Este artigo discute a inserção de John Locke na filosofia do realismo científico no debate realismo/empirismo. Apresenta a hipótese de que Locke parece alinhado com os realistas em relação ao problema da explicação científica, embora isso não signifique que ele não seja um empirista em outros aspectos.
Hegel e o ceticismo: sobre as possibilidades e os limites da superação do cet...Lucas Machado
Este documento discute a relação entre o ceticismo e a filosofia de Hegel. Primeiro, analisa como Hegel em sua juventude via a Razão como acima das objeções céticas, que só se aplicariam à reflexão. Segundo, como a maturidade de Hegel exigia uma nova resposta aos tropos céticos através da negação e da reflexão. Por fim, aborda possíveis problemas e objeções à resposta hegeliana ao ceticismo.
1. O documento discute um livro sobre a filosofia de Quine e sua defesa do realismo quineano.
2. O autor sugere que o livro apresenta as teses de Quine de forma caridosa, mas oculta as opções interpretativas do autor.
3. O autor também discute as teses da indeterminação da tradução e da subdeterminação de teorias em Quine.
1) O texto discute o objeto da filosofia e sua relação com a ciência.
2) Argumenta que a filosofia não pode ser apenas um prolongamento da ciência, pois o conhecimento científico é homogêneo e não há limites claros entre ciência e não-ciência.
3) Defende que a filosofia deve se distinguir pela matéria ou assunto que trata, e não apenas pelo método, para ter legitimidade como disciplina distinta.
O documento discute a visão de Karl Popper sobre a ciência. Segundo Popper, todo conhecimento é falível e sujeito a revisão crítica. As teorias científicas são conjecturas que devem ser testadas através de tentativas de refutá-las, e não verificadas. A ciência progride através do método crítico de teste dedutivo, onde teorias geram previsões que podem ser falsificadas ou corroboradas por evidências.
Jaimir Conte - A oposição de Berkeley ao ceticismoJaimir Conte
Este documento discute a oposição de Berkeley ao ceticismo. O autor primeiro explica os tipos de ceticismo que Berkeley se opunha, principalmente o ceticismo epistêmico sobre o conhecimento da natureza do mundo exterior. Em seguida, mostra como Berkeley se opôs ao ceticismo através de sua doutrina do imaterialismo e da tese de que os objetos são imediatamente percebidos, o que era compatível com o senso comum.
O documento discute a redescoberta do valor da retórica antiga para o pensamento contemporâneo. O autor argumenta que suas pesquisas o levaram a conclusões inesperadas de que a retórica antiga, e não uma "lógica dos juízos de valor", desenvolveu técnicas para estabelecer o que é preferível e razoável através de argumentos que buscam a adesão dos ouvintes, ao invés de deduções ou induções.
1. O texto apresenta um resumo de um livro introdutório sobre teoria literária de Jonathan Culler. Discute como a teoria mudou os estudos literários e como o termo "teoria" é usado de forma ampla para se referir a uma variedade de textos e abordagens, não se limitando à teoria literária.
2. Explica que a teoria, nos estudos literários atuais, refere-se a um conjunto amplo de reflexões e escritos cujos limites são difíceis de definir, incluindo textos de fora da área
1) O documento resume um artigo sobre a obra do filósofo Alasdair MacIntyre e sua análise da situação atual da moralidade.
2) MacIntyre argumenta que a linguagem moral contemporânea está em desordem e que as filosofias dominantes não reconhecem esse problema.
3) Seu livro After Virtue busca mostrar como o projeto iluminista de justificar a moral racionalmente levou ao fracasso e ao emotivismo na cultura moderna.
Hegel e o ceticismo: sobre as possibilidades e os limites da superação do cet...Lucas Machado
Este documento discute a relação entre o ceticismo e a filosofia de Hegel. Primeiro, analisa como Hegel em sua juventude via a Razão como acima das objeções céticas, que só se aplicariam à reflexão. Segundo, como a maturidade de Hegel exigia uma nova resposta aos tropos céticos através da negação e da reflexão. Por fim, aborda possíveis problemas e objeções à resposta hegeliana ao ceticismo.
1. O documento discute um livro sobre a filosofia de Quine e sua defesa do realismo quineano.
2. O autor sugere que o livro apresenta as teses de Quine de forma caridosa, mas oculta as opções interpretativas do autor.
3. O autor também discute as teses da indeterminação da tradução e da subdeterminação de teorias em Quine.
1) O texto discute o objeto da filosofia e sua relação com a ciência.
2) Argumenta que a filosofia não pode ser apenas um prolongamento da ciência, pois o conhecimento científico é homogêneo e não há limites claros entre ciência e não-ciência.
3) Defende que a filosofia deve se distinguir pela matéria ou assunto que trata, e não apenas pelo método, para ter legitimidade como disciplina distinta.
O documento discute a visão de Karl Popper sobre a ciência. Segundo Popper, todo conhecimento é falível e sujeito a revisão crítica. As teorias científicas são conjecturas que devem ser testadas através de tentativas de refutá-las, e não verificadas. A ciência progride através do método crítico de teste dedutivo, onde teorias geram previsões que podem ser falsificadas ou corroboradas por evidências.
Jaimir Conte - A oposição de Berkeley ao ceticismoJaimir Conte
Este documento discute a oposição de Berkeley ao ceticismo. O autor primeiro explica os tipos de ceticismo que Berkeley se opunha, principalmente o ceticismo epistêmico sobre o conhecimento da natureza do mundo exterior. Em seguida, mostra como Berkeley se opôs ao ceticismo através de sua doutrina do imaterialismo e da tese de que os objetos são imediatamente percebidos, o que era compatível com o senso comum.
O documento discute a redescoberta do valor da retórica antiga para o pensamento contemporâneo. O autor argumenta que suas pesquisas o levaram a conclusões inesperadas de que a retórica antiga, e não uma "lógica dos juízos de valor", desenvolveu técnicas para estabelecer o que é preferível e razoável através de argumentos que buscam a adesão dos ouvintes, ao invés de deduções ou induções.
1. O texto apresenta um resumo de um livro introdutório sobre teoria literária de Jonathan Culler. Discute como a teoria mudou os estudos literários e como o termo "teoria" é usado de forma ampla para se referir a uma variedade de textos e abordagens, não se limitando à teoria literária.
2. Explica que a teoria, nos estudos literários atuais, refere-se a um conjunto amplo de reflexões e escritos cujos limites são difíceis de definir, incluindo textos de fora da área
1) O documento resume um artigo sobre a obra do filósofo Alasdair MacIntyre e sua análise da situação atual da moralidade.
2) MacIntyre argumenta que a linguagem moral contemporânea está em desordem e que as filosofias dominantes não reconhecem esse problema.
3) Seu livro After Virtue busca mostrar como o projeto iluminista de justificar a moral racionalmente levou ao fracasso e ao emotivismo na cultura moderna.
Este artigo busca definir o estatuto epistemológico da teologia à luz do critério de demarcação entre ciência e não-ciência proposto por Karl Popper. O autor discute se a teologia pode ser considerada uma ciência segundo tal critério e, caso não seja, busca oferecer racionalidade à teologia.
Sobre a expressão corrente: Isto é correcto na teoria, mas não vale nada na p...Romario Moreira
Kant discute a relação entre teoria e prática na moral em resposta a objeções de Garve. Ele defende que a teoria moral fornece a lei e o dever a priori, enquanto a prática depende da teoria. Embora a felicidade não seja o motivo da ação moral, o cumprimento do dever não exige renunciar à felicidade. A teoria moral oferece um guia seguro para os juízos práticos.
O documento é uma introdução ao Proslogion de Santo Anselmo, no qual ele busca encontrar um único argumento lógico para a existência de Deus. A introdução descreve o contexto filosófico e teológico no qual Anselmo escreveu o Proslogion, buscando superar a divisão entre fé e razão. Ela também resume brevemente os principais pontos do argumento ontológico de Anselmo para a existência de Deus.
O documento discute três modelos de racionalismo:
1) O racionalismo cartesiano se baseia na razão pura e no método de dúvida para chegar a certezas indubitáveis como "penso, logo existo".
2) O racionalismo positivista busca incluir critérios empíricos no exercício da razão para lidar com questões fáticas, ao contrário do apriorismo cartesiano.
3) O racionalismo crítico também procura incorporar a experiência, mas questiona se a razão pura pode alcançar cer
KANT, Imannuel- Resposta à pergunta: O que é iluminismoRomario Moreira
O documento é um resumo de um ensaio de Kant sobre o Iluminismo. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade, ou seja, a capacidade de pensar por si mesmo sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e uso público da razão são essenciais para a ilustração, mas o uso privado da razão pode ser restringido em certas funções sem impedir o progresso da ilustração. Kant também afirma que nenhuma instituição pode comprometer-se a um símbolo im
A filosofia da_liberdade_rudolf_steinerjcteixeira79
1) O autor apresenta a questão da liberdade humana versus determinismo como uma das mais importantes da filosofia, religião, ética e ciência.
2) Muitos filósofos rejeitam a ideia de "livre escolha", mas o autor argumenta que os principais ataques à liberdade se dirigem apenas a esta noção específica.
3) Spinoza define como livre aquilo cuja causa ordenadora está dentro de si mesmo, enquanto o determinado tem sua causa fora. Isso leva à rejeição da liberdade para seres
KANT, Imannuel. Que significa orientar-se no pensamentoRomario Moreira
O documento discute o conceito de "orientar-se no pensamento" segundo Kant. Kant argumenta que orientar-se no pensamento significa determinar juízos segundo um princípio subjetivo da razão, em vez de princípios objetivos, quando a razão se estende para além dos limites da experiência. Isso porque a razão sente uma necessidade interna de julgar, mesmo sem conhecimento completo. O princípio subjetivo é o sentimento da necessidade própria da razão.
Este documento é um resumo de um livro de Ernesto Bozzano que discute se o animismo ou o espiritismo melhor explicam os fenômenos paranormais. No capítulo 1, Bozzano descreve sua jornada intelectual do positivismo para o espiritismo após anos de pesquisa sobre fenômenos psíquicos. Ele argumenta que nem o animismo nem o espiritismo sozinhos explicam todos os fatos, mas ambos são necessários e representam efeitos de uma única causa: o espírito humano.
Este documento discute a concepção da metafísica de P.F. Strawson. Argumenta-se que Strawson propõe uma "meta-metafísica" ao invés de uma metafísica tradicional, focando na descrição de estruturas conceituais ao invés da realidade. Isso é evidenciado pela distinção que Strawson faz entre "metafísica descritiva" e "revisionária", que ambas se concentram em descrever o pensamento ao invés do mundo real. A metafísica tradicional, por outro lado, busca descrever
Este documento apresenta o discurso preliminar do livro "A Formação do Espírito Científico" de Gaston Bachelard. Nele, Bachelard discute a evolução do pensamento científico de uma abordagem concreta e geométrica para uma abordagem mais abstrata, e argumenta que a abstração é essencial para o desenvolvimento do espírito científico. Ele também propõe que o espírito científico passa por três estágios: concreto, concreto-abstrato e abstrato.
O documento discute a natureza e objetivos do estudo da filosofia. Em 3 frases:
Discute o que é e não é filosofia, afirmando que o seu objetivo não é a história da filosofia nem cultura geral, mas sim aprender a criticar ideias por meio de argumentos, conceitos, problemas e teorias. Aprender a filosofar requer pensamento original e capacidade de encontrar falhas nos argumentos dos filósofos.
Richard popkin berkeley e o pirronismoJaimir Conte
1) Berkeley deu grande ênfase à importância de refutar o ceticismo em seus escritos, mas pouca atenção foi dada a este aspecto de seu pensamento.
2) Berkeley via o ceticismo como duvidando de tudo, das coisas sensíveis, e da existência de objetos reais como corpos ou almas.
3) Berkeley parece ter sido influenciado por artigos de Bayle sobre o ceticismo pirrônico, que relacionava o ceticismo à filosofia cartesiana e lockeana, o que ajudou a moldar sua crítica
Este documento apresenta um prefácio à edição brasileira do livro "Tratado da Argumantação. A Nova Retórica" de Chaim Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca. O prefácio discute a importância da obra para o estudo moderno da retórica e como ela ressuscitou o conceito aristotélico de dialética, que havia sido negligenciado pela filosofia por séculos.
1. O artigo situa o problema do realismo científico no contexto das doutrinas epistemológicas sobre as origens e limites do conhecimento.
2. É apresentada uma classificação das principais posições a respeito do realismo científico, distinguindo entre anti-realismo "empirista" e anti-realismo não-clássico.
3. Algumas formulações comuns do realismo científico são descritas, assim como três variantes do anti-realismo científico "empirista": instrumentalismo, redutivismo
A HR Consultoria oferece serviços de consultoria, treinamentos e planos para academias, focando nas áreas de gestão estratégica, vendas e retenção de clientes. Eles desenvolvem soluções personalizadas para cada cliente a fim de melhorar o desempenho e rentabilidade dos negócios.
O documento discute a evolução do conceito de sustentabilidade desde a década de 1970. Ele descreve como o termo se popularizou e passou a ser incorporado por empresas, mídia e organizações. Também aborda os pilares da sustentabilidade - ser ecológico, economicamente viável e socialmente justo - e como a visão sobre meio ambiente mudou de não valorizar a natureza para uma abordagem mais holística.
[BrunoiMob] Vent Residencial - Localizado na estrada do Camorim, perto de uma grande área verde, o Vent é divido em 4 blocos com 8 unidades por andar num total de 218 unidades. São 26 apartamentos Gardens e 192 apartamentos tipo. Metragens: 2 quartos de 64,14 a 65,08 m² e 3 quartos de 73,48 m². O terreno tem quase 14.000m², sendo 3.700m² de área de lazer. 218 vagas, sendo 1 por unidade + 44 para visitantes. - Visite o nosso site ( www.brunoiMob.com.br ) e surpreenda-se
O documento discute Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP), definindo-o como uma função técnica e administrativa que objetiva planejar a produção e guiar seu controle. Descreve as principais atividades do PPCP, como previsões de demanda, planejamento de recursos, controle da produção e materiais. Também aborda fatores que podem perturbar o PPCP e formas de representar graficamente a programação da produção, como o Gráfico de Gantt.
Importancia de la regionalizacion para el desarrollo del pais.PROD LARD
El documento discute la importancia de la regionalización y descentralización para el desarrollo económico de un país. Explica que la centralización concentra el poder de decisión en el gobierno central, lo que desalienta la inversión y el crecimiento. Por el contrario, la regionalización y descentralización transfieren parte del poder a las autoridades regionales y locales, permitiendo que se tomen decisiones de manera más inclusiva que benefician a todos los sectores y estimulan la economía a largo plazo.
O documento discute a relação entre avaliação e educação, definindo educação como uma estratégia para cada indivíduo atingir seu potencial. Explica que o currículo é formado por objetivos, conteúdos e métodos e que a avaliação serve para verificar o que foi ensinado e não para reprovar alunos.
Lisboa é a capital e maior cidade de Portugal, com uma população de 547.733 habitantes. É um importante centro econômico, financeiro e cultural da Europa, recebendo mais de 15 milhões de visitantes por ano. Sua economia robusta faz com que seja a região mais rica do país. Lisboa também desempenha um papel central na política portuguesa como sede do governo.
Este artigo busca definir o estatuto epistemológico da teologia à luz do critério de demarcação entre ciência e não-ciência proposto por Karl Popper. O autor discute se a teologia pode ser considerada uma ciência segundo tal critério e, caso não seja, busca oferecer racionalidade à teologia.
Sobre a expressão corrente: Isto é correcto na teoria, mas não vale nada na p...Romario Moreira
Kant discute a relação entre teoria e prática na moral em resposta a objeções de Garve. Ele defende que a teoria moral fornece a lei e o dever a priori, enquanto a prática depende da teoria. Embora a felicidade não seja o motivo da ação moral, o cumprimento do dever não exige renunciar à felicidade. A teoria moral oferece um guia seguro para os juízos práticos.
O documento é uma introdução ao Proslogion de Santo Anselmo, no qual ele busca encontrar um único argumento lógico para a existência de Deus. A introdução descreve o contexto filosófico e teológico no qual Anselmo escreveu o Proslogion, buscando superar a divisão entre fé e razão. Ela também resume brevemente os principais pontos do argumento ontológico de Anselmo para a existência de Deus.
O documento discute três modelos de racionalismo:
1) O racionalismo cartesiano se baseia na razão pura e no método de dúvida para chegar a certezas indubitáveis como "penso, logo existo".
2) O racionalismo positivista busca incluir critérios empíricos no exercício da razão para lidar com questões fáticas, ao contrário do apriorismo cartesiano.
3) O racionalismo crítico também procura incorporar a experiência, mas questiona se a razão pura pode alcançar cer
KANT, Imannuel- Resposta à pergunta: O que é iluminismoRomario Moreira
O documento é um resumo de um ensaio de Kant sobre o Iluminismo. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade, ou seja, a capacidade de pensar por si mesmo sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e uso público da razão são essenciais para a ilustração, mas o uso privado da razão pode ser restringido em certas funções sem impedir o progresso da ilustração. Kant também afirma que nenhuma instituição pode comprometer-se a um símbolo im
A filosofia da_liberdade_rudolf_steinerjcteixeira79
1) O autor apresenta a questão da liberdade humana versus determinismo como uma das mais importantes da filosofia, religião, ética e ciência.
2) Muitos filósofos rejeitam a ideia de "livre escolha", mas o autor argumenta que os principais ataques à liberdade se dirigem apenas a esta noção específica.
3) Spinoza define como livre aquilo cuja causa ordenadora está dentro de si mesmo, enquanto o determinado tem sua causa fora. Isso leva à rejeição da liberdade para seres
KANT, Imannuel. Que significa orientar-se no pensamentoRomario Moreira
O documento discute o conceito de "orientar-se no pensamento" segundo Kant. Kant argumenta que orientar-se no pensamento significa determinar juízos segundo um princípio subjetivo da razão, em vez de princípios objetivos, quando a razão se estende para além dos limites da experiência. Isso porque a razão sente uma necessidade interna de julgar, mesmo sem conhecimento completo. O princípio subjetivo é o sentimento da necessidade própria da razão.
Este documento é um resumo de um livro de Ernesto Bozzano que discute se o animismo ou o espiritismo melhor explicam os fenômenos paranormais. No capítulo 1, Bozzano descreve sua jornada intelectual do positivismo para o espiritismo após anos de pesquisa sobre fenômenos psíquicos. Ele argumenta que nem o animismo nem o espiritismo sozinhos explicam todos os fatos, mas ambos são necessários e representam efeitos de uma única causa: o espírito humano.
Este documento discute a concepção da metafísica de P.F. Strawson. Argumenta-se que Strawson propõe uma "meta-metafísica" ao invés de uma metafísica tradicional, focando na descrição de estruturas conceituais ao invés da realidade. Isso é evidenciado pela distinção que Strawson faz entre "metafísica descritiva" e "revisionária", que ambas se concentram em descrever o pensamento ao invés do mundo real. A metafísica tradicional, por outro lado, busca descrever
Este documento apresenta o discurso preliminar do livro "A Formação do Espírito Científico" de Gaston Bachelard. Nele, Bachelard discute a evolução do pensamento científico de uma abordagem concreta e geométrica para uma abordagem mais abstrata, e argumenta que a abstração é essencial para o desenvolvimento do espírito científico. Ele também propõe que o espírito científico passa por três estágios: concreto, concreto-abstrato e abstrato.
O documento discute a natureza e objetivos do estudo da filosofia. Em 3 frases:
Discute o que é e não é filosofia, afirmando que o seu objetivo não é a história da filosofia nem cultura geral, mas sim aprender a criticar ideias por meio de argumentos, conceitos, problemas e teorias. Aprender a filosofar requer pensamento original e capacidade de encontrar falhas nos argumentos dos filósofos.
Richard popkin berkeley e o pirronismoJaimir Conte
1) Berkeley deu grande ênfase à importância de refutar o ceticismo em seus escritos, mas pouca atenção foi dada a este aspecto de seu pensamento.
2) Berkeley via o ceticismo como duvidando de tudo, das coisas sensíveis, e da existência de objetos reais como corpos ou almas.
3) Berkeley parece ter sido influenciado por artigos de Bayle sobre o ceticismo pirrônico, que relacionava o ceticismo à filosofia cartesiana e lockeana, o que ajudou a moldar sua crítica
Este documento apresenta um prefácio à edição brasileira do livro "Tratado da Argumantação. A Nova Retórica" de Chaim Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca. O prefácio discute a importância da obra para o estudo moderno da retórica e como ela ressuscitou o conceito aristotélico de dialética, que havia sido negligenciado pela filosofia por séculos.
1. O artigo situa o problema do realismo científico no contexto das doutrinas epistemológicas sobre as origens e limites do conhecimento.
2. É apresentada uma classificação das principais posições a respeito do realismo científico, distinguindo entre anti-realismo "empirista" e anti-realismo não-clássico.
3. Algumas formulações comuns do realismo científico são descritas, assim como três variantes do anti-realismo científico "empirista": instrumentalismo, redutivismo
A HR Consultoria oferece serviços de consultoria, treinamentos e planos para academias, focando nas áreas de gestão estratégica, vendas e retenção de clientes. Eles desenvolvem soluções personalizadas para cada cliente a fim de melhorar o desempenho e rentabilidade dos negócios.
O documento discute a evolução do conceito de sustentabilidade desde a década de 1970. Ele descreve como o termo se popularizou e passou a ser incorporado por empresas, mídia e organizações. Também aborda os pilares da sustentabilidade - ser ecológico, economicamente viável e socialmente justo - e como a visão sobre meio ambiente mudou de não valorizar a natureza para uma abordagem mais holística.
[BrunoiMob] Vent Residencial - Localizado na estrada do Camorim, perto de uma grande área verde, o Vent é divido em 4 blocos com 8 unidades por andar num total de 218 unidades. São 26 apartamentos Gardens e 192 apartamentos tipo. Metragens: 2 quartos de 64,14 a 65,08 m² e 3 quartos de 73,48 m². O terreno tem quase 14.000m², sendo 3.700m² de área de lazer. 218 vagas, sendo 1 por unidade + 44 para visitantes. - Visite o nosso site ( www.brunoiMob.com.br ) e surpreenda-se
O documento discute Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP), definindo-o como uma função técnica e administrativa que objetiva planejar a produção e guiar seu controle. Descreve as principais atividades do PPCP, como previsões de demanda, planejamento de recursos, controle da produção e materiais. Também aborda fatores que podem perturbar o PPCP e formas de representar graficamente a programação da produção, como o Gráfico de Gantt.
Importancia de la regionalizacion para el desarrollo del pais.PROD LARD
El documento discute la importancia de la regionalización y descentralización para el desarrollo económico de un país. Explica que la centralización concentra el poder de decisión en el gobierno central, lo que desalienta la inversión y el crecimiento. Por el contrario, la regionalización y descentralización transfieren parte del poder a las autoridades regionales y locales, permitiendo que se tomen decisiones de manera más inclusiva que benefician a todos los sectores y estimulan la economía a largo plazo.
O documento discute a relação entre avaliação e educação, definindo educação como uma estratégia para cada indivíduo atingir seu potencial. Explica que o currículo é formado por objetivos, conteúdos e métodos e que a avaliação serve para verificar o que foi ensinado e não para reprovar alunos.
Lisboa é a capital e maior cidade de Portugal, com uma população de 547.733 habitantes. É um importante centro econômico, financeiro e cultural da Europa, recebendo mais de 15 milhões de visitantes por ano. Sua economia robusta faz com que seja a região mais rica do país. Lisboa também desempenha um papel central na política portuguesa como sede do governo.
O documento descreve o WordCamp de Belo Horizonte em 2014, um evento gratuito de um dia sobre o sistema de gerenciamento de conteúdo WordPress. O evento terá palestras, workshops e coffee breaks para até 300 participantes, e busca promover a divulgação e o desenvolvimento do WordPress na região. Empresas podem patrocinar o evento em diferentes níveis em troca de benefícios de marketing e visibilidade.
A aula de Didática discutiu a avaliação na educação, que está ligada à filosofia educacional e possui três componentes: objetivos, conteúdos e métodos. A professora também apresentou duas estratégias de avaliação: relatório-avaliação e resumo analítico.
Sofia presenta información sobre su familia, amigos, intereses y gustos personales. Menciona que tiene una hermana llamada Katerin y que los signos zodiacales de su madre y padre son Cáncer y Leo, respectivamente. También enumera algunas de sus cantantes, películas, deportes y comidas favoritas, así como su deseo de viajar a París.
O Peru é um país da América do Sul localizado no Oceano Pacífico, com fronteiras com o Equador, Colômbia, Brasil, Bolívia e Chile. Sua cultura remonta a 3.000 a.C. e é enraizada nas tradições indígenas e espanholas. A Bolívia é um país sem saída para o mar localizado nos Andes, com influências culturais quíchua e aimará.
O documento descreve um projeto escolar sobre infraestrutura urbana e aterros sanitários realizado por alunos da E.E.E.M Jovem Gonçalves Vilela. Os alunos desenvolveram projetos, cartazes e apresentações sobre o tema para professores, colegas e público externo divididos em grupos de diferentes disciplinas como física, matemática e biologia.
Melissa Esther Maria Lopez Chacon is a person with the identifier #6. The document provides a name but no other context or information about the individual. In just one sentence, the document does not provide enough detail to generate a multi-sentence summary.
El documento discute las tensiones entre el saber pedagógico y la pedagogía universitaria derivadas de las transformaciones neoliberales de la universidad. Estas transformaciones incluyen la mercantilización e individualización de la educación, el control externo de la universidad y la precarización de los académicos. Se argumenta que esto ha puesto a la universidad "en la penumbra" y que se necesita reivindicar su papel como institución social comprometida con la sociedad.
El documento define el correo electrónico como un servicio de red que permite a los usuarios enviar y recibir mensajes electrónicos. Explica que existen dos tipos principales de correo electrónico: correo webmail, que funciona a través de una página web y requiere estar conectado a Internet, y correo POP, que usa un programa de computadora para enviar y recibir mensajes. También describe algunas ventajas del correo electrónico como su velocidad, capacidad multimedia, y habilidad de enviar mensajes a múltiples destinatarios.
O livro discute a filosofia das ciências, apresentando seus princípios e como os problemas filosóficos são importantes para a constituição do trabalho do filósofo. O autor divide o livro em capítulos temáticos e biografias de filósofos, como Platão, Locke, Popper e Bachelard, discutindo suas contribuições à filosofia das ciências. O objetivo é fornecer uma introdução acessível ao tema para estudantes e leitores interessados.
1) Há duas abordagens para interpretar sistemas filosóficos: dogmática, que se concentra na verdade das teses, e genética, que busca suas causas históricas.
2) O método dogmático examina a doutrina de acordo com a intenção do autor no tempo lógico do sistema. O método genético pode explicar o sistema além das intenções do autor.
3) Um método ideal para a história da filosofia seria ao mesmo tempo científico e filosófico, permanecendo fiel à verdade histó
O PENSAMENTO DE KARL POPPER SOBRE O MAL 2.pdfrf5339
1. Karl Popper propõe uma visão epistemológica falibilista, segundo a qual não podemos ter certeza absoluta sobre o conhecimento.
2. Isso ocorre porque Popper defende o falsificacionismo, onde teorias científicas são conjecturas passíveis de refutação, e não há como provar conclusivamente que uma teoria é verdadeira.
3. O falibilismo decorre também de uma posição não justificacionista, uma vez que Popper considera impossível justificar positivamente que nossas teorias são verdadeiras.
O documento fornece diretrizes para a leitura analítica de textos filosóficos, incluindo análise textual, temática e interpretativa. Recomenda-se identificar o autor e contexto, os principais tópicos, a ideia central, argumentos e possíveis questões subentendidas. A problematização busca ampliar os temas por meio do debate e reflexão crítica.
O documento discute o movimento do Círculo de Viena, também conhecido como Empirismo Lógico. O Círculo de Viena defendia que o conhecimento deve ser baseado na experiência e na lógica, rejeitando proposições metafísicas não verificáveis. O movimento teve influência no século 20, mas também recebeu críticas e acabou declinando.
1) O documento discute a tese do paralelismo psicofisiológico, que afirma que há uma equivalência entre o estado cerebral e o estado mental correspondente.
2) Segundo o autor, essa tese só parece sustentável se usar simultaneamente os sistemas de notação do realismo e do idealismo, o que implica uma contradição.
3) Ele argumenta que formulada puramente no idealismo ou no realismo, a tese do paralelismo leva a uma contradição, pois não é possível identificar o estado cerebral com o estado mental de forma consistente dentro
10520-Texto do Artigo-31831-1-10-20090522.pdfSebbajr Junior
O documento discute se a filosofia da educação é uma aplicação de outra filosofia e se seu objetivo é determinar valores educativos. O autor argumenta que a filosofia da educação não é mera aplicação e que seu papel é elucidar teorias pedagógicas usando ferramentas lógicas, dialéticas e retóricas, contribuindo para o conhecimento educacional de forma interdisciplinar.
As aporias do livro b da metafísica de aristótelesLeoCavatti
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre as aporias do Livro Β da Metafísica de Aristóteles. A dissertação propõe dividir as aporias em dois grupos com base no projeto da Metafísica descrito por Aristóteles. O primeiro capítulo fundamenta esta divisão a partir do projeto da ciência buscada. Os segundo e terceiro capítulos apresentam, respectivamente, as aporias do primeiro grupo, sobre a possibilidade da filosofia primeira, e as do segundo grupo, sobre problemas do conteúdo doutrin
Este documento descreve uma lição de filosofia sobre o racionalismo e o empirismo como teorias explicativas do conhecimento. A lição introduz o racionalismo de René Descartes e compara-o com o ceticismo. O objetivo é ajudar os alunos a compreender as origens do conhecimento segundo cada teoria e como Descartes abordou o problema da possibilidade do conhecimento através de seu método.
1) O documento resume a crítica de Paul Feyerabend contra o racionalismo e sua defesa do pluralismo metodológico.
2) Feyerabend argumenta que as regras do racionalismo não conseguem explicar adequadamente o desenvolvimento da ciência na prática.
3) Ele propõe um "anarquismo epistemológico" que defende a validade de diferentes métodos, em oposição a um conjunto fixo de regras.
O documento resume a biografia e as principais ideias filosóficas de Bertrand Russell. No capítulo 12, Russell discute a factividade do conhecimento e defende uma teoria metafísica da verdade baseada na correspondência entre crenças e realidade extramental, e não nas qualidades internas das crenças. Ele argumenta que qualquer teoria da verdade deve permitir a existência de crenças falsas.
Este documento é um prefácio para a obra "Matéria e Memória" de Henri Bergson, que explora a relação entre o corpo e a mente. Bergson defende uma visão dualista, mas procura atenuar as dificuldades do dualismo. Ele argumenta que a matéria deve ser vista como um conjunto de "imagens", não como uma representação pura nem como uma coisa distinta de nossa percepção. A obra foca na relação entre o espírito e o corpo através do exemplo da memória.
Este documento é um prefácio para a obra "Matéria e Memória" de Henri Bergson, que explora a relação entre o corpo e a mente. Bergson defende uma visão dualista, mas procura atenuar as dificuldades do dualismo. Ele argumenta que a matéria deve ser vista como um conjunto de "imagens", não como uma representação pura nem como uma coisa distinta de sua aparência. A obra foca na relação entre o espírito e o corpo através do exemplo da memória.
O que é filosofia da psicanálise luiz roberto monzaniMarcos Silvabh
1. O documento discute o que é entendido por "Filosofia da Psicanálise" e apresenta diferentes abordagens para essa área de estudo.
2. A filosofia da psicanálise pode investigar as influências conceituais no pensamento de Freud e a evolução de seus conceitos-chave, ou analisar internamente a rede discursiva freudiana.
3. Uma abordagem promissora é identificar os critérios próprios de validação da psicanálise ao invés de impor critérios externos, reconhecendo que a ps
1) A filosofia da ciência moderna passou por fases na concepção sobre os modos de fazer ciência e o estatuto da verdade científica, permanecendo em crise.
2) No século XX, a reflexão passou por duas fases: na primeira metade, a crítica ao positivismo; após 1960, questionamento dos princípios epistemológicos e ensaios para solucionar a crise.
3) Pensadores como Popper, Bachelard e Kuhn romperam com a visão positivista, colocando a ciência como
1) O documento discute as origens do positivismo na ciência experimental do Renascimento e como Francis Bacon propôs o indutivismo metódico como método científico.
2) O autor argumenta que a visão de que a ciência se desenvolve por indução a partir de observações é problemática e foi criticada por filósofos como Hume e Popper.
3) A indução como justificativa para si mesma através de um raciocínio circular é reducionista e coloca em questão a própria validade do método indutivo.
1. O documento apresenta uma introdução à teoria do conhecimento, discutindo a essência da filosofia e seu lugar no sistema filosófico.
2. Ao longo da história, a filosofia ora assumiu a forma de auto-reflexão do espírito (Platão, Kant), ora de visão de mundo (Aristóteles, sistemas modernos).
3. A essência da filosofia é definida como uma atitude racional voltada para a totalidade dos objetos e valores.
O documento resume os principais pontos discutidos nos seis capítulos de um livro sobre o que é ciência. O Capítulo I discute o indutivismo e o raciocínio indutivo. O Capítulo II aborda o problema da indução. O Capítulo III argumenta que a observação depende da teoria. O Capítulo IV apresenta o falsificacionismo. O Capítulo V analisa como o falsificacionismo explica o crescimento da ciência. O Capítulo VI reconhece as limitações do falsificacionismo.
Este documento apresenta uma introdução à metafísica clássica, definindo seus objetos e métodos. Explora a hierarquia das ciências, colocando a metafísica como a mais nobre, por estudar os princípios primeiros de todas as outras ciências. Também descreve o método proposto por Aristóteles para o estudo da metafísica, baseado na observação do movimento no mundo.
Semelhante a Dialnet jonh lockeeo-realismocientifico-2564570 (20)
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 recebeu fortes críticas por falta de objetivos e princípios claros para o movimento modernista. A produção artística nova também foi mal recebida devido à desinformação dos críticos.
2) Embora tenha sido anunciada como uma mostra futurista, o modernismo brasileiro não se alinhava completamente com o futurismo italiano, buscando uma expressão mais independente e adaptada à realidade local.
3) Os resultados imediatos da Semana incluíram a consolidação
O pós-modernismo rejeita a existência de qualquer verdade universal, questiona todas as cosmovisões e crê que nenhuma abordagem ou crença é mais "verdadeira" que outra. Para os pós-modernistas, a verdade é relativa ao indivíduo e nada é absoluto, incluindo a lógica, ciência, história e moralidade. Eles também acreditam que a realidade é apenas o que percebemos e que o homem não pode conhecer nada em um sentido absoluto.
O documento discute as vanguardas européias no início do século XX e sua influência no modernismo brasileiro. Apresenta o movimento futurista liderado por Marinetti que queria uma arte combativa e voltada para o futuro, o expressionismo alemão focado em sentimentos de horror e sofrimento, e o dadaísmo radical liderado por Tristan Tzara que pregava destruir tudo o que vinha antes para começar do zero. Analisa também a influência dessas vanguardas na obra de Mário de Andrade e no modernismo brasileiro.
Este documento discute as contribuições do modernismo brasileiro para a literatura e crítica do país. O modernismo trouxe uma ruptura estética que refletia as transformações sociais da época e criou uma literatura moderna e nacional. Isso incluiu uma nova consciência da criação literária e do coletivo na produção artística. O movimento também estimulou o debate crítico sobre a identidade e problemas brasileiros.
Este documento fornece um resumo do Modernismo, contextualizando o movimento artístico e literário que surgiu no final do século XIX. Também aborda a chegada do Modernismo em Portugal no início do século XX, liderado por Fernando Pessoa e o grupo Orpheu. O documento inclui exemplos de artistas e obras modernistas.
O documento descreve o pintor surrealista Salvador Dalí, destacando suas obras bizarras e criativas que misturavam imagens oníricas com alta qualidade plástica. Também menciona sua personalidade excêntrica e sua morte em 1989 na Espanha devido a complicações de Parkinson.
El documento presenta una línea de tiempo de la historia del arte, dividiéndola en diferentes períodos como la Prehistoria, la Antigüedad, la Edad Media, la Edad Moderna y la Edad Contemporánea. Cada período incluye los principales estilos y artistas más representativos de cada época.
O documento resume os principais aspectos do surrealismo, incluindo seu contexto histórico no pós-guerra, definição, filosofia e categorias como artes plásticas, literatura, teatro e cinema. As artes plásticas são detalhadas com ênfase em artistas como Dalí, Magritte, Ernst e Picasso.
O documento descreve o movimento artístico surrealismo, incluindo seus objetivos de explorar o inconsciente e os sonhos, suas origens no início dos anos 1920 em Paris e influências do psicanalista Sigmund Freud. Líderes como André Breton usaram técnicas como o acaso objetivo para criar obras que combinam o representativo, abstrato e psicológico. Exemplos de artistas surrealistas como Dalí, Kush e Magritte são apresentados.
Este documento discute as conexões entre o escritor argentino Julio Cortázar e o cineasta italiano Michelangelo Antonioni, especificamente no conto "Las babas del diablo" e no filme baseado nele. Explora como ambos trabalhos exploram o surrealismo e o fantástico de forma não tradicional, misturando elementos realistas e sobrenaturais de forma harmoniosa. Também analisa a influência da fotografia nessas obras e como Cortázar via analogias entre contos, fotografia e cinema.
O rosto surrealista_do_brasil_contemporaneo_analise_historica_a_partir_da_obr...Equipemundi2014
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado que analisa o contexto social e cultural da cidade de São Paulo a partir da obra do poeta surrealista brasileiro Roberto Piva. A pesquisa explora como os poemas de Piva, influenciados pelo surrealismo, refletem temas da cidade como arquitetura, cultura e relações sociais durante a segunda metade do século XX.
O documento discute as relações entre o cineasta Jean Rouch e o movimento surrealista. Aponta que Rouch foi influenciado pelas ideias surrealistas de explorar o acaso, sonhos e imaginação em seus filmes. No entanto, seus filmes não utilizam as famosas imagens surrealistas de desnaturalizar a vida cotidiana, mas criam outro tipo de imagem surrealista. O texto também analisa como dois filmes de Rouch, La Punition e Gare du Nord, dialogam com as ideias surrealistas.
Benjamin peret-surrealista-brasil-jean-puyadeEquipemundi2014
O documento descreve a trajetória do poeta surrealista francês Benjamin Péret, que viveu no Brasil entre 1929-1931. Ele era um membro radical do grupo surrealista que acreditava na necessidade de transformar a vida e a sociedade. Quando chegou ao Brasil aos 30 anos, Péret já tinha uma visão de mundo formada pelo seu envolvimento no movimento surrealista e sua experiência na Primeira Guerra Mundial. No Brasil, ele se abriu para novas experiências, mas permaneceu isolado artisticamente, devido ao seu compromisso com o surre
1) O documento é uma resenha do livro "A aventura surrealista: cronologia do surrealismo" de Sérgio Lima que explora a história do movimento surrealista.
2) Sérgio Lima procura analisar o movimento surrealista da perspectiva de um poeta crítico que participou do movimento.
3) O livro fornece uma cronologia não linear do movimento surrealista e estabelece conexões entre a história literária brasileira e internacional.
Este documento analisa o romance "A Torre da Barbela", do escritor português Ruben A., relacionando-o com o debate entre o Neo-Realismo e o Surrealismo na literatura portuguesa da década de 1950. O documento explica como a obra de Ruben A. se aproxima dos ideais surrealistas de liberdade criativa e primazia da imaginação em vez dos princípios realistas do Neo-Realismo. A narrativa fantástica de "A Torre da Barbela" é interpretada como uma crítica à imagem ideal
1) O documento discute a parceria entre o cineasta Alfred Hitchcock e o pintor surrealista Salvador Dalí no filme Spellbound (1945), especificamente na criação de uma sequência onírica.
2) A sequência onírica criada por Dalí incorpora características-chave do surrealismo como o sonho, o olho, a psicanálise e o erotismo.
3) Infelizmente, partes da sequência criada por Dalí foram cortadas pelo produtor contra a vontade de Hitchcock.
O documento descreve a história do rádio, desde suas descobertas iniciais por Hertz e Landell de Moura na década de 1880 até sua popularização nos dias atuais. Detalha os marcos do desenvolvimento do rádio como a primeira transmissão de voz por Landell de Moura em 1893 e a fundação da primeira emissora brasileira por Roquette Pinto e Morize em 1923. Aponta também que o rádio ainda é o meio de comunicação mais acessível, presente em 98% dos lares brasileiros.
O documento discute os conceitos de mídia, meios de comunicação e veículos. Apresenta detalhes sobre o departamento de mídia de uma agência, incluindo suas funções. Também fornece informações sobre jornais, revistas e propaganda ao ar livre como veículos de mídia.
O documento descreve a evolução das comunicações ao longo da história, desde as pinturas rupestres dos povos primitivos até as modernas formas de comunicação como televisão, rádio e telefone. Começou com sinais de fumo e sons, depois pombos-correio e mensageiros a cavalo, até a invenção da escrita e impressão que revolucionaram a comunicação.
A evolução da publicidade e o rádio no brasilEquipemundi2014
O documento descreve a evolução da publicidade no rádio brasileiro entre 1922 e 1990, dividido em 4 etapas: 1) 1922-1930, quando foram descobertos os primeiros formatos de anúncio; 2) 1930-1960, período de expansão e consolidação dos investimentos publicitários no rádio; 3) 1960-1980, quando o rádio sofreu mudanças devido à presença crescente da televisão; 4) a partir de 1980, com a transição para um novo modelo de mercado.
1. Princípios, Natal, v. 14, n. 21, jan./jun. 2007, p. 55-65.
Jonh Locke e o realismo científico
Marcos Rodrigues da Silva*
Resumo: Este artigo tem por objetivo discutir a inserção de John Locke na filosofia
do realismo científico no que diz respeito ao debate realismo/empirismo. Para
atingir este objetivo apresentarei a hipótese de Maurice Mandelbaum de que, com
relação ao problema da explicação científica, Locke parece estar alinhado com os
realistas. Para discutir esta hipótese, procurarei oferecer uma caracterização de
empirismo que seja apropriaada para o debate realismo/empirismo – caracterização
esta que buscarei na filosofia de Bas van Fraassen. Contudo, por meio desta análise,
não pretendo forçar o leitor à conclusão de que Locke não é um empirista; pois, por
mais que a conclusão deste artigo seja a de que Locke, com respeito ao problema
da explicação científica, não é um empirista, não se segue disto que Locke, com
respeito a outros problemas filosóficos, não o seja.
Palavras-chave: Empirismo, Filosofia da ciência, John Locke, Maurice
Mandelbaum, van Fraassen
Abstract: This article has as its aim to discuss the insertion of John Lock in the
philosophy of scientific realism in what concerns to the debate realism/empiricism.
To achieve this goal I’ll present the hypothesis of Maurice Mandelbaum in which,
on the topic of to the scientific explanation’s problem, Lock seems to be on the
same path as the realists. To discuss this hypothesis I’ll present a characterization of
empiricism which is appropriate to the debate realism/empiricism – characterization
that I’ll look for in Bas van Fraassen. However, through this analysis, I do not
intend to push the reader to the conclusion that Locke isn’t an empiricist, because,
even being the conclusion of this article that, about to the problem of the scientific
explanation, he is not an empiricist, it doesn’t mean that, in relation to other
philosophical concernments, he isn’t as well.
Keywords: Empirism, John Locke, Maurice Mandelbaum, Philosophy of Science,
van Fraassen
Introdução
Parece algo altamente anti-intuitivo afirmar que John Locke não é
um filósofo empirista. Seu tratamento acerca do problema da
recepção das idéias, do conhecimento a priori, da percepção etc nos
*
Professor adjunto da UEL (Londrina). E-mail: mrs.marcos@uel.br. Artigo
recebido em 30.09.2007 e aprovado em 20.11.2007.
2. Marcos Rodrigues da Silva56
impede, por certo, de classificá-lo fora do empirismo. Não obstante,
algumas passagens do texto de Locke colocam dúvidas taxonômicas
para o historiador do empirismo e, na hipótese de Maurice
Mandelbaum, tais dúvidas se acentuam ainda mais, sobretudo
quando comparamos os programas de Locke e Berkeley. Estas
passagens, é bom registrar, não dizem respeito à discussão
racionalismo/empirismo, mas ao debate realismo/anti-realismo
(sendo o empirismo um representante deste último). Aqui, focarei a
filosofia de Locke apenas no que toca ao debate realismo/anti-
realismo, que será denominado, neste artigo, debate
realismo/empirismo. Apresentarei a hipótese de Mandelbaum de
que, com relação ao problema da explicação científica (que é, em
linhas gerais, o ponto central da disputa entre realistas e empiristas),
Locke parece estar alinhado com os realistas1
. Para discutir esta
hipótese, procurarei oferecer uma caracterização de empirismo que
seja apropriaada para o debate realismo/empirismo – caracterização
esta que buscarei na filosofia de Bas van Fraassen. Contudo, por
meio desta análise, não pretendo forçar o leitor à conclusão de que
Locke não é um empirista; pois, por mais que a conclusão deste
artigo seja a de que Locke, com respeito ao problema da explicação
1
De modo geral realistas argumentam que a aceitação de uma teoria bem sucedida
empiricamente implica a crença na sua verdade e, se a teoria contém entidades e
processos inobserváveis, aceitá-la significa acreditar igualmente na existência
destas entidades e processos; esta crença é fundamental, alegam os realistas, se
queremos preservar a idéia de que a ciência expressa conhecimento. Naturalmente
esta é uma apresentação simplificada do realismo científico; com efeito, é a
apresentação (igualmente sumária) de um (dos tantos disponíveis) argumento
realista: o argumento da inferência da melhor explicação. A importância deste
argumento reside em sua ênfase epistemológica; ou seja: por meio deste
argumento se pode compreender o realista científico como um filósofo que atribui
ao cientista boas razões (no caso, o sucesso de uma teoria) para suas crenças em
inobserváveis. Deste modo, por meio deste argumento, os cientistas têm boas
razões para crer em inobserváveis tendo em vista o sucesso das teorias que os
abrigam. Para importantes referências acerca da apresentação e discussão do
argumento da inferência da melhor explicação a partir de uma perspectiva realista
sugere-se Lipton (1991) e Psillos (1999).
3. Jonh Locke e o realismo científico 57
científica, não é um empirista, não se segue disto que Locke, com
respeito a outros problemas filosóficos, não o seja.
Este breve artigo inicia com uma rápida apresentação da
caracterização de empirismo de Bas van van Fraassen. Em seguida,
de posse dessa caracterização, procuro aplicá-la à a um aspecto da
filosofia de Locke, a saber, sua discussão da idéia de solidez.
Concluo o artigo mostrando que, apesar de Locke ter violado a
caracterização de empirismo de van Fraassen, não se segue que ele
não deva ser considerado um empirista, uma vez que a
caracterização de van Fraassen parece bastante apropriada para o
problema da explicação científica, mas não o é necessariamente para
outros problemas que estão presentes na literatura empirista.
1 Bas van Fraassen e uma caracterização do empirismo2
Em seu Empirical Stance van Fraassen retoma uma proposta já em
curso desde ao menos 1994 (van Fraassen, 1994), proposta esta que
diz respeito a uma caracterização da filosofia empirista. Em linhas
gerais o argumento de van Fraassen é de que o empirismo não é uma
filosofia contrária ao realismo científico, uma vez que um empirista
(ao contrário de um realista) não precisa se comprometer com teses
epistemológicas acerca da realidade. Um realista é aquele que
acredita que as entidades inobserváveis postuladas por uma teoria
científica realmente existem3
; um empirista, ao contrário, não afirma
que elas não existem. Ao invés da crença o empirista precisa adotar
uma atitude (stance); no caso, ele deve rejeitar explicações por
postulados (que remetem a inobserváveis) e deve rejeitar a própria
demanda pelas explicações por postulados. É importante registrar
que van Fraassen não rejeita a idéia de que a ciência deve procurar
explicações; o que ele pretende é interditar a demanda por um certo
2
Este artigo não tem como objetivo reconstruir a argumentação de van Fraassen
acerca de sua caracterização da atitude empirista. Para esta reconstrução (e apenas
para esta reconstrução) ver Silva (2005a).
3
Isto não significa que esta crença seja desqualificada. Nos últimos tempos os
realistas têm procurado sofisticar cada vez mais as razões para esta crença; um
exemplo disto é o argumento da inferência da melhor explicação, apresentado
sumariamente na nota anterior.
4. Marcos Rodrigues da Silva58
tipo de explicação: explicações que garantam a crença na existência
de inobserváveis. (Isto não significará, é claro que o empirista
deverá acreditar que os inobserváveis não existam.)
De acordo com van Fraassen, ao crer na existência das
entidades inobserváveis da ciência, o realista adota uma posição
filosófica, posição esta expressa por algum enunciado tal como: “eu
acredito na existência de entidades inobserváveis das melhores
teorias científicas vigentes”. Para van Fraassen, este enunciado é
distintivo da posição a ser assumida; portanto, um empirista, ao
assumir sua posição filosófica, teria de acreditar em algum
enunciado rival, tal como: “eu não acredito na existência de
entidades inobserváveis das melhores teorias científicas vigentes”,
ou ainda: “a experiência é a única fonte de informação sobre a
realidade”. O problema, para van Fraassen, seria a sustentação deste
enunciado empirista, sustentação esta que, de acordo com o autor
(2002, p. 41), não é possível de ser obtida. Assim se coloca a
pergunta: se o empirista não consegue enunciar sua posição
filosófica – ou seja: não consegue justificar sua crença -, talvez esta
filosofia nem chegue a ser uma posição filosófica. Entretanto, como
nenhum empirista gostaria de alcançar esta conclusão, van Fraassen
propõe que uma filosofia empirista não é uma posição filosófica que
se estruture em crenças acerca da realidade; ao invés da crença o
empirista deve adotar uma atitude (stance).
Esta caracaterização de empirismo proposta por van
Fraassen é bastante adequada para discussões a respeito do problema
do significado cognitivo da ciência, problema para o qual ele
apresenta sua própria alternativa: o empirismo construtivo (van
Fraassen, 1980). Como um dos objetivos de van Fraassen não é o de
desqualificar o realismo mas sim o de mostrar que há ao menos uma
outra alternativa para tratar do problema acima mencionado, então
pode-se compreender por que, em sua caracterização de empirismo,
o empirista não tenha necessidade de se preocupar com questões de
crença. Pois, para van Fraassen, é possível explicar o sucesso da
ciência (e com isso seu significado cognitivo) a partir de outros
parâmetros que não o exclusivamente epistemológico; seria possível,
5. Jonh Locke e o realismo científico 59
por exemplo, explicar o sucesso a partir de parâmetros pragmáticos
– levando-se em consideração outras razões (pragmáticas) que não
apenas a crença dos cientistas nos mecanismos inobserváveis que
sempre acompanham as melhores teorias científicas (cf. van
Fraassen, 1980, p. 83). Deste modo um empirista pode explicar o
sucesso da ciência sem estar comprometido com a crença em
observáveis4
, uma vez que os fatores pragmáticos mencionados
acima também transcendem o observável (ainda que não remetam a
inobserváveis). Por outro lado, é claro, o empirista não deve se
comprometer com a crença em inobserváveis. A conclusão de van
Fraassen nos conduz portanto a deslocar a discussão do significado
da ciência do âmbito da epistemologia para o domínio da
pragmática.
Fundamentalmente a caracterização de van Fraassen sugere
ao empirista uma forma de escapar do seguinte dilema: ou as
explicações científicas remetem a inobserváveis ou tornam-se
desinteressantes e deficitárias (cf. Wilson, 1985, p. 138). Deverá ser
possível ao empirista encarar este dilema e tentar mostrar que ele
pode evitado. A impressão que se tem é a de que Locke tentou
resolver o dilema.
2 Locke e o realismo
De acordo com a hipótese de Mandelbaum (cf. Mandelbaum, 1964,
p. 1), John Locke havia sido (como Boyle e Newton) um atomista.
Ora, a adoção de uma posição como esta, no interior de uma disputa
a respeito do significado cognitivo da ciência, não é nada
4
Embora deva deixar claro que, em caso de alguma crença estar envolvida, esta
crença será naquilo que van Fraassen denomina de “adequação empírica” da
teoria; ou seja: crença naquilo que a teoria afirme a respeito de observáveis (cf.
van Fraassen, 1980, p. 12). Este é um aspecto da filosofia da ciência de van
Fraassen que é freqüentemente explorado pelos críticos do empirismo construtivo,
sobretudo tendo em vista a relação que este aspecto apresenta com a filosofia
empirista, cujas teses acerca da obtenção e justificação do conhecimento (em
geral, e não apenas conhecimento científico) são sempre rejeitadas pelos realistas.
Para algumas críticas no que diz respeito ao aspecto epistemológico (empirista) do
anti-realismo de van Fraassen ver Psillos (1996, p. 34) e Alspector-Kelly (2001, p.
422).
6. Marcos Rodrigues da Silva60
desprezível, uma vez que ela implica uma concepção filosófica que
é decisiva para a compreensão de um certo posicionamento em
relação à ciência; a adoção de uma metafísica atomista é altamente
relevante para, de acordo com a caracterização de empirismo
utilizada, investigarmos se o próprio Locke poderia enquadrar-se
numa tal caracterização. Vejamos então como se pode apresentar a
relação entre atomismo e empirismo em Locke, e quais suas
conseqüências para este artigo. Em nossa discussão nos centraremos
apenas na apresentação que Locke faz do conceito de “solidez”.
Dada a tradicional concepção lockeana de que todo
conhecimento deriva-se da experiência, como se pode admitir que
determinadas estruturas imperceptíveis (partículas insensíveis)
expliquem o comportamento de objetos diretamente perceptíveis?
Esta situação é encontrada na seguinte passagem, sobre a idéia de
solidez: “Recebemos a idéia [de solidez] pelo tato ... Denomino de
solidez aquilo que impede a aproximação de dois corpos quando se
movem em direção um ao outro ... Esta, de todas as outras, parece
ser a idéia mais intimamente conectada com o corpo e essencial a
ele, de modo que não deve ser encontrada ou imaginada em lugar
algum exceto na matéria. Embora nossos sentidos, exceto em
grandes quantidades de matéria, não a observem numa grandeza
suficiente para causar uma sensação em nós, a mente, tendo uma vez
obtido esta idéia a partir de tais corpos sensíveis mais volumosos,
leva-a adiante e considera-a, assim como a figura, como as
partículas mais diminutas da matéria que possam existir; e descobre-
a inseparavelmente inerente ao corpo, mesmo que este se
modifique” (Ensaio II, IV, p. 1). A passagem é bastante clara: por
um lado fica evidenciado o compromisso de Locke com o alguma
forma de empirismo, por outro porém se percebe que a mente,
partindo da experiência, transcende o sensível e alcança algum
conhecimento acerca da realidade.
É importante enfatizar que Locke está enunciando uma tese
acerca da realidade. Porém isto, de acordo com Larry Laudan
(1981), não teria maiores problemas, uma vez que Locke não o faz
de maneira categórica, mas ancorado numa posição falibilista. De
7. Jonh Locke e o realismo científico 61
acordo com Laudan (1981, p. 62) há uma distinção, produzida pelo
próprio Locke, entre conhecimento e julgamento, e seria nesta
última categoria que se enquadraria, por exemplo, uma tese acerca
da “correspondência” entre uma proposição acerca de um evento
observável (os corpos sensíveis volumosos) e outra que fizesse
referência a inobserváveis (as partículas mais diminutas da matéria);
pois, para Locke (Ensaio IV, XIV, p. 4), “julgar é presumir que as
coisas são assim, sem percebê-las”. Portanto Locke não é um
infalibilista e muito menos um correspondentista. Além disso, para
Laudan, a explicação do funcionamento dos processos
inobserváveis, em Locke, se dá mediante o uso da analogia (1981, p.
62-63), e não por acesso epistêmico aos inobserváveis. Agora, como
funciona esta analogia? De acordo com Mandelbaum (1964, p. 53),
ela parte dos efeitos observáveis para as causas inobserváveis; mais
importante: as causas inobserváveis são postuladas como
estruturalmente análogas aos efeitos percebidos, e portanto uma
explicação, para Locke, seria construída por analogia a partir
daquilo que é efetivamente observado.
O problema então se dá pelo fato de que, a despeito de partir
da experiência, Locke, mediante o uso da analogia, viola uma das
regras do empirismo tal como caracterizado por van Fraassen. Pois
mesmo que se aceite a distinção enfatizada por Laudan, não se pode
negar a pressuposição (ainda que num nível explicativo, ou melhor,
sobretudo no nível explicativo) da crença na existência de entidades
inobserváveis por parte de Locke. Ou seja, conquanto Locke tenha
proposto um método hipotético para a avaliação da ciência (cf.
Laudan, 1981, p. 60), o que importa (ao menos para este artigo) é a
forma pela qual são introduzidas as entidades inobserváveis; e esta
forma, inegavelmente, se identifica com o realismo científico5
.
Não parece restar dúvida de que Locke estava de fato
procurando, mesmo mantendo sua fidelidade a certos princípios
empiristas, uma explicação para os efeitos observáveis por meio do
5
Para Michael Devitt este procedimento de Locke – da experiência para o
inobservável – é típico de uma forma de realismo, o realismo representativo (cf.
Devitt, 1997, p. 67).
8. Marcos Rodrigues da Silva62
apelo a causas inobserváveis, ainda que por analogia. Ora, não seria
exatamente este procedimento que seria depois criticado por
Berkeley em seu De Motu? De acordo com Berkeley, uma
explicação científica não precisa estar comprometida com causas
inobserváveis; mas não pelo fato de que tais causas não existam,
mas sim porque é possível explicar os fenômenos de modo mais
econômico, a partir de parâmetros (empiristas, no sentido de van
Fraassen) mais modestos6
. Este modo mais econômico, por sua vez,
não significará que a explicação estará fundamentada na
experiência7
, mas também não significará que se deva apelar a
inobserváveis. (Neste sentido Berkeley é um dos que não aceitou o
dilema “ou explique a partir de inobserváveis ou a explicação será
deficitária”.) Para Berkeley explicar um fenômeno não é, como
parecia ser para Locke, explicar a partir de causas inobserváveis (cf.
De Motu, 17); tampouco é explicar a partir da própria experiência
(cf. De Motu 31); com efeito, para Berkeley, explicar um fenômeno
é apresentar a conexão entre o próprio fenômeno e as leis que o
regem (cf. De Motu, 16/17)8
.
6
Este parâmetro modesto seria seu instrumentalismo, o qual pode ser considerado
uma posição filosófica que nega que as leis científicas devam ser consideradas
verdadeiras. Uma apresentação do instrumentalismo de Berkeley feita pelo autor
pode ser conferida em Silva (2003).
7
Alhures argumentei, baseado em Newton-Smith (1985, p. 165) que o
instrumentalismo de Berkeley não está fundamentado em sua posição empirista
geral, fenomenalista (Silva, 2005b). Contudo acredito que, apesar de não estar
fundamentado em sua epistemologia empirista, o instrumentalismo de Berkeley
possui efetivamente uma forma de relação com esta esta epistemologia empirista;
ou seja: sua epistemologia empirista ocupa um papel em seu instrumentalismo. Há
um artigo em preparação no qual tratarei desta relação.
8
Deve-se também lembrar que alguns comentaristas de Berkeley não são
simpáticos à idéia de que Berkeley se preocupava com o problema da explicação
científica. Para Newton-Smith, Berkeley não estava interessado no problema da
explicação científica (Newton-Smith, 1985, p. 153), tendo em vista que ele tratava
os termos científicos como não possuindo significado; ou seja: como ficções úteis.
Para Buchdahl (1988, p. 285), Berkeley teria feito um movimento que o permitiria
aceitar o uso dos termos da mecânica, mas sem contudo atribuir-lhes significado.
Para Popper (1994, p. 136), Berkeley distingue entre termos significativos (com
referência empírica) e não-significativos (sem referência). Em outro artigo (Silva,
9. Jonh Locke e o realismo científico 63
Conclusão
John Locke nunca deixou de ser um empirista, pois a experiência,
para ele, é sempre a fonte que deve ser acionada para a busca de
conhecimento; no entanto é preciso registrar a robusta convicção
lockeana de que os objetos existem independentemente do
conhecimento humano; e, além de existirem, existem de uma certa
forma e por uma certa razão: por sua constituição atômica, a qual
causa a idéia que temos de um certo corpo (cf. Mandelbaum, 1964,
p. 60). Portanto, por mais precário que seja o conhecimento que
temos desta constituição (e ele, para um empirista, sempre será
precário), ele é ainda uma boa razão para formarmos crenças
garantidas sobre o mundo externo (cf. Mandelbaum, 1964, p. 54); e,
se o ponto em questão para a avaliação da inserção de Locke no
empirismo tal como caracterizado por van Fraassen é menos uma
questão de alcance do conhecimento (na qual Locke estaria
emparelhado com outros empiristas) do que propriamente de
justificação de crenças a partir da experiência, parece que Locke está
bastante distante da caracterização proposta por van Fraassen9
.
Evidentemente seria uma injustiça condenar os esforços de
Locke de interpretar a ciência e, com base no resultado destes
esforços, considerá-lo um “não-empirista” pois, se é verdade que
Locke admitiu uma ontologia e uma epistemologia que continha e
remetia a inobserváveis, também é verdade que são suas algumas
das declarações mais contundentes contra o conhecimento a priori
das causas dos fenômenos observáveis; e, diante disso, parece
inegável que Locke deva ser considerado um empirista. Talvez, e
esta é minha hipótese, Locke não deva ser incluído na tradição
empirista tal como caracterizada por van Fraassen. Mas é claro que
fica aqui a questão de saber se esta caracterização é, de modo geral,
2006) apresentei a proposta de considerar Berkeley como um filósofo cuja
concepção da ciência nem sempre está comprometida com análise de termos, o
que poderia ser evidenciado por algumas passagens do De Motu, tais como os
parágrafos 11 e 43.
9
Em todo caso, permanece a questão de uma avaliação mais ampla da própria
filosofia da ciência de Locke, algo que não esteve presente no objetivo deste
artigo.
10. Marcos Rodrigues da Silva64
oportuna – questão esta que foge aos limites tanto do artigo quanto
de minha compreensão atual sobre o tema. Em todo caso o que
posso dizer é que, direcionada para a discussão realismo/anti-
realismo, ela é bastante promissora.
Referências
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