Aula demonstrativa do curso de História para ENEM 2016.
Confira o curso completo no site: https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorConcurso/preparatorio-para-enem-exame-nacional-do-ensino-medio-2016/
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
Curso de História para ENEM 2016
1. Aula 00 - Conceitos e fundamentos
História p/ ENEM 2016
Professor: Robson Lopes Papandréa
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2. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. Robson Papandréa Aula 00
Aula 00: (demonstrativa)
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 2
2. Proposta de estratégias de estudo 4
3. Programa de História Geral e do Brasil 5
4. Conceitos 11
4.1. Linha do tempo 11
4.2. Modo de produção 12
4.3. Sistema 13
4.4. Regime 13
4.5. Estrutura 13
4.6. Conjuntura 14
5. Formação de Portugal 14
5.1. Introdução 14
5.2. Dinastia de Borgonha (1139-1383) 15
5.3 A Revolução de Avis (1383-1385) 17
5.4. A expansão marítima e comercial 18
5.5 Consequências da expansão marítima e comercial a
partir da expansão marítima
18
6. Questões comentadas 20
7. Lista das questões apresentadas 41
8. Gabarito 48
9. Cronograma do curso 49
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3. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. Robson Papandréa Aula 00
1. Apresentação
Caro Aluno, seja bem-vindo a este curso de Ciências Humanas e
suas Tecnologias/História desenvolvido pelo Estratégia Concursos
para construir com você um estudo sólido, consistente e relevante
para uma preparação eficaz para a prova do EXAME
NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM) de 2016.
Meu nome é Robson Papandréa, sou Professor de História do
Sistema Colégio Militar do Brasil, desde 1992, e nesses mais de
vinte anos de docência o centro de minha atuação foi e é a
preparação dos alunos para os diversos vestibulares e concursos,
notadamente no Enem, e esse é o meu objetivo no trabalho com
você na Estratégia Concursos, construirmos com os vídeos aulas e
os pdfs um conhecimento consistente com as exigências do ENEM.
Estou à disposição no e-mail: rlpapandrea@yahoo.com.br e no
face book: https://www.facebook.com/rlpapandrea; para
esclarecimentos, dúvidas e orientações.
Este material consiste de:
- curso completo de História Geral e do Brasil em vídeo,
formado por 20 horas de aulas onde
explico todos os tópicos exigidos no edital do ENEM e resolvidos
exercícios para você consolidar e aprender com eficiência e eficácia
cada um dos assuntos exigidos na prova do ENEM 2016;
- curso escrito completo (em PDF), formado por 20 aulas onde
é apresentado e explicado todo o conteúdo teórico do último edital,
além de questões resolvidas, com destaque para aquelas cobradas
nas últimas provas do ENEM;
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4. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
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- Fórum de dúvidas, onde você pode entrar em contato direto
comigo para esclarecimentos e orientações quando julgar
necessário.
Vale dizer que este curso é concebido para ser o seu único
material de estudos, isto é, você não precisará adquirir livros ou
outros materiais para cobrir os conteúdos de História. A ideia é que
você consiga economizar bastante tempo, pois abordaremos
todos os tópicos exigidos no edital do ENEM e nada além disso,
e você poderá estudar conforme a sua disponibilidade de tempo, em
qualquer ambiente onde você tenha acesso a um computador, tablet
ou celular, e evitará a perda de tempo gerada pelo trânsito das
grandes cidades. Isso é importante para todos os candidatos, mas
é especialmente relevante para aqueles que trabalham
e estudam.
Já faz tempo que você não estuda História do Ensino
Médio? Não tem problema, este curso também te atende
perfeitamente. Isto porque você estará adquirindo um material
bastante completo, onde poderá trabalhar cada
assunto em vídeos e também em aulas escritas, e resolver uma
grande quantidade de exercícios, sempre podendo consultar as
minhas resoluções e tirar dúvidas através do fórum. Assim, é
plenamente possível que, mesmo tendo dificuldade em
História e estando há algum tempo sem estudar esses temas,
você consiga um ótimo desempenho no ENEM 2016. Dessa
forma, se você se encontra nesta situação, será preciso investir um
tempo maior e dedicar-se bastante ao conteúdo do nosso curso.
O fato de o curso ser formado por vídeos e PDFs tem mais uma
vantagem: isto permite que você vá alternando entre essas duas
formas de estudo, tornando um pouco mais agradável essa
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dura jornada de preparação. Quando você estiver cansado de ler,
mas ainda quiser continuar estudando, é simples:
assista algumas aulas em vídeo! Ou resolva uma bateria de
questões!
2. Proposta de Estratégias de estudo
E, essa estratégia, no Estratégia Concursos, vai seguir os seguintes
princípios:
2.1. Entender o estudo como uma maratona intelectual, na perspectiva
de que é um passo de cada vez, e a cada dia indo mais, e mais longe.
É somar perseverança com dedicação e esforço junto ao entusiasmo
da alegria do novo que se abre a cada conhecimento.
2.2. Realizar testes continuados dos conteúdos aprendidos. Com a
resolução das questões, apresentando a alternativa correta e indicando
nas alternativas falsas onde está a incorreção, tornado a resolução de
questões uma possibilidade de fixação da matéria. E, nessa Estratégia,
serão corrigidas as questões do Enem dos anos anteriores, sempre
relativas aos conteúdos ministrados, com a contribuição de questões
dos principais vestibulares e concursos.
2.3. Apresentar os conteúdos de História Geral e do Brasil seguindo
uma cronologia um evento após o outro dentro de uma linha do
tempo (linha do tempo que será apresentada no decorrer dessa
exposição).
2.4. Discorrer sobre os assuntos (todos os assuntos são abordados com
essa Estratégia) seguindo um esquema de: localização no tempo e no
espaço, causas, desenvolvimento e consequências dos eventos.
2.5. Buscar estudar todos os dias, estabelecer uma rotina de estudos,
em um ambiente arrumado, tranquilo, sempre sentado em uma mesa
evite estudar deitado, ouvindo música, acessando e-mails, com o
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celular ligado
aí vai.
2.6. Ter sempre em mente que o momento de estudo é o Seu
momento. De você para você e, fazendo uma analogia, voltando à
maratona, é quando tudo depende de você na corrida do conhecimento
no caminho da vitória.
depois de muito, muito trabalho. E vamos ao trabalho.
Caro aluno, após o estudo dos conceitos acima vamos iniciar a
introdução da História Geral e do Brasil, seguindo rigidamente o último
edital do ENEM.
3. Programa de História
Apresentação: os conhecimentos estão relacionados dentro de uma
cronologia, de uma linha temporal com início da Idade Antiga,
passando pela Média, Moderna e concluindo na Idade Contemporânea
e ao mesmo tempo abrangendo: Diversidade cultural, conflitos e vida
em sociedade; Formas de organização social, movimentos sociais,
pensamento político e ação do Estado; Características e
transformações das estruturas produtivas. Isto é, cada uma das
habilidades e competências previstas pelo Enem distribuídas nos
conteúdos de forma que vamos alternar os estudos de História do Brasil
com História Geral. No entanto, vamos iniciar com a História do Brasil,
em razão desses conteúdos serem mais presente na sua memória e
Clássicas Grécia e Roma, depois retornamos ao Brasil e assim por
diante. Então, vamos aos conteúdos.
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7. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
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Aula 00: Conceitos e fundamentos
1. Introdução ao Estudo da História.
2. Formação de Portugal (iniciando com as Cruzadas nos séculos X e XI
até a Revolução de Avis no século XIV).
3. Expansão Marítima e Comercial Europeia (séculos XV e XVI).
Aula 1 Introdução ao processo colonizador na América
Portuguesa
Período Pré-colonial: 1500 - 1530.
Aula 2 Idade Antiga Civilização Clássica Grécia e Roma
(Século V a.C. a 476 d. C.).
A Civilização Clássica (com ênfase na sua formação, apogeu e
organização).
1. Política;
2. Economia;
3. Sociedade;
4. Cultura;
Contribuição para a formação da Sociedade Ocidental
Aula 3 Idade Média (476-1543)
Sistema Feudal: formação, apogeu e decadência
1. A Sociedade Feudal (Século V ao XV).
2. O Renascimento Comercial e Urbano.
Aula 4 Introdução a Era Moderna (1453-1789)
1. Os Estados Nacionais Europeus da Idade Moderna, o Absolutismo e
o Mercantilismo.
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2. O Renascimento Cultural, o Humanismo e as Reformas Religiosas.
Aula 5 - Período Colonial Brasileiro (1530-1808)
1. A Montagem da Colonização Europeia na América.
2. Os Sistemas Coloniais Espanhol, Francês, Inglês e dos Países Baixos.
3. Estrutura Político-Administrativa;
4. Estrutura socioeconômica;
5. Invasões estrangeiras e Expansão territorial;
6. Rebeliões coloniais: Movimentos Emancipacionistas: Conjuração
Mineira e Conjuração Baiana.
Aula 6 - A Era das Revoluções (1600-1815)
1. O Iluminismo.
2. Despotismo Esclarecido.
3. As Revoluções Inglesas (Século XVII)
4. Revolução Industrial (Século XVIII a XX).
Aula 7 - A formação dos Estados Unidos da América
1. A Independência dos Estados Unidos da América.
2. Guerra da Secessão
3. Expansão territorial e industrialização
Aula 8 - A Revolução Francesa
1. As fases da Revolução
2. O Império Napoleônico
3. O Congresso de Viena e a Santa Aliança.
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Aula 9 - O processo de independência do Brasil (1808-1822)
1. A Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (1808)
2. Governo Joanino A Corte Portuguesa no Brasil (1808 a 1821).
3. A Regência de D. Pedro e a Revolução do Porto
Aula 10- Primeiro Reinado (1822 a 1831).
1. A construção do Estado Nacional Brasileiro a Constituição de 1824;
2. A Política Externa;
3. As guerras de independência;
4. Os conflitos internos e a abdicação
Aula 11 - Período Regencial (1831 a 1840).
1. Regência Trina Provisória;
2. Regência Trina Permanente;
3. Regência Una de Feijó;
4. Regência Una de Pedro Araújo Lima;
5. O Golpe da Maioridade.
Aula 12 - Segundo Reinado (1840 a 1889).
1. Consolidação (1840-1850);
2. Apogeu (1850-1870);
3. Decadência (1870-1889).
4. As questões que abalaram o Império e o Movimento Republicano;
5. A proclamação da República.
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Aula 13 - Doutrinas e ideologias e movimentos operários do
Século XIX (1801-1900)
1. Idealismo Romântico;
2. Socialismo Utópico, Socialismo Científico, Ludismo e o Cartismo;
3. Doutrina Social da Igreja;
4. Liberalismo e o Anarquismo;
5. Evolucionismo e o Positivismo.
Aula 14 República Velha (1889-1930)
1. República da Espada (1889-1894);
2. República das Oligarquias ou do Café-com-leite ou dos Coronéis;
3. As crises da República Velha: crise econômica, política e as revoltas
civis e militares.
4. A Revolução de 1930.
Aula 15 A Era Vargas (1930-1945)
1. Governo Provisório (1930 a 1934);
2. Governo Institucional ou Constitucional (1934 a 1937);
3. Estado Novo (1937 a 1945).
Aula 16 O Mundo em Guerra (1914-1945)
1. Imperialismo;
2. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
3. Entre Guerras: fascismo, comunismo, crise de 1929 e capitalismo
financeiro.
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Aula 17 República Populista
1. Governo Dutra (1946-1951);
2. Governo Vargas (1951-1954);
3. Governo Café Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos (1954-1956);
4. Juscelino Kubitschek (1956-1961)
5. Jânio Quadros e João Goulart (1961-1964)
Aula 18 - O Mundo na Guerra Fria (1946-1989)
1. A reconstrução da Europa e do Japão e o surgimento do mundo
bipolar;
2. A corrida armamentista e a tensão nuclear.
3. os principais conflitos da Guerra Fria: a Guerra da Coréia (1950
1953), a Guerra do Vietnã (1961 1975) e os movimentos
revolucionários na descolonização da África e Ásia.
4. os conflitos árabes-israelenses;
5. A abertura na União Soviética: A Glasnost e a Perestroika;
6. A queda do Muro de Berlim;
7. A fim da União Soviética e a Nova Ordem Mundial.
Aula 19 Os Governos Militares (1964-1985)
1. Castelo Branco (1964-1967);
2. Costa e Silva (1967-1969)
3. Garrastazu Médici (1969-1974)
4. Ernesto Geisel (1974-1979)
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5. João Baptista Figueiredo (1979-1985)
6. Processo de abertura e redemocratização
Aula 20 A República Nova (1985 a atualidade)
1. José Sarney (1985-1990);
2. Collor de Melo e Itamar Franco (1990-1994);
3. Fernando Henrique Cardoso (1995-2002);
4. Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010);
5. Dilma Rousseff (2011 atualidade).
Caro aluno, vamos ao trabalho, com o primeiro tópico da
introdução ao estudo da História do Brasil.
4. Conceitos
Aluno, abaixo seguem conceitos importantes para o
entendimento da História e sua apreensão é fundamental para a
resolução das questões a que serão verificados na prova do Enem.
Então, vamos aos conceitos.
4.1. Linha do tempo
de preparação para o Enem 2016 está a Europa Ocidental no século V
a.C. E assim vamos à exposição geral dos conteúdos.
Importante: A contagem dos séculos segue a seguinte metodologia:
Século I: do ano 1 ao ano 100.
Século II: do ano 101 ao ano 200.
Século X: do ano 901 ao ano 1000
Século XI: do ano 1001 ao ano 1100
Século XX: do ano 1901 ao ano 2000
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Século XXI (nosso século) do ano 2001 ao ano 2100.
E uma dica para facilitar a contagem dos séculos e localizar a que
intervalo de anos está inserido o século:
1. Quando terminar em 00, contar os dois zeros.
Exemplo: ano 1200, cortando dois zeros 12, século XII (sempre
em algarismos romanos)
Ano 500, cortando dois zeros 5, século V
Ano 2000, cortando dois zeros 20, século XX.
2. Quando não terminar em 00, é só eliminar os dois últimos
algarismos e somar 1.
Ano 1789, retira-se os dois últimos algarismos 89, fica 17 + 1=
século XVIII
Ano 2015, retira-se o 15, 20 + 1 = século XXI
Ano 33, retira-se o 33, 0 + 1 = século I
Aluno, qualquer dúvida quanto a essa metodologia, estamos com
o chat para orientá-lo. E, vamos em frente.
4.2. Modo de produção
É o modo como os homens se organizam para manter a sua
sobrevivência e o modo de vida. O modo de produção é formado por
três elementos:
Forças materiais de produção, relações sociais e sistemas de
padrões de comportamento.
As forças materiais de produção são: os elementos naturais, tais
como o solo, água e jazidas minerais, petrolíferas; e os instrumentos
de produção que as máquinas e ferramentas.
As relações sociais de produção enquadram o homem na
hierarquia social conforme a sua função econômica, como operário,
empresário, profissional liberal.
E o sistema de padrões de comportamento: que é a forma como
determinada sociedade reage em seu conjunto as necessidades
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apresentadas em um dado momento histórico. Essa transformação nas
forças de produção criou na História da Humanidade, os seguintes
modos de produção: primitivo, asiático ou potâmico, escravista, servil,
assalariado e coletivista.
4.3. Sistema
Sistema é uma ligação entre diversos elementos que estão
relacionados entre si, sendo que qualquer alteração pode modificar
todas as partes.
O Modo de produção está relacionado diretamente com o setor
econômico e com a vida social humana, enquanto o sistema, apesar de
o modo de produção ser seu elemento principal, compreende todos os
aspectos da sociedade humana, como a religião e a organização militar.
O modo de produção e o sistema estão sempre interligados. Por
exemplo: o modo de produção assalariado integra o sistema
capitalista.
Os sistemas são diferenciados de acordo com a organização interna de
suas diversas partes, onde cada uma constitui um subsistema.
Exemplo: subsistema social, econômico e político.
4.4. Regime
As regras legais de um subsistema são conhecidas como regime.
Exemplo: No subsistema econômico podemos encontrar: o regime de
trabalho: escravistas, assalariados; o regime de propriedades:
coletivas ou privadas; e o regime de trocas: naturais ou monetárias.
4.5. Estrutura
A estrutura é o principal conceito para a compreensão do
processo histórico, pois é através dela que as partes do sistema se
articulam, envolvendo desde as inter-relações das partes até as
relações das partes com o todo.
A estrutura se divide em:
Infraestrutura e
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Superestrutura.
A infraestrutura é constituída pelo modo de produção, ou seja, pelas
relações econômicas e sociais.
A superestrutura corresponde às relações político-jurídicas, culturais e
religiosas, que são originadas a partir das relações da infraestrutura.
Portanto, a infraestrutura e superestrutura estão interligadas, assim
qualquer alteração qualitativa que ocorrer na infraestrutura irá
repercutir na superestrutura. Contudo, a superestrutura tem tendência
de permanecer em estado puro, tornando-se resistente às alterações,
gerando um conflito chamado contradições internas do sistema.
Sabemos que na estrutura, os fatores sociais e econômicos são
determinantes, e causam o rompimento da superestrutura o que faz
emergir um novo sistema.
Este rompimento será uma transição se for gradual, e
uma revolução se for um rompimento súbito.
4.6. Conjuntura
Dentro de um sistema, a estrutura permanece inalterável, passando
por transformações apenas quando o modo de produção é
reorganizado. Porém, a conjuntura pode, eventualmente, atingir a
estrutura do sistema.
A conjuntura é um conceito, no qual o sistema é submetido, que
consiste numa ocasião transitória e periódica.
4. Formação de Portugal
5.1. Introdução:
Definição de termos:
Cruzadas: as cruzadas foram expedições religiosas militares enviadas
pelos europeus ocidentais para combater os muçulmanos que
Guerra de Reconquista: foi a denominação que recebeu o movimento
religioso militar dos cristãos europeus em direção a Península Ibérica
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16. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
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(onde estão hoje localizados Portugal e Espanha) para expulsar os
muçulmanos que invadiram e ocuparam a Península em 711 (século
VIII).
5.2. Dinastia de Borgonha (1139-1383)
D. Afonso Henriques, O Conquistador (1139-1185). Fundador da
Primeira Dinastia de Portugal.
A formação de Portugal está diretamente relacionada a Guerra de
Reconquista (ação militar dos reinos cristãos da Europa Ocidental,
liderados pelos Reinos de Leão e Castela para expulsar os muçulmanos
que ocuparam a Península Ibérica em 711).
No reinado de Afonso VI (1069-1109) rei de Leão e Castela a Guerra
de Reconquista foi impulsionada e teve o apoio de muitos nobres da
Europa Ocidental, com destaque para os nobres franceses Raimundo e
Henrique de Borgonha. E seguindo a tradição medieval os dois nobres
receberam feudos, como recompensa pelos serviços, e se tornaram
vassalos do rei D. Afonso VI.
O nobre Henrique de Borgonha recebeu o condado Portucalense. E no
ano de 1139, seu filho Afonso Henrique de Borgonha, rompe os laços
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de suserania e vassalagem e após vencer as tropas de Leão e Castela,
declara a independência de Portugal, dando origem ao reino de
Portugal e a dinastia de Borgonha (1139-1383).
A formação do Reino de Portugal é marcada pela guerra contra os
mouros e contra as pretensões de Leão e Castela, que pretendem
anexar o território português.
Diz uma poeta do século XVII "O reino de Portugal" é tão guerreiro,
que nasceu com a espada na mão, armas lhe deram o primeiro berço,
com as armas cresceu, delas vive, e vestido delas, como bom cavaleiro,
há de ir para a cova no dia do
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5.3 A Revolução de Avis (1383-1385)
João I de Portugal fundador da Dinastia de Avis (1385-1580)
Em 1383 com a morte de D. Fernando, é extinta a dinastia de
Borgonha. E é criada uma crise política em Portugal, que é dividido em
duas facções: uma composta pela alta nobreza, alto clero e ligado ao
reino de Castela a filha do rei D. Fernando era casada com o rei de
Castela que pretendia a anexação de Portugal ao reino de Castela e
a implantação do feudalismo típico em Portugal. A outra facção era
integrada pela burguesia mercantil, baixa nobreza e baixo clero e as
populações urbanas, que defendia a independência de Portugal e o
início de uma nova dinastia a dinastia de Avis, com a coroação de D.
João, Mestre de Avis.
A guerra civil entre os dois grupos termina com a vitória de D. João na
batalha de Aljubarrota em 1385, com a expulsão das forças de Castela
e a subida a o trono da Dinastia de Avis (1385-1580).
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5.4. A expansão marítima e comercial
Razões do pioneirismo português:
Apoio, investimento e gerenciamento pelo Estado dos estudos
náuticos a cargo do Infante D. Henrique, o Navegador, em 1418, do
centro de estudos náuticos na cidade de Sagres.
As invenções e aperfeiçoamentos como a bússola, o astrolábio, a
pólvora, caravelas e quadrante.
Posição geográfica privilegiada entre a rota do Mar Mediterrâneo,
Oceano Atlântico e o Mar do Norte.
Processo de centralização política e a formação e uma monarquia
nacional precoce (iniciada com a dinastia de Borgonha e consolidada,
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após a Revolução de Avis (1383-1385) e a consequente ascensão ao
trono de D. João I Mestre de Avis e a dinastia de Avis.
Dinâmica Burguesia mercantil;
Paz interna;
5.5 Consequências da expansão marítima e comercial a
partir da expansão marítima
1. Deslocamento do eixo econômico europeu, do Mar
Mediterrâneo para o Atlântico-Índico.
Resultado da valorização do comércio dos produtos orientais e
africanos pelos reinos Ibéricos e a consequente decadência das
cidades italianas.
2. A formação do sistema colonial tradicional
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O sistema colonial todo ordenado pelos pressupostos do mercantilismo
tendo como pilar o pacto colonial (exclusivo do comércio e navegação
e o estanco).
3. O fortalecimento e expansão do escravismo do capitalismo
comercial, como suporte da exploração das colônias na América,
através da importação de mão de obra africana para ser escravizada
nas Américas.
4. Processo de europeização das áreas coloniais
A imposição nas áreas dominadas dos valores ocidentais e da religião
cristã, na maior parte das áreas da Igreja Católica Romana e outras
das igrejas cristãs reformistas.
5. Fortalecimento dos estados nacionais europeus e o surgimento do
absolutismo monárquico de direito divino.
6. A Revolução Comercial e a aceleração da acumulação de capitais
para a expansão, consolidação e hegemonia do modo de produção
capitalista.
7. O início do processo de globalização, com a expansão comercial
europeia na Ásia, África, Oceania e América
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6. Questões Comentadas
1. (Enem/2007) A identidade negra não surge da tomada de
consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença
biológica entre populações negras e brancas e (ou) negras e amarelas.
Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o
descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus
habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que
abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e
de seus povos.
K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a
identidade negra no Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e
experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto afirmar
que
A) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao
descobrimento desse continente.
B) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a
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desenvolverem esse continente.
C) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da
escravidão no Brasil.
D) a exploração da África decorreu do movimento de expansão
europeia do início da Idade Moderna.
E) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre
esse continente e a Europa.
Comentário: essa questão trata de um assunto muito explorado tanto
nas questões do Enem como nos mais diversos concursos e tem uma
grande atualidade devido ao tema escravidão, consciência negra, inserção
social e a exploração da mão de obra africana na América desde o início
da colonização ser um uma tônica do processo de colonização europeia
na América durante a expansão marítima e comercial europeia na Era
Moderna e seus desdobramentos na Revolução Comercial, Capitalismo
Mercantil e burguesia comercial.
Vamos analisar os itens que compõe alternativas:
a) a alternativa afirma que a colonização do continente africano foi
concomitante a sua descoberta e está errada, porque o continente
africano só foi colonizado pelos europeus no século XIX (a partir de
1850) durante o denominado Imperialismo ou Neocolonialismo.
b) a alternativa está incorreta porque nem os portugueses, nem
nenhum dos povos que exploraram a África, isso até a atualidade,
tiveram a preocupação de desenvolver o continente, que sofre com a
miséria, abandono, doenças e instabilidade civil crônica e guerras
civis.
C) a alternativa está incorreta porque o tráfico negreiro é anterior a
colonização do Brasil, iniciada a colonização em 1530, com a expedição
colonizadora de Martim Afonso de Souza, pois, o tráfico remonta ao
século XV, durante o périplo africano português quando os
portugueses navegavam e exploração a costa da África em busca de
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um caminho marítimo para às Índias.
D) A alternativa é verdadeira. A exploração da África através da
construção de fortificações e feitorias no litoral, o comércio com as
populações nativas, o tráfico de escravos é consequência direta da
expansão marítima e comercial europeia no século XV e XVI e o
desenvolvimento Revolução Comercial, crescimento e afirmação da
burguesia mercantil e o surgimento do capitalismo comercial.
E) A alternativa é falsa porque as relações comerciais da Europa com
a África existem desde a Antiguidade, quando romanos, gregos,
fenícios e árabes realizavam um efervescente mercado com a África via
Bacia do Mar Mediterrâneo
E) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse
continente e a Europa.
Gabarito: D
2. (Enem 2010) quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros
estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? E a Babilônia
várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que
casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os
pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande
Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
triunfaram os césares? BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que
lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br Acesso em: 28
abr. 2010. Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de
História, o autor censura a memória construída sobre determinados
monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de
que
A) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser
aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso,
ficaram na memória.
B) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou
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dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do
tempo.
C) os grandes monumentos históricos foram construídos por
trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das
sociedades que os construíram.
D) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil
compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
E) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes,
permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.
Comentário: Essa questão trata da forma como é abordada a história
pela tradição, ou seja, centrando a ação histórica nos feitos dos
afastando do protagonismo os construtores, os operários, a população
como um todo. E o autor B. Brecht critica a visão histórica elitista,
segundo a qual reis, césares e líderes são considerados responsáveis
por grandes feitos e obras, enquanto os trabalhadores, que de fato os
realizaram, não são valorizados.
A) a alternativa é falsa porque afirma o oposto do texto de referência
ao inferir que os agentes históricos deveriam ser aqueles que
realizaram feitos heroicos e grandiosos; enquanto toda a
argumentação do texto está centrada nos personagens anônimos que
B) a alternativa está errada porque embasa sua assertiva na
preocupação com a memorização de nomes de personalidades,
exatamente o oposto do que a historiografia considera como o objetivo
e essência da história, que é o estudo científico dos fatos a partir da
análise das fontes dentro de uma perspectiva econômica, política,
social e cultural inserida em um tempo e espaço próprios.
C) A alternativa é verdadeira porque trata do que é tratado no texto,
ou seja, que os monumentos, palácios, catedrais e toda as grandes
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construções foram realizadas pelos trabalhadores, que esquecidos e
anônimos, são os verdadeiros obreiros de tudo que é, foi e será
construídos.
D) Alternativa errada porque baseia sua afirmativa em um
posicionamento preconceituoso, elitista e restritivo ao alegar que os
trabalhadores são incapazes de entendimento.
E) Alternativa errada porque afirma que as civilizações da antiguidade
não são alvo de pesquisas históricas, ou contrário as civilizações da
Antiguidade Clássica, como são denominadas a Grega e Romana, são
objeto de cientistas de todos os tempos, desde o período em que
floresceram até os dias atuais.
Gabarito: C
3. (ENEM 2012). Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil,
muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como
escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino
linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da
religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e
transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência
entre si de elos culturais mais profundos. SLENES, R. Malungo, ngoma
vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez.
/jan. /fev. 1991-92 (adaptado). Com base no texto, ao favorecer o
contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da
escravidão no Brasil tornou possível a
A) formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
B) superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições
europeias.
C) reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.
D) manutenção das características culturais específicas de cada etnia.
E) resistência à incorporação de elementos culturais indígenas.
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Comentário: Essa questão aborda o processo de aculturação dos
africanos transportados para o Brasil. Deve-se destacar que essa
transferência foi forçada e dentro das mais brutais condições nos
denominados navios negreiros ou tumbeiros e ao chegar ao Brasil os
africanos conduzidos, na sua grande maioria para os canaviais, no
primeiro ciclo econômico e depois para a mineração, passaram a
identificar nos outros africanos, oriundos de regiões, culturas e etnias
diferentes da sua um ponto de contato e de sobrevivência a
aculturação, ao extermínio e ao aniquilamento, tanto físico, quanto
cultural e psicológico.
A) A alternativa é verdadeira porque durante o processo de
construção do povo brasileiro foi construída uma identidade cultural
afro-brasileira, que se apresenta na culinária, na língua, nas
vestimentas, nos festejos, na religião, em suma em todas as
manifestações culturais.
B) Alternativa errada porque dentro de uma perspectiva eurocêntrica
apresenta a cultura africana como abaixo das tradições europeias e
dessa forma condenada a superação pela cultura superior.
C) Alternativa incorreta porque afirma que os conflitos étnicos entre
as diversas nações africanas se reproduziram no Brasil. Isso devido ao
desenraizamento produzido pela transferência forçada, a violência da
exploração do trabalho e as condições de vida da população africana
submetida ao terror do escravismo do capitalismo comercial da
Revolução Comercial no sistema de colonização de exploração na
América.
D) Alternativa incorreta na medida que considera o processo cultural
como hermético, o seja fechado, as influências das cultural com as
quais se relaciona e interage no cotidiano. E no Brasil os povos
africanos se relacionaram com os povos indígenas e com os
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colonizadores portugueses em todas as condições tanto no campo,
quanto nas cidades e no interior das casas dos denominados senhores
escravistas, produzindo com o correr do tempo uma influência de uns
sobre os outros, que é a marca da nação brasileira.
E) Alternativa incorreta, na mesma linha do item interior, porque
considera que as culturas se isolam entre si. Nessa assertiva é importante
destacar as condições nas quais os africanos e os indígenas se
encontravam no processo de colonização de exploração, o que é dentro
de um modelo opressor, escravista e violento que atingia as populações
submetidas, como foram os africanos e os indígenas; assim, nesse
contexto as interações e lutas pela sobrevivência eram compartilhadas
e assimiladas em ambas as culturas.
Gabarito: A
4. (FESP) A História é marcada por continuidades e descontinuidades
que mostram as dificuldades encontradas pelos homens na sua luta
para construir sua cultura. Para compreender esses processos, o
historiador deve considerar que:
A) cada cultura é um reflexo das vontades e das necessidades
individuais dos povos, sendo importante destacar que as conquistas
materiais determinam mecanicamente a maneira de sentir a pensar;
B) os processos históricos são um conjunto de comportamentos que se
repetem, criando culturas com estruturas semelhantes;
C) a análise dos fatos históricos exige critérios teóricos e
metodológicos, para que se possa ter uma melhor compreensão do que
aconteceu;
D) a História é um conjunto de fatos que jamais se repetirão, onde o
papel das grandes personalidades merece destaque especial, para que
se chegue a uma verdade definitiva;
E) os povos produzem suas histórias determinadas pelos seus desejos
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e pelas suas necessidades, mas não conseguem se libertar do domínio
das forças da natureza.
Comentário: Essa questão aborda a historiografia seus princípios
métodos e fontes e determina o entendimento de que a história é uma
ciência humana fundamentada em estudos embasadas na ciência e que
tem como principal objeto de estudo os fatos históricos.
A) Alternativa incorreta porque simplifica as conquistas materiais que
as condições sociais, culturais, econômicas e políticas nas quais as
conquistas materiais são gestadas.
B) Alternativa incorreta, e na mesma linha da alternativa anterior,
apresentando a cultura como algo que se copia, cola, molda ou ajeita
para situações, descurando a qualidade transformadora, assimiladora,
transformadora e mutável das culturas, que como os fatos históricos
são singulares.
C) Alternativa verdadeira porque expõe a análise dos fatos
históricos como submetidos a uma verificação e avaliação embasadas
em critérios e metodologias fundadas pela ciência.
D) Alternativa falsa porque se fundamenta na preposição de que as
o centro da História e com isso
demonstra seu caráter segregador e simplista da abordagem dos fatos
históricos.
E) Alternativa falsa porque está baseada no determinismo ao qual os
seres humanos estão submetidos na sua relação com as forças da
natureza, assertiva que as civilizações em todos os tempos
demonstraram sobrepujar com sua inventividade, trabalho e inovação.
Gabarito: C
5. (UFPE) História é a ciência que:
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A) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra;
B) se fundamenta unicamente em documentos escritos;
C) estuda os acontecimentos do passado dos homens, utilizando-se
dos vestígios que a humanidade deixou;
D) estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da
humanidade.
E) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais com base no
empirismo.
Comentário: uma questão que aborda a História como ciência e seus
pressupostos, objetivos e fontes; e essa questão é importante para
reforçar a assimilação da História como ciência.
A) Alternativa incorreta porque afirma que a História estuda os
acidentes históricos e geográficos do planeta Terra, quando o que a
História estuda são os fatos históricos.
B) Alternativa incorreta porque a História se fundamenta além dos
documentos escritos nos vestígios arqueológicos e nas fontes orais.
C) Alternativa correta porque as fontes históricas, a matéria prima
dos historiadores, os vestígios do que a humanidade deixou, que
podem ser arqueológicos, escritos ou orais.
D) Alternativa incorreta porque a História estuda os fatos históricos
através de suas fontes dentro de uma avaliação embasada no método
científico, para expor a trajetória do homem em sua marcha no Planeta
E) Alternativa incorreta porque todo o estudo da Ciência Histórica é
baseado no método e essa forma de abordagem se estrutura na análise
das mais diversas fontes, de forma criteriosa e racional.
Gabarito: C
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6. (ENEM/2011) estamos testemunhando o reverso da tendência
histórica da assalariação do trabalho e socialização da produção, que
foi característica predominante na era industrial. A nova organização
social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa à
administração descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos
mercados personalizados. As novas tecnologias da informação
possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua
coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real,
seja entre continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006
(adaptado).
No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças constantes
nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos
nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado
A) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as linhas de
montagem sob influência dos modelos orientais de gestão.
B) o aumento das formas de teletrabalho como solução de larga escala
para o problema do desemprego crônico.
C) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas às
demandas por inovação e com vistas à mobilidade dos investimentos.
D) a autonomização crescente das máquinas e computadores em
substituição ao trabalho dos especialistas técnicos e gestores.
E) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e
clientes com a garantia de harmonização das relações de trabalho.
Resolução
Com a Revolução Técnico-Científica, as transformações no processo
produtivo foram intensas. As buscas pela diminuição nos custos da
produção levaram à automação e a terceirização. A primeira causou o
desemprego estrutural e a flexibilização do trabalho, em que o
trabalhador deve saber conduzir diversas partes do processo.
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Enquanto a segunda, diminuiu gastos, principalmente, com deveres
trabalhistas, gerando mais receitas para reinvestimentos.
A) Alternativa errada porque afirma que existe um aprofundamento
dos vínculos dos operários com as linhas de montagem e é exatamente
o oposto que está ocorrendo, ou seja, o operário está cada vez mais
sendo substituído nas linhas de montagem por robôs e quanto aos
modelos orientais de gestão, também é uma informação incorreta, pois
no mundo globalizado os modelos de gestão são cada vez mais
internacionalizados.
B) a alternativa é incorreta quando afirma que a solução para o
desemprego crônico é o tele tralho, porque o desemprego crônico é
estrutural, ou seja provocado pela substituição do operário por
tecnologias e com isso esses postos de trabalho são extintos e as
formas de teletrabalho são uma forma também de redução de mão de
obra, na medida que os operários são dispersos, as vezes até em
continentes diferentes.
C) Alternativa verdadeira, o trabalho flexível, ou seja, turnos
reduzidos, teletrabalho, terceirização são uma constante nessa nova
fase do capitalismo e é o resultado da globalização aliada ao
aperfeiçoamento das tecnologias de informação.
D) Alternativa incorreta porque a substituição de mão de obra está
ocorrendo e de forma cada vez mais acelerada entre os operários não
qualificados e das linhas de produção, ou passo que os especialistas
técnicos e gestores, funções com grande capacitação são fundamentais
para esse modelo de produção.
E) Alternativa falsa o que está ocorrendo é o contrário, ou seja, o
enfraquecimento do diálogo entre os operários e os gestores, devido a
terceirização, o teletrabalho e em consequência dos sindicatos e
demais organizações operárias.
Gabarito: C
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7. (ENEM 2001) O texto abaixo reproduz parte de um diálogo entre
dois personagens de um romance.
- Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? Perguntou Sofia.
- Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos
imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em
peregrinação missionária pouco antes da meia noite e meia e morreu
quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi
mais ou menos proibida. (...) até as dez horas as escolas dos mosteiros
detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze horas são
fundadas as primeiras universidades.
Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia, Romance da
História da Filosofia. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente,
tem sido usado como marco para o início da Idade Média. De acordo
com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como
ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que
A) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas.
B) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas.
C) o Cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da
Idade Média.
D) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros
150 anos da Era Cristã.
E) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade
Média.
Resolução
Essa questão aborda as linhas temporais e a divisão da História, dentro
da perspectiva ocidental eurocêntrica em quatro grandes blocos,
separados em duas partes pelo marco do nascimento de Cristo, dessa
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forma temos a História antes de Cristo, sendo o nascimento o Ano 1.
Os quatros grandes marcos são:
1. História Antiga de 5000 a.C. (como ponto de referência inicial a
invenção ou o aperfeiçoamento da escrita com o início das civilizações
(Egito, Mesopotâmia) e concluída em 476 d.C. com a queda do Império
Romano do Ocidente;
2. História Medieval ou Idade Média de 476 d.C. até 1453 d.C. com a
queda do Império Romano do Oriente ou Constantinopla;
3. História Moderna da queda do Império Romano do Oriente até a
queda da Bastilha, na Revolução Francesa, em 1789;
4. História Contemporânea da queda da Bastilha, em 1789 até a
atualidade.
E a questão faz uma comparação dos séculos com as horas, com cada
século representando uma hora. Assim, se a Idade Média durou 1 000
anos e estes equivalem -a 10 horas, cada hora, no caso, corresponde
a 100 anos (1 século).
A) A alternativa está correta as Grandes Navegações tiveram início
em 1415 depois de Cristo (tomada de Ceuta pelos portugueses). A
rigor, portanto, dentro da equivalência estabelecida na questão, as
Grandes Navegações começaram pouco depois das quatorze horas, ou
seja, no século XV.
B) Alternativa incorreta a Idade Moderna teve início em 1453, no século
XV, quinze horas e não antes das dez horas.
C) Alternativa incorreta o Cristianismo começou a ser divulgado na
Europa no século I e não no início da Idade Média, que foi no século V,
em 476 d.C.
D) as perseguições ao Apostolo Paulo, começaram no século I e não no
século II, anos 150.
E) Alternativa incorreta, os mosteiros vão começar a perder o
monopólio da educação nos fins da Idade Moderna.
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Gabarito: A
8. (ENEM 2009) A formação dos Estados foi certamente distinta na
Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais, em
especial na América Latina onde as instituições das populações locais
existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do
México e do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil , são o
resultado, em geral, da evolução do transplante de instituições
europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as
colônias tiveram fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias,
idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de
descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua
verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais.
Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e
encontrou sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos
quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou
pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do
Estado asiático. GUIMARÃES, S. P. Nação nacionalismo Estado Estudos
Avançados São Paulo: EDUSP, v. 22, n. o 62 jan- abr 2008 (adaptado)
Relacionando as informações ao contexto histórico e geográfico por
elas evocado, assinale a opção correta acerca do processo de formação
socioeconômica dos continentes mencionados no texto.
a) Devido à falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil,
conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na África estiveram
ausentes no período da independência e formação do Estado brasileiro.
b) A maior distinção entre os processos histórico-formativos dos
continentes citados é a que se estabelece entre colonizador e
colonizado, ou seja, entre a Europa e os demais.
c) À época das conquistas, a América Latina, a África e a Ásia tinham
sistemas políticos e administrativos muito mais sofisticados que
aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador.
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d) Comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por
terem sido eliminadas à época da conquista, sofreram mais influência
dos modelos institucionais europeus.
e) O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao
brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das formas de
organização anteriores à conquista.
Resolução: O enunciado esclarece que os Estados atualmente
existentes na América, Ásia e África se baseiam em modelos europeus,
ainda que adaptados às condições de cada continente. Essa influência
europeia deriva dos dois grandes momentos do colonialismo
empreendido pelas potências do Velho Mundo: o primeiro durante a
Idade Moderna e o segundo já na Época Contemporânea.
Resolução:
Uma questão que aborda um amplo espectro da formação dos Estados
Nacionais tanto da Europa, quanto da América, Ásia e África e conduz
ao processo da construção dos estados nacionais da América, que
foram elaborados via instituições dos povos colonizadores europeus,
pois, a América, todas do Norte, Central e Sul, foram invadidas e
partilhadas pelas potências coloniais europeias durante a Revolução
Comercial, Capitalismo Mercantil e Expansão Marítima e Colonial. E
dessa forma, ao tornarem-se independências a colônias adotaram as
estruturas do passado colonial. Na África o processo de colonização
ocorreu durante o século XIX, no denominado Imperialismo ou
Neocolonialismo promovido pelo Capitalismo Financeiro ou Monopolista
durante a Segunda Revolução Industrial e a África foi dividida
arbitrariamente nas mesas de negociação europeias, o que resultou em
estados totalmente instáveis, fragmentados e em crônicos conflitos. A
Ásia também foi invadida e ocupada durante o Imperialismo e como as
instituições dos estados invadidos eram sólidas, o processo colonizador
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foi indireto através da dominação econômica, protetorados e áreas de
influência.
Assim, O enunciado esclarece que os Estados atualmente
existentes na América, Ásia e África baseiam-se em
modelos europeus, ainda que adaptados às condições
de cada continente. Essa influência europeia deriva
dos dois grandes momentos do colonialismo empre-
endido pelas potências do Velho Mundo: o primeiro
durante a Idade Moderna e o segundo já na Época
Contemporânea.
A) Alternativa incorreta ao afirmar que no Brasil não existiam recursos
naturais a serem explorados e que não houve no processo de
independência conflitos.
B) Alternativa verdadeira pois a distinção entre os processos
históricos-formativos dos estados nacionais na América, África e Ásia
estão diretamente ligados a forma de organização das populações
desses continentes e em consequência ao modelo de exploração
imposto pelo invasor europeu, denominado colonizador.
C) Alternativa falsa porque o estágio de desenvolvimento tecnológico,
político e administrativo dos países europeus que invadiram a América
Latina, África e Ásia era mais avançado do que o dos povos desses
continentes colonizados e não o contrário, como afirma a alternativa.
D) Alternativa incorreta porque pelo modelo de colonização de
exploração imposto no período colonial as regiões onde se formaram
os estados nacionais do México, do Peru e do Brasil sofreram influência
dos modelos europeus; destacando-se o fato de que os grupos
dominantes formados após a independência eram formados em sua
absoluta maioria por elementos descendentes dos europeus
colonizadores.
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d) comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por
terem sido eliminadas à época da conquista, sofreram mais influência
dos modelos institucionais europeus.
e) O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao
brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das formas de
organização anteriores à conquista.
Gabarito: B
9. ENEM 2007 Texto I
Ó glória de mandar, ó vã cobiça desta vaidade a quem chamamos
se chama! Que castigo tamanho e que justiça fazes no peito vão que
muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que
crueldades neles experimentas! Dura
Fonte de desamparos e adultérios, sagaz consumidora conhecida de
fazendas, de reinos e de impérios: Chamam-te ilustre, chamam-te
subida, sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória
soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana. A que novos
desastres determinas de levar estes Reinos e esta gente? Que perigos,
que mortes lhe destinas, debaixo dalgum nome preeminente? Que
promessas de reinos e de minas de ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias? Que triunfos? Que palmas?
Que vitórias? (Camões, Os Lusíadas)
Texto II FALA DO VELHO DO RESTELO AO ASTRONAUTA Aqui na terra
a fome continua A miséria e o luto A miséria e o luto e outra vez a fome
acendemos cigarros em fogos de napalm1 E dizemos amor sem saber
o que seja. Mas fizemos de ti a prova da riqueza, ou talvez da pobreza,
e da fome outra vez. E pusemos em ti nem eu sei que desejos de mais
alto que nós, de melhor e mais puro. No jornal soletramos de olhos
tensos Maravilhas de espaço e de vertigem. Salgados oceanos que
circundam Ilhas mortas de sede onde não chove. Mas a terra,
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astronauta, é boa mesa (E as bombas de napalm são brinquedos) onde
come brincando só a fome Só a fome, astronauta, só a fome. (José
Saramago, Os Poemas Possíveis) 1Napalm: mistura de sabões de
alumínio utilizada na fabricação de bombas incendiárias e lança-
chamas. A bomba de napalm causa um fogo muito difícil de apagar e
foi maciçamente utilizada pelos americanos na Guerra do Vietnã.
No texto I, Vasco da Gama conta ao rei de Melinde que, estando sua
esquadra na praia do Restelo, em meio à multidão que se despedia dos
navegantes, um velho fez um impressionante discurso. Considere as
estrofes transcritas e assinale a alternativa que responde por que José
Saramago atribui ao Velho do Restelo a fala de seu texto (texto II).
A) assim como no episódio de Os Lusíadas, o emissor do texto II
representa uma voz contrária às aventuras que pretendem glorificar o
ser humano, mas que deixam ao desamparo a grande maioria da
população.
B) José Saramago sugere que, com o tempo, até mesmo a personagem
de Camões, que era contrária ao progresso, rendeu-se às maravilhas
da tecnologia e se encantou com a conquista do espaço sideral.
C) Nos dois textos, o eu poemático assume uma postura conformista
em relação à situação de sofrimento em que vive a humanidade, pois
D) tanto o episódio narrado por Camões como o texto de José
Saramago revelam um emissor indeciso diante da conquista do
desconhecido: um diante do mar, o outro diante do espaço.
E) O texto de José Saramago demonstra que o ser humano continua o
mesmo desde o tempo retratado em Os Lusíadas, por isso expõe o
pensamento do velho do Restelo como algo atual (favorável ao
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desenvolvimento humano em todos os seus aspectos: tecnológico e
pessoal).
RESOLUÇÃO:
Um modelo de questão cada vez mais presente nas provas do ENEM,
integrando uma obra literária para servir de suporte para
contextualizar eventos históricos. Nesse caso os versos de Camões,
nos Lusíadas aborda a saga das navegações que iniciadas em 1415
com a tomada de Ceuta no norte da África, no atual Marrocos,
consumiu as energias, os capitais, os estudos, as inovações
tecnológicas do Reino de Portugal com o objetivo de encontrar um
caminho marítimo para às Índia e em consequência quebrar o
monopólio árabe-italiano no comércio das especiarias. E o autor critica
a empresa marítima portuguesa que visando os lucros do comércio
ignora a fome, a miséria e o desamparo da população pobre de
Portugal.
No segundo texto, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura José
Saramago, crítica a aventura espacial, a chamada corrida em busca da
chegada a Lua, que culminou com a primazia dos Estados Unidos,
chegando no dia 20 de julho de 1969 a missão Apollo 11 com os
astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin descer na Lua.
Em conclusão ambos os textos apresentam uma atitude crítica e
conservadora com os empreendimentos considerados progressista, na
medida, que vultosos investimentos são realizados, ao mesmo tempo
que se convive com a pobreza, ignorância e abandono da população.
A) Alternativa verdadeira porque os dois textos são contrários a
glorificação dos grandes feitos, no primeiro caso as Grandes
Navegações e no segundo A Conquista do Espaço.
B) Alternativa incorreta porque afirma que os autores em seus textos
se encantam com as maravilhas do progresso; e essa assertiva é o
oposto da afirmação contidas nos textos I e II.
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C) Alternativa incorreta porque os dois textos são críticos ao sofrimento
em que vive a humanidade, e não conformistas como afirma a
assertiva.
D) Alternativa incorreta porque afirma que os dois autores em seus
textos se revelam indecisos diante do desconhecido, e nenhum dos dois
textos apresentam indecisão, mas uma crítica aos investimentos, em
detrimentos das populações miseráveis.
E) Afirmativa incorreta porque afirma que são favoráveis ao
todos os seus aspectos: tecnológico e
pessoal); o que é radicalmente o oposto do exposto nos textos.
Essa questão tem um nível de dificuldade médio, no entanto, exige a
leitura atenta dos textos e sua interpretação.
Gabarito: A
10. ENEM 2007 Que trecho do texto II pode ser tomado como uma
referência às Grandes Navegações?
A
saber o que
B
de melhor e mais puro
C
fome outra
D
E
Resolução:
A questão continua a anterior e basta a leitura atenta das alternativas
e a interpretação do texto e somente a alternativa E tem alguma
relação com oceanos, o que exige o comando da questão quando
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afirma: mortas de sede onde
não Destacando-se as palavras oceanos e ilhas.
Gabarito: E
7. Lista de Questões
1. (Enem/2007) A identidade negra não surge da tomada de
consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença
biológica entre populações negras e brancas e (ou) negras e amarelas.
Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o
descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus
habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que
abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e
de seus povos.
K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a
identidade negra no Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e
experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto afirmar
que
A) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao
descobrimento desse continente.
B) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a
desenvolverem esse continente.
C) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da
escravidão no Brasil.
D) a exploração da África decorreu do movimento de expansão
europeia do início da Idade Moderna.
E) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre
esse continente e a Europa.
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2. (Enem 2010) quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros
estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? E a Babilônia
várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que
casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os
pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande
Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
triunfaram os césares? BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que
lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br Acesso em: 28
abr. 2010. Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de
História, o autor censura a memória construída sobre determinados
monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de
que
A) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser
aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso,
ficaram na memória.
B) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou
dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do
tempo.
C) os grandes monumentos históricos foram construídos por
trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das
sociedades que os construíram.
D) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil
compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
E) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes,
permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.
3. (ENEM 2012). Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil,
muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como
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escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino
linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da
religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e
transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência
entre si de elos culturais mais profundos. SLENES, R. Malungu, ngoma
vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez.
/Jan. /fev. 1991-92 (adaptado). Com base no texto, ao favorecer o
contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da
escravidão no Brasil tornou possível a
A) formação de uma identidade cultural afro-brasileira.
B) superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições
europeias.
C) reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos.
D) manutenção das características culturais específicas de cada etnia.
E) resistência à incorporação de elementos culturais indígenas.
4. (FESP) A História é marcada por continuidades e descontinuidades
que mostram as dificuldades encontradas pelos homens na sua luta
para construir sua cultura. Para compreender esses processos, o
historiador deve considerar que:
A) cada cultura é um reflexo das vontades e das necessidades
individuais dos povos, sendo importante destacar que as conquistas
materiais determinam mecanicamente a maneira de sentir a pensar;
B) os processos históricos são um conjunto de comportamentos que se
repetem, criando culturas com estruturas semelhantes;
C) a análise dos fatos históricos exige critérios teóricos e
metodológicos, para que se possa ter uma melhor compreensão do que
aconteceu;
D) a História é um conjunto de fatos que jamais se repetirão, onde o
papel das grandes personalidades merece destaque especial, para que
se chegue a uma verdade definitiva;
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E) os povos produzem suas histórias determinadas pelos seus desejos
e pelas suas necessidades, mas não conseguem se libertar do domínio
das forças da natureza.
5. (UFPE) História é a ciência que:
A) Estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra;
B) Se fundamenta unicamente em documentos escritos;
C) Estuda os acontecimentos do passado dos homens, utilizando-se
dos vestígios que a humanidade deixou;
D) Estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da
humanidade.
E) Estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais com base
no empirismo.
6. (ENEM/2011) estamos testemunhando o reverso da tendência
histórica da assalariação do trabalho e socialização da produção, que
foi característica predominante na era industrial. A nova organização
social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa à
administração descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos
mercados personalizados. As novas tecnologias da informação
possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua
coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real,
seja entre continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006
(adaptado).
No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças constantes
nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos
nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado
A) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as linhas de
montagem sob influência dos modelos orientais de gestão.
B) o aumento das formas de teletrabalho como solução de larga escala
para o problema do desemprego crônico.
C) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas às
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demandas por inovação e com vistas à mobilidade dos investimentos.
D) a autonomização crescente das máquinas e computadores em
substituição ao trabalho dos especialistas técnicos e gestores.
E) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e
clientes com a garantia de harmonização das relações de trabalho.
7. (ENEM 2001) O texto abaixo reproduz parte de um diálogo entre
dois personagens de um romance.
- Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? Perguntou Sofia.
- Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos
imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em
peregrinação missionária pouco antes da meia noite e meia e morreu
quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi
mais ou menos proibida. (...). Até as dez horas as escolas dos
mosteiros detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze horas
são fundadas as primeiras universidades.
Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia, Romance da
História da Filosofia. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente,
tem sido usado como marco para o início da Idade Média. De acordo
com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como
ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que
A) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas.
B) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas.
C) o Cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da
Idade Média.
D) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros
150 anos da Era Cristã.
E) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade
Média.
8. (ENEM 2009) A formação dos Estados foi certamente distinta na
Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais, em
especial na América Latina onde as instituições das populações locais
existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do
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México e do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil , são o
resultado, em geral, da evolução do transplante de instituições
europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as
colônias tiveram fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias,
idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de
descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua
verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais.
Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e
encontrou sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos
quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou
pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do
Estado asiático. GUIMARÃES, S. P. Nação nacionalismo Estado Estudos
Avançados São Paulo: EDUSP, v. 22, n. o 62 jan. - Bar 2008 (adaptado)
Relacionando as informações ao contexto histórico e geográfico por
elas evocado, assinale a opção correta acerca do processo de formação
socioeconômica dos continentes mencionados no texto.
a) Devido à falta de recursos naturais a serem explorados no Brasil,
conflitos étnicos e culturais como os ocorridos na África estiveram
ausentes no período da independência e formação do Estado brasileiro.
b) A maior distinção entre os processos histórico-formativos dos
continentes citados é a que se estabelece entre colonizador e
colonizado, ou seja, entre a Europa e os demais.
c) À época das conquistas, a América Latina, a África e a Ásia tinham
sistemas políticos e administrativos muito mais sofisticados que
aqueles que lhes foram impostos pelo colonizador.
d) comparadas ao México e ao Peru, as instituições brasileiras, por
terem sido eliminadas à época da conquista, sofreram mais influência
dos modelos institucionais europeus.
e) O modelo histórico da formação do Estado asiático equipara-se ao
brasileiro, pois em ambos se manteve o espírito das formas de
organização anteriores à conquista.
9. ENEM 2007 Texto I
Ó glória de mandar, ó vã cobiça desta vaidade a quem chamamos
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se chama! Que castigo tamanho e que justiça fazes no peito vão que
muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, que
crueldades neles experimentas
Fonte de desamparos e adultérios, sagaz consumidora conhecida de
fazendas, de reinos e de impérios: Chamam-te ilustre, chamam-te
subida, sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória
soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana. A que novos
desastres determinas de levar estes Reinos e esta gente? Que perigos,
que mortes lhe destinas, debaixo dalgum nome preeminente? Que
promessas de reinos e de minas de ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias? Que triunfos? Que palmas?
Que vitórias? (Camões, Os Lusíadas)
Texto II FALA DO VELHO DO RESTELO AO ASTRONAUTA Aqui na terra
a fome continua A miséria e o luto A miséria e o luto e outra vez a fome
acendemos cigarros em fogos de napalm1 E dizemos amor sem saber
o que seja. Mas fizemos de ti a prova da riqueza, ou talvez da pobreza,
e da fome outra vez. E pusemos em ti nem eu sei que desejos de mais
alto que nós, de melhor e mais puro. No jornal soletramos de olhos
tensos Maravilhas de espaço e de vertigem. Salgados oceanos que
circundam Ilhas mortas de sede onde não chove. Mas a terra,
astronauta, é boa mesa (E as bombas de napalm são brinquedos) onde
come brincando só a fome Só a fome, astronauta, só a fome. (José
Saramago, Os Poemas Possíveis) 1Napalm: mistura de sabões de
alumínio utilizada na fabricação de bombas incendiárias e lança-
chamas. A bomba de napalm causa um fogo muito difícil de apagar e
foi maciçamente utilizada pelos americanos na Guerra do Vietnã.
No texto I, Vasco da Gama conta ao rei de Melinde que, estando sua
esquadra na praia do Restelo, em meio à multidão que se despedia dos
navegantes, um velho fez um impressionante discurso. Considere as
estrofes transcritas e assinale a alternativa que responde por que José
Saramago atribui ao Velho do Restelo a fala de seu texto (texto II).
A) assim como no episódio de Os Lusíadas, o emissor do texto II
representa uma voz contrária às aventuras que pretendem glorificar o
ser humano, mas que deixam ao desamparo a grande maioria da
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população.
B) José Saramago sugere que, com o tempo, até mesmo a personagem
de Camões, que era contrária ao progresso, rendeu-se às maravilhas
da tecnologia e se encantou com a conquista do espaço sideral.
C) Nos dois textos, o eu poemático assume uma postura conformista
em relação à situação de sofrimento em que vive a humanidade, pois
D) tanto o episódio narrado por Camões como o texto de José
Saramago revelam um emissor indeciso diante da conquista do
desconhecido: um diante do mar, o outro diante do espaço.
E) O texto de José Saramago demonstra que o ser humano continua o
mesmo desde o tempo retratado em Os Lusíadas, por isso expõe o
pensamento do velho do Restelo como algo atual (favorável ao
desenvolvimento humano em todos os seus aspectos: tecnológico e
pessoal).
10. ENEM 2007 Que trecho do texto II pode ser tomado como uma
referência às Grandes Navegações?
saber o que
de melhor e mais
fome outra
8. Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D C A C C C A B A E
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9. Cronograma do curso
Data
disponib
ilidade
Aula em vídeo e PDF
26 jan Aula 00: Conceitos e fundamentos
4. Introdução ao Estudo da História.
5. Formação de Portugal (iniciando com as Cruzadas nos
séculos X e XI até a Revolução de Avis no século XIV).
6. Expansão Marítima e Comercial Europeia (séculos XV e
XVI).
29 jan Aula 1 Introdução ao processo colonizador na
América Portuguesa
Período Pré-colonial: 1500 - 1530.
11 fev Aula 2 Idade Antiga Civilização Clássica Grécia e
Roma (Século V a.C. a 476 d. C.).
A Civilização Clássica (com ênfase na sua formação, apogeu
e organização).
5. Política;
6. Economia;
7. Sociedade;
8. Cultura;
9. Contribuição para a formação da Sociedade Ocidental
18 fev Aula 3 Idade Média (476-1543)
Sistema Feudal: formação, apogeu e decadência
3. A Sociedade Feudal (Século V ao XV).
4. O Renascimento Comercial e Urbano.
25 fev Aula 4 Introdução a Era Moderna (1453-1789)
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51. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
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2. Os Estados Nacionais Europeus da Idade Moderna, o
Absolutismo e o Mercantilismo.
3. O Renascimento Cultural, o Humanismo e as Reformas
Religiosas.
10
mar
Aula 5 - Período Colonial Brasileiro (1530-1808)
1. A Montagem da Colonização Europeia na América.
2. Os Sistemas Coloniais Espanhol, Francês, Inglês e dos
Países Baixos.
3. Estrutura Político-Administrativa;
4. Estrutura socioeconômica;
5. Invasões estrangeiras e Expansão territorial;
6. Rebeliões coloniais: Movimentos Emancipacionistas:
Conjuração Mineira e Conjuração Baiana.
24
mar
Aula 6 - A Era das Revoluções (1600-1815)
1. O Iluminismo.
2. Despotismo Esclarecido.
3. As Revoluções Inglesas (Século XVII)
4. Revolução Industrial (Século XVIII a XX).
07 abr Aula 7 - A formação dos Estados Unidos da América
1. A Independência dos Estados Unidos da América.
2. Guerra da Secessão
3. Expansão territorial e industrialização
14 abr Aula 8 - A Revolução Francesa
4. As fases da Revolução
5. O Império Napoleônico
6. O Congresso de Viena e a Santa Aliança.
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28 abr Aula 9 - O processo de independência do Brasil (1808-
1822)
1. A Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (1808)
2. Governo Joanino A Corte Portuguesa no Brasil (1808 a
1821).
3. A Regência de D. Pedro e a Revolução do Porto
05
mai
Aula 10- Primeiro Reinado (1822 a 1831).
1. A construção do Estado Nacional Brasileiro a
Constituição de 1824;
2. A Política Externa;
3. As guerras de independência;
4. Os conflitos internos e a abdicação
12
mai
Aula 11 - Período Regencial (1831 a 1840).
1. Regência Trina Provisória;
2. Regência Trina Permanente;
3. Regência Una de Feijó;
4. Regência Una de Pedro Araújo Lima;
5. O Golpe da Maioridade.
19
mai
Aula 12 - Segundo Reinado (1840 a 1889).
1. Consolidação (1840-1850);
2. Apogeu (1850-1870);
3. Decadência (1870-1889).
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53. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
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4. As questões que abalaram o Império e o Movimento
Republicano;
5. A proclamação da República.
02 jun Aula 13 - Doutrinas e ideologias e movimentos
operários do Século XIX (1801-1900)
1. Idealismo Romântico;
2. Socialismo Utópico, Socialismo Científico, Ludismo e o
Cartismo;
3. Doutrina Social da Igreja;
4. Liberalismo e o Anarquismo;
5. Evolucionismo e o Positivismo.
09 jun Aula 14 República Velha (1889-1930)
1. República da Espada (1889-1894);
2. República das Oligarquias ou do Café-com-leite ou dos
Coronéis;
3. As crises da República Velha: crise econômica, política e
as revoltas civis e militares.
4. A Revolução de 1930.
16 jun Aula 15 A Era Vargas (1930-1945)
1. Governo Provisório (1930 a 1934);
2. Governo Institucional ou Constitucional (1934 a 1937);
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54. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. Robson Papandréa Aula 00
3.Estado Novo (1937 a 1945).
23 jun Aula 16 O Mundo em Guerra (1914-1945)
1. Imperialismo;
2. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
3. Entre Guerras: fascismo, comunismo, crise de 1929 e
capitalismo financeiro.
30 jun Aula 17 República Populista
1. Governo Dutra (1946-1951);
2. Governo Vargas (1951-1954);
3. Governo Café Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos (1954-
1956);
4. Juscelino Kubitschek (1956-1961)
5. Jânio Quadros e João Goulart (1961-1964)
07 jul Aula 18 - O Mundo na Guerra Fria (1946-1989)
1. A reconstrução da Europa e do Japão e o surgimento do
mundo bipolar;
2. A corrida armamentista e a tensão nuclear.
3. os principais conflitos da Guerra Fria: a Guerra da Coréia
(1950 1953), a Guerra do Vietnã (1961 1975) e os
movimentos revolucionários na descolonização da África e
Ásia.
4. os conflitos árabes-israelenses;
5. A abertura na União Soviética: A Glasnost e a Perestroika;
6. A queda do Muro de Berlim;
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55. CIÊNCIAS HISTÓRIA P/ENEM
HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
Prof. Robson Papandréa Aula 00
7. A fim da União Soviética e a Nova Ordem Mundial.
14 jul Aula 19 Os Governos Militares (1964-1985)
1. Castelo Branco (1964-1967);
2. Costa e Silva (1967-1969)
3. Garrastazu Médici (1969-1974)
4. Ernesto Geisel (1974-1979)
5. João Baptista Figueiredo (1979-1985)
6. Processo de abertura e redemocratização
21 jul Aula 20 A República Nova (1985 a atualidade)
1. José Sarney (1985-1990);
2. Collor de Melo e Itamar Franco (1990-1994);
3. Fernando Henrique Cardoso (1995-2002);
4. Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010);
5. Dilma Rousseff (2011 atualidade).
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