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CONSTITUIÇÃO, PRISÃO
PROVISÓRIA E
AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA
ESCOLA PAULISTA DA MAGISTRATURA
PRESUNÇÃO
DE
INOCÊNCIA
OU NÃO
CULPABILIDA
DE
 LVII - ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
 *** Definição da execução definitiva da pena:
em 07/11/2019 o STF por 6x5 restaurou o
princípio segundo o qual a prisão somente
pode advir após o trânsito em julgado da
condenação criminal.
REGRAS
SOBRE
A
PRISÃO
 LXI - ninguém será preso senão em flagrante
delito ou por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, salvo nos
casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
 LXV - a prisão ilegal será imediatamente
relaxada pela autoridade judiciária;
 LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
SISTEMA
ACUSATÓRIO
EA PRISÃO
CAUTELAR
 Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória,
vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
substituição da atuação probatória do órgão de acusação.
 Art. 282 (...)
 § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a
requerimento das partes ou, quando no curso da
investigação criminal, por representação da autoridade
policial ou mediante requerimento do Ministério Público.
 § 6º A prisão preventiva somente será determinada
quando não for cabível a sua substituição por outra medida
cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não
cabimento da substituição por outra medida cautelar
deverá ser justificado de forma fundamentada nos
elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada.
MEDIDAS
CAUTELARES
DIVERSAS DA
PRISÃO
 Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
 I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para
informar e justificar atividades;
 II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para
evitar o risco de novas infrações;
 III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
 IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou
necessária para a investigação ou instrução;
 V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou
acusado tenha residência e trabalho fixos;
 VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou
financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
 VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou
grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do
Código Penal) e houver risco de reiteração;
 VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do
processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem
judicial;
 IX - monitoração eletrônica.
CABIMENTO DA
PRISÃO
(CF, art. 5º, LXI a
LXVI)
Art. 283. (...), em decorrência de
sentença condenatória transitada em
julgado ou, no curso da investigação ou
do processo, em virtude de prisão
temporária ou prisão preventiva.
Art. 283. Ninguém poderá ser preso
senão em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada da autoridade
judiciária competente, em decorrência
de prisão cautelar ou em virtude de
condenação criminal transitada em
julgado. NR
PRISÃO EM
FLAGRANTE
 Art. 310. Após receber o auto de prisão
em flagrante, no prazo máximo de até 24
(vinte e quatro) horas após a realização da
prisão, o juiz deverá promover audiência
de custódia com a presença do acusado,
seu advogado constituído ou membro da
Defensoria Pública e o membro do
Ministério Público, e, nessa audiência, o
juiz deverá, fundamentadamente:
AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA
 I - relaxar a prisão ilegal; ou
 II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando
presentes os requisitos constantes do art. 312 deste
Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão; ou
 III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
 (...)
 § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que
integra organização criminosa armada ou milícia, ou que
porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a
liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
 E o ANPP?
PRISÃO
PREVENTIVA
REQUISITOS
 Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do
processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo
juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante
ou do assistente, ou por representação da autoridade
policial.
 Excluída a expressão “DE OFÍCIO”.
 Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como
garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência
do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado
pelo estado de liberdade do imputado.
 Fumus comissi delicti: materialidade e indícios de
autoria.
 Periculum libertatis: GOP, GOE, CIC, SALP.
PRISÃO
PREVENTIVA
CABIMENTO
 Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será
admitida a decretação da prisão preventiva:
 I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;
 II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;
 III - se o crime envolver violência doméstica e familiar
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo
ou pessoa com deficiência, para garantir a execução
das medidas protetivas de urgência;
MODELO LEGAL
MOTIVAÇÃO
 Art. 315. A decisão que decretar,
substituir ou denegar a prisão preventiva
será sempre motivada e fundamentada.
 § 1º Na motivação da decretação da
prisão preventiva ou de qualquer outra
cautelar, o juiz deverá indicar
concretamente a existência de fatos
novos ou contemporâneos que
justifiquem a aplicação da medida
adotada.
MODELO LEGAL
FUNDAMENTAÇÃO
 § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
 I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
 II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso;
 III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
 IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em
tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
 V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar
seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento
se ajusta àqueles fundamentos;
 VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento. (CTRC-CTRV do art. 489, § 1º,
do CPC).
REVISÃO DA
PRISÃO
PREVENTIVA
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a
pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou
do processo, verificar a falta de motivo para
que ela subsista, bem como novamente
decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
Parágrafo único. Decretada a prisão
preventiva, deverá o órgão emissor da
decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada, de ofício,
sob pena de tornar a prisão ilegal.
EXECUÇÃO
PROVISÓRIA
DA PENA NO
TRIBUNAL
DO JÚRI
Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá
sentença que:
I – (…)
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão
em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão
preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou
superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a
execução provisória das penas, com expedição do mandado de
prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de
recursos que vierem a ser interpostos; HC 118.770 (1ªTurma)
e RE 1.235.340
EXECUÇÃO
PROVISÓRIA
DA PENA NO
TRIBUNAL
DO JÚRI
§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar
de autorizar a execução provisória das penas de que
trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se
houver questão substancial cuja resolução pelo
tribunal ao qual competir o julgamento possa
plausivelmente levar à revisão da condenação.
§ 4º A apelação interposta contra decisão
condenatória doTribunal do Júri a uma pena igual ou
superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá
efeito suspensivo.

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  • 1. CONSTITUIÇÃO, PRISÃO PROVISÓRIA E AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA ESCOLA PAULISTA DA MAGISTRATURA
  • 2. PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU NÃO CULPABILIDA DE  LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;  *** Definição da execução definitiva da pena: em 07/11/2019 o STF por 6x5 restaurou o princípio segundo o qual a prisão somente pode advir após o trânsito em julgado da condenação criminal.
  • 3. REGRAS SOBRE A PRISÃO  LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;  LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;  LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
  • 4. SISTEMA ACUSATÓRIO EA PRISÃO CAUTELAR  Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.  Art. 282 (...)  § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público.  § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada.
  • 5. MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO  Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:  I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;  II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;  III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;  IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;  V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;  VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;  VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;  VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;  IX - monitoração eletrônica.
  • 6. CABIMENTO DA PRISÃO (CF, art. 5º, LXI a LXVI) Art. 283. (...), em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado. NR
  • 7. PRISÃO EM FLAGRANTE  Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
  • 8. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA  I - relaxar a prisão ilegal; ou  II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou  III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.  (...)  § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.  E o ANPP?
  • 9. PRISÃO PREVENTIVA REQUISITOS  Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.  Excluída a expressão “DE OFÍCIO”.  Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.  Fumus comissi delicti: materialidade e indícios de autoria.  Periculum libertatis: GOP, GOE, CIC, SALP.
  • 10. PRISÃO PREVENTIVA CABIMENTO  Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:  I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;  II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;  III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;
  • 11. MODELO LEGAL MOTIVAÇÃO  Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.  § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
  • 12. MODELO LEGAL FUNDAMENTAÇÃO  § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:  I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;  II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;  III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;  IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;  V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;  VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. (CTRC-CTRV do art. 489, § 1º, do CPC).
  • 13. REVISÃO DA PRISÃO PREVENTIVA Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
  • 14. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA NO TRIBUNAL DO JÚRI Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá sentença que: I – (…) e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da prisão preventiva, ou, no caso de condenação a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão, determinará a execução provisória das penas, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de recursos que vierem a ser interpostos; HC 118.770 (1ªTurma) e RE 1.235.340
  • 15. EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA NO TRIBUNAL DO JÚRI § 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória das penas de que trata a alínea e do inciso I do caput deste artigo, se houver questão substancial cuja resolução pelo tribunal ao qual competir o julgamento possa plausivelmente levar à revisão da condenação. § 4º A apelação interposta contra decisão condenatória doTribunal do Júri a uma pena igual ou superior a 15 (quinze) anos de reclusão não terá efeito suspensivo.