1) O documento discute a importância do ecumenismo e do diálogo entre as igrejas cristãs estabelecido pelo Concílio Vaticano II.
2) Enfatiza que a unidade entre os cristãos só poderá ser alcançada através do aprofundamento da fé comum no mistério da Igreja e função de Maria na salvação.
3) Convida as igrejas a olharem conjuntamente para Maria como modelo de unidade.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
O lugar de Maria no ecumenismo
1. O Concílio Ecumênico
Vaticano II instituiu a unidade
dos cristãos como um de seus
objetivos principais. O ecumenismo, a partir do Concílio, tornou-se
uma forte expressão do ser e do agir de muitos
cristãos católicos. Existe uma intrínseca relação
entre Concílio Vaticano II e ecumenismo, o que
permite afirmar que somente onde o Concílio
foi assumido de modo efetivo é que o
ecumenismo ganhou espaço no jeito de a Igreja
católica ser e agir. Ali, houve abertura para o
diálogo com as diferentes tradições eclesiais,
religiosas e culturais, tanto no âmbito local
quanto no âmbito universal.
2. Christus
Dominus
13 Sendo dever da Igreja entrar em diálogo com a sociedade humana, no meio da qual vive
(5), cabe primeiramente aos Bispos ir ter com os homens e provocar e fomentar o diálogo
com eles. Mas, para que se alie sempre a verdade com a caridade, e a compreensão com o
amor, convém que estes diálogos de salvação se imponham não só pela clareza da linguagem
e pela humildade e mansidão, mas também pela devida prudência, aliada, porém, à
confiança, porque esta, fomentando a amizade, une por sua natureza os espíritos (6).
16. Estendam o seu amor aos irmãos separados, recomendando também aos fiéis
que os tratem com grande delicadeza e caridade, e favorecendo o ecumenismo,
como o entende a Igreja (14). Estimem igualmente os não batizados, para que
também a eles se revele a caridade de Jesus Cristo, de quem os Bispos são
testemunhas diante de todos.
3. Redemptoris
Mater
A caminhada da Igreja e a unidade de todos os Cristãos
29. "O Espírito suscita em todos os discípulos de Cristo o desejo e a ação em vista
de que todos, segundo o modo estabelecido por Cristo, se unam pacificamente num
só rebanho e sob um só pastor".
A unidade dos discípulos de Cristo, portanto, é um
sinal influente para suscitar a fé do mundo; ao passo
que a sua divisão constitui um escândalo.
È preciso que os mesmos cristãos aprofundem em si
próprios e em cada uma das suas comunidades aquela
"obediência de fé" de que Maria Santíssima é o primeiro e o
mais luminoso exemplo.
4. 30. Os cristãos sabem que a unidade entre eles só poderá ser reencontrada verdadeiramente se estiver fundada sobre a
unidade da sua fé. Eles devem resolver discordâncias não leves de doutrina, quanto ao mistério e ao ministério da
Igreja e quanto à função de Maria na obra da salvação. 75 Os diálogos já entabulados pela Igreja católica com as
Igrejas orientais e com as Igrejas e Comunidades eclesiais do Ocidente 76 vão convergindo, cada vez mais, para estes
dois aspectos inseparáveis do próprio mistério da salvação. Se o mistério do Verbo Incarnado nos faz vislumbrar o
mistério da maternidade divina e se a contemplação da Mãe de Deus, por sua vez, nos introduz numa compreensão
mais profunda do mistério da Incarnação, o mesmo se deve dizer do mistério da Igreja e da função de Maria na obra
da salvação. Ao aprofundar um e outro e ao tentar esclarecer um por meio do outro, os cristãos, desejosos de fazer -
como lhes recomenda a sua Mãe - o que Jesus lhes disser (cf. Jo 2, 5), poderão progredir juntos naquela "peregrinação
da fé" de que Maria é sempre o exemplo e que deve conduzi-los à unidade, querida pelo seu único Senhor e tão
desejada por aqueles que estão prontos a ouvir atentamente o que o Espírito diz hoje às Igrejas (cf. Apoc 2, 7. 11. 17).
5. Entretanto, é um bom presságio que estas Igrejas e Comunidades eclesiais
estejam concordes em pontos fundamentais da fé cristã, também pelo que
diz respeito à Virgem Maria. Elas, de facto, reconhecem-na como Mãe do
Senhor e acham que isso faz parte da nossa fé em Cristo, verdadeiro Deus e
verdadeiro homem. Ademais, volvem para ela o olhar, aceitando ser Aquela
que, aos pés da Cruz, acolhe o discípulo amado como seu filho, o qual, por
sua vez, a recebe a ela como mãe.
Por que, então, não olhar todos conjuntamente para a nossa Mãe comum,
que intercede pela unidade da família de Deus e que a todos "precede", à
frente do longo cortejo das testemunhas da fé no único Senhor, o Filho de
Deus, concebido no seu seio virginal por obra do Espírito Santo?
6. *Para a igreja ortodoxa e antigas igrejas orientais
*realçar o amor e louvor a Theotókus
*dogma e culto litúrgico
*Ss. Mãe de Deus
* Admiração do lugar privilegiado de Maria no culto das
igrejas orientais antigas, bem como na abundância de festas
e hinos
Numero 31:
7. Iniciativ
as...
Necessidade de formar agentes qualificados de diálogo, entre clero, religiosos e
laicato...
Importante articular oração, estudo e ação – na linha dos três níveis ecumênicos
indicados em : espiritual, teológico e pastoral, neste sentido merecem ser conhecidas,
assimiladas e praticadas.
O diálogo começa pela definição dos interlocutores, segundo
sua identidade, disposição e reciprocidade.
organismos que fundados no Evangelho e respondendo a um carisma peculiar
sentem-se movidos pelo sincero desejo da unidade dos cristãos.
É oportuno estudar o fenômeno, sem esquecer a dimensão pneumatológica e
carismática da Igreja e sua capacidade de oferecer respostas pastorais.