidência- certeza
  • 12. 12 b. Evidências  Manifestação clara, transparente e desvelamento da essência das coisas Ciência: verdade-evidência- certeza
  • 13. 13 c. A certeza  É o estado de espírito que consiste na adesão firme a uma verdade, sem temor de engano. A partir do momento em que a evidência se manifesta de forma clara, pode-se afirmar com certeza, a verdade. De outra forma, tem-se a ignorância (estado intelectual negativo) Ciência: verdade-evidência- certeza
  • 14. 14  A ignorância (a ausência de conhecimento das coisas por falta de desvelamento) pode ser:  Vencível (superada) ou invencível  Culpável (há obrigação de fazê-la desaparecer) ou desculpável Ciência: verdade-evidência- certeza
  • 15. 15  A dúvida  Estado de equilíbrio entre afirmação e negação  É espontânea quando o equilíbrio entre a afirmação e a negação resulta da falta do exame dos prós e contra Ciência: verdade-evidência- certeza
  • 16. 16  Tipos de dúvida  Dúvida refletida: estado de equilíbrio que permanece após o exame dos prós e contra  Dúvida metódica: suposição (suspende uma asserção para lhe controlar o valor)  Dúvida universal: considera toda asserção como incerta (é a dúvida dos céticos) Ciência: verdade-evidência- certeza
  • 17. 17  Processo de busca de soluções sérias com métodos adequados de problema proposto previamente  Precisa de mente crítica, objetiva e racional Ciência: o espírito científico
  • 18. 18 Ciência: o espírito científico Espírito científico Tomada de posição que não aceite o que é fácil e superficial Trabalho impessoal (desaparece a pessoa do Pesquisador)
  • 21. 21 Conceito de pesquisa  Procedimento racional e sistemático para proporcionar respostas a problemas propostos  Feita quando falta informação para responder a um problema ou quando a informação está desordenada de forma que não esteja relacionada adequadamente com o problema
  • 22. 22 Motivações para fazer pesquisa  Razões de ordem intelectual (pesquisa pura), que é o conhecer pelo conhecer  Razões de ordem prática (pesquisa aplicada), que é o conhecer para tornar algo mais eficiente  Estas razões não são mutuamente exclusivas (problemas práticos podem implicar descobertas de princípios científicos e vice-versa)
  • 23. 23 Requerimentos para boa pesquisa: qualidades mínimas do pesquisador  Conhecimento do assunto a ser pesquisado  Curiosidade  Criatividade  Integridade intelectual (imparcialidade)  Atitude auto-corretiva (senso crítico)  Sensibilidade social  Imaginação disciplinada  Perseverança e paciência  Confiança na experiência
  • 24. 24 Outros requerimentos para pesquisa  Recursos humanos, materiais e financeiros
  • 25. 25 Analisando mais de perto o senso crítico  Capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, automaticamente, suas próprias opiniões (afirmações sem certeza) ou as das outros  Caracteriza-se pelo pensar, pelo espírito indagador e pela autonomia (combate ao dogmatismo e à manipulação intelectual)
  • 26. 26  Envolve também a recusa em aceitar nossas próprias opiniões de forma automática  Este processo requer tolerância e gosto por conflitos no conhecimento (a ansiedade por resposta correta pode impedir a exploração mais completa do problema) Analisando mais de perto o senso crítico
  • 27. 27 A vantagem do exercício sistemático da dúvida  Encarar os problemas de vários ângulos (amadurecimento de trabalho intelectual e descoberta de múltiplas perspectivas)  Gera o pensar de ordem superior para:  Julgar os diferentes aspectos do problema;  Julgar o problema em termos de maior ou menor generalidade;  Julgar os critérios que usamos para fazer os julgamentos anteriores.
  • 28. 28 Efeito do pensar crítico  Incerteza, pois não se conhece tudo relativo à tarefa em questão “If we knew what it was were doing, it would be not be called research, would it?” - A. Einstein
  • 30. 30 1. Preferência por tratamento narrativo impessoal  Quando se diz: “chegamos a quatro conclusões”, parece que o autor e o leitor chegaram à quatro conclusões”, o que viola a objetividade da narrativa
  • 31. 31 2. Tempo verbal da narração  Redação ocorre no presente, mas cuidado com fenômenos ocorridos no passado.  Ex.: “Lênin faz a Revolução Russa em 1917.”  O projeto deve ser escrito considerando tarefas a serem realizadas no futuro. Quando da conclusão da pesquisa, a monografia fica adaptada para o tempo verbal passado
  • 32. 32 3. Uso de construção negativa  Evite frases como:  “Não era insuficiente”  “Não se deve dizer o que não dizer”
  • 33. 33 4. Use entradas paralelas  “Por um lado, (...). Por outro lado, (...)”  Primeiramente, (...). Em segundo lugar, (...). Finalmente, (...)”
  • 34. 34 5. Tamanho de frases/parágrafos  Frases: menor do que quatro linhas  Parágrafos: no máximo 1/3 ou ¼ da página
  • 35. 35 6. Narração: sugestões  Que seja conduzida do geral para o particular  Que use o critério cronológico crescente
  • 36. 36 7. Números  De zero a nove (por extenso)  De 10 em diante (numericamente)
  • 37. 37 Outras dicas para escrever bem 1. Vc. deve evitar abrev., etc. 2. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico. 3. Anule aliterações altamente abusivas (repetição de fonemas: perfume que perpassa, ave leve, rápida e lépida).
  • 38. 38 4. "não esqueça das maiúsculas", como já dizia dona loreta, minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga. 5. Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz. 6. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in. Outras dicas para escrever bem
  • 39. 39 7. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado? 8. Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro. 9. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida. Outras dicas para escrever bem
  • 40. 40 10. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: "Quem cita demais os outros não tem idéias próprias". 11. Frases incompletas podem causar Outras dicas para escrever bem
  • 41. 41 12. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia. 13. Seja mais ou menos específico. 14. Frases com apenas uma palavra? Jamais! Outras dicas para escrever bem
  • 42. 42 15. Em escrevendo, não se esqueça de estar evitando o gerúndio. 16. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação Outras dicas para escrever bem
  • 43. 43 17. Conforme recomenda a A.G.O.P., nunca use siglas desconhecidas. 18. Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação. Outras dicas para escrever bem
  • 44. 44 19. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas. Outras dicas para escrever bem
  • 45. 45 8. A regra dos “sete Cs” a. Começar b. Conceituar c. Classificar d. Contrastar e. Comentar f. Concluir g. Continuar
  • 46. 46 a. Começar  Enuncie um tópico da frase (idéia básica a ser desenvolvida no restante do parágrafo). Ex.: “As autoridades antitruste objetivam regular a economia por meio da legislação de defesa da concorrência e investigação de acordos que afetam o bem-estar da economia, como o cartel.”
  • 47. 47 b. Conceituar  Retire o conceito de dentro do tópico frasal.Ex.: “Os cartéis podem ser definidos em termos de um acordo horizontal, formal ou não, entre concorrentes que atuam no mesmo mercado que tenha por objetivo uniformizar as variáveis econômicas inerentes às suas atividades, de maneira a regular ou neutralizar a concorrência”.
  • 48. 48 c. Classificar  Ex.: “Este acordo pode ser tácito (comportamento paralelo e interdependente adotado pelos concorrentes); ou explícito (contato efetivo, por meio de reuniões, meios eletrônicos ou qualquer outra forma, visando combinar aquela variável relativa às suas atividades).”
  • 49. 49 d.Contrastar (a classificação)  Ex.: “Dada a proibição atual dos cartéis, acordos explícitos não são observados hoje como no passado, o que implica a maior importância dos acordos tácitos, teórica e empiricamente.”
  • 50. 50 e. Comentar  Advindo dos resultados do contraste. Ex.: “Esta maior importância relativa tem como conseqüência um desafio metodológico para os analistas em organização industrial no campo de detecção dos cartéis.”
  • 51. 51 f. Concluir  Em torno do que se aprendeu, discutir. Ex.: “Por esta razão, é válido tentar compreender o papel da transmissão da informação entre firmas como elemento de constituição de provas em processos antitruste.”
  • 53. 53 Monografia  É a construção de um relatório formal e final de uma investigação técnica, científica ou acadêmica (Bêrni, 2002)  Formalmente, mónos significa um só e grafhein, escrever.  Assim, ela pressupõe a realização de um trabalho intelectual orientado pelas idéias de especificação e delimitação do campo de investigação a um só tema e uma só problemática
  • 54. 54 Projeto  A pesquisa exige que as ações desenvolvidas ao longo de seu processo sejam planejadas  O projeto é redação deste planejamento, e envolve formular o problema, especificar os objetivos, operacionalizar conceitos, indicar o método escolhido, os prazos de execução e a bibliografia já revisada.
  • 55. 55 Elementos de um projeto de pesquisa
  • 56. 56 1. INTRODUÇÃO 1.1. O problema e sua importância 1.2. Objetivos 1.2.1. Geral 1.2.2. Específicos
  • 57. 57 O que consta na Introdução  Conteúdo:  considerações mais amplas que levaram o autor a escolher o tema atual ou a problemática mais geral que circunscreve o tema;  apresentação resumida do estado da arte sobre o problema;
  • 58. 58 O que consta na Introdução  Objetivos do trabalho  Esclarecimento dos pontos em que o presente trabalho se assemelha ou diverge dos demais já escritos na área  Justificativa da importância econômica do trabalho  Indicação de como o trabalho se organiza
  • 59. 59 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Resumo do estado atual do conhecimento 2.2. Trabalhos empíricos no Brasil e no exterior 2.3. Contribuições a serem dadas pelo estudo e linha a ser seguida em relação à revisão
  • 60. 60 O que consta na RL  Também chamada de Fundamentação Teórica ou Marco Teórico e Conceitual  É quando se apresenta o resumo da teoria e os conceitos utilizados para a elaboração das análises desenvolvidas nos capítulos subseqüentes
  • 61. 61 3. METODOLOGIA (OU MÉTODO) 3.1. Modelo teórico utilizado 3.2. Modelo proposto e especificação das variáveis 3.3. Fonte e natureza dos dados
  • 62. 62 4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO  Etapas relacionadas às atividades demarcadas no tempo, incluindo a defesa do projeto  Varia de projeto para projeto
  • 63. 63 Exemplo de cronograma de pesquisa Meses Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 a) Revisão de literatura b) Coleta dos dados c) Estimação e tabulação d) Análise dos resultados e) Redação final f) Relatório final
  • 64. 64 5. BIBLIOGRAFIA  Referências bibliográficas citadas
  • 65. 65 6. ANEXOS/APÊNDICES  Caso haja, vem por último
  • 67. 67 1. Considerações iniciais  É o primeiro passo no planejamento da pesquisa  Selecionar um tema é eliminar outros  Delimite primeiro a área geral, como por exemplo, Economia Brasileira, Economia Regional e Urbana, Economia Internacional, Economia Agrícola, etc.  Depois escolha o assunto, que é um capítulo ou item particular da área geral definida
  • 68. 68 1. Considerações iniciais  A escolha depende, no mínimo: a) Sua capacidade, formação, interesse e facilidade na área (predisposição de cálculo, por ex.) b) Se material bibliográfico é suficiente e disponível c) Sua familiaridade e experiência com o tema d) Atualidade e importância do tema e) Utilidade profissional dos resultados que obtiver na pesquisa f) Conversas com pessoas da área
  • 69. 69 2. Delimitação do tema  Envolve selecionar o tópico ou parte focalizada  Para tanto, é preciso conhecer sua divisão interna ou suas partes constitutivas  Pode-se também delimitá-lo por circunstâncias (tempo e espaço: limitação do tema em termos histórico e geográfico)
  • 71. 71 Considerações iniciais  Conceito: “questão não solvida que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento.”  A escolha é facilitada pela imersão no objeto de estudo e pela discussão com pesquisadores da área
  • 72. 72 Requisições  Em forma de pergunta  Claro, objetivo  Sem juízo de valor  Solvível (base teórica indica isso)  Dimensão viável
  • 73. 73 Sugestão: relacione variáveis a. Um fator que influencia outro Ex.: Consumo = f (renda) b. As variáveis interajam e se reforcem. Ex.: Estrutura ► conduta ou Conduta ► estrutura c. As variáveis não tenham relação entre si Ex.: Consumo de livros didáticos e preço de passagens aéreas