2. Consumo Global
O aumento das trocas entre países originou
um crescimentoda riqueza nomundo que se
reflecte no aumento do consumo global.
A capacidade de produzir mais do que a
economia global tem vindo a revelar uma
melhoria das condiçõesde vida da população
mundial, ainda que com as desigualdades
existentes.
Ainda assim, os benefíciosda mundialização
das trocas não atingem todas as pessoas, havendo grandes
discrepâncias de consumo a nível global, tanto a nível das
necessidades básicas como a nível do consumo dos bens menos
essenciais (e mais dispendiosos).
No que diz respeitoao consumo de bens culturais, as desigualdades
reflectem carências a nível financeiro e as desigualdades a nível
educacional e cultural.
Veja-se o exemplo da Coca-Cola, que rapidamente se expandiu a
todo o mundo devido á publicidade feita, ao seu carácter viciante e
ao facto de ser uma bebida que abrange todo e qualquer tipo de
pessoa.
3. Estilos de Vida
A globalização torna tudo semelhante ou igual, mas torna também
maisevidentea diferença e a diversidade. Deste antagonismo, entre
o global e o local, advém padrões de comportamento, globais e
locais. Assim sendo, enquanto se dá a massificação do consumo,
existe, em contrapartida, a valorização da individualidade, da
identidade e da diversidade.
Hoje em dia, o individuo está constantemente em confronto com
diversas possibilidades de escolha, em qualquer domínio, seja ele o
do trabalho, do lazer ou do consumo, o que lhe dá hipótese de
construir e de se adequar a um determinado estilo de vida,
integrando-sesemprenum grupocom o qual se identifica no que diz
respeito aos seus valores e normas de conduta.
São as variadas possibilidades de escolha que correspondem à
diversidade de estilos de vida, que permitem diferenciar os grupos
entre si e inserir cada individuo ao grupo com o qual se identifica.
4. Ambiente
A nossa sociedade é baseada no consumo e isso interfere
directamente com o ambiente e pelos piores motivos, ou seja,
contribui parasua poluiçãoporquequantomaisse consome, mais se
produz e essa produção é feita a partir dos recursos naturais e de
forma muitopoucocorreta. Estes, por sua vez, não são renováveis e,
por isso, assiste-se cada vez mais á sua destruição e á consequente
poluição do meio ambiente.
As questões ambientais estão, também,
ligadas ao crescimento económico pois
o crescimento das economias depende
dos recursos naturais, mas estes à
medida que se esgotam, contribuem
para a destruição do ambiente. Assim
sendo, a sobrevivência da Humanidade
exige que a economia e a ecologia se
interliguem e cooperem entre si para
que as medidasa tomar promovam o desenvolvimento e protejam o
ambiente. Contudo, tendoem conta o fenómeno da globalização, há
situações que ultrapassam o direito à gestão dos próprios recursos,
pois os abusos praticados pela população no dia-a-dia têm efeitos
sobre os outros visto que os recursos em questão, como a água, são
usados por todos, o que conduz à necessidade de uma política
conjunta dos recursos comuns.
Em suma, era ideal que o ser humano adota-se, todo ele, um
desenvolvimento sustentável, de modo a garantir a satisfação das
necessidades do presente sem comprometer a capacidade de
satisfação das gerações futuras.
5. Riscos e Incertezas
Desde sempre que a sociedade esteve sob ameaça de riscos
ambientais. Porém, se antigamenteeleseram grandepartevindos da
Natureza, agora é a sociedade que os origina.
Então, numa sociedade globalizada, os riscos e incertezas
característicos aos modos de vida ultrapassam as fronteiras
nacionais. Os desequilíbrios ambientais estão directamente
relacionados com o desenvolvimento económico e com o
comportamento da sociedade influenciados pelo fenómeno da
globalização das economias, são riscos que os países tem de
enfrentar e tentar concertar.
Veja-se o exemplo do petróleo, inerente ao modelo de crescimento
das economias, sendo um recurso não renovável e por isso sabendo-
se quea sua duraçãoécurta e o seu consumo elevado, podendo vir a
ser extinto.
Os comportamentos adotados e as decisões tomadas pelas
sociedadesprovocam riscose geram consequênciasquenem sempre
se podem controlar, ultrapassando, deste modo as fronteiras
nacionais.
Em suma, os modos de vida dassociedadesprovocam gravesriscos e
incertezas incontroláveis que, produto da globalização, são
distribuídos globalmente.