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Prof. Dr. Cassius Ruchert
Princípios de Análise de Falhas
em Componentes
SMM 0177 ou SMM0330
Principal Literatura
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 2
UNDERSTANDING HOW
COMPONENTS FAIL
Wulpi, Donald J.
Sumário da Aula
• Introdução
• Análise de Falhas
• Etapas da Análise de Falhas
• Exemplos Práticos de Falha
•Tipos de Falhas
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 3
• Falhar: segundo dicionário Aurélio significa deixar de fazer ou
cumprir uma função original. Falha é um termo geral utilizado para
indicar que um componente ou peça em serviço se tornou
completamente inoperante ou continua operante mas se tornou
incapaz de desempenhar satisfatoriamente a sua função ou está
seriamente comprometido a ponto de se tornar inseguro para uso
continuo.
• A falha é um evento indesejável, pois podem ocorrer perdas e danos
ou exposição a riscos. A prevenção de falhas ou a determinação de
vida e condição para que a falha ocorra de forma prevista são medidas
para o sucesso do projeto.
• A analise de falha é importante para que sejam descobertas as causas
que geraram a falha e assim balizar as precauções apropriadas para
que não ocorram futuros incidentes.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
4
Porque um
componente falha?
Material
(Metalúrgico)
Fabricação
Projeto
Erros de
Operação
Manutenção
Inadequada
Outros
Motivos
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
5
Razão de uma
Analise de falhas?
Segurança do
Equipamento
Culpas e
Reinvindicações
pelos Danos
Processos
Relativos a Saúde
e Segurança
Prevenção de
Recorrência
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
6
 A análise de falhas revela um ou mais dos seguintes ítens:
• Deficiência no projeto
• Imperfeição do material
• Erros em processamento do material
• Erros de montagem
• Anormalidades em serviço
• Manutenção inadequada ou imprópria
• Fatores não intensionais ou inadivertidos
Porque uma Análise de Falhas?
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
7
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
8
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
9
Falha
Confiabilidade: É a probabilidade de um sistema de
cumprir sem falhas uma missão com um duração
determinada;
Classificar falhas:
• Falhas catastróficas
• Falhas graduais
Quanto a sua ocorrência:
• Temporárias (Ruído em sinal)
• Intermitentes (mal contato)
• Permanentes (lâmpada queimada)
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10
Sumário da Aula
• Introdução
• Análise de Falhas
• Etapas da Análise de Falhas
• Exemplos Práticos de Falha
•Tipos de Falhas
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 Deve conter:
• Coleta de evidências
• Estabelecimento dos Fatos
• Checklists, Fluxogramas
• Dar opniões quanto ao mecanismo, sequência e
causa da falha
• Relatório e conclusões
 Não deve conter:
• Atribuições de culpas
• Fixar obrigações
• Denunciar as partes possivelmente envolvidas no erro
Investigação Técnica
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
12
 Trabalho de detetive
 Necessitam ser descobertas
informações importantes ao
discernimento do que pode
ter ocasionado a falha.
Análise de Falha
 Ter um procedimento, um método de análise, que
pode ser aplicado quando um equipamento ou
componente falhar antes que a vida esperada seja
atingida.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
13
 Um método de investigação que é lógico e bem planejado
permitirá que o analista previna falhas futuras, sugerindo
medidas corretivas, a seleção do material ou projeto mais
apropriado para a sua aplicação.
 Neste curso serão abordados algumas análises de falha real do
setor automobilístico e aeroespacial.
 A análise de falha requer:
• Profissionais competentes
• Perseverança
• Metodologia sistemática
• Sorte
Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
14
 Como até o presente não foi encontrado a fórmula para
garantia de sorte (caso tivesse, eu certamente estaria em Las
Vegas e não na Universidade!), esta apresentação será focada
em uma Metodologia Sistemática para análise de falha.
 Devemos não somente saber como diagnosticar uma falha, mas
também determinar o melhor caminho para esclarecê-la.
 A seguir estão listados os principais passos para uma análise de
falha. A sequência a variações a depender da natureza da falha.
Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
15
Análise de Falha
 Perguntas que um analisador de falhas não pode esquecer de
avaliar:
• O problema realmente existe?
• Qual a frequência da ocorrência?
• A falha ocorreu de forma abrupta ou gradual?
• A falha começou a acontecer após alguma mudança de
projeto, material ou mudança no processo de fabricação?
• Ocorreu a falha em um produto específico?
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
16
Local esperado da fratura
• Em um projeto alguns pontos são críticos e espera-se
uma atenção especial;
• O local esperado da fratura é o primeiro ponto a ser
observado quando ocorre falha;
• Uma falha fora do local esperado mostra que algum
fator fora do previsto ocorreu;
• Exemplo do cadarço;
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17
Questionamentos na investigação
1. Superfície da fratura.
– Modo de fratura
– Superfície da fratura
– Existência de corrosão
2. Superfície da peça
– Marcas de contato
– Deformação
– Danos na superfície por usinagem, montagem,
manutenção
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Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 19
Questionamentos na investigação
3. Geometria e projeto
– Concentrador de tensão
(rasgos, estriados, etc)
– Peça projetada
corretamente?
(Dimensional, geometria,
etc)
– Entender como a peça
trabalha
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Questionamentos na investigação
4. Manufatura e Processos
– Descontinuidades, tensões internas, emendas,
inclusões, porosidade, cavidades
– ZTA;
– Tratamento térmico inadequado (excessivo ou
insuficiente)
Figura – solda com baixa
penetração
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Questionamentos na investigação
• 5. Propriedades do material
– Material está dentro das especificações?
– As propriedades do material estão adequadas para a
seus utilização?
– Propriedades físicas (ex.: expansão térmica)
• 6. Relação entre tensão aplicada e tensão
residual
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Questionamentos na investigação
7. Peças adjacentes
– Mal funcionamento de uma peça adjacente pode
causar a falha; Causa dano ou esforço a mais
– Fixação está correta? Parafuso solto ?
8. Montagem
– Desalinhamento ou posição fora de projeto;
– Usinagem incorreta ou acúmulo de tolerância;
– Deformação excessiva durante o trabalho;
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Questionamentos na investigação
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 24
Questionamentos na investigação
9. Condições de serviço
– Evidências que indicam funcionamento fora do
comum;
– Excesso de carga , velocidade, etc. Uso sob
condições acima do projetado;
– Manutenção e condição geral;
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 25
Questionamentos na investigação
10. Reações ao ambiente
– Corrosão, variação
térmica, exposição a
intempéries.
– Temperaturas ou diferença
de pressão altas e acima
do esperado alteram o
componente.
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Questionamentos na investigação
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 27
Considerações
• Formular uma hipótese de uma sequência de
eventos que culminaram na fratura;
• Prevenir esta falha no futuro;
• Documentação detalhada;
• Trabalho de levantar informações em
diferentes áreas. Equipe;
Deve ficar claro que a análise de falhas, em alguns casos,
pode ser excessivamente complexa, requerendo considerável
conhecimento, exame, questionamento e referências a outras
fontes de informação na literatura
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Análise de Falha
Passo 1. Coleta de dados, informações
de campo e seleção das amostras;
Passo 2. Considereções de segurança;
Exame preliminar da falha (exame visual e
registro da imagem);
Passo 3. Inspeção não destrutivos (END)
Passo 4. Ensaios mecânicos
 A investigação da falha envolve normalmente algumas das
seguintes etapas:
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29
Análise de Falha
 A investigação da falha envolve normalmente algumas das
seguintes etapas:
• Observação macroscópica
(exame visual, registro
topográfico da fratura e dos
detalhes importantes, etc...)
• Estudos microscópicos
(metalografia, MEV, etc...)
• Determinação do
mecanismo de falha
• Análise química do
componente falhado
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
30
Análise de Falha
 A investigação da falha envolve normalmente algumas das
seguintes etapas:
• Testes sob as condições de serviços
• Análise da mecânica da fratura
• Ensaios por elementos finitos
• Análise e sintese de todas as
evidências, formulações e conclusões
• Confecção de um relatório técnico
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31
Sumário do Laudo da Análise de Falha
1. Dados gerais:
• Título
• Equipamento
• Setor industrial
• Empresa
• Certificado
• Data de entrada e saída
• Outros
2. Objetivos:
• Descrever claramente
os principais objetivos
da análise
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32
3. Condições de operação:
• Carregamento
• Carga de operação
• Atmosfera
• Temperatura
• Tempo de operação
• Reparos
• Lubrificação
• Outras informações
4. Propriedades do material:
(Segundo o fabricante)
• Material
• Rota de fabricação
• Conformação mecânica
• Acabamento superficial
• Composição química
• Propriedades mecânicas
• Tratamento térmico/químico
• Relatório de qualidade
• Outras informações
Sumário do Laudo da Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
33
5. Amostras enviadas para análise:
• Descrição
• Identificação
• Desenho da peça/equipamento
• Diagrama de corte da amostra
• Fotos
• Outras informações
Sumário do Laudo da Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
34
6. Procedimentos realizados:
• Análise de líquido penetrante
• Análise macográfica
• Análise química
• Análise de dureza
• Análise microscópica
• EDX
• Ensaio de tração, impacto, tenacidade à fratura e fadiga
• Outras informações
Sumário do Laudo da Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
35
7. Resultados da investigação:
• Análise macrográfica
• Composição química
• Propriedades mecânicas
• Microscopia ótica e eletrônica de varredura ou transmissão
• Outras informações
8. Conclusões
9. Recomendações
Sumário do Laudo da Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
36
Princípios para análise
• Localizar a origem da fratura.
Nenhum procedimento de laboratório deve
impedir que se encontre o local onde a fratura
originou. Além disso, é desejável, se possível,
que se tenha as duas superfícies da fratura
sem modificações.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
37
Princípios para análise
• Não reposicionar as duas superfícies correspondentes da
fratura, exceto com muito cuidado e proteção. Mesmo
nas melhores condições, as superfícies da fratura são
extremamente delicadas e frágeis, e são facilmente
danificadas num ponto de vista microscópico. É muito
importante a proteção das superfícies se houver uma
análise no microscópio eletrônico
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
38
• Não fazer ensaios destrutivos sem ter absoluta
certeza. Alterações como corte, furação e
desbaste pode arruinar a investigação se
forem realizados prematuramente. Não faça
nada que não possa ser refeito. Uma vez que a
peça é cortada, furada ou desbastada, ela não
pode voltar a como estava anteriormente.
Princípios para análise
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
39
Sumário da Aula
• Introdução
• Análise de Falhas
• Etapas da Análise de Falhas
• Exemplos Práticos de Falha
•Tipos de Falhas
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Conhecimento dos detalhes relacionados a falha
Informações
 Manufatura;
 Processamento;
 história de serviço;
 Reconstrução dos eventos
que conduziram à falha.
COLETA DE INFORMAÇÕES E SELEÇÃO DE CPS
Etapas da Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
41
Histórico
de
Serviço
cargas
cíclicas
carregamento
normal ou
anormal
variações na
temperatura
sobrecargas
acidentais
operação em
um ambiente
corrosivo
gradientes de
temperatura
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
42
 Registro Fotográfico: A falha que em um estudo preliminar
parece quase inconsequente pode apresentar posteriormente
maiores dificuldades, nesse caso, o registro fotográfico será
essencial.
Etapas da Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
43
 Amostras:
• O examinador deve assegurar que as amostras selecionadas
sejam apropriadas para a proposta de análise,
representando adequadamente as características da falha.
• Comparar os componentes em estudo com similares que
não falharam para determinar se a falha foi devido às
condições de serviço ou foi o resultado de um erro na
manufatura.
• Em falhas envolvendo corrosão, corrosão sob tensão ou
corrosão sob fadiga, uma amostra do fluído que estava em
contado com o metal, ou qualquer depósito que tenha se
formado, deve ser requerida para análise.
Etapas da Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
44
 Considerações de segurança:
• Frequentemente a falha envolve materiais que foram
expostos ou entraram em contato a produtos químicos
perigoso;
• Cuidado deve ser tomado para identificar estes produtos
químicos e proteger as pessoas que entrarão em contato com
eles.
Etapas da Análise de Falha
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
45
Etapas da Análise de Falha
 Inspeção Visual:
• O exame preliminar deve começar com uma inspeção
visual a olho nu
• Atenção especial deve ser dispensada às superfícies de
fratura e ao caminho das trincas.
• Qualquer indício de condições anormais ou abuso em
serviço deve ser observado e avaliado, e uma avaliação
geral do projeto básico e acabamento da peça deve ser
feita.
• Todos os aspectos importantes, incluindo as dimensões,
devem ser registrados.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
46
Etapas da Análise de Falha
 Estudo da fratura: O próximo passo no exame preliminar
deve ser a fotografia das partes fraturadas e o registro das
suas dimensões e condições. Segue-se então um cuidadoso
exame da fratura. Estando esta avaliação completa, é
apropriado prosseguir com a fotografia da fratura registrando
o que cada fotografia mostra, sua ampliação e como está
relacionada com as demais fotografias
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
47
Etapas da Análise de Falha
 Inspeção não destrutiva: Vários testes não destrutivos são
extremamente úteis na investigação e análise de falhas
Inspeção por partículas
magnéticas
Inspeção por líquido
penetrante
Inspeção ultra-sônica Inspeção radiográfica
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48
Etapas da Análise de Falha
 Ensaios Mecânicos: O ensaio de dureza/microdureza é o mais
simples dos ensaios mecânicos e a ferramenta mais versátil
para a análise de falhas
• Na avaliação de TT
• Fornecer resistência a tração
• Para detectar encruamento
• Para detectar endurecimento ou
amolecimento causado por super-
aquecimento ou descarbonetação,
ou pelo aprisionamento de
carbono ou nitrogênio
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
49
Etapas da Análise de Falha
 Ensaios Mecânicos:
• Outros ensaios mecânicos são úteis para a confirmação de
que o componente falhou conforme a especificação ou
para avaliar os efeitos das condições superficiais nas
propriedades mecânicas.
• O examinador deve ter cuidado na avaliação dos
resultados dos ensaios mecânicos. Se um material tem
resistência à tração 5 ou 10% inferior ao especificado, não
significa que esta foi a causa principal da falha em serviço.
• O ensaio de tração em análises de falhas não fornece
informações muito relevantes pois relativamente poucas
falhas resultam de deficiência na resistência à tração do
material.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
50
Etapas da Análise de Falha
 Seleção e preservação da superfície fraturada:
• A devida seleção, preservação e limpeza da superfície de
fratura é vital para prevenir que importantes evidências
sejam perdidas ou obscurecidas.
• A superfície de fratura pode ser protegida durante o
transporte cobrindo-a com óleo ou um plástico.
• Tocar ou friccionar a superfície de fratura com os dedos
deve ser terminantemente evitado.
• Evitar encaixar as partes fraturadas, o que nada acrescenta
à análise e quase sempre causa dano às superfícies de
fratura.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
51
Etapas da Análise de Falha
 Seleção e preservação da superfície fraturada:
• Secar a fratura, preferivelmente com jato de ar quente
ajuda a prevenir danos por corrosão química.
• Quando possível, lavar a superfície de fratura com água
deve ser evitado.
• Corpos de prova contaminados com água do mar ou
fluidos de extintores de fogo, requerem lavagem.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
52
Etapas da Análise de Falha
 Limpeza: A limpeza da superfície deve ser evitada, quando
possível. No entanto, pode ser necessária para a remoção ou
eliminação de fragmentos ou sujeira, para preparar a
superfície de fratura para exame por microscopia eletrônica. O
procedimento de limpeza inclui o uso de jato de ar quente;
tratamento com solventes inorgânicos, tanto por imersão ou
por jato; tratamento em meio ácido ou com soluções alcalinas
(dependendo do metal); limpeza por ultra-som; e aplicação de
réplicas plásticas.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
53
Etapas da Análise de Falha
 Corte: Algumas análises impõem limitações para o tamanho
da amostra a ser analisada, sendo necessário remover do
componente fraturado em estudo uma seção de tamanho
adequado para as análises. Usa-se preferencialmente discos
finos de diamante, serra de fita, disco de corte abrasivo, ou
disco de corte abrasivo resfriado com uma solução de água e
óleo solúveis para manter o metal resfriado e livre de
corrosão.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
54
Etapas da Análise de Falha
 Trincas Secundárias: Quando a fratura
principal foi danificada ou corroída de
tal forma que a maior parte das
informações foram destruídas, é
desejável abrir trincas secundárias e
expor suas superfícies de fratura para o
exame e estudo. O processo de abertura
destas trincas deve ser cuidadoso para
evitar danos na nova superfície de
fratura. Normalmente, a abertura é feita
de tal modo que as duas superfícies são
movidas em direções opostas, normal
ao plano da trinca.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
55
Etapas da Análise de Falha
 Exame macroscópio da superfície de fratura:
• Geralmente a parte mais importante de qualquer análise
de falha é o exame macroscópico da superfície de fratura.
Pode ser conduzido a olho nu ou com ajuda de lentes,
lupa, microscópio estereoscópico ou ainda em um
microscópio eletrônico de varredura, MEV.
• A orientação da superfície de fratura dá uma indicação do
sistema de tensões que produziu a falha.
• Quando a superfície de fratura apresenta ambas as
estruturas planas e oblíquas, pode-se geralmente concluir
que a fratura plana ocorreu primeiro.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
56
Etapas da Análise de Falha
• Exames em baixa ampliação
geralmente revelam regiões
que apresentam uma
textura diferente daquela
da fratura final.
• O exame macroscópico
geralmente permite
determinar a direção do
crescimento da trinca e
desta forma a origem da
falha.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
57
 Exame macroscópio da superfície de fratura:
Etapas da Análise de Falha
• O microscópio ótico estereoscópico
pode ser utilizado para o exame
microscópico das superfícies de
fratura, embora sua resolução seja
limitada (aproximadamente 0,5
microns) e imponha restrições à
profundidade de campo.
• O uso de réplicas plásticas.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
58
 Exame macroscópio da superfície de fratura:
Etapas da Análise de Falha
 Exame microscópio da superfície de fratura:
• Uma ferramenta muito importante tem sido o uso do MEV,
pois permite o exame direto da superfície de fratura.
• Embora a interpretação de fratografias requeira prática e
conhecimento dos mecanismos de fratura, há apenas um
pequeno número de características básicas que são
claramente identificáveis e indicativas de um modo de
fratura particular.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
59
Etapas da Análise de Falha
• Estas seguintes são:
 Coalescência de microvazios típica
de falhas por sobretensão de metais
e ligas dúcteis.
 Facetas de clivagem, típicas de
fratura frágil transgranular, de
metais e ligas com estrutura
cristalina cúbica de corpo centrado
(CCC) e hexagonal (HC).
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
60
 Exame macroscópio da superfície de fratura:
Etapas da Análise de Falha
• Estas seguintes são:
 Fratura intergranular devido ao
revenido de aços temperados ou ao
trincamento por corrosão sob
tensão ou ainda devido à fragilização
por hidrogênio
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61
 Exame macroscópio da superfície de fratura:
Etapas da Análise de Falha
• Estas seguintes são:
 Marcas de praias e estrias do estágio
2, típicas de falha por fadiga.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
62
 Exame macroscópio da superfície de fratura:
Etapas da Análise de Falha
 Exame metalográfico:
• O exame metalográfico de seções das amostras por
microscopia ótica e microscopia eletrônica de varredura é
vital na análise de falhas e deve ser um procedimento de
rotina.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
63
Etapas da Análise de Falha
 Exame metalográfico:
• O exame metalográfico fornece:
 Indicação da classe do material e de sua
microestrutura.
 Anormalidades presentes referentes a composição ou
microestrutural (envelhecimento).
 Informações relativas à manufatura do componente
em estudo e ao tratamento térmico ao qual foi
submetido.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
64
Etapas da Análise de Falha
 Exame metalográfico:
• O exame metalográfico fornece:
 Outros efeitos de serviço, tais como, corrosão,
oxidação e severo encruamento de superfícies,
também são reveladas e podem ser investigadas.
 As características das trincas presentes nas seções
analisadas, particularmente o seu modo de
propagação, provém informações quanto aos fatores
responsáveis pela sua iniciação e propagação.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
65
Etapas da Análise de Falha
 Modos de falha:
Como o primeiro passo na análise de uma fratura envolve a
observação visual, as primeiras impressões devem ser baseadas
nas evidências visuais óbvias. A mais simples e mais importante
observação diz respeito à deformação: O metal sofreu
deformação evidente?
 Se sim, escoamento e fratura ocorreram devido a uma
ou mais sobrecarga. É predominantemente uma
fratura dúctil ou uma fratura por fadiga de baixo ciclo
(devida a altas tensões).
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
66
Etapas da Análise de Falha
 Modos de falha:
Como o primeiro passo na análise de uma fratura envolve a
observação visual, as primeiras impressões devem ser baseadas
nas evidências visuais óbvias. A mais simples e mais importante
observação diz respeito à deformação: O metal sofreu
deformação evidente?
 Se não, indica que a mesma é predominantemente frágil
(ocorrido devido a uma sobrecarga) ou devido a fadiga de
alto ciclo.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
67
Etapas da Análise de Falha
 Modos de falha:
Para as fraturas que ocorrem devido à sobrecarga os possíveis
fatores causadores da fratura incluem:
 Concentração de tensões;
 Baixas temperaturas;
 Altas taxas de carregamento;
 Metais de alta resistência e dureza;
 Trincamento por corrosão;
 Fragilização por hidrogênio;
 Fragilização por têmpera e outros;
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
68
Etapas da Análise de Falha
 Modos de falha:
• Para fraturas que ocorrem por fadiga, os fatores de causa
incluem:
 Concentração de tensões
 Tensões residuais trativas
 Tensões de alta amplitude
 Ambiente corrosivo
 Alta temperatura
 Metais de baixa resistência e dureza
 Desgaste e outros
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
69
Etapas da Análise de Falha
 Análise química:
• Na investigação de uma falha, a análise química do
material é uma ação de rotina; geralmente feita ao final da
investigação pois envolve a destruição de uma certa
quantidade de material.
• Na maioria dos casos, pequenos desvios da composição
especificada não são de grande importância na
investigação.
• Certos elementos gasosos ou intersticiais, geralmente não
indicados nas análises químicas, podem ter um forte efeito
nas propriedades mecânicas dos metais. Nos aços, o efeito
do oxigênio, nitrogênio e hidrogênio são os de maior
importância.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
70
Etapas da Análise de Falha
 Análise química:
• Várias técnicas podem ser utilizadas, dentre elas
Espectrometria de emissão ótica.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
71
Etapas da Análise de Falha
 Mecânica da fratura aplicada a análise de falhas:
• A aplicação dos conceitos da Mecânica da Fratura para o
projeto e predição de vida de partes e componentes é
bastante pertinente à investigação de falhas e à
formulação de medidas preventivas.
• Os conceitos da Mecânica da Fratura são úteis na
determinação da tenacidade à fratura e outros parâmetros
de tenacidade e em prover uma análise quantitativa para
avaliar à confiabilidade do componente.
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72
Etapas da Análise de Falha
• No estágio de conclusão de uma
investigação pode ser necessário
conduzir testes com simulação
das condições de serviço. Este
não é um procedimento simples
pois exige equipamentos
elaborados e o conhecimento
preciso de todas as condições de
serviço. Na prática, nem todas
as condições de serviço são
conhecidas.
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
73
 Testes de simulação das condições de serviço:
Etapas da Análise de Falha
 Considerações finais e elaboração do relatório:
• Frequentemente é subestimado
• Muitas vezes é para não especialistas/não técnicos
• Claro, lógico, preciso, conciso e completo
• Apresentar os fatos, deduções e opiniões
• Apresentar as conclusões
• Ponto importante: Posso defender cada afirmação no
tribunal?
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
74
Sumário da Aula
• Introdução
• Análise de Falhas
• Etapas da Análise de Falhas
• Exemplos Práticos de Falha
•Tipos de Falhas
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 75
Exemplos Práticos de Falhas
Pitting
corrosion
observed on
cut cross
section of a
cupro-nickel
tube from a
turbine lub-
oil cooler
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
76
Exemplos Práticos de Falhas
Transgranular mode Intergranular mode
Stress
corrosion
cracking in
Stainless
steel
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
77
Exemplos Práticos de Falhas
In-situ metallography
examination on the failed
stainless steel dished end
TGSCC on the dished end due to
presence of residual stress and
improper storage
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
78
Exemplos Práticos de Falhas
Photomicrostructure of the failed turbine blade showing creep cavities
and grain boundary carbide precipitation
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
79
Sumário da Aula
• Introdução
• Análise de Falhas
• Etapas da Análise de Falhas
• Exemplos Práticos de Falha
•Tipos de Falhas
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 80
Tipos Principais de Falhas
 Falhas Mecânicas:
• Falhas frágil e/ou dúctil
• Falhas por fadiga
• Falhas por torção/distorção
• Falhas por desgaste (abrasivo e/ou
adesivo) ou desgaste/fadiga
• Falhas por fluência
 Falhas Ambiente/Mecânicas:
• Corrosão sob tensão
• Fragilização por hidrogênio
• Fragilização por metal líquido
• Corrosão/Fadiga
• Fadiga/Fretting
 Falhas devido ao meio ambiente:
• Falhas por corrosão
• Falhas corrosão-erosão
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
81
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
82
CAPÍTULOS 5 E 6
UNDERSTANDING HOW COMPONENTS FAIL
Wulpi, Donald J.
PROPRIEDADES MECÂNICAS (Cap5)
E TENSÃO VERSUS RIGIDEZ (Cap6)
B.1. - INTRODUÇÃO.
B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA.
B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA.
B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR.
B.5. - TRAÇÃO – COMPRESSÃO.
B.6. - CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO.
A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 .
C.1. - INTRODUÇÃO.
C.2. - DISTRIBUÇÃO DE TENSÃO ELASTICA EM PERFILES SIMPLES.
A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 .
A - INTRODUÇÃO:
A.1. – DEFINIÇÕES:
TENSÃO:
UMA FORÇA DIVIDIDA
PELA ÁREA DA FACE EM
QUE ATUA.
DEFORMAÇÃO:
RESPOSTA DO MATERIAL
A TENSÃO. PROPRIEDADE
DO MATERIAL.
TRAÇÃO
(STRESS) (STRAIN)
A.1. – DEFINIÇÕES:
LIMITE DE PROPORCIONALIDADE
LIMITE DE ELASTICIDADE
LIMITE DE RESISTÊNCIA
TENSÃO DE RUPTURA
ESCOAMENTO
A - INTRODUÇÃO:
A.2. – CAPÍTULO 3: MODELOS BÁSICOS DE FRATURA COM
CARGA SIMPLES.
CÉLULA
UNITÁRIA
BCC
MODO A
CISALHAMENTO
MODO
CLIVAGEM/DISSOCIAÇÃO
RUPTURA FRÁGIL
RUPTURA DUCTIL
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
87
Coalescencia de Microvazios (dimples)
Clivagem
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
88
Quasi-Clivagem
A - INTRODUÇÃO:
A.2. – CAPÍTULO 4: SISTEMAS DE TENSÃO RELACIONADOS
COM FRATURA CAUSADA POR CARGA SIMPLES EM METAIS
FRAGEIS E DÚCTEIS.
HOW COMPONENTS FAIL – WULPI, D. J.
B.1. - INTRODUÇÃO.
B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA.
B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA.
B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR.
B.5. - TRAÇAO – COMPRESSÃO.
B.6. - CONCENTRAÇAO DE TENSÃO.
A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 .
C.1. - INTRODUÇÃO.
C.2. - DISTRIBUÇÃO DE TENSÃO ELASTICA EM PERFILES SIMPLES.
B.1. - INTRODUÇÃO.
B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA.
B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA.
B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR.
B.5. - TRAÇAO – COMPRESSÃO.
B.6. - CONCENTRAÇAO DE TENSÃO.
A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 .
B – CAPÍTULO 5: PROPIEDADES MECÂNICAS
B.1. – INTRODUÇÃO:
AS PROPRIEDADES MECÂNICAS SÃO DEFINIDAS COMO "AS
PROPRIEDADES DE UM MATERIAL QUE REVELAM O SEU
COMPORTAMENTO ELÁSTICO E INELÁSTICO (PLÁSTICO) ONDE A
FORÇA É APLICADA, INDICANDO ASSIM A SUA ADEQUAÇÃO PARA
APLICAÇÕES MECÂNICAS, POR EXEMPLO, MÓDULO DE
ELASTICIDADE, RESISTÊNCIA À TRAÇÃO, ALONGAMENTO, DUREZA
E LIMITE DE FADIGA.
B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA:
B – CAPÍTULO 5: PROPIEDADES MECÂNICAS
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
TEMPORÁRIO
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
PERMANENTE
ZONA ELÁSTICA:
1. - A HABILIDADE DE
RETORNAR AO SEU TAMANHO
E FORMA ORIGINAL DEPOIS
DE SER CARREGADO E
DESCARREGADO.
2. - ESTA CONDIÇÃO É O
ESTADO EM QUE A MAIORIA
DAS PEÇAS DE METAL SÃO
USADOS DURANTE O SEU
PERÍODO DE SERVIÇO.
Curva Tensão – Deformação geral.
Curvas tensão-deformação para aços de
diferentes níveis de resistência mecânica.
ZONA ELÁSTICA:
1. - A ZONA ELÁSTICA DE UM
DADO METAL TEM UMA
INCLINAÇÃO CONSTANTE.
2. - VOCÊ NÃO PODE ALTERAR
A RIGIDEZ MUDANDO A
RESISTÊNCIA MECÂNICA
(COMPOSIÇÃO,
TRATAMENTO TÉRMICO).
E=Cte.
Módulo
De
Young.
ZONA DUCTIL
Comportamento Tensão – Deformação
do ferro para diferentes temperaturas. Módulo de Elasticidade - Temperatura
EXISTE APENAS UMA CONDIÇÃO QUE MUDA A RIGIDEZ DE TODO
O METAL DADO. ESTA É A TEMPERATURA. A RIGIDEZ DE TODO O
METAL VARIA INVERSAMENTE COM A TEMPERATURA.
HÁ POUCOS METAIS QUE NÃO ESTÃO EM CONFORMIDADE COM A LEI DE
HOOKE, QUE AFIRMA QUE A TENSÃO E A DEFORMAÇÃO SÃO
LINEARMENTE PROPORCIONAIS DENTRO DO INTERVALO ELÁSTICO.
FERRO FUNDIDO
TEM FLOCOS DE GRAFITE, QUE
AGEM COMO CONCENTRADORES
DE TENSÃO.
METAIS SINTERIZADOS
POROS INTERNOS.
AÇOS ESTIRADOS EM FRIO
TENSÃO RESIDUAL.
NÃO TEM LIMITE
T - CURVA INTEGRAL
TENSÃO - DEFORMAÇÃO
TRAÇÃO
COMPRESSÃO
T+T1 E T+T2
VARIAÇÃO COM A TEMPERATURA
T E
Limite de Fadiga – Tração
SUPERFÍCIE POLIDA
SUPERFÍCIE COM ENTALHES
CONCENTRADORES DE TENSÃO
B.1. - INTRODUÇÃO.
B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA.
B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA.
B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR.
B.5. - TRAÇAO – COMPRESSÃO.
B.6. - CONCENTRAÇAO DE TENSÃO.
A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 .
C.1. - INTRODUÇÃO.
C.2. - DISTRIBUÇÃO DE TENSÃO ELASTICA EM PERFILES SIMPLES.
B.1. - INTRODUÇÃO.
B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA.
B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA.
B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR.
B.5. - TRAÇÃO – COMPRESSÃO.
B.6. - CONCENTRAÇAO DE TENSÃO.
C.1. - INTRODUÇÃO.
C.2. - DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO ELASTICA EM PERFIS SIMPLES.
TODAS AS FRATURAS SÃO CAUSADAS POR
TENSÕES, E UMA VERSÃO DA TEORIA DA
“LIGAÇÃO MAIS FRACA" APLICA-SE: UMA
FRATURA IRÁ SE ORIGINAR ONDE A TENSÃO
LOCAL EXCEDEU PELA PRIMEIRA VEZ A
RESISTENCIA LOCAL.
O ANALISTA DE FALHAS DEVE SER CAPAZ DE COMPREENDER,
VISUALIZAR... O QUE ATUARAM
SOBRE A PARTE FRATURADA
SISTEMA DE
TENSÕES
DO PROJETO
ANÁLISE
“ler a fratura”
CONCLUSÃO
NÃO
MAIS
DADOS
DADOS:
Tensões aplicadas,
tensões residuais,
entalhes…
FRATURA
TRAÇÃO PURA
TENSÃO
UNIFORME
ENTALHE DE
SUPERFÍCIE
CONCENTRAÇÃO
DE TENSÃO NOTA: A COMPRESSÃO É O MESMO, MUDANDO O
SINAL
CARREGAMENTO
DE TORÇÃO PURA
TRAÇÃO
COMPRESÃO
CISALHAMENTO
BURACO
TRANSVERSAL
CONCENTRAÇÃO
DE TENSÃO
ORIFÍCIO
TRANSVERSAL
MESMA VELOCIDADE
ORIGEM DA FALHA POR FADIGA
OCORRE SUBSUPERFICIALMENTE A
SUPERFICIE DE CONTATO
VELOCIDADE DIFERENTE
ORIGEM DA FALHA POR FADIGA
OCORRE NA SUPERFÍCIE DE
CONTATO
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
105
C.2.7. – ORIGEM DA FRATURA DA SUPERFICIE e SUBSUPERFICIE de
componentes sujeitos carregamento de torcao ou flexao como eixos
Bibliografia Recomendada
 BROOKS, C.R.; CHONCHURY, A. Metallurgical failure analysis.
ISBN 0-07-008078-X-MacGraw-Hill. 1993.
Failure analysis case studies. Edited by., D.R.H. Jones, vol. 1,2,
Pergamon 1998 and 2001.
Principles of Failures analysis vídeocourse - Produced by ASM
International.
 Understanding How Componentes Fail. Donald J. Wulpi. ASM
 http://www.eesc.usp.br/smm/materiais/
Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP
106

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Análise de falhas em componentes

  • 1. Prof. Dr. Cassius Ruchert Princípios de Análise de Falhas em Componentes SMM 0177 ou SMM0330
  • 2. Principal Literatura Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 2 UNDERSTANDING HOW COMPONENTS FAIL Wulpi, Donald J.
  • 3. Sumário da Aula • Introdução • Análise de Falhas • Etapas da Análise de Falhas • Exemplos Práticos de Falha •Tipos de Falhas Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 3
  • 4. • Falhar: segundo dicionário Aurélio significa deixar de fazer ou cumprir uma função original. Falha é um termo geral utilizado para indicar que um componente ou peça em serviço se tornou completamente inoperante ou continua operante mas se tornou incapaz de desempenhar satisfatoriamente a sua função ou está seriamente comprometido a ponto de se tornar inseguro para uso continuo. • A falha é um evento indesejável, pois podem ocorrer perdas e danos ou exposição a riscos. A prevenção de falhas ou a determinação de vida e condição para que a falha ocorra de forma prevista são medidas para o sucesso do projeto. • A analise de falha é importante para que sejam descobertas as causas que geraram a falha e assim balizar as precauções apropriadas para que não ocorram futuros incidentes. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 4
  • 5. Porque um componente falha? Material (Metalúrgico) Fabricação Projeto Erros de Operação Manutenção Inadequada Outros Motivos Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 5
  • 6. Razão de uma Analise de falhas? Segurança do Equipamento Culpas e Reinvindicações pelos Danos Processos Relativos a Saúde e Segurança Prevenção de Recorrência Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 6
  • 7.  A análise de falhas revela um ou mais dos seguintes ítens: • Deficiência no projeto • Imperfeição do material • Erros em processamento do material • Erros de montagem • Anormalidades em serviço • Manutenção inadequada ou imprópria • Fatores não intensionais ou inadivertidos Porque uma Análise de Falhas? Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 7
  • 8. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 8
  • 9. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 9
  • 10. Falha Confiabilidade: É a probabilidade de um sistema de cumprir sem falhas uma missão com um duração determinada; Classificar falhas: • Falhas catastróficas • Falhas graduais Quanto a sua ocorrência: • Temporárias (Ruído em sinal) • Intermitentes (mal contato) • Permanentes (lâmpada queimada) Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 10
  • 11. Sumário da Aula • Introdução • Análise de Falhas • Etapas da Análise de Falhas • Exemplos Práticos de Falha •Tipos de Falhas Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 11
  • 12.  Deve conter: • Coleta de evidências • Estabelecimento dos Fatos • Checklists, Fluxogramas • Dar opniões quanto ao mecanismo, sequência e causa da falha • Relatório e conclusões  Não deve conter: • Atribuições de culpas • Fixar obrigações • Denunciar as partes possivelmente envolvidas no erro Investigação Técnica Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 12
  • 13.  Trabalho de detetive  Necessitam ser descobertas informações importantes ao discernimento do que pode ter ocasionado a falha. Análise de Falha  Ter um procedimento, um método de análise, que pode ser aplicado quando um equipamento ou componente falhar antes que a vida esperada seja atingida. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 13
  • 14.  Um método de investigação que é lógico e bem planejado permitirá que o analista previna falhas futuras, sugerindo medidas corretivas, a seleção do material ou projeto mais apropriado para a sua aplicação.  Neste curso serão abordados algumas análises de falha real do setor automobilístico e aeroespacial.  A análise de falha requer: • Profissionais competentes • Perseverança • Metodologia sistemática • Sorte Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 14
  • 15.  Como até o presente não foi encontrado a fórmula para garantia de sorte (caso tivesse, eu certamente estaria em Las Vegas e não na Universidade!), esta apresentação será focada em uma Metodologia Sistemática para análise de falha.  Devemos não somente saber como diagnosticar uma falha, mas também determinar o melhor caminho para esclarecê-la.  A seguir estão listados os principais passos para uma análise de falha. A sequência a variações a depender da natureza da falha. Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 15
  • 16. Análise de Falha  Perguntas que um analisador de falhas não pode esquecer de avaliar: • O problema realmente existe? • Qual a frequência da ocorrência? • A falha ocorreu de forma abrupta ou gradual? • A falha começou a acontecer após alguma mudança de projeto, material ou mudança no processo de fabricação? • Ocorreu a falha em um produto específico? Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 16
  • 17. Local esperado da fratura • Em um projeto alguns pontos são críticos e espera-se uma atenção especial; • O local esperado da fratura é o primeiro ponto a ser observado quando ocorre falha; • Uma falha fora do local esperado mostra que algum fator fora do previsto ocorreu; • Exemplo do cadarço; Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 17
  • 18. Questionamentos na investigação 1. Superfície da fratura. – Modo de fratura – Superfície da fratura – Existência de corrosão 2. Superfície da peça – Marcas de contato – Deformação – Danos na superfície por usinagem, montagem, manutenção Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 18
  • 19. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 19
  • 20. Questionamentos na investigação 3. Geometria e projeto – Concentrador de tensão (rasgos, estriados, etc) – Peça projetada corretamente? (Dimensional, geometria, etc) – Entender como a peça trabalha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 20
  • 21. Questionamentos na investigação 4. Manufatura e Processos – Descontinuidades, tensões internas, emendas, inclusões, porosidade, cavidades – ZTA; – Tratamento térmico inadequado (excessivo ou insuficiente) Figura – solda com baixa penetração Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 21
  • 22. Questionamentos na investigação • 5. Propriedades do material – Material está dentro das especificações? – As propriedades do material estão adequadas para a seus utilização? – Propriedades físicas (ex.: expansão térmica) • 6. Relação entre tensão aplicada e tensão residual Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 22
  • 23. Questionamentos na investigação 7. Peças adjacentes – Mal funcionamento de uma peça adjacente pode causar a falha; Causa dano ou esforço a mais – Fixação está correta? Parafuso solto ? 8. Montagem – Desalinhamento ou posição fora de projeto; – Usinagem incorreta ou acúmulo de tolerância; – Deformação excessiva durante o trabalho; Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 23
  • 24. Questionamentos na investigação Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 24
  • 25. Questionamentos na investigação 9. Condições de serviço – Evidências que indicam funcionamento fora do comum; – Excesso de carga , velocidade, etc. Uso sob condições acima do projetado; – Manutenção e condição geral; Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 25
  • 26. Questionamentos na investigação 10. Reações ao ambiente – Corrosão, variação térmica, exposição a intempéries. – Temperaturas ou diferença de pressão altas e acima do esperado alteram o componente. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 26
  • 27. Questionamentos na investigação Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 27
  • 28. Considerações • Formular uma hipótese de uma sequência de eventos que culminaram na fratura; • Prevenir esta falha no futuro; • Documentação detalhada; • Trabalho de levantar informações em diferentes áreas. Equipe; Deve ficar claro que a análise de falhas, em alguns casos, pode ser excessivamente complexa, requerendo considerável conhecimento, exame, questionamento e referências a outras fontes de informação na literatura Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 28
  • 29. Análise de Falha Passo 1. Coleta de dados, informações de campo e seleção das amostras; Passo 2. Considereções de segurança; Exame preliminar da falha (exame visual e registro da imagem); Passo 3. Inspeção não destrutivos (END) Passo 4. Ensaios mecânicos  A investigação da falha envolve normalmente algumas das seguintes etapas: Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 29
  • 30. Análise de Falha  A investigação da falha envolve normalmente algumas das seguintes etapas: • Observação macroscópica (exame visual, registro topográfico da fratura e dos detalhes importantes, etc...) • Estudos microscópicos (metalografia, MEV, etc...) • Determinação do mecanismo de falha • Análise química do componente falhado Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 30
  • 31. Análise de Falha  A investigação da falha envolve normalmente algumas das seguintes etapas: • Testes sob as condições de serviços • Análise da mecânica da fratura • Ensaios por elementos finitos • Análise e sintese de todas as evidências, formulações e conclusões • Confecção de um relatório técnico Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 31
  • 32. Sumário do Laudo da Análise de Falha 1. Dados gerais: • Título • Equipamento • Setor industrial • Empresa • Certificado • Data de entrada e saída • Outros 2. Objetivos: • Descrever claramente os principais objetivos da análise Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 32
  • 33. 3. Condições de operação: • Carregamento • Carga de operação • Atmosfera • Temperatura • Tempo de operação • Reparos • Lubrificação • Outras informações 4. Propriedades do material: (Segundo o fabricante) • Material • Rota de fabricação • Conformação mecânica • Acabamento superficial • Composição química • Propriedades mecânicas • Tratamento térmico/químico • Relatório de qualidade • Outras informações Sumário do Laudo da Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 33
  • 34. 5. Amostras enviadas para análise: • Descrição • Identificação • Desenho da peça/equipamento • Diagrama de corte da amostra • Fotos • Outras informações Sumário do Laudo da Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 34
  • 35. 6. Procedimentos realizados: • Análise de líquido penetrante • Análise macográfica • Análise química • Análise de dureza • Análise microscópica • EDX • Ensaio de tração, impacto, tenacidade à fratura e fadiga • Outras informações Sumário do Laudo da Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 35
  • 36. 7. Resultados da investigação: • Análise macrográfica • Composição química • Propriedades mecânicas • Microscopia ótica e eletrônica de varredura ou transmissão • Outras informações 8. Conclusões 9. Recomendações Sumário do Laudo da Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 36
  • 37. Princípios para análise • Localizar a origem da fratura. Nenhum procedimento de laboratório deve impedir que se encontre o local onde a fratura originou. Além disso, é desejável, se possível, que se tenha as duas superfícies da fratura sem modificações. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 37
  • 38. Princípios para análise • Não reposicionar as duas superfícies correspondentes da fratura, exceto com muito cuidado e proteção. Mesmo nas melhores condições, as superfícies da fratura são extremamente delicadas e frágeis, e são facilmente danificadas num ponto de vista microscópico. É muito importante a proteção das superfícies se houver uma análise no microscópio eletrônico Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 38
  • 39. • Não fazer ensaios destrutivos sem ter absoluta certeza. Alterações como corte, furação e desbaste pode arruinar a investigação se forem realizados prematuramente. Não faça nada que não possa ser refeito. Uma vez que a peça é cortada, furada ou desbastada, ela não pode voltar a como estava anteriormente. Princípios para análise Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 39
  • 40. Sumário da Aula • Introdução • Análise de Falhas • Etapas da Análise de Falhas • Exemplos Práticos de Falha •Tipos de Falhas Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 40
  • 41. Conhecimento dos detalhes relacionados a falha Informações  Manufatura;  Processamento;  história de serviço;  Reconstrução dos eventos que conduziram à falha. COLETA DE INFORMAÇÕES E SELEÇÃO DE CPS Etapas da Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 41
  • 42. Histórico de Serviço cargas cíclicas carregamento normal ou anormal variações na temperatura sobrecargas acidentais operação em um ambiente corrosivo gradientes de temperatura Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 42
  • 43.  Registro Fotográfico: A falha que em um estudo preliminar parece quase inconsequente pode apresentar posteriormente maiores dificuldades, nesse caso, o registro fotográfico será essencial. Etapas da Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 43
  • 44.  Amostras: • O examinador deve assegurar que as amostras selecionadas sejam apropriadas para a proposta de análise, representando adequadamente as características da falha. • Comparar os componentes em estudo com similares que não falharam para determinar se a falha foi devido às condições de serviço ou foi o resultado de um erro na manufatura. • Em falhas envolvendo corrosão, corrosão sob tensão ou corrosão sob fadiga, uma amostra do fluído que estava em contado com o metal, ou qualquer depósito que tenha se formado, deve ser requerida para análise. Etapas da Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 44
  • 45.  Considerações de segurança: • Frequentemente a falha envolve materiais que foram expostos ou entraram em contato a produtos químicos perigoso; • Cuidado deve ser tomado para identificar estes produtos químicos e proteger as pessoas que entrarão em contato com eles. Etapas da Análise de Falha Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 45
  • 46. Etapas da Análise de Falha  Inspeção Visual: • O exame preliminar deve começar com uma inspeção visual a olho nu • Atenção especial deve ser dispensada às superfícies de fratura e ao caminho das trincas. • Qualquer indício de condições anormais ou abuso em serviço deve ser observado e avaliado, e uma avaliação geral do projeto básico e acabamento da peça deve ser feita. • Todos os aspectos importantes, incluindo as dimensões, devem ser registrados. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 46
  • 47. Etapas da Análise de Falha  Estudo da fratura: O próximo passo no exame preliminar deve ser a fotografia das partes fraturadas e o registro das suas dimensões e condições. Segue-se então um cuidadoso exame da fratura. Estando esta avaliação completa, é apropriado prosseguir com a fotografia da fratura registrando o que cada fotografia mostra, sua ampliação e como está relacionada com as demais fotografias Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 47
  • 48. Etapas da Análise de Falha  Inspeção não destrutiva: Vários testes não destrutivos são extremamente úteis na investigação e análise de falhas Inspeção por partículas magnéticas Inspeção por líquido penetrante Inspeção ultra-sônica Inspeção radiográfica Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 48
  • 49. Etapas da Análise de Falha  Ensaios Mecânicos: O ensaio de dureza/microdureza é o mais simples dos ensaios mecânicos e a ferramenta mais versátil para a análise de falhas • Na avaliação de TT • Fornecer resistência a tração • Para detectar encruamento • Para detectar endurecimento ou amolecimento causado por super- aquecimento ou descarbonetação, ou pelo aprisionamento de carbono ou nitrogênio Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 49
  • 50. Etapas da Análise de Falha  Ensaios Mecânicos: • Outros ensaios mecânicos são úteis para a confirmação de que o componente falhou conforme a especificação ou para avaliar os efeitos das condições superficiais nas propriedades mecânicas. • O examinador deve ter cuidado na avaliação dos resultados dos ensaios mecânicos. Se um material tem resistência à tração 5 ou 10% inferior ao especificado, não significa que esta foi a causa principal da falha em serviço. • O ensaio de tração em análises de falhas não fornece informações muito relevantes pois relativamente poucas falhas resultam de deficiência na resistência à tração do material. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 50
  • 51. Etapas da Análise de Falha  Seleção e preservação da superfície fraturada: • A devida seleção, preservação e limpeza da superfície de fratura é vital para prevenir que importantes evidências sejam perdidas ou obscurecidas. • A superfície de fratura pode ser protegida durante o transporte cobrindo-a com óleo ou um plástico. • Tocar ou friccionar a superfície de fratura com os dedos deve ser terminantemente evitado. • Evitar encaixar as partes fraturadas, o que nada acrescenta à análise e quase sempre causa dano às superfícies de fratura. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 51
  • 52. Etapas da Análise de Falha  Seleção e preservação da superfície fraturada: • Secar a fratura, preferivelmente com jato de ar quente ajuda a prevenir danos por corrosão química. • Quando possível, lavar a superfície de fratura com água deve ser evitado. • Corpos de prova contaminados com água do mar ou fluidos de extintores de fogo, requerem lavagem. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 52
  • 53. Etapas da Análise de Falha  Limpeza: A limpeza da superfície deve ser evitada, quando possível. No entanto, pode ser necessária para a remoção ou eliminação de fragmentos ou sujeira, para preparar a superfície de fratura para exame por microscopia eletrônica. O procedimento de limpeza inclui o uso de jato de ar quente; tratamento com solventes inorgânicos, tanto por imersão ou por jato; tratamento em meio ácido ou com soluções alcalinas (dependendo do metal); limpeza por ultra-som; e aplicação de réplicas plásticas. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 53
  • 54. Etapas da Análise de Falha  Corte: Algumas análises impõem limitações para o tamanho da amostra a ser analisada, sendo necessário remover do componente fraturado em estudo uma seção de tamanho adequado para as análises. Usa-se preferencialmente discos finos de diamante, serra de fita, disco de corte abrasivo, ou disco de corte abrasivo resfriado com uma solução de água e óleo solúveis para manter o metal resfriado e livre de corrosão. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 54
  • 55. Etapas da Análise de Falha  Trincas Secundárias: Quando a fratura principal foi danificada ou corroída de tal forma que a maior parte das informações foram destruídas, é desejável abrir trincas secundárias e expor suas superfícies de fratura para o exame e estudo. O processo de abertura destas trincas deve ser cuidadoso para evitar danos na nova superfície de fratura. Normalmente, a abertura é feita de tal modo que as duas superfícies são movidas em direções opostas, normal ao plano da trinca. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 55
  • 56. Etapas da Análise de Falha  Exame macroscópio da superfície de fratura: • Geralmente a parte mais importante de qualquer análise de falha é o exame macroscópico da superfície de fratura. Pode ser conduzido a olho nu ou com ajuda de lentes, lupa, microscópio estereoscópico ou ainda em um microscópio eletrônico de varredura, MEV. • A orientação da superfície de fratura dá uma indicação do sistema de tensões que produziu a falha. • Quando a superfície de fratura apresenta ambas as estruturas planas e oblíquas, pode-se geralmente concluir que a fratura plana ocorreu primeiro. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 56
  • 57. Etapas da Análise de Falha • Exames em baixa ampliação geralmente revelam regiões que apresentam uma textura diferente daquela da fratura final. • O exame macroscópico geralmente permite determinar a direção do crescimento da trinca e desta forma a origem da falha. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 57  Exame macroscópio da superfície de fratura:
  • 58. Etapas da Análise de Falha • O microscópio ótico estereoscópico pode ser utilizado para o exame microscópico das superfícies de fratura, embora sua resolução seja limitada (aproximadamente 0,5 microns) e imponha restrições à profundidade de campo. • O uso de réplicas plásticas. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 58  Exame macroscópio da superfície de fratura:
  • 59. Etapas da Análise de Falha  Exame microscópio da superfície de fratura: • Uma ferramenta muito importante tem sido o uso do MEV, pois permite o exame direto da superfície de fratura. • Embora a interpretação de fratografias requeira prática e conhecimento dos mecanismos de fratura, há apenas um pequeno número de características básicas que são claramente identificáveis e indicativas de um modo de fratura particular. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 59
  • 60. Etapas da Análise de Falha • Estas seguintes são:  Coalescência de microvazios típica de falhas por sobretensão de metais e ligas dúcteis.  Facetas de clivagem, típicas de fratura frágil transgranular, de metais e ligas com estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC) e hexagonal (HC). Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 60  Exame macroscópio da superfície de fratura:
  • 61. Etapas da Análise de Falha • Estas seguintes são:  Fratura intergranular devido ao revenido de aços temperados ou ao trincamento por corrosão sob tensão ou ainda devido à fragilização por hidrogênio Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 61  Exame macroscópio da superfície de fratura:
  • 62. Etapas da Análise de Falha • Estas seguintes são:  Marcas de praias e estrias do estágio 2, típicas de falha por fadiga. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 62  Exame macroscópio da superfície de fratura:
  • 63. Etapas da Análise de Falha  Exame metalográfico: • O exame metalográfico de seções das amostras por microscopia ótica e microscopia eletrônica de varredura é vital na análise de falhas e deve ser um procedimento de rotina. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 63
  • 64. Etapas da Análise de Falha  Exame metalográfico: • O exame metalográfico fornece:  Indicação da classe do material e de sua microestrutura.  Anormalidades presentes referentes a composição ou microestrutural (envelhecimento).  Informações relativas à manufatura do componente em estudo e ao tratamento térmico ao qual foi submetido. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 64
  • 65. Etapas da Análise de Falha  Exame metalográfico: • O exame metalográfico fornece:  Outros efeitos de serviço, tais como, corrosão, oxidação e severo encruamento de superfícies, também são reveladas e podem ser investigadas.  As características das trincas presentes nas seções analisadas, particularmente o seu modo de propagação, provém informações quanto aos fatores responsáveis pela sua iniciação e propagação. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 65
  • 66. Etapas da Análise de Falha  Modos de falha: Como o primeiro passo na análise de uma fratura envolve a observação visual, as primeiras impressões devem ser baseadas nas evidências visuais óbvias. A mais simples e mais importante observação diz respeito à deformação: O metal sofreu deformação evidente?  Se sim, escoamento e fratura ocorreram devido a uma ou mais sobrecarga. É predominantemente uma fratura dúctil ou uma fratura por fadiga de baixo ciclo (devida a altas tensões). Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 66
  • 67. Etapas da Análise de Falha  Modos de falha: Como o primeiro passo na análise de uma fratura envolve a observação visual, as primeiras impressões devem ser baseadas nas evidências visuais óbvias. A mais simples e mais importante observação diz respeito à deformação: O metal sofreu deformação evidente?  Se não, indica que a mesma é predominantemente frágil (ocorrido devido a uma sobrecarga) ou devido a fadiga de alto ciclo. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 67
  • 68. Etapas da Análise de Falha  Modos de falha: Para as fraturas que ocorrem devido à sobrecarga os possíveis fatores causadores da fratura incluem:  Concentração de tensões;  Baixas temperaturas;  Altas taxas de carregamento;  Metais de alta resistência e dureza;  Trincamento por corrosão;  Fragilização por hidrogênio;  Fragilização por têmpera e outros; Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 68
  • 69. Etapas da Análise de Falha  Modos de falha: • Para fraturas que ocorrem por fadiga, os fatores de causa incluem:  Concentração de tensões  Tensões residuais trativas  Tensões de alta amplitude  Ambiente corrosivo  Alta temperatura  Metais de baixa resistência e dureza  Desgaste e outros Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 69
  • 70. Etapas da Análise de Falha  Análise química: • Na investigação de uma falha, a análise química do material é uma ação de rotina; geralmente feita ao final da investigação pois envolve a destruição de uma certa quantidade de material. • Na maioria dos casos, pequenos desvios da composição especificada não são de grande importância na investigação. • Certos elementos gasosos ou intersticiais, geralmente não indicados nas análises químicas, podem ter um forte efeito nas propriedades mecânicas dos metais. Nos aços, o efeito do oxigênio, nitrogênio e hidrogênio são os de maior importância. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 70
  • 71. Etapas da Análise de Falha  Análise química: • Várias técnicas podem ser utilizadas, dentre elas Espectrometria de emissão ótica. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 71
  • 72. Etapas da Análise de Falha  Mecânica da fratura aplicada a análise de falhas: • A aplicação dos conceitos da Mecânica da Fratura para o projeto e predição de vida de partes e componentes é bastante pertinente à investigação de falhas e à formulação de medidas preventivas. • Os conceitos da Mecânica da Fratura são úteis na determinação da tenacidade à fratura e outros parâmetros de tenacidade e em prover uma análise quantitativa para avaliar à confiabilidade do componente. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 72
  • 73. Etapas da Análise de Falha • No estágio de conclusão de uma investigação pode ser necessário conduzir testes com simulação das condições de serviço. Este não é um procedimento simples pois exige equipamentos elaborados e o conhecimento preciso de todas as condições de serviço. Na prática, nem todas as condições de serviço são conhecidas. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 73  Testes de simulação das condições de serviço:
  • 74. Etapas da Análise de Falha  Considerações finais e elaboração do relatório: • Frequentemente é subestimado • Muitas vezes é para não especialistas/não técnicos • Claro, lógico, preciso, conciso e completo • Apresentar os fatos, deduções e opiniões • Apresentar as conclusões • Ponto importante: Posso defender cada afirmação no tribunal? Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 74
  • 75. Sumário da Aula • Introdução • Análise de Falhas • Etapas da Análise de Falhas • Exemplos Práticos de Falha •Tipos de Falhas Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 75
  • 76. Exemplos Práticos de Falhas Pitting corrosion observed on cut cross section of a cupro-nickel tube from a turbine lub- oil cooler Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 76
  • 77. Exemplos Práticos de Falhas Transgranular mode Intergranular mode Stress corrosion cracking in Stainless steel Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 77
  • 78. Exemplos Práticos de Falhas In-situ metallography examination on the failed stainless steel dished end TGSCC on the dished end due to presence of residual stress and improper storage Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 78
  • 79. Exemplos Práticos de Falhas Photomicrostructure of the failed turbine blade showing creep cavities and grain boundary carbide precipitation Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 79
  • 80. Sumário da Aula • Introdução • Análise de Falhas • Etapas da Análise de Falhas • Exemplos Práticos de Falha •Tipos de Falhas Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 80
  • 81. Tipos Principais de Falhas  Falhas Mecânicas: • Falhas frágil e/ou dúctil • Falhas por fadiga • Falhas por torção/distorção • Falhas por desgaste (abrasivo e/ou adesivo) ou desgaste/fadiga • Falhas por fluência  Falhas Ambiente/Mecânicas: • Corrosão sob tensão • Fragilização por hidrogênio • Fragilização por metal líquido • Corrosão/Fadiga • Fadiga/Fretting  Falhas devido ao meio ambiente: • Falhas por corrosão • Falhas corrosão-erosão Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 81
  • 82. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 82 CAPÍTULOS 5 E 6 UNDERSTANDING HOW COMPONENTS FAIL Wulpi, Donald J. PROPRIEDADES MECÂNICAS (Cap5) E TENSÃO VERSUS RIGIDEZ (Cap6)
  • 83. B.1. - INTRODUÇÃO. B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA. B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA. B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR. B.5. - TRAÇÃO – COMPRESSÃO. B.6. - CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO. A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 . C.1. - INTRODUÇÃO. C.2. - DISTRIBUÇÃO DE TENSÃO ELASTICA EM PERFILES SIMPLES. A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 .
  • 84. A - INTRODUÇÃO: A.1. – DEFINIÇÕES: TENSÃO: UMA FORÇA DIVIDIDA PELA ÁREA DA FACE EM QUE ATUA. DEFORMAÇÃO: RESPOSTA DO MATERIAL A TENSÃO. PROPRIEDADE DO MATERIAL. TRAÇÃO (STRESS) (STRAIN)
  • 85. A.1. – DEFINIÇÕES: LIMITE DE PROPORCIONALIDADE LIMITE DE ELASTICIDADE LIMITE DE RESISTÊNCIA TENSÃO DE RUPTURA ESCOAMENTO
  • 86. A - INTRODUÇÃO: A.2. – CAPÍTULO 3: MODELOS BÁSICOS DE FRATURA COM CARGA SIMPLES. CÉLULA UNITÁRIA BCC MODO A CISALHAMENTO MODO CLIVAGEM/DISSOCIAÇÃO RUPTURA FRÁGIL RUPTURA DUCTIL
  • 87. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 87 Coalescencia de Microvazios (dimples) Clivagem
  • 88. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 88 Quasi-Clivagem
  • 89. A - INTRODUÇÃO: A.2. – CAPÍTULO 4: SISTEMAS DE TENSÃO RELACIONADOS COM FRATURA CAUSADA POR CARGA SIMPLES EM METAIS FRAGEIS E DÚCTEIS.
  • 90. HOW COMPONENTS FAIL – WULPI, D. J. B.1. - INTRODUÇÃO. B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA. B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA. B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR. B.5. - TRAÇAO – COMPRESSÃO. B.6. - CONCENTRAÇAO DE TENSÃO. A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 . C.1. - INTRODUÇÃO. C.2. - DISTRIBUÇÃO DE TENSÃO ELASTICA EM PERFILES SIMPLES. B.1. - INTRODUÇÃO. B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA. B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA. B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR. B.5. - TRAÇAO – COMPRESSÃO. B.6. - CONCENTRAÇAO DE TENSÃO. A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 .
  • 91. B – CAPÍTULO 5: PROPIEDADES MECÂNICAS B.1. – INTRODUÇÃO: AS PROPRIEDADES MECÂNICAS SÃO DEFINIDAS COMO "AS PROPRIEDADES DE UM MATERIAL QUE REVELAM O SEU COMPORTAMENTO ELÁSTICO E INELÁSTICO (PLÁSTICO) ONDE A FORÇA É APLICADA, INDICANDO ASSIM A SUA ADEQUAÇÃO PARA APLICAÇÕES MECÂNICAS, POR EXEMPLO, MÓDULO DE ELASTICIDADE, RESISTÊNCIA À TRAÇÃO, ALONGAMENTO, DUREZA E LIMITE DE FADIGA.
  • 92. B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA: B – CAPÍTULO 5: PROPIEDADES MECÂNICAS DEFORMAÇÃO ELÁSTICA TEMPORÁRIO DEFORMAÇÃO PLÁSTICA PERMANENTE ZONA ELÁSTICA: 1. - A HABILIDADE DE RETORNAR AO SEU TAMANHO E FORMA ORIGINAL DEPOIS DE SER CARREGADO E DESCARREGADO. 2. - ESTA CONDIÇÃO É O ESTADO EM QUE A MAIORIA DAS PEÇAS DE METAL SÃO USADOS DURANTE O SEU PERÍODO DE SERVIÇO. Curva Tensão – Deformação geral.
  • 93. Curvas tensão-deformação para aços de diferentes níveis de resistência mecânica. ZONA ELÁSTICA: 1. - A ZONA ELÁSTICA DE UM DADO METAL TEM UMA INCLINAÇÃO CONSTANTE. 2. - VOCÊ NÃO PODE ALTERAR A RIGIDEZ MUDANDO A RESISTÊNCIA MECÂNICA (COMPOSIÇÃO, TRATAMENTO TÉRMICO). E=Cte. Módulo De Young. ZONA DUCTIL
  • 94. Comportamento Tensão – Deformação do ferro para diferentes temperaturas. Módulo de Elasticidade - Temperatura EXISTE APENAS UMA CONDIÇÃO QUE MUDA A RIGIDEZ DE TODO O METAL DADO. ESTA É A TEMPERATURA. A RIGIDEZ DE TODO O METAL VARIA INVERSAMENTE COM A TEMPERATURA.
  • 95. HÁ POUCOS METAIS QUE NÃO ESTÃO EM CONFORMIDADE COM A LEI DE HOOKE, QUE AFIRMA QUE A TENSÃO E A DEFORMAÇÃO SÃO LINEARMENTE PROPORCIONAIS DENTRO DO INTERVALO ELÁSTICO. FERRO FUNDIDO TEM FLOCOS DE GRAFITE, QUE AGEM COMO CONCENTRADORES DE TENSÃO. METAIS SINTERIZADOS POROS INTERNOS. AÇOS ESTIRADOS EM FRIO TENSÃO RESIDUAL.
  • 96. NÃO TEM LIMITE T - CURVA INTEGRAL TENSÃO - DEFORMAÇÃO TRAÇÃO COMPRESSÃO T+T1 E T+T2 VARIAÇÃO COM A TEMPERATURA T E
  • 97. Limite de Fadiga – Tração SUPERFÍCIE POLIDA SUPERFÍCIE COM ENTALHES CONCENTRADORES DE TENSÃO
  • 98. B.1. - INTRODUÇÃO. B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA. B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA. B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR. B.5. - TRAÇAO – COMPRESSÃO. B.6. - CONCENTRAÇAO DE TENSÃO. A.1. - DEFINIÇÕES. A.2. - CAPÍTULOS 3 E 4 . C.1. - INTRODUÇÃO. C.2. - DISTRIBUÇÃO DE TENSÃO ELASTICA EM PERFILES SIMPLES. B.1. - INTRODUÇÃO. B.2. - DEFORMAÇÃO ELÁSTICA E PLÁSTICA. B.3. - EFEITO DA TEMPERATURA. B.4. - COMPORTAMENTO NÃO-LINEAR. B.5. - TRAÇÃO – COMPRESSÃO. B.6. - CONCENTRAÇAO DE TENSÃO. C.1. - INTRODUÇÃO. C.2. - DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO ELASTICA EM PERFIS SIMPLES.
  • 99. TODAS AS FRATURAS SÃO CAUSADAS POR TENSÕES, E UMA VERSÃO DA TEORIA DA “LIGAÇÃO MAIS FRACA" APLICA-SE: UMA FRATURA IRÁ SE ORIGINAR ONDE A TENSÃO LOCAL EXCEDEU PELA PRIMEIRA VEZ A RESISTENCIA LOCAL.
  • 100. O ANALISTA DE FALHAS DEVE SER CAPAZ DE COMPREENDER, VISUALIZAR... O QUE ATUARAM SOBRE A PARTE FRATURADA SISTEMA DE TENSÕES DO PROJETO ANÁLISE “ler a fratura” CONCLUSÃO NÃO MAIS DADOS DADOS: Tensões aplicadas, tensões residuais, entalhes… FRATURA
  • 101. TRAÇÃO PURA TENSÃO UNIFORME ENTALHE DE SUPERFÍCIE CONCENTRAÇÃO DE TENSÃO NOTA: A COMPRESSÃO É O MESMO, MUDANDO O SINAL
  • 103. MESMA VELOCIDADE ORIGEM DA FALHA POR FADIGA OCORRE SUBSUPERFICIALMENTE A SUPERFICIE DE CONTATO VELOCIDADE DIFERENTE ORIGEM DA FALHA POR FADIGA OCORRE NA SUPERFÍCIE DE CONTATO
  • 104.
  • 105. Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 105 C.2.7. – ORIGEM DA FRATURA DA SUPERFICIE e SUBSUPERFICIE de componentes sujeitos carregamento de torcao ou flexao como eixos
  • 106. Bibliografia Recomendada  BROOKS, C.R.; CHONCHURY, A. Metallurgical failure analysis. ISBN 0-07-008078-X-MacGraw-Hill. 1993. Failure analysis case studies. Edited by., D.R.H. Jones, vol. 1,2, Pergamon 1998 and 2001. Principles of Failures analysis vídeocourse - Produced by ASM International.  Understanding How Componentes Fail. Donald J. Wulpi. ASM  http://www.eesc.usp.br/smm/materiais/ Prof. Dr. Cassius O.F. Terra Ruchert / USP 106