1. Módulo 2
Tópicos Especiais em
Pedologia
SOLOS FRÁGEIS:
CARACTERIZAÇÃO, MANEJO
E CONSERVAÇÃO
Curso on line
2. DR. TONY JARBAS F. CUNHA
CV: http://lattes.cnpq.br/4906217153123309
3. AGROECOLOGIA
Tópicos Especiais em Pedologia
SOLOS FRÁGEIS
CARACTERIZAÇÃO, MANEJO E CONSERVAÇÃO
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DR. TONY JARBAS F. CUNHA
4. Potencial
Potencial
Potencial
SOLOS FRÁGEIS E O SISTEMA AGRÍCOLA PRODUTIVO NO
CONTEXTO DA AGROECOLOGIA
FATOR CLIMA ENERGIA
FATOR PLANTA GENÉTICA
FATOR SOLO FERTILIDADE
MÁXIMA
PRODUTIVIDADE
ECONÔMICA
5. FATOR CLIMA ENERGIA
FATOR PLANTA GENÉTICA
FATOR SOLO FERTILIDADE
FATORES DA MÁXIMA PRODUTIVIDADE ECONÔMICA NO
CONTEXTO DA AGROECOLOGIA
ESTRUTURA
DO SOLO
Água
Calor
Oxigênio
Permeabilidade
pH
Nutrientes
QUALIDADE DA
MATÉRIA
ORGÂNICA DO
SOLO
Luz Calor Precipitação
Tipo agronômico Adaptabilidade
GRAMINEAS
LEGUMINOSAS
OLEAGINOSAS
DR. TONY JARBAS F. CUNHA
6. Enfoque elementar
Corpo componente da paisagem natural, constituído por uma matriz
de sólidos que abriga líquidos, gases e organismos vivos.
Complexo físico-químico-biológico dotado de características e
propriedades resultantes de efeitos do clima, do relevo, do tempo e da
atividade biológica atuantes sobre o material de origem - processos
pedogenéticos -, bem como da ação antrópica.
O SISTEMA SOLO
7. Enfoque funcional - conservacionista
Recurso natural não renovável,
patrimônio da coletividade, essencial à vida
e à soberania do país, independentemente
de sua utilização e posse.
A utilização do solo interfere na qualidade do
ambiente
- clima, ar, água e biodiversidade -,
na produção agrícola, na segurança alimentar, na
saúde humana e no desenvolvimento da nação.
O SISTEMA SOLO
8. Enfoque funcional - genérico
Meio natural onde se desenvolvem as plantas, atuando como elemento de
suporte e de disponibilização de água e nutrientes.
Enfoque funcional - sistema agrícola produtivo
Fator componente e determinante da produtividade do sistema, em razão
de limitações de sua fertilidade.
O SISTEMA SOLO
Máxima produtividade econômica
X
Máxima produtividade física
beegreen.eco.br
9. SOLOS FRÁGEIS
Ausência de definições precisas sobre solos frágeis nem um sistema de classificação ou tipologia
das diferentes fragilidades.
Na literatura internacional: “soil fragility e fragile soil” solos de textura mais arenosa, com
teores baixos de matéria orgânica e baixa estabilidade dos agregados, ou, ainda, solos de
relevos declivosos e suscetíveis à erosão hídrica.
No Brasil, o termo “solo frágil” com frequência designa solos com elevado risco de degradação,
principalmente por ação antrópica em áreas agrícolas, como ocorre nos locais com riscos de
salinização, deslizamento de encostas, compactação e erosão hídrica e eólica.
10. Solos frágeis
Para a construção civil - baixa capacidade de suporte de cargas.
Para a engenharia sanitária - baixa capacidade de suporte de resíduos, com potencial de
toxicidade e risco de poluição dos recursos hídricos.
11. Solos frágeis
* São aqueles muito vulneráveis à degradação
*Solos de textura superficial arenosa
*Facilmente degradados, baixa resistência
*Alta susceptibilidade à erosão e baixa resiliência
Geralmente são mais suscetíveis à erosão hídrica e/ou eólica
do que os mais argilosos.
Podem referir-se também a:
*Presença de solos muito intemperizados, com ausência ou baixa reserva de nutrientes
*Solos com excesso de salinidade
*Solos situados em encostas íngremes; entre outros.
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12. Solos frágeis
• Características dos solos frágeis
*Baixo conteúdo de matéria orgânica
*Baixa estabilidade de agradados
*Ausência de estrutura
*Encontram-se em encostas declivosas
*Encontram-se em regiões áridas e semiáridas
*Apresentam baixa cobertura vegetal
*Baixa biodiversidade
*Pouca profundidade efetiva
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13. “Solos frágeis” e “Fragilidade do solo”
Nos remete a ideias de:
Sensibilidade
Suscetibilidade a alteração
Degradação e distúrbios
Mudanças nas condições naturais
Resiliência (tempo de retorno às condições de equilíbrio após perturbação)
14. RELACIONADA
Aos atributos naturais do solo
Profundidade, textura, impedimentos, pedregosidade, drenagem, relevo, etc.
Ser induzida por atividades antrópicas, ou, ainda, o efeito combinado de ambas.
NATUREZA DA FRAGILIDADE DOS SOLOS
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15. Resiliência
“O tempo necessário para que um sistema retorne a um estado específico de sua condição natural
até uma condição de equilíbrio após uma perturbação” ou “a habilidade do solo em resistir ou
recuperar-se de uma perturbação natural ou antropogênica, ou a habilidade de resistir a mudanças,
ou de retornar ao seu estado inicial” (Lal, 1997)
Solos com maior resiliência possuem maior capacidade de recuperar-se de uma perturbação, a
qual pode ser originada por processos naturais ou antrópicos.
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16. Fragilidade
Fragilidade ou alta sensibilidade de solos
Pode se referir ao solo como um todo, a um processo específico (erosão) ou a uma propriedade
específica (estrutura do solo).
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17. RESILIÊNCIA x FRAGILIDADE
Fragilidade do solo é um conceito relativo, que depende não só das características intrínsecas do
solo, mas também dos fatores externos, como declividade, cobertura vegetal,
tipo de uso (agrícola, urbano, industrial) e, principalmente, do manejo que lhe é aplicado.
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18. FRAGILIDE DO SOLO ? CONCEITO RELATIVO
Após a derrubada da mata para introdução de cultivos
agrícolas, o solo argiloso seria mais frágil à ação da erosão
hídrica devido a sua elevada declividade.
Se considerarmos a taxa de decomposição da matéria
orgânica, sua estrutura e a intensidade da lixiviação, o
arenoso poderia ser considerado mais frágil.
Conceituar, ou definir, o que seja um solo frágil, é difícil e
talvez nem seja possível.
O termo geralmente designa situações de alto risco
potencial de degradação do solo.
Solo arenoso Solo argiloso
Relevo plano Relevo forte ondulado
Floresta tropical
Albuquerquer et al. (2015)
19. FRAGILIDE DO SOLO ? CONCEITO RELATIVO
Solo arenoso Solo argiloso
Sistema de Avaliação da Aptidão
Agrícola das Terras
(RAMALHO FiLHO & BEEK, 1995)
A classe “6 ff” engloba “áreas de preservação da
fauna e flora, em função de sua fragilidade
ambiental, decorrente de condições especiais de
solo e/ou relevo e/ou clima”.
A FRAGILIDADE É DEPENDENTE DA
INTERAÇÃO DE VÁRIOS FATORES.
20. FRAGILIDADE INTRÍNSECA
*Relacionada a cada tipo de solo
Solos Arenosos ou de textura superficial arenosa > Solos Argilosos
*Relacionada à ação antrópica
Manejo inadequado
*Desmatamentos
*Queimadas
* Manejo inadequado do solo
Minimização
Manejo adequado do solo que favoreça
*Aumento do teor de MOS
*CTC
*Fertilidade
*Cobertura vegetal
FRAGILIDADE INDUZIDA Potencializa a Fragilidade intrínseca
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21. TIPOS DE FRAGILIDADE INTRÍNSECA DO SOLO
Fragilidade textural: Associada à elevada taxa de decomposição da matéria orgânica, à baixa
capacidade de troca de cátions e à fraca agregação das partículas.
*Latosssolos Vermelhos de textura média
*Parte dos Neosssolos Flúvicos
*Neossolos Quartarênicos
*Argissolos Arênicos e Aspessarênicos
*Argissolos Abrúpticos
*Plintosssolos Argilúvicos
Fatores texturais, estruturais, mecânicos, hídricos, químicos e ecológicos.
Albuquerquer et al. (2015)
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22. Fragilidade estrutural: Relacionada à fragilidade textural combinada com teor de matéria
orgânica e à mineralogia da fração argila.
*Solos com elevado teor de areia
*Solos com baixo teor de matéria orgânica
*Solos com baixo teores de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio
Formação de agregados instáveis
(Estrutura fraca)
TIPOS DE FRAGILIDADE INTRÍNSECA DO SOLO
Fatores texturais, estruturais, mecânicos, hídricos, químicos e ecológicos.
Albuquerquer et al. (2015)
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23. Fragilidade mecânica: Associada às características texturais e estruturais. Essa fragilidade se
relaciona à capacidade de suporte de cargas e à suscetibilidade à compactação.
*Solos arenosos mais densos maior capacidade de suporte
*Solos argilosos
* Redução na porosidade total
* Redução da macroporosidade
* Redução da condutividade hidráulica
* Aumento da densidade
* Aumento do escoamento superficial
* Aumento da resistência à penetração do sistema radicular
*Solos siltosos
* Baixa estabilidade de agregados
TIPOS DE FRAGILIDADE INTRÍNSECA DO SOLO
Fatores texturais, estruturais, mecânicos, hídricos, químicos e ecológicos.
Albuquerquer et al. (2015)
Elevada fragilidade mecânica
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24. Fragilidade hídrica: Ocorre tanto por deficiência como por excesso de água e também é
relacionada à textura, estrutura, relevo e permeabilidade do solo.
*Solos arenosos
*Predominância de macroporos
*Drenagem excessiva
*Baixa capacidade de armazenamento de água
TIPOS DE FRAGILIDADE INTRÍNSECA DO SOLO
Fatores texturais, estruturais, mecânicos, hídricos, químicos e ecológicos.
Albuquerquer et al. (2015)
Déficit hídrico em períodos de estiagem
Menor desenvolvimento das plantas
*Planossolos
*Gleissolos
*Espodossolos
*Organossolos
*Neossolos Flúvicos
Áreas Palústres Sob manejo
Acentuada decomposição da MOS
Ambiente Palústre
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25. Fragilidade química: Observada em solos com baixos teores de matéria orgânica e de argila,
os quais resultam em baixa CTC.
* Solos arenosos
* Solos muito intemperizados
TIPOS DE FRAGILIDADE INTRÍNSECA DO SOLO
Fatores texturais, estruturais, mecânicos, hídricos, químicos e ecológicos.
Albuquerquer et al. (2015)
Elevada saturação por alumínio
Elevado potencial de lixiviação de cátions
Parcelamento
da adubação
potássica
*Solos com excesso de sais – Região semiárida – Precipitação menor que a evapotranspiração
Solos Salinos - Solos sódicos - Salino-Sódicos
Toxidez Vegetal
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26. Fragilidade ecológica: Entendida como a relacionada ao ambiente em que o solo foi formado.
Alguns ecossistemas apresentam complexas interações durante sua formação, como, por
exemplo, as áreas palustres.
Ex: Ambiente da Floresta Amazônica.
*Rochas sedimentares e outras
*Solos muito intemperizados
*Solos com baixo teores de nutrientes
Ex: Ambiente do Cerrado.
*Solos intemperizados
*Solos alumínicos
*Solos com baixa saturação por bases
TIPOS DE FRAGILIDADE INTRÍNSECA DO SOLO
Fatores texturais, estruturais, mecânicos, hídricos, químicos e ecológicos.
Albuquerquer et al. (2015)
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27. Fragilidade por características biofísicas do ambiente: Entendida como a relacionada ao relevo
*Solos profundo e intemperizados
*Neossolos Litólicos
TIPOS DE FRAGILIDADE INTRÍNSECA DO SOLO
Fatores texturais, estruturais, mecânicos, hídricos, químicos e ecológicos.
Albuquerquer et al. (2015)
Ondulado
(8-20%)
Forte ondulado
(20-45%)
Montanhoso
(45-75%)
Pastagens perenes e Florestas
Cabeceiras de drenagem
Fluxo de água é mais concentrado e maior a erosão hídrica
Em condições naturais e com os demais fatores interferentes considerados
constantes pode-se estabelecer a seguinte sequência de resistência do solo à ação de
processos erosivos, em função da cobertura vegetal: Floresta > Campo > Cerrado > Caatinga
Floresta Campo Cerrado Caatinga
28. Classes Degradação do solo Resiliência do solo
Classes Degradação do
solo
Descrição Resiliência Descrição
0 Resistente Extremamente resistente ao estresse e muito estável Altamente resiliente Recuperação rápida.
Altamente tamponado
1 Ligeira Resistente ao estresse e estável Resiliente Recuperação com manejo
apropriado
2 Moderada Suscetível ao estresse e instável Moderadamente resiliente Lentamente recuperável
com alta adição de
insumos
3 Severa Altamente suscetível ao estresse e instável Ligeiramente resiliente Lentamente recuperável,
mesmo com mudança no
uso do solo
4 Extrema Extremamente suscetível e frágil Não resiliente Não recuperável, mesmo
com mudança no uso do
solo
Classes de degradação e de resiliência do solo. Adaptado de Lal (1997).
29. Indicadores de solos frágeis
* Conteúdo de matéria orgânica
Indica a capacidade do solo de resistir e/ou se recuperar dos processos de
degradação
* Estabilidade estrutural
Indica a capacidade do solo resistir à degradação
com a erosão acelerada (capacidade de infiltração do solo)
* Profundidade do solo/sistema radicular
solos rasos são mais vulneráveis à degradação por eles tem
limitada profundidade do sistema radicular
30. Indicadores de solos frágeis
* Cobertura vegetal
Solos descobertos são vulneráveis aos processos de erosão do solos, tanto
pelo vento com pela água
* Declividade
Solos em relevos movimentados são mais vulneráveis à erosão hídrica e aos
movimentos de massa
* Aridez
Falta de água e o principal fator limitante para os processos biológico e a
capacidade de recuperação
31. FRAGILIDADE DO SOLO x DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
FERTIRRIGAÇÃO
Neossolo Quartzarênico
32. Ocorrência de alguns solos frágeis no Brasil
Ambientes dos Solos arenosos: Constituem as áreas com predomínio de solos de textura superficial
arenosa. Apresentam fragilidade textura, estrutural e química.
Neossolos Qurtzarênicos
33. Características
Desenvolvidos de arenitos
* Latossolos Vermelhos textura média
* Argissolos Vermelhos, Amarelos e Vermelho-Amarelos
(abrúpticos, arênicos e espessarênicos)
* Neossolos Quatzarênicos
Ocorrem no:
* Sudoeste do Rio Grande do Sul na região da depressão central e campanha (Planossolos)
Em maiores altitudes (Argissolos e Latossolos)
* Noroeste do Paraná – Arenito caucaia – Neossolos Quartzarênicos
*Bacia Amazônica
*Litoral Brasileiro
*Oeste Baiano
Fragilidade textural e estrutural – relevo ondulado e suave ondulado – Erosão
Fragilidade Química – Baixo teor de matéria orgânica e baixa CTC
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34. Ocorrência de alguns solos frágeis no Brasil
Ambientes das Encostas Basálticas: São áreas fortemente dissecadas pela erosão geológica,
formando superfícies erosionais e deposicionais com encostas, patamares e morros. Nas áreas com
superfícies declivosas, formam-se Neossolos Litólicos e Cambissolos.
Neossolo Litólico Cambissolo
35. Características
Desenvolvidos de basalto
* Neossolos Litólicos e Cambissolos (Relevo movimentado)
* Nitossolos e Chernossolos (Relevo menos movimentado)
Ocorrem no:
* Sudoeste e sul do Brasil
Fragilidade intrínseca – relevo ondulado e suave ondulado – Erosão
Transformação de Chernossolos em Cambissolos por perda de parte do horizonte A
Chernozêmico pelo uso agrícola
(Videira, Soja, Milho e tabaco)
36. Ocorrência de alguns solos frágeis no Brasil
Ambientes das serras litorâneas: São regiões com relevo forte ondulado ou montanhoso combinado
com clima úmido e quente.
Argissolo Cambissolo Latossolo
37. Características
Desenvolvidos de Granitos, Migmatitos, Gnaisse e Rochas Sedimentares
* Argissolos, Latossolos e Cambissolos
Ocorrem no:
* Sudoeste e sul do Brasil
Fragilidade intrínseca – Relevo Forte Ondulado e Montanhoso – Erosão
38. Ocorrência de alguns solos frágeis no Brasil
Ambientes dos Vertissolos e Neossolos: Elevada fertilidade química natural, altos valores de pH,
soma e saturação por bases e CTC, predomínio de argilominerais expansíveis. Entretanto,
possuem baixa permeabilidade e excessiva plasticidade, pegajosidade e contração/expansão.
Vertissolo Neossolo
Ambiente de ocorrência de vertissolos
39. Características
Desenvolvidos de Calcário e outros
* Vertissolos e Neossolos
Ocorrem no:
* Sul do Rio Grande do Sul campanha Gaúcha (Vertissolos, Neossolos Litólicos e Regolíticos)
(Vegetação campestre – Quando submetidos ao uso – Problemas expansão e contração)
* Região central do Acre
* Região Semiárida
* Outros locais
Fragilidade intrínseca – Relevo Forte Ondulado e Montanhoso – Erosão
Rovedder (2013)
40. Ocorrência de alguns solos frágeis no Brasil
Ambientes de Áreas palustres e restingas: Apresentam excesso permanente ou temporário de água
que causam hidromorfismo, favorecendo os processos de redução, ou oxiredução. Obs: Tiomorfismo.
Ambiente de Restinga
Gleissolo Tiomórfico
Organossolo
Ambiente Palústre
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41. Características
Excesso permanente ou temporário de água
• Hidromorfismo - Processos de redução e oxirredução
• Tiomorfismo
• Solos variados (Espodossolos, Gleissolos, Organossolos, Planossolos)
• Excesso de sais e sódio
• Gleização e paludização
• Possuem vegetação específica - Ecossistemas variados
* Manguezais
* Florestas Hidrófilas e Higrófilas de várzea
* Restingas (Espodossolos ácidos)
* Veredas
* Pantanais ou campos de várzea
Alta fragilidade intrínseca ( Ácidos e pobres em nutrientes)
Coelho, (2008) e Magalhães (2013)
43. NEOSSOLOS LITÓLICOS
ASPECTOS GERAIS
•Solo pouco desenvolvido (sem horizonte B diagnostico)
•Solo raso (contato lítico dentro de 50 cm) e geralmente pedregoso
•Formado a partir de qualquer rocha
•Predomínio de atributos físicos, químicos e mineralógicos herdados do M. O.
44. NEOSSOLOS LITÓLICOS
Potencialidades
•Alta fertilidade natural quando derivados de rochas básicas e/ou de calcários
•Área de empréstimo para a construção civil
Expressões de fragilidade
•Pequena profundidade efetiva
•Pequena capacidade de armazenamento de água
•Pedregosidade e rochosidade generalizada onde ocorrem
•Alta susceptibilidade à erosão
•Relevo movimentado
Indicações de uso
•Pastagem natural
•Cultivo de subsistência em áreas planas
•Preservação ambiental
•Exploração de rochas
45. NEOSSOLOS LITÓLICOS
M. O. ARENITOS M. O. GRANITOS OU GNÁISSES M. O. ROCHAS BÁSICAS
M. O. BIOTITA XIXTO
Fertilidade X Material de Origem (M. O.)
Fertilidade do solo
(100 % Quartzo) (Feudspatos K+) (Mica K+) (silicatos Fe/Mg)
46. NEOSSOLOS REGOLÍTICOS
ASPECTOS GERAIS
•Solo pouco desenvolvido sem horizonte B diagnóstico, típico no ambiente semiárido
•Presença de minerais primários de fácil alteração
•Textura mais frequente na faixa de arenosa a média
•Pequena diferenciação dos horizontes no perfil
47. NEOSSOLOS REGOLÍTICOS
Potencialidades
•Disponibilidade de reserva de nutrientes para os vegetais
•Potencial baixo a médio para agricultura irrigada
•Permitem a mecanização agrícola
•Drenagem boa a moderada
•Relevo pouco movimentado
Expressões de fragilidade
•Baixa capacidade de retenção de água
•Fertilidade natural baixa
•Baixos teores de matéria orgânica do solo
•Pequena profundidade efetiva
Indicações de uso
•Cultivos de subsistência
•Pastagem
•Pecuária extensiva Agricultura irrigada
•Base para construção de estradas e casas
48. NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS
ASPECTOS GERAIS
•Solo pouco desenvolvido sem horizonte B diagnóstico
•Derivado de rochas ou sedimentos de natureza essencialmente quartzoza
•Solos com sequencia de horizontes A – C
•Textura areia ou areia franca até 1,5 m de profundidade
•Pequena diferenciação de horizontes no perfil
49. NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS
Potencialidades
•Potencial baixo a médio para agricultura irrigada (tecnologia)
•Grande profundidade efetiva
•Forte a excessivamente drenados
•Permitem a mecanização agrícola
•Relevo pouco movimentado
Expressões de fragilidade
•Textura arenosa
•Baixa a muito baixa capacidade de retenção de água
•Fertilidade natural muito baixa
•Baixos teores de matéria orgânica do solo
•Elevado risco de contaminação das águas subterrâneas
Indicações de uso
•Agricultura irrigada (fruticultura) e pastagem
•Pecuária extensiva e preservação ambiental
•Fonte de areia para construção civil
50. NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS E A
RETENÇÃO DE ÁGUA
TEXTURA (areia-franca)
TEXTURA (areia)
Menor retenção de água Maior retenção de água
51. NEOSSOLOS FLÚVICOS
ASPECTOS GERAIS
•Solo profundo e pouco desenvolvido derivado de sedimentos fluviais
•Não apresenta horizonte B diagnóstico
•Solo estratificado com variação de textura e do teor de C-orgânico em profundidade
•Fertilidade natural variável
52. NEOSSOLOS FLÚVICOS
Potencialidades
•Média a alta fertilidade natural
•Relevo plano
•Bom potencial para agricultura, inclusive irrigada
•Permite a mecanização agrícola
Expressões de fragilidade
•Risco de inundação periódica
•Risco de salinização e de solonização
•Restrição de drenagem
•Restrição de uso devido a legislação ambiental
Indicações de uso
•Agricultura irrigada
•Culturas agrícolas anuais e pastagem
•Pecuária extensiva
•Preservação ambiental das margens dos rios (Mata ciliar)
53. ASPECTOS GERAIS
•Solo pouco desenvolvido com horizonte B incipiente
•Presença de minerais primários facilmente alteráveis
•Material de origem (rochas e sedimentos) muito diversificados
•Heterogeneidade de atributos morfológicos, físicos, químicos e mineralógicos
CAMBISSOLOS
54. Potencialidades
•Disponibilidade de reservas de nutrientes
•Boa capacidade de armazenamento de água
•Solos com bom potencial para agricultura irrigada
Expressões de fragilidade
•Risco de inundação no ambiente de várzea
•Alto teor de alumínio
•Pedregosidade e rochosidade
•Risco de erosão
•Relevo movimentado
Indicações de uso
•Culturas agrícolas de ciclo curto e/ou perenes
•Agricultura irrigada e pastagem
•Preservação ambiental
CAMBISSOLOS
55. CHERNOSSOLOS
ASPECTOS GERAIS
•Solo rico em bases e argila de atividade alta
•Horizonte superficial enriquecido em matéria orgânica de cor escura (preto)
(A chernozêmico)
•Solo desenvolvido a partir de rochas básicas, ricas em minerais
ferromagnesianos e/ou calcário
56. CHERNOSSOLOS
Potencialidades
•Alta fertilidade natural
•Alta disponibilidade de nutrientes
•Potencial médio a alto para agricultura irrigada
Expressões de fragilidade
•Elevada plasticidade e pegajosidade
•Restrição de drenagem
•Consistência dura a muito dura
•Dificuldade de manejo do solo com uso de máquinas agrícolas
Indicações de uso
•Culturas agrícolas de ciclo anual e perene (fruticultura)
•Agricultura irrigada
•Pastagem e pecuária extensiva
•Preservação ambiental
57. LUVISSOLOS
ASPECTOS GERAIS
•Acumulo de argila em subsuperfície (horizonte Bt)
•Solo rico em bases e com argila de atividade alta (2:1)
•Solo raso a pouco profundo típico do ambiente semiárido
•Diferenciação nítida entre os horizontes A e Bt em função da cor, textura e estrutura
58. LUVISSOLOS
Potencialidades
•Solo rico em nutrientes
•Reação do solo (pH) variando de moderadamente ácida a neutra
•Os solos mais profundos podem ser irrigados com restrições
Expressões de fragilidade
•Consistência muito dura quando seco
e muito pegajosa quando molhada
•Pedregosidade superficial
•Pequena profundidade efetiva
•Alta susceptibilidade à erosão
•Risco de salinização e de solonização
Indicações de uso
•Agricultura de sequeiro
•Pastagem
•Pecuária extensiva
•Preservação ambiental
59. ASPECTOS GERAIS
•Acumulo de argila em subsuperfície
•Solo comumente bem desenvolvido com horizonte Bt
•Solo geralmente profundo a muito profundo e bem drenado
•Exibem cores vermelhas, vermelho-amarela, amarelas,
acinzentadas ou brunadas
•Segunda classe de solo mais extensa do Brasil
ARGISSOLOS
60. Potencialidades
•Boa capacidade de armazenamento de água e efluentes
•Favorável à mecanização agrícola
•Bom potencial para a agricultura irrigada
Expressões de fragilidade
•Baixa fertilidade natural
•Alta susceptibilidade à erosão
•Coesão natural em alguns solos amarelos
•Alto teor de alumínio
•Relevo movimentado
•Risco de salinização
Indicações de uso
•Agricultura intensiva
•Pastagem e silvicultura
•Base para construção de estradas
e casas
ARGISSOLOS
61. LATOSSOLOS
ASPECTOS GERAIS
•Classe de solo mais extensa no Brasil
•Solo bem desenvolvido, profundo e bem drenado com horizonte B latossólico
•Características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas uniformes no perfil
•Exibem cores vermelhas, vermelho-amarelas, amarelas, acinzentadas ou brunadas
62. LATOSSOLOS
Potencialidades
•Boa capacidade de armazenamento de água e efluentes
•Favorável à mecanização agrícola
•Bom potencial para agricultura irrigada
•Relevo geralmente pouco movimentado
Expressões de fragilidade
•Baixa a muito baixa fertilidade natural
•Fixação de fósforo
•Coesão natural em alguns solos amarelos
Indicações de uso
•Agricultura intensiva
•Pastagem e silvicultura
•Aterro sanitário para os argilosos
•Base para construção de estradas e casas
63. PLANOSSOLOS
ASPECTOS GERAIS
•Acúmulo de argila em subsuperfície (horizonte B plânico)
•Transição abrupta entre os horizontes A ou E e o B plânico
•O horizonte B apresenta estrutura colunar, prismática, blocos, maciça
ou combinações dessas formas
•Solos imperfeitamente a mal drenados, apresentando geralmente cores pálidas
64. PLANOSSOLOS
Potencialidades
•Depende da espessura dos horizontes superficiais (A + E)
•Ocorrência dominante em relevo pouco movimentado e plano
•Material para ceramistas
Expressões de fragilidade
•Drenagem restrita
•Alta susceptibilidade à erosão
•Consistência dura a extremamente dura do horizonte B plânico
•Pequena profundidade efetiva
•Pedregosidade superficial
•Risco de salinização e de solonização
Indicações de uso
•Pastagem e pecuária extensiva
•Cultura anuais de subsistência
•Artesanato de barro
•Preservação ambiental
65. PLINTOSSOLOS
ASPECTOS GERAIS
•Solos minerais hidromórficos ou com sérias restrições de drenagem
•Presença de horizonte plíntico dentro de 40 cm de profundidade
Com horiz. Plíntico Com Horiz. Concrecionário
Com Horiz. F
66. PLINTOSSOLOS
Potencialidades
•Ocorrência em locais planos e baixos
Expressões de fragilidade
•Drenagem imperfeita
•Elevada erodibilidade
•Horizonte plíntico de baixa permeabilidade
•Pedregosidade
Indicações de uso
•Pastagem e pecuária extensiva
•Arroz irrigado
•Preservação ambiental
67. VERTISSOLOS
ASPECTOS GERAIS
•Solo argiloso a muito argiloso
•Alto teor de argilas expansivas (2:1) e de bases trocáveis
•Solo pouco desenvolvido com horizonte vértico
•Presença de “slickensides”
•Pronunciada mudança de volume conforme o teor de água
•Presença de rachaduras no período seco
68. VERTISSOLOS
Potencialidades
•Alta fertilidade natural
•Alta disponibilidade de nutrientes
•Relevo pouco movimentado
•Potencial médio a alto para a agricultura irrigada
Expressões de fragilidade
•Elevada plasticidade
•Risco de salinização e de solonização
•Consistência dura a extremamente dura
•Dificuldade de manejo do solo com uso de máquinas agrícolas
•Danos em construções e benfeitorias rurais
Indicações de uso
•Agricultura irrigada e de sequeiro
•Culturas agrícolas de ciclo curto e pecuária extensiva
•Preservação ambiental em áreas abaciadas
69. RESUMO DAS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS FRÁGEIS
DO SEMIÁRIDO
Limitada profundidade efetiva
Presença de frações grosseiras na superfície e na massa do solo – D. Sertaneja.
Materiais concrecionários nas bordas de chapadas e coberturas pedimentares
Reação do solo moderadamente ácida a moderadamente alcalina (pH 5,3 a 8,3)
Acúmulo de sais (carbonatos e cloretos) em ambientes de drenagem restrita
Textura superficial arenosa
Baixos teores de Matéria Orgânica.
70. É POSSIVEL MODIFICAR A FRAGILIDADE INTRINSECA
DOS SOLOS?
SIM
COM O MANEJO ADEQUADO DO SOLO
71. USO E MANEJO DOS SOLOS FRÁGEIS
• Devem ser manejados levando em consideração a susceptibilidade à erosão
• Práticas de conservação de solo são necessárias
• Manejo adequado da irrigação
*Solos com horizonte Bt e mudança textural abrupta
*Solos de textura arenosa
• Devem ser manejados parcelando-se principalmente as adubações potássicas
• Manejo adequado da irrigação e fertilização (fertirrigação)
*Solos de textura argilosa a muito argilosa
• Devem ser manejados obedecendo-se o ponto de sazão dos mesmos
• Manejo adequado da irrigação para evitar salinização
72. *Solos rasos, pedregosos e com horizonte B plânico
• Deve-se evitar o uso deixando os mesmos para preservação ambiental
*Solos com horizonte A enriquecido em matéria orgânica
• Manejo adequado da fertilização (calcário) e da irrigação
• Evitar o uso excessivo da motomecanização (compactação)
PARA TODOS, O USO DA MATERIA ORGÂNICA É NECESSÁRIA E IMPRESCINDÍVEL!
USO E MANEJO DOS SOLOS FRÁGEIS NO SEMIÁRIDO
74. EFEITOS BENÉFICOS DA MATÉRIA ORGANICA
NOS SOLOS FRÁGEIS.
Resíduos de
plantas, animais e
SH adicionados ao
solo
Aumento da
capacidade
tampão
Aumento da
capacidade de
retenção de água
Aumento da
capacidade de
absorção de íons
Cor escura
do solo
Produção de
macroporos
Aumento da
estabilidade dos
agregados,
macroporosidade
Aumento da
mineralização
Aumento da
quelação dos
metais
Redução da
água perdida
por evaporação
Redução da
temperatura extrema
do solo
Maior absorção da
energia solar
Aumento das trocas
de gases
Aumento da
disponibilidade de
Fe, Mn, Cu, Zn
Aumento da
infiltração da água
Absorção de
poluentes como o
Pb, Cd, Cu
Aumento da
disponibilidade
de N,P, S,
micronutrientes
Redução da
toxicidade por Al
Maior retenção de
Ca, Mg, K e dos
micronutrientes
Maior adsorsão
dos elementos
orgânicos
Diminuição da
fertilização
Menor risco de
inundações
Menor utilização
de alguns
pesticidas
Menor utilização
de alguns
pesticidas
Maior recarga das
reservas hídricas
do solo
Menor poluição da
água
Menor degradação
das paisagens
Aumento do
seqüestro de CO2
Maior produção
das plantas
Efeito primário Efeito secundário Efeitos subseqüentes sobre o solo
Efeitos sobre o meio
ambiente
Produção de
substâncias
húmicas
Aumento das
funções
microbianas
como a
fixação de N,
infecção,
antagonismo
Produção de
polissacaríd
-eos e de
outros
compostos
não húmicos
Solos mais frio
durante o dia no
verão
Solos
geralmente mais
quente
Inativação das
toxinas e das
pesticidas
pH mais estável
Melhor aeração,
disponibilidade de
oxigênio para as raízes
Menor superfície
de escoamento
superficial
Menor erosão do
solo
Aumento da
disponibilidade
de água para as
plantas
Solos mais
quente durante a
noite no inverno
Se adicionado
na superfície do
solo como
Mulch, protege
contra a energia
solar e a chuva
Frações leves
incorporadas no
solo promovem
macroporos
Aumento da
atividade
microbiana e da
fauna do solo
devido da fonte
de nutrientes
Porque maior disponibilidade de nutrientes e maior retenção de água?
75. Zona ativa de agregação
Zona ativa de decomposição
0 - 5 cm
Efeito das Substâncias Húmicas na
agregação
Rearranjo nova estrutura