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Comportamento em Ondas
Por que estudar comportamento no mar?
Ondas, correntezas e marés
Modelos para o sistema oceânico
Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento
Interação entre o sistema oceânico e o mar
Visita ao TPN
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“Green water”
Por que estudar Comportamento no Mar?
Segurança e conforto
Resistência adicional de
ondas
Reduzir cargas dinâmicas em
risers e umbilicais
Reduzir cargas dinâmicas em
risers e umbilicais
Por que estudar Comportamento no Mar?
Por que estudar Comportamento no Mar?
Por que estudar Comportamento no Mar?
Por que estudar comportamento no mar?
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Modelos para o sistema oceânico
Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento
Interação entre o sistema oceânico e o mar
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INTRODUÇÃO: brisas marinhas
• Os raios solares aquecem a atmosfera de maneira diferenciada;
• O ar mais quente torna-se menos denso, gerando um espaço a ser
preenchido por ar menos quente (convecção);
• Esses deslocamentos de massas de ar determinam a formação das brisas
marinhas;
• O aquecimento pelos raios solares ocorre a uma taxa de cerca de 1,5x a 2x
mais por unidade de área nas regiões equatoriais do que nas polares;
• O deslocamento ascendente de massas de ar quente, dando lugar a
porções de ar frio também dá origem aos ventos;
INTRODUÇÃO: ventos
• Alísios: ventos que sopram dos trópicos
para o equador, em baixas altitudes;
• Contra-alísios: ventos que sopram do
equador para os pólos, em altas altitudes;
• Ventos do Oeste: ventos que sopram dos
trópicos para os pólos;
• Polares: ventos frios que sopram dos pólos
para as zonas temperadas.
• Os deslocamentos das massas de ar também dão origem às correntes
marinhas;
• Influências: ventos e rotação da Terra (efeito Coriolis);
• As massas de água não interagem com as águas dos lugares por onde
passam, guardando características próprias (cor, temperatura e salinidade).
INTRODUÇÃO: correntes marinhas
INTRODUÇÃO: correntes marinhas
INTRODUÇÃO: correntes geostróficas
• Os ventos não caminham em linha reta ao longo de um gradiente de
pressão, mas são defletidos ou desviados em forma de curva devido a
rotação da Terra (força de Coriolis);
• Assim, os ventos tendem a se deslocar circularmente;
• Ao soprarem na superfície oceânica ocasionam um acúmulo de água na
porção central dos grandes cinturões de vento em latitudes médias;
• Como consequência, ocorre uma elevação do nível da água (colina de
água) e um espessamento da camada superficial;
• Movimento (circular) de espalhamento da água a partir do topo das
colinas de água, dando origem às chamadas correntes geostróficas;
• Concluindo, os ventos são a força básica que origina as maiores correntes
oceânicas superficiais, mas a inércia e os efeitos geostróficos mantém essas
correntes em movimento, mesmo durante períodos em que o vento pare
de soprar.
• Os ventos atuando (atrito) sobre a superfície do mar geram uma
perturbação (energia sob a forma de ondas) que é capaz de se deslocar por
grandes distâncias;
• A intensidade das ondas geradas depende: (1) da velocidade do vento; (2)
do tempo de atuação do vento sobre a água; (3) da pista disponível
(alcance do vento);
ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
Determinação estatística das ondas
geradas por ventos
ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
Determinação estatística das ondas
geradas por ventos
Pista em km
Velocidade do
vento em m/s
Δt = 6 h
ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
Determinação estatística das ondas
geradas por ventos
Pista em km
Velocidade do
vento em m/s
Δt = 6 h
H = 1,5 m
ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
H = 1,5 m
Pista em km
Velocidade do
vento em m/s
Δt = 6 h
T = 5,0 s
T = 4,0 s
T ≈ 4,8 s
Determinação estatística das ondas
geradas por ventos
• Estados de mar:
ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
Qual a escala utilizada para medir o vento?
• A escala utilizada para medir o vento é a escala Beaufort:
Beaufort 5 Vento moderado
Altura das ondas :6-8 pés
Beaufort 6
Vento forte
Altura das ondas :9-13 pés
Beaufort 7 Quase tempestade
Altura das ondas:14 -19 pés
Beaufort 8
Tempestade
Altura das ondas:18 -25 pés
Beaufort 9
Tempestade forte
Altura das ondas: 23-32 pés
Beaufort 10 Ciclone
Altura das ondas: 29-41 pés
Beaufort 11
Ciclone/Tufão
Altura das ondas:37-52 pés
Beaufort 12
Furacão
Altura das ondas: 45 ou mais pés
ONDAS REGULARES
• Nota: a altura de onda H é igual ao DOBRO da amplitude A = ζa.
• Onda plana: a elevação se repete para qualquer cota y;
• O que caracteriza uma onda regular é o período de oscilação T bem
definido.
• Velocidade (ou celeridade) de fase (ou de propagação) c:
Descrição do movimento das partículas fluídas nas ondas
• Onda se propagando na superfície do mar:
• c= velocidade da onda; λ=comprimento de onda; ζ = forma para a superfície livre.
Descrição do movimento das partículas fluídas nas ondas
• v= velocidade das partículas do líquido;
• Conservação de massa (Equação da Continuidade):
• Determinar o potencial escalar ϕ (x,z,t), tal que: Obs: despreza-se a
componente y porque o nosso sistema é bidimensional.
x
vx


=

z
vz


=

0
2
2
2
2
2
=


+


=

z
x



0
0
0
2
2
2
2
2
2
2
=


+


+



=

=





+


+


=

=
=

z
y
x
k
z
j
y
i
x
v
v









• p = patm= cte em z = ζ(x,t):
Descrição do movimento das partículas fluídas nas ondas
• Condições de contorno: o efeito de
onda decai com a profundidade.
• Equação de Bernoulli (Equação do
Movimento):
0
)
(
0
=


→

−
→
−
=
z
z
v
z

cte
gz
p
t
gk
g
=
+


+
+


−
=






2
1
)
2
1
(
1
0
2
1













−


−
=
=
−


−


−
t
g
g
t
Descrição do movimento das partículas fluídas nas ondas
• Se A/λ<<1: Teoria Linear de ondas, com ∇ϕ→0 em z →-∞ , em z = ζ(x,t)
• Solução : A=amplitude da onda; T=período da onda
t
g
t
x
z
x


−
=
=


+


=






1
)
,
(
0
2
2
2
2
2
T
w
k
wt
kx
sen
e
w
gA
t
z
x kz




2
;
2
)
(
)
,
,
(
=
=
−
=
ESPECTRO DE ENERGIA DAS ONDAS NO OCEANO
Período em segundos
Frequência em Hz
Quantidade
de
energia
na
superfície
do
mar
100.000 10.000 1.000 100 10 1 0,1 0,01
1 10 100
Perturbação
Restauração
Tipos de Ondas
gravidade
gravidade
Tensão
superficial
vento
Ativid.
sísmicas
marés
tsunami
Ondas de
vento
Ondas
capilares
seichas
Ondas
estacionárias
confinadas. Ex.:
dif. temps.
tcamadas água
ESPECTRO DE ENERGIA DAS ONDAS NO OCEANO
Período em segundos
Frequência em Hz
Quantidade
de
energia
na
superfície
do
mar
100.000 10.000 1.000 100 10 1 0,1 0,01
1 10 100
Perturbação
Restauração
Tipos de Ondas
gravidade
gravidade
Tensão
superficial
vento
Ativid.
sísmicas
marés
tsunami
Ondas de
vento
Ondas
capilares
seichas
Ondas
estacionárias
confinadas. Ex.:
dif. temps.
tcamadas água
Faixa de Interesse
O MAR COMO UMA COMPOSIÇÃO DE ONDAS
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
-5
0
5
Tempo (s)
Amplitude
(m)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
0
1
2
Frequência (Hz)
Amplitude
(m)
X: 0.5
Y: 0.72
X: 3.4
Y: 1.198
X: 5.1
Y: 0.4464
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
0
10
20
Frequência (Hz)
PSD
(m
2
.s)
Composição de ondas regulares de frequência 0,5Hz, 3,4Hz e 5,1Hz, e
amplitudes 0,72m, 1,20m e 0,45m, respectivamente.
Oscilação de ressonância de heave de navios, estruturas offshore e embarcações de planeio
Embarcação
SES (surface effect
ship)
TLP (tension leg
plataform)
Navio de casco
simples e
Catamaran
Plataforma
Semi-
submersível
SWATH (small
waterplane area
twin hull ship)
Período natural
de heave:
< 1s 2-4s 4-16s > 20s >20s
Força de
restauração
principal:
Compressibilidade
do ar
Elasticidade das
amarras
Flutuação Flutuação Flutuação
Mecanismo de
excitação
dominante em
torno do
período natural
de heave:
Forças de onda
lineares devido as
altas frequências de
encontro entre a
embarcação e as
ondas do mar
Soma não linear
de frequências de
força de onda
Forças de onda
lineares
Swell (ondas de
grande
comprimento de
onda)
Forças de onda
lineares devido as
baixas frequências
de encontro entre
a embarcação e
as ondas do mar
Amortecimento:
“Efeito de cavalgada
(Ride Control)”
Efeito viscoso Radiação de onda Efeito viscoso Controle do fólio
O MAR COMO UMA COMPOSIÇÃO DE ONDAS
O COMPORTAMENTO NO MAR DE UMA EMBARCAÇÃO
UNIDADE FLUTUANTE (RAO)
MAR
(espectros Sξ)
RESPOSTA DINÂMICA (espectros de
resposta Sz)
SZ(ω) = |RAO(ω)|2.Sξ(ω)
MARÉS
• Preamar e baixa-mar
• Período de ~12h 24min
• 12h (rotação) + 24min (Lua)
• Dia lunar: 24h 48min
• Importância no lançamento de
navios e TLPs
Por que estudar comportamento no mar?
Ondas, correntezas e marés
Modelos para o sistema oceânico
Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento
Interação entre o sistema oceânico e o mar
Visita ao TPN
Qual a origem da
restauração? E do
amortecimento?
MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
Sistema Massa Mola Amortecedor
k c
m
x
x
m
H
D
r
Heave em um cilindro
Modelo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
tempo
Amplitude
Amortecimento Supercrítico, A = 0.75,  = 2,  = 0.02, lambda = -2
Resposta de um sistema livre de 1GLno domínio do tempo
MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
Transformada de Fourier: decomposição de um sinal em
componentes de frequências e amplitudes.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-5
0
5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
0
0.5
1
X: 0.25
Y: 1.17
Frequência (Hz)
Amplitude
(m)
X: 0.5
Y: 0.7184 X: 2
Y: 0.3733
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
0
50
Frequência (Hz)
PSD
(m
2
.s)
y = .72*sin(2*pi*(1/T)*t)+.38*sin(2*pi*(4/T)*t)+1.17*sin(2*pi*(.5/T)*t)
A energia associada
a cada componente
é proporcional ao
quadrado da
amplitude.
A energia associada
a cada componente
é proporcional ao
quadrado da
amplitude.
MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
-1
0
1
Tempo (s)
Amplitude
(m)
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
0
0.1 X: 0.1
Y: 0.1436
Frequência (Hz)
Amplitude
(m)
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
0
0.5
1
X: 0.1
Y: 1.031
Frequência (Hz)
PSD
(m
2
.s)
Transformada de Fourier de um “decaimento artificial”
x
m
H
D
r
Heave em um cilindro
sujeito a ondas
Sistema Massa Mola Amortecedor
Oscilações forçadas
k c
m
x
F(t)
F(t)
φ
Qual a origem da
excitação forçante?
Modelo
MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
0 1 2 2.5
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
 / n
FA
 = 0  = 0.05  = 0.1  = 0.15  = 0.2  = 1  = 5
“Fator de Amplificação” da resposta para
diferentes amortecimentos.
Exemplo muito bacana da composição de sinais harmônicos (mas muito
lento 16minutos) – ver minuto 12
https://www.youtube.com/watch?v=r18Gi8lSkfM
Maquina de transformada de fourrier
https://www.youtube.com/watch?v=CjFR4p1Mwpg
https://www.youtube.com/watch?v=cUD1gMAl6W4
https://www.youtube.com/watch?v=Y9pYHDSxc7g
Ressonancia
https://www.youtube.com/watch?v=HvfatlqXtIc
Taipei 101
https://www.youtube.com/watch?v=C4-eVSzBlzA
https://www.youtube.com/watch?v=Rrv8JM0LB_c
https://youtu.be/ft3vTaYbkdE
Quem quer criar a intuição mecânica par toda vida assista a serie:
https://www.youtube.com/watch?v=NAsM30MAHLg
PERÍODOS NATURAIS DE UNIDADES FLUTUANTES
Plataforma ITTC
Exemplo de uso: RAOs de Surge da ITTC – módulo e fase
0 10 20 30 40 50 60 70
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
período (s)
RAO
1
(m/m)
Módulo
0 10 20 30 40 50 60 70
-200
-100
0
100
200
período (s)
RAO
1
(graus)
Fase
Exemplo de uso: RAOs de Sway da ITTC – módulo e fase
0 10 20 30 40 50 60 70
-1
-0.5
0
0.5
1
período (s)
RAO
2
(m/m)
Módulo
0 10 20 30 40 50 60 70
89
89.5
90
90.5
91
período (s)
RAO
2
(graus)
Fase
Exemplo de uso: RAOs de Heave da ITTC – módulo e fase
0 10 20 30 40 50 60 70
0
0.5
1
1.5
2
2.5
período (s)
RAO
3
(m/m)
Módulo
0 10 20 30 40 50 60 70
-200
-100
0
100
200
período (s)
RAO
3
(graus)
Fase
Exemplo de uso: RAOs de Heave da ITTC – módulo e fase EXPERIMENTAL
Exemplo de uso: RAOs de Heave da ITTC – módulo e fase – COMPARAÇÃO
Exemplo de uso: RAOs de Roll da ITTC – módulo e fase
0 10 20 30 40 50 60 70
-1
-0.5
0
0.5
1
período (s)
RAO
4
(m/m)
Módulo
0 10 20 30 40 50 60 70
89
89.5
90
90.5
91
período (s)
RAO
4
(graus)
Fase
Exemplo de uso: RAOs de Pitch da ITTC – módulo e fase
0 10 20 30 40 50 60 70
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
período (s)
RAO
5
(m/m)
Módulo
0 10 20 30 40 50 60 70
-200
-100
0
100
200
período (s)
RAO
5
(graus)
Fase
Exemplo de uso: RAOs de Yaw da ITTC – módulo e fase
0 10 20 30 40 50 60 70
-1
-0.5
0
0.5
1
período (s)
RAO
6
(m/m)
Módulo
0 10 20 30 40 50 60 70
89
89.5
90
90.5
91
período (s)
RAO
6
(graus)
Fase
Exemplo de Aplicação (Cruzamento Espectral): Seja um navio hipotético com
RAO de heave dado a seguir. Determinar sua resposta dinâmica em heave
quando excitado pela onda regular dada abaixo.
RAO: Excitação regular:
RESOLUÇÃO 1: A excitação corresponde a uma onda regular de amplitude
81/17 m e período 3s (3 oscilações em 9s)
RAO:
• Como , então ω = 2π/3 rad/s (excitação)
• Pelo RAO, quando a excitação for ω = 2π/3 rad/s, a resposta será:
Como ζA = 81/17 m, logo:
Por que estudar comportamento no mar?
Ondas, correntezas e marés
Modelos para o sistema oceânico
Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento
Interação entre o sistema oceânico e o mar
Visita ao TPN
FENÔMENOS: REFRAÇÃO DE ONDAS
Reparem a formação de ondas estacionárias
Ex.: fenômeno de “sloshing” em tanques parcialmente cheios
FENÔMENOS: REFLEXÃO DE ONDAS
FENÔMENOS: DIFRAÇÃO DE ONDAS
FENÔMENOS: INTEREFERÊNCIA DE ONDAS (batimento)
• Construtiva ou destrutiva;
• Ex.: Duas componentes de onda de mesma amplitude e frequências
próximas:
que pode ser reescrita como:
ζ (x,t) = Acos[(k +δk)x − (ω +δω )t] + Acos[(k −δk)x − (ω −δω )t]
ζ (x,t) = 2Acos(δk.x −δω.t) cos(k.x − ω.t)
FENÔMENOS: INTEREFERÊNCIA DE ONDAS (batimento)
• Construtiva ou destrutiva;
• Ex.: Duas componentes de onda de mesma amplitude e frequências
próximas:
que pode ser reescrita como:
ζ (x,t) = Acos[(k +δk)x − (ω +δω )t] + Acos[(k −δk)x − (ω −δω )t]
ζ (x,t) = 2Acos(δk.x −δω.t) cos(k.x − ω.t)
“envoltória”
A envoltória tem comprimento 2/dk e período 2/d
Como resultado vemos um sinal “modulado”, ou “batimento”
0 50 100 150 200 250 300
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
FENÔMENOS: INTEREFERÊNCIA DE ONDAS (batimento)
• As forças de deriva-lenta estão associadas à modulação entre as
diferentes componentes de ondas do mar e oscilam com os períodos das
envoltórias 2π/dw (“problema de segunda ordem”)
A = 2; ω = 1; dω = 0,05 VOLTAR?
MODELAGEM MATEMÁTICA
PNV-2340: Memecon
Equação local do movimento
Hipóteses constitutivas
MecFlu 1 e 2
( INDETERMINADO!!! )
• Movimentos que o corpo pode
realizar: Rigidez e
incompressibilidade (isocóricos);
• Tensor de Cauchy: Fluido
newtoniano, invíscido, ideal...
MODELAGEM MATEMÁTICA
FLUIDO NEWTONIANO
• Incompressível: movimentos isocóricos, ou seja, que
preservam o volume. Equivale a:
• Homogêneo: ρ0 não depende da posição
→ incompressível + homogêneo:
• Tensor de Cauchy:
o A tensão de cisalhamento só ocorre quando o fluido
está em movimento
o A tensão de cisalhamento depende das diferenças
de velocidades entre as várias partículas
ABORDAGENS DE EULER E LAGRANGE
Visão de Lagrange Visão de Euler
MODELAGEM MATEMÁTICA
FLUIDO NEWTONIANO
(Equação de Navier-Stokes)
MODELAGEM MATEMÁTICA
FLUIDO IDEAL
• Incompressível: movimentos isocóricos, ou seja, que
preservam o volume. Equivale a:
• Homogêneo: ρ0 não depende da posição
→ incompressível + homogêneo:
• Tensor de Cauchy:
(fluido invíscido: incapaz de exercer cisalhamento μ = 0)
(Equação de Euller)
Não
relevante
para
2020
MODELAGEM MATEMÁTICA
FLUIDO IDEAL
Escoamento potencial
Escoamento
irrotacional
Além disso, se:
(Equação de Bernoulli)
Não relevante para 2020
MODELAGEM MATEMÁTICA
FLUIDO IDEAL em repouso
sujeito ao seu peso
próprio
• Incompressível: movimentos isocóricos, ou seja, que
preservam o volume. Equivale a:
• Homogêneo: ρ0 não depende da posição
→ incompressível + homogêneo:
• Tensor de Cauchy:
• Repouso:
• Peso próprio:
MODELAGEM MATEMÁTICA
FLUIDO IDEAL em repouso
sujeito ao seu peso
próprio
(Pressão hidrostática)
(superfície de pressão plana)
Em particular, quando a pressão é
igual à atmosférica o plano x3 = 0
é a superfície livre do líquido.
MODELAGEM MATEMÁTICA: enunciado do problema de contorno
Escoamento potencial
O problema é então encontrar o potencial de velocidades φ(x,y,z,t) que satisfaça essa
hipótese.
Sujeito às condições de contorno:
Suposição:
(impermeabilidade)
(evanescência)
MODELAGEM MATEMÁTICA: solução do problema de contorno
Equação de Bernoulli para
escoamentos não-permanentes
sobre a superfície livre
Linearização:
(hipótese: pequenas declividades implicam na
possibilidade de se desprezar o termo quadrático
na velocidade)
Procura-se uma solução plana e harmônica para a superfície livre. Assim:
ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
• Número de onda:
• Declividade de onda:
• Para profundidades infinitas ( ):
• É possível relacionar o comprimento de uma onda com o seu período,
através da chamada relação de dispersão:
EFEITO DA PROFUNDIDADE SOBRE AS ONDAS
< 14%
D > λ/2
Águas profundas
D > λ/20
Águas rasas
• Nota: as partículas de água de movimentam circularmente; apenas a
energia se propaga por grandes extensões.
ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
Tsunamis
EFEITO DA PROFUNDIDADE SOBRE AS ONDAS
Pressão hidrostática
(responsável pelo empuxo)
Pressão dinâmica
(oscilatória com a mesma frequência que as ondas,
responsável pelas forças sobre a embarcação – z
positivo para cima)
• Equação de Bernoulli:
• Campo de pressões (profundidade infinita):
• Fluido invíscido;
• Regime estacionário;
• Escoamento incompressível;
• ↑↓ Pressão ⇔ ↓↑ Velocidade;
EFEITO DA PROFUNDIDADE SOBRE AS ONDAS
• Campo de velocidades (profundidade infinita):
z = 0
z = -h
• A velocidade de grupo corresponde à velocidade com que um “pacote” de
ondas se propaga;
• Limites assintóticos:
o Em profundidade infinita (h → ∞), a velocidade de grupo é
metade da velocidade de fase;
o Em águas rasas (h → 0), a velocidade de grupo é igual à
velocidade de fase.
VELOCIDADE DE GRUPO
• Velocidade de fase x velocidade de grupo;
UM TREM DE ONDAS
EFEITOS NÃO-LINEARES
FLUIDO NEWTONIANO
(Equação de Navier-Stokes)
• Linearização do Problema de Contorno → Despreza termos quadráticos
nas velocidades:
• Com isso o campo de pressão hidrodinâmico é aproximado:
• Qual a contribuição do termo desprezado?
EFEITOS NÃO-LINEARES
t







.




 

−


−
= .
2
1
)
,
,
,
(
t
t
z
y
x
p
X
• Mar irregular → Superposição de ondas de diferentes frequências:
• As forças de deriva-lenta são forças que oscilam nas chamadas
frequências-diferença de ondas:
• Embora sua magnitude seja muito menor do que a das forças de primeira
ordem (lineares), pode causar problemas se excitar ressonâncias do
sistema dinâmico.
EFEITOS NÃO-LINEARES
VER ?


=
+
=
1
]
sin
cos
[
)
(
j
j
j
j
j
t
s
t
c
t 


 +
−
=
i j
ij
j
i
j
i
ij
dl t
sen
A
A
C
F )
)
(( 


• Consequências:
❑ Podem ter consequências importantes na dinâmica do sistema
sempre que ele apresentar períodos naturais de movimento altos;
❑ Exemplo: períodos de oscilação horizontal de plataformas ancoradas
EFEITOS NÃO-LINEARES
Tn ~ 100s a 200s
Ressonâncias com as
forças de deriva-lenta
EFEITOS NÃO-LINEARES
• Outras Aplicações:
❑ Modelos hidrodinâmicos não-lineares também são necessários
quando precisamos modelar com mais precisão a forma da onda em
eventos extremos;
❑ Exemplos:
✓ Airgap de plataformas SS;
✓ Green-water;
✓ Impacto hidrodinâmico (slamming).
EFEITOS NÃO-LINEARES
EFEITOS NÃO-LINEARES
• Para o tratamento deste tipo de problema é cada vez mais corriqueiro o
uso de códigos de CFD adaptados para ondas não lineares (Ex.: Comflow®,
Star-CCM®, etc.):
EFEITOS NÃO-LINEARES
Por que estudar comportamento no mar?
Ondas, correntezas e marés
Modelos para o sistema oceânico
Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento
Interação entre o sistema oceânico e o mar
Visita ao TPN
Oscilação de ressonância de heave de navios, estruturas offshore e embarcações de planeio
Embarcação
SES (surface effect
ship)
TLP (tension leg
plataform)
Navio de casco
simples e
Catamaran
Plataforma
Semi-
submersível
SWATH (small
waterplane area
twin hull ship)
Período natural
de heave:
< 1s 2-4s 4-16s > 20s >20s
Força de
restauração
principal:
Compressibilidade
do ar
Elasticidade das
amarras
Flutuação Flutuação Flutuação
Mecanismo de
excitação
dominante em
torno do
período natural
de heave:
Forças de onda
lineares devido as
altas frequências de
encontro entre a
embarcação e as
ondas do mar
Soma não linear
de frequências de
força de onda
Forças de onda
lineares
Swell (ondas de
grande
comprimento de
onda)
Forças de onda
lineares devido as
baixas frequências
de encontro entre
a embarcação e
as ondas do mar
Amortecimento:
“Efeito de cavalgada
(Ride Control)”
Efeito viscoso Radiação de onda Efeito viscoso Controle do fólio
Problemas de interação fluido estrutura
Movimentos Locais:
São movimentos inesperados da embarcação devido ao mar, podendo
dificultar algumas operações (ex. pouso de aeronaves ou operação de
alivio em plataformas). Pode ser resolvido com a utilização de sistema
dinâmico de posicionamento
Água no deque:
Pode ser responsável por causar avarias locais na estrutura
Slamming:
Efeito do impacto do navio com a água (navio quica na onda) podendo
causar danos locais à estrutura
Efeito de ondas quebrando:
Pode ser responsável por emborcar pequenas embarcações e causar
danos locais à estrutura
http://www.youtube.com/watch?v=Cf_uDUj_CBo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=VxCVrtCjra4&feature=fvwrel
Problemas de interação fluido estrutura
Acelerações:
Sua ação pode causar problemas no funcionamento de equipamentos, na
integridade da carga transportada, e no conforto de tripulantes e
passageiros
Movimento de líquidos nos tanques:
Problema típico em navios bulkers, tankers e LNG. Também conhecido
como efeito de superfície livre pode causar instabilidade hidrostática à
embarcação bem como pressões locais e forças concentradas na estrutura
Momento fletor e forças cisalhantes por ação de ondas:
Efeito causado principalmente em navios de grande porte devido a
presença de mar com ondas com λ ~ L (comprimento típico do navio). As
ondas podem ser de Alquebramento e Tosamento e ambas causam
flexão na “viga navio”
Acelerações e movimentos
Critério limite para operabilidade geral
de embarcações Navios Mercantes
Embarcações
militares
Pequenas
embarcações de
alta velocidade
Aceleração vertical perpendicular a vante
(valor de RMS)
0.275g (L ≤ 100 m)
0,05g (L ≥ 330 m)1 0.275g 0.65g
Aceleração vertical ponte de comando
(valor de RMS)
0.15g 0.2g 0.275g
Aceleração lateral ponde de comando(valor
e RMS)
0.12g 0.1g 0.1g
Roll (valor de RMS) 6.0° 4.0° 4.0°
Critério de Slamming (Probabilidade)
0.03 (L ≤ 100 m)
0.01 (L ≥ 300 m)2 0.03 0.03
Criétio de água no convés de proa
(Probabilidade)
0.05 0.05 0.05
1: O critério limite para comprimentos entre 100 e 330m varia praticamente de modo linear entre os valores de L=100m e 330m, onde L é o comprimento
da embarcação
2: O critério limite para comprimentos entre 100 e 300m varia praticamente de modo linear entre os valores de L=100m e 300m, onde L é o comprimento
da embarcação
Acelerações e movimentos
Critério para a execução de alguns
tipos de trabalho
Aceleração
vertical
Aceleração
lateral Roll Descrição
0.20g 0.10g 6.0° Trabalhos manuais leves
0.15g 0.07g 4.0° Trabalhos manuais pesados
0.10g 0.05g 3.0° Trabalhos intelectuais
0.05g 0.04g 2.5° Passageiros em trânsito
0.02g 0.03g 2.0° Cruzeiro
Classificação hidrodinâmica das estruturas
• No estudo de movimentos e
carregamentos causados por
ondas os efeitos viscosos
bem como o fluxo potencial
são os efeitos mais
importantes
• Esses efeitos causam
esforços na interação do
fluido com a estrutura,
sendo os principais devido a:
Difração de ondas, Forças
de Inércia e Forças Viscosas
FORÇAS VISCOSAS
FORÇAS DE INÉRCIA
LIMITE DE RUPTURA DE ONDA
DIFRAÇÃO DE
ONDAS
H: Altura de onda
λ: Comprimento
de onda
D: Diâmetro do
cilindro
Atuando em uma Plataforma de Gravidade com diâmetro característico D=100m em um mar
com onda regular de H=30m e λ=300m , teríamos H/D=0.3 e λ/D=3
Assim o efeito predominante nesse tipo de estrutura será o de Difração de onda
Classificação hidrodinâmica das estruturas
• No estudo de movimentos e
carregamentos causados por
ondas os efeitos viscosos
bem como o fluxo potencial
são os efeitos mais
importantes
• Esses efeitos causam
esforços na interação do
fluido com a estrutura,
sendo os principais devido a:
Difração de ondas, Forças
de Inércia e Forças Viscosas
FORÇAS VISCOSAS
FORÇAS DE INÉRCIA
LIMITE DE RUPTURA DE ONDA
DIFRAÇÃO DE
ONDAS
H: Altura de onda
λ: Comprimento
de onda
D: Diâmetro do
cilindro
Atuando em uma Plataforma Semi-Sub com diâmetro característico D=10m em um mar com
onda regular de H=30m e λ=300m , teríamos H/D=3 e λ/D=30
Assim o efeito predominante nesse tipo de estrutura será o de Força de Inércia
Classificação hidrodinâmica das estruturas
• No estudo de movimentos e
carregamentos causados por
ondas os efeitos viscosos
bem como o fluxo potencial
são os efeitos mais
importantes
• Esses efeitos causam
esforços na interação do
fluido com a estrutura,
sendo os principais devido a:
Difração de ondas, Forças
de Inércia e Forças Viscosas
FORÇAS VISCOSAS
FORÇAS DE INÉRCIA
LIMITE DE RUPTURA DE ONDA
DIFRAÇÃO DE
ONDAS
H: Altura de onda
λ: Comprimento
de onda
D: Diâmetro do
cilindro
Atuando em nas pernas de uma Plataforma do tipo Jaqueta com diâmetro característico D=1m
em um mar com onda regular de H=30m e λ=300m , teríamos H/D=30 e λ/D=300
Assim o efeito predominante nesse tipo de estrutura será o de Força Viscosa
INTERAÇÃO ENTRE O SISTEMA OCEÂNICO E O MAR
Ações ambientais mais relevantes para o projeto de sistemas offshore
DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – CORRENTEZA
Não relevante para 2020
DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – ONDAS
Não
relevante
para
2020
DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – ONDAS
Não
relevante
para
2020
DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – ONDAS (zoom)
Não
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DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – VENTOS
Medições feitas para a Bacia de Campos, entre 10/1986 e 05/2003.Padrão: a 10m de altura por 10min.
Não
relevante
para
2020
Interação entre o sistema oceânico e o mar
UNIDADE FLUTUANTE (RAO)
MAR
(espectros Sξ)
RESPOSTA DINÂMICA (espectros de
resposta Sz)
SZ(ω) = |RAO(ω)|2.Sξ(ω)
Exemplo de Aplicação (Cruzamento Espectral): Seja um navio hipotético com
RAO de heave dado a seguir. Determinar sua resposta dinâmica em heave
quando excitado pela onda regular dada abaixo.
RAO: Excitação regular:
RESOLUÇÃO 2: Usando a equação de cruzamento espectral
RAO:
• Equação do RAO: ➔
Sj(ω) = |RAO(ω)|2.Sξ(ω)
Como ω = 2π/3 rad/s:
Mas S3 = ½.z3
2, então:
• lixo
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  • 9. Por que estudar comportamento no mar? Ondas, correntezas e marés Modelos para o sistema oceânico Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento Interação entre o sistema oceânico e o mar Visita ao TPN
  • 10. “Green water” Por que estudar Comportamento no Mar? Segurança e conforto Resistência adicional de ondas Reduzir cargas dinâmicas em risers e umbilicais Reduzir cargas dinâmicas em risers e umbilicais
  • 11. Por que estudar Comportamento no Mar?
  • 12. Por que estudar Comportamento no Mar?
  • 13. Por que estudar Comportamento no Mar?
  • 14. Por que estudar comportamento no mar? Ondas, correntezas e marés Modelos para o sistema oceânico Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento Interação entre o sistema oceânico e o mar Visita ao TPN
  • 15. INTRODUÇÃO: brisas marinhas • Os raios solares aquecem a atmosfera de maneira diferenciada; • O ar mais quente torna-se menos denso, gerando um espaço a ser preenchido por ar menos quente (convecção); • Esses deslocamentos de massas de ar determinam a formação das brisas marinhas;
  • 16. • O aquecimento pelos raios solares ocorre a uma taxa de cerca de 1,5x a 2x mais por unidade de área nas regiões equatoriais do que nas polares; • O deslocamento ascendente de massas de ar quente, dando lugar a porções de ar frio também dá origem aos ventos; INTRODUÇÃO: ventos • Alísios: ventos que sopram dos trópicos para o equador, em baixas altitudes; • Contra-alísios: ventos que sopram do equador para os pólos, em altas altitudes; • Ventos do Oeste: ventos que sopram dos trópicos para os pólos; • Polares: ventos frios que sopram dos pólos para as zonas temperadas.
  • 17. • Os deslocamentos das massas de ar também dão origem às correntes marinhas; • Influências: ventos e rotação da Terra (efeito Coriolis); • As massas de água não interagem com as águas dos lugares por onde passam, guardando características próprias (cor, temperatura e salinidade). INTRODUÇÃO: correntes marinhas
  • 19. INTRODUÇÃO: correntes geostróficas • Os ventos não caminham em linha reta ao longo de um gradiente de pressão, mas são defletidos ou desviados em forma de curva devido a rotação da Terra (força de Coriolis); • Assim, os ventos tendem a se deslocar circularmente; • Ao soprarem na superfície oceânica ocasionam um acúmulo de água na porção central dos grandes cinturões de vento em latitudes médias; • Como consequência, ocorre uma elevação do nível da água (colina de água) e um espessamento da camada superficial; • Movimento (circular) de espalhamento da água a partir do topo das colinas de água, dando origem às chamadas correntes geostróficas; • Concluindo, os ventos são a força básica que origina as maiores correntes oceânicas superficiais, mas a inércia e os efeitos geostróficos mantém essas correntes em movimento, mesmo durante períodos em que o vento pare de soprar.
  • 20. • Os ventos atuando (atrito) sobre a superfície do mar geram uma perturbação (energia sob a forma de ondas) que é capaz de se deslocar por grandes distâncias; • A intensidade das ondas geradas depende: (1) da velocidade do vento; (2) do tempo de atuação do vento sobre a água; (3) da pista disponível (alcance do vento); ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
  • 21. ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE Determinação estatística das ondas geradas por ventos
  • 22. ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE Determinação estatística das ondas geradas por ventos Pista em km Velocidade do vento em m/s Δt = 6 h
  • 23. ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE Determinação estatística das ondas geradas por ventos Pista em km Velocidade do vento em m/s Δt = 6 h H = 1,5 m
  • 24. ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE H = 1,5 m Pista em km Velocidade do vento em m/s Δt = 6 h T = 5,0 s T = 4,0 s T ≈ 4,8 s Determinação estatística das ondas geradas por ventos
  • 25. • Estados de mar: ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
  • 26. Qual a escala utilizada para medir o vento? • A escala utilizada para medir o vento é a escala Beaufort: Beaufort 5 Vento moderado Altura das ondas :6-8 pés
  • 27. Beaufort 6 Vento forte Altura das ondas :9-13 pés
  • 28. Beaufort 7 Quase tempestade Altura das ondas:14 -19 pés
  • 29. Beaufort 8 Tempestade Altura das ondas:18 -25 pés
  • 30. Beaufort 9 Tempestade forte Altura das ondas: 23-32 pés
  • 31. Beaufort 10 Ciclone Altura das ondas: 29-41 pés
  • 33. Beaufort 12 Furacão Altura das ondas: 45 ou mais pés
  • 34. ONDAS REGULARES • Nota: a altura de onda H é igual ao DOBRO da amplitude A = ζa. • Onda plana: a elevação se repete para qualquer cota y; • O que caracteriza uma onda regular é o período de oscilação T bem definido. • Velocidade (ou celeridade) de fase (ou de propagação) c:
  • 35. Descrição do movimento das partículas fluídas nas ondas • Onda se propagando na superfície do mar: • c= velocidade da onda; λ=comprimento de onda; ζ = forma para a superfície livre.
  • 36. Descrição do movimento das partículas fluídas nas ondas • v= velocidade das partículas do líquido; • Conservação de massa (Equação da Continuidade): • Determinar o potencial escalar ϕ (x,z,t), tal que: Obs: despreza-se a componente y porque o nosso sistema é bidimensional. x vx   =  z vz   =  0 2 2 2 2 2 =   +   =  z x    0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 =   +   +    =  =      +   +   =  = =  z y x k z j y i x v v         
  • 37. • p = patm= cte em z = ζ(x,t): Descrição do movimento das partículas fluídas nas ondas • Condições de contorno: o efeito de onda decai com a profundidade. • Equação de Bernoulli (Equação do Movimento): 0 ) ( 0 =   →  − → − = z z v z  cte gz p t gk g = +   + +   − =       2 1 ) 2 1 ( 1 0 2 1              −   − = = −   −   − t g g t
  • 38. Descrição do movimento das partículas fluídas nas ondas • Se A/λ<<1: Teoria Linear de ondas, com ∇ϕ→0 em z →-∞ , em z = ζ(x,t) • Solução : A=amplitude da onda; T=período da onda t g t x z x   − = =   +   =       1 ) , ( 0 2 2 2 2 2 T w k wt kx sen e w gA t z x kz     2 ; 2 ) ( ) , , ( = = − =
  • 39. ESPECTRO DE ENERGIA DAS ONDAS NO OCEANO Período em segundos Frequência em Hz Quantidade de energia na superfície do mar 100.000 10.000 1.000 100 10 1 0,1 0,01 1 10 100 Perturbação Restauração Tipos de Ondas gravidade gravidade Tensão superficial vento Ativid. sísmicas marés tsunami Ondas de vento Ondas capilares seichas Ondas estacionárias confinadas. Ex.: dif. temps. tcamadas água
  • 40. ESPECTRO DE ENERGIA DAS ONDAS NO OCEANO Período em segundos Frequência em Hz Quantidade de energia na superfície do mar 100.000 10.000 1.000 100 10 1 0,1 0,01 1 10 100 Perturbação Restauração Tipos de Ondas gravidade gravidade Tensão superficial vento Ativid. sísmicas marés tsunami Ondas de vento Ondas capilares seichas Ondas estacionárias confinadas. Ex.: dif. temps. tcamadas água Faixa de Interesse
  • 41. O MAR COMO UMA COMPOSIÇÃO DE ONDAS 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 -5 0 5 Tempo (s) Amplitude (m) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 1 2 Frequência (Hz) Amplitude (m) X: 0.5 Y: 0.72 X: 3.4 Y: 1.198 X: 5.1 Y: 0.4464 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 10 20 Frequência (Hz) PSD (m 2 .s) Composição de ondas regulares de frequência 0,5Hz, 3,4Hz e 5,1Hz, e amplitudes 0,72m, 1,20m e 0,45m, respectivamente.
  • 42. Oscilação de ressonância de heave de navios, estruturas offshore e embarcações de planeio Embarcação SES (surface effect ship) TLP (tension leg plataform) Navio de casco simples e Catamaran Plataforma Semi- submersível SWATH (small waterplane area twin hull ship) Período natural de heave: < 1s 2-4s 4-16s > 20s >20s Força de restauração principal: Compressibilidade do ar Elasticidade das amarras Flutuação Flutuação Flutuação Mecanismo de excitação dominante em torno do período natural de heave: Forças de onda lineares devido as altas frequências de encontro entre a embarcação e as ondas do mar Soma não linear de frequências de força de onda Forças de onda lineares Swell (ondas de grande comprimento de onda) Forças de onda lineares devido as baixas frequências de encontro entre a embarcação e as ondas do mar Amortecimento: “Efeito de cavalgada (Ride Control)” Efeito viscoso Radiação de onda Efeito viscoso Controle do fólio
  • 43. O MAR COMO UMA COMPOSIÇÃO DE ONDAS
  • 44. O COMPORTAMENTO NO MAR DE UMA EMBARCAÇÃO UNIDADE FLUTUANTE (RAO) MAR (espectros Sξ) RESPOSTA DINÂMICA (espectros de resposta Sz) SZ(ω) = |RAO(ω)|2.Sξ(ω)
  • 45.
  • 46. MARÉS • Preamar e baixa-mar • Período de ~12h 24min • 12h (rotação) + 24min (Lua) • Dia lunar: 24h 48min • Importância no lançamento de navios e TLPs
  • 47. Por que estudar comportamento no mar? Ondas, correntezas e marés Modelos para o sistema oceânico Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento Interação entre o sistema oceânico e o mar Visita ao TPN
  • 48. Qual a origem da restauração? E do amortecimento? MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO Sistema Massa Mola Amortecedor k c m x x m H D r Heave em um cilindro Modelo
  • 49. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 tempo Amplitude Amortecimento Supercrítico, A = 0.75,  = 2,  = 0.02, lambda = -2 Resposta de um sistema livre de 1GLno domínio do tempo MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
  • 50. Transformada de Fourier: decomposição de um sinal em componentes de frequências e amplitudes. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 -5 0 5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 0 0.5 1 X: 0.25 Y: 1.17 Frequência (Hz) Amplitude (m) X: 0.5 Y: 0.7184 X: 2 Y: 0.3733 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 0 50 Frequência (Hz) PSD (m 2 .s) y = .72*sin(2*pi*(1/T)*t)+.38*sin(2*pi*(4/T)*t)+1.17*sin(2*pi*(.5/T)*t) A energia associada a cada componente é proporcional ao quadrado da amplitude. A energia associada a cada componente é proporcional ao quadrado da amplitude. MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
  • 51. MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 -1 0 1 Tempo (s) Amplitude (m) 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 0 0.1 X: 0.1 Y: 0.1436 Frequência (Hz) Amplitude (m) 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 0 0.5 1 X: 0.1 Y: 1.031 Frequência (Hz) PSD (m 2 .s) Transformada de Fourier de um “decaimento artificial”
  • 52. x m H D r Heave em um cilindro sujeito a ondas Sistema Massa Mola Amortecedor Oscilações forçadas k c m x F(t) F(t) φ Qual a origem da excitação forçante? Modelo MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO
  • 53. MODELAGEM DO SISTEMA OCEÂNICO 0 1 2 2.5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15  / n FA  = 0  = 0.05  = 0.1  = 0.15  = 0.2  = 1  = 5 “Fator de Amplificação” da resposta para diferentes amortecimentos.
  • 54. Exemplo muito bacana da composição de sinais harmônicos (mas muito lento 16minutos) – ver minuto 12 https://www.youtube.com/watch?v=r18Gi8lSkfM Maquina de transformada de fourrier https://www.youtube.com/watch?v=CjFR4p1Mwpg https://www.youtube.com/watch?v=cUD1gMAl6W4 https://www.youtube.com/watch?v=Y9pYHDSxc7g Ressonancia https://www.youtube.com/watch?v=HvfatlqXtIc Taipei 101 https://www.youtube.com/watch?v=C4-eVSzBlzA https://www.youtube.com/watch?v=Rrv8JM0LB_c https://youtu.be/ft3vTaYbkdE Quem quer criar a intuição mecânica par toda vida assista a serie: https://www.youtube.com/watch?v=NAsM30MAHLg
  • 55. PERÍODOS NATURAIS DE UNIDADES FLUTUANTES
  • 57. Exemplo de uso: RAOs de Surge da ITTC – módulo e fase 0 10 20 30 40 50 60 70 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 período (s) RAO 1 (m/m) Módulo 0 10 20 30 40 50 60 70 -200 -100 0 100 200 período (s) RAO 1 (graus) Fase
  • 58. Exemplo de uso: RAOs de Sway da ITTC – módulo e fase 0 10 20 30 40 50 60 70 -1 -0.5 0 0.5 1 período (s) RAO 2 (m/m) Módulo 0 10 20 30 40 50 60 70 89 89.5 90 90.5 91 período (s) RAO 2 (graus) Fase
  • 59. Exemplo de uso: RAOs de Heave da ITTC – módulo e fase 0 10 20 30 40 50 60 70 0 0.5 1 1.5 2 2.5 período (s) RAO 3 (m/m) Módulo 0 10 20 30 40 50 60 70 -200 -100 0 100 200 período (s) RAO 3 (graus) Fase
  • 60. Exemplo de uso: RAOs de Heave da ITTC – módulo e fase EXPERIMENTAL
  • 61. Exemplo de uso: RAOs de Heave da ITTC – módulo e fase – COMPARAÇÃO
  • 62. Exemplo de uso: RAOs de Roll da ITTC – módulo e fase 0 10 20 30 40 50 60 70 -1 -0.5 0 0.5 1 período (s) RAO 4 (m/m) Módulo 0 10 20 30 40 50 60 70 89 89.5 90 90.5 91 período (s) RAO 4 (graus) Fase
  • 63. Exemplo de uso: RAOs de Pitch da ITTC – módulo e fase 0 10 20 30 40 50 60 70 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 período (s) RAO 5 (m/m) Módulo 0 10 20 30 40 50 60 70 -200 -100 0 100 200 período (s) RAO 5 (graus) Fase
  • 64. Exemplo de uso: RAOs de Yaw da ITTC – módulo e fase 0 10 20 30 40 50 60 70 -1 -0.5 0 0.5 1 período (s) RAO 6 (m/m) Módulo 0 10 20 30 40 50 60 70 89 89.5 90 90.5 91 período (s) RAO 6 (graus) Fase
  • 65. Exemplo de Aplicação (Cruzamento Espectral): Seja um navio hipotético com RAO de heave dado a seguir. Determinar sua resposta dinâmica em heave quando excitado pela onda regular dada abaixo. RAO: Excitação regular:
  • 66. RESOLUÇÃO 1: A excitação corresponde a uma onda regular de amplitude 81/17 m e período 3s (3 oscilações em 9s) RAO: • Como , então ω = 2π/3 rad/s (excitação) • Pelo RAO, quando a excitação for ω = 2π/3 rad/s, a resposta será: Como ζA = 81/17 m, logo:
  • 67. Por que estudar comportamento no mar? Ondas, correntezas e marés Modelos para o sistema oceânico Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento Interação entre o sistema oceânico e o mar Visita ao TPN
  • 69. Reparem a formação de ondas estacionárias Ex.: fenômeno de “sloshing” em tanques parcialmente cheios FENÔMENOS: REFLEXÃO DE ONDAS
  • 71. FENÔMENOS: INTEREFERÊNCIA DE ONDAS (batimento) • Construtiva ou destrutiva; • Ex.: Duas componentes de onda de mesma amplitude e frequências próximas: que pode ser reescrita como: ζ (x,t) = Acos[(k +δk)x − (ω +δω )t] + Acos[(k −δk)x − (ω −δω )t] ζ (x,t) = 2Acos(δk.x −δω.t) cos(k.x − ω.t)
  • 72. FENÔMENOS: INTEREFERÊNCIA DE ONDAS (batimento) • Construtiva ou destrutiva; • Ex.: Duas componentes de onda de mesma amplitude e frequências próximas: que pode ser reescrita como: ζ (x,t) = Acos[(k +δk)x − (ω +δω )t] + Acos[(k −δk)x − (ω −δω )t] ζ (x,t) = 2Acos(δk.x −δω.t) cos(k.x − ω.t) “envoltória” A envoltória tem comprimento 2/dk e período 2/d Como resultado vemos um sinal “modulado”, ou “batimento”
  • 73. 0 50 100 150 200 250 300 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 FENÔMENOS: INTEREFERÊNCIA DE ONDAS (batimento) • As forças de deriva-lenta estão associadas à modulação entre as diferentes componentes de ondas do mar e oscilam com os períodos das envoltórias 2π/dw (“problema de segunda ordem”) A = 2; ω = 1; dω = 0,05 VOLTAR?
  • 74. MODELAGEM MATEMÁTICA PNV-2340: Memecon Equação local do movimento Hipóteses constitutivas MecFlu 1 e 2 ( INDETERMINADO!!! ) • Movimentos que o corpo pode realizar: Rigidez e incompressibilidade (isocóricos); • Tensor de Cauchy: Fluido newtoniano, invíscido, ideal...
  • 75. MODELAGEM MATEMÁTICA FLUIDO NEWTONIANO • Incompressível: movimentos isocóricos, ou seja, que preservam o volume. Equivale a: • Homogêneo: ρ0 não depende da posição → incompressível + homogêneo: • Tensor de Cauchy: o A tensão de cisalhamento só ocorre quando o fluido está em movimento o A tensão de cisalhamento depende das diferenças de velocidades entre as várias partículas
  • 76. ABORDAGENS DE EULER E LAGRANGE Visão de Lagrange Visão de Euler
  • 78. MODELAGEM MATEMÁTICA FLUIDO IDEAL • Incompressível: movimentos isocóricos, ou seja, que preservam o volume. Equivale a: • Homogêneo: ρ0 não depende da posição → incompressível + homogêneo: • Tensor de Cauchy: (fluido invíscido: incapaz de exercer cisalhamento μ = 0) (Equação de Euller) Não relevante para 2020
  • 79. MODELAGEM MATEMÁTICA FLUIDO IDEAL Escoamento potencial Escoamento irrotacional Além disso, se: (Equação de Bernoulli) Não relevante para 2020
  • 80. MODELAGEM MATEMÁTICA FLUIDO IDEAL em repouso sujeito ao seu peso próprio • Incompressível: movimentos isocóricos, ou seja, que preservam o volume. Equivale a: • Homogêneo: ρ0 não depende da posição → incompressível + homogêneo: • Tensor de Cauchy: • Repouso: • Peso próprio:
  • 81. MODELAGEM MATEMÁTICA FLUIDO IDEAL em repouso sujeito ao seu peso próprio (Pressão hidrostática) (superfície de pressão plana) Em particular, quando a pressão é igual à atmosférica o plano x3 = 0 é a superfície livre do líquido.
  • 82. MODELAGEM MATEMÁTICA: enunciado do problema de contorno Escoamento potencial O problema é então encontrar o potencial de velocidades φ(x,y,z,t) que satisfaça essa hipótese. Sujeito às condições de contorno: Suposição: (impermeabilidade) (evanescência)
  • 83. MODELAGEM MATEMÁTICA: solução do problema de contorno Equação de Bernoulli para escoamentos não-permanentes sobre a superfície livre Linearização: (hipótese: pequenas declividades implicam na possibilidade de se desprezar o termo quadrático na velocidade) Procura-se uma solução plana e harmônica para a superfície livre. Assim:
  • 84. ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE • Número de onda: • Declividade de onda: • Para profundidades infinitas ( ): • É possível relacionar o comprimento de uma onda com o seu período, através da chamada relação de dispersão:
  • 85. EFEITO DA PROFUNDIDADE SOBRE AS ONDAS < 14% D > λ/2 Águas profundas D > λ/20 Águas rasas
  • 86. • Nota: as partículas de água de movimentam circularmente; apenas a energia se propaga por grandes extensões. ONDAS OCEÂNICAS DE SUPERFÍCIE
  • 88. EFEITO DA PROFUNDIDADE SOBRE AS ONDAS Pressão hidrostática (responsável pelo empuxo) Pressão dinâmica (oscilatória com a mesma frequência que as ondas, responsável pelas forças sobre a embarcação – z positivo para cima) • Equação de Bernoulli: • Campo de pressões (profundidade infinita): • Fluido invíscido; • Regime estacionário; • Escoamento incompressível; • ↑↓ Pressão ⇔ ↓↑ Velocidade;
  • 89. EFEITO DA PROFUNDIDADE SOBRE AS ONDAS • Campo de velocidades (profundidade infinita): z = 0 z = -h
  • 90. • A velocidade de grupo corresponde à velocidade com que um “pacote” de ondas se propaga; • Limites assintóticos: o Em profundidade infinita (h → ∞), a velocidade de grupo é metade da velocidade de fase; o Em águas rasas (h → 0), a velocidade de grupo é igual à velocidade de fase. VELOCIDADE DE GRUPO
  • 91. • Velocidade de fase x velocidade de grupo; UM TREM DE ONDAS
  • 93. • Linearização do Problema de Contorno → Despreza termos quadráticos nas velocidades: • Com isso o campo de pressão hidrodinâmico é aproximado: • Qual a contribuição do termo desprezado? EFEITOS NÃO-LINEARES t        .        −   − = . 2 1 ) , , , ( t t z y x p X
  • 94. • Mar irregular → Superposição de ondas de diferentes frequências: • As forças de deriva-lenta são forças que oscilam nas chamadas frequências-diferença de ondas: • Embora sua magnitude seja muito menor do que a das forças de primeira ordem (lineares), pode causar problemas se excitar ressonâncias do sistema dinâmico. EFEITOS NÃO-LINEARES VER ?   = + = 1 ] sin cos [ ) ( j j j j j t s t c t     + − = i j ij j i j i ij dl t sen A A C F ) ) ((   
  • 95. • Consequências: ❑ Podem ter consequências importantes na dinâmica do sistema sempre que ele apresentar períodos naturais de movimento altos; ❑ Exemplo: períodos de oscilação horizontal de plataformas ancoradas EFEITOS NÃO-LINEARES Tn ~ 100s a 200s Ressonâncias com as forças de deriva-lenta
  • 97. • Outras Aplicações: ❑ Modelos hidrodinâmicos não-lineares também são necessários quando precisamos modelar com mais precisão a forma da onda em eventos extremos; ❑ Exemplos: ✓ Airgap de plataformas SS; ✓ Green-water; ✓ Impacto hidrodinâmico (slamming). EFEITOS NÃO-LINEARES
  • 99. • Para o tratamento deste tipo de problema é cada vez mais corriqueiro o uso de códigos de CFD adaptados para ondas não lineares (Ex.: Comflow®, Star-CCM®, etc.): EFEITOS NÃO-LINEARES
  • 100. Por que estudar comportamento no mar? Ondas, correntezas e marés Modelos para o sistema oceânico Ondas: modelo teórico, simplificações, escoamento Interação entre o sistema oceânico e o mar Visita ao TPN
  • 101. Oscilação de ressonância de heave de navios, estruturas offshore e embarcações de planeio Embarcação SES (surface effect ship) TLP (tension leg plataform) Navio de casco simples e Catamaran Plataforma Semi- submersível SWATH (small waterplane area twin hull ship) Período natural de heave: < 1s 2-4s 4-16s > 20s >20s Força de restauração principal: Compressibilidade do ar Elasticidade das amarras Flutuação Flutuação Flutuação Mecanismo de excitação dominante em torno do período natural de heave: Forças de onda lineares devido as altas frequências de encontro entre a embarcação e as ondas do mar Soma não linear de frequências de força de onda Forças de onda lineares Swell (ondas de grande comprimento de onda) Forças de onda lineares devido as baixas frequências de encontro entre a embarcação e as ondas do mar Amortecimento: “Efeito de cavalgada (Ride Control)” Efeito viscoso Radiação de onda Efeito viscoso Controle do fólio
  • 102. Problemas de interação fluido estrutura Movimentos Locais: São movimentos inesperados da embarcação devido ao mar, podendo dificultar algumas operações (ex. pouso de aeronaves ou operação de alivio em plataformas). Pode ser resolvido com a utilização de sistema dinâmico de posicionamento Água no deque: Pode ser responsável por causar avarias locais na estrutura Slamming: Efeito do impacto do navio com a água (navio quica na onda) podendo causar danos locais à estrutura Efeito de ondas quebrando: Pode ser responsável por emborcar pequenas embarcações e causar danos locais à estrutura http://www.youtube.com/watch?v=Cf_uDUj_CBo&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=VxCVrtCjra4&feature=fvwrel
  • 103. Problemas de interação fluido estrutura Acelerações: Sua ação pode causar problemas no funcionamento de equipamentos, na integridade da carga transportada, e no conforto de tripulantes e passageiros Movimento de líquidos nos tanques: Problema típico em navios bulkers, tankers e LNG. Também conhecido como efeito de superfície livre pode causar instabilidade hidrostática à embarcação bem como pressões locais e forças concentradas na estrutura Momento fletor e forças cisalhantes por ação de ondas: Efeito causado principalmente em navios de grande porte devido a presença de mar com ondas com λ ~ L (comprimento típico do navio). As ondas podem ser de Alquebramento e Tosamento e ambas causam flexão na “viga navio”
  • 104. Acelerações e movimentos Critério limite para operabilidade geral de embarcações Navios Mercantes Embarcações militares Pequenas embarcações de alta velocidade Aceleração vertical perpendicular a vante (valor de RMS) 0.275g (L ≤ 100 m) 0,05g (L ≥ 330 m)1 0.275g 0.65g Aceleração vertical ponte de comando (valor de RMS) 0.15g 0.2g 0.275g Aceleração lateral ponde de comando(valor e RMS) 0.12g 0.1g 0.1g Roll (valor de RMS) 6.0° 4.0° 4.0° Critério de Slamming (Probabilidade) 0.03 (L ≤ 100 m) 0.01 (L ≥ 300 m)2 0.03 0.03 Criétio de água no convés de proa (Probabilidade) 0.05 0.05 0.05 1: O critério limite para comprimentos entre 100 e 330m varia praticamente de modo linear entre os valores de L=100m e 330m, onde L é o comprimento da embarcação 2: O critério limite para comprimentos entre 100 e 300m varia praticamente de modo linear entre os valores de L=100m e 300m, onde L é o comprimento da embarcação
  • 105. Acelerações e movimentos Critério para a execução de alguns tipos de trabalho Aceleração vertical Aceleração lateral Roll Descrição 0.20g 0.10g 6.0° Trabalhos manuais leves 0.15g 0.07g 4.0° Trabalhos manuais pesados 0.10g 0.05g 3.0° Trabalhos intelectuais 0.05g 0.04g 2.5° Passageiros em trânsito 0.02g 0.03g 2.0° Cruzeiro
  • 106. Classificação hidrodinâmica das estruturas • No estudo de movimentos e carregamentos causados por ondas os efeitos viscosos bem como o fluxo potencial são os efeitos mais importantes • Esses efeitos causam esforços na interação do fluido com a estrutura, sendo os principais devido a: Difração de ondas, Forças de Inércia e Forças Viscosas FORÇAS VISCOSAS FORÇAS DE INÉRCIA LIMITE DE RUPTURA DE ONDA DIFRAÇÃO DE ONDAS H: Altura de onda λ: Comprimento de onda D: Diâmetro do cilindro Atuando em uma Plataforma de Gravidade com diâmetro característico D=100m em um mar com onda regular de H=30m e λ=300m , teríamos H/D=0.3 e λ/D=3 Assim o efeito predominante nesse tipo de estrutura será o de Difração de onda
  • 107. Classificação hidrodinâmica das estruturas • No estudo de movimentos e carregamentos causados por ondas os efeitos viscosos bem como o fluxo potencial são os efeitos mais importantes • Esses efeitos causam esforços na interação do fluido com a estrutura, sendo os principais devido a: Difração de ondas, Forças de Inércia e Forças Viscosas FORÇAS VISCOSAS FORÇAS DE INÉRCIA LIMITE DE RUPTURA DE ONDA DIFRAÇÃO DE ONDAS H: Altura de onda λ: Comprimento de onda D: Diâmetro do cilindro Atuando em uma Plataforma Semi-Sub com diâmetro característico D=10m em um mar com onda regular de H=30m e λ=300m , teríamos H/D=3 e λ/D=30 Assim o efeito predominante nesse tipo de estrutura será o de Força de Inércia
  • 108. Classificação hidrodinâmica das estruturas • No estudo de movimentos e carregamentos causados por ondas os efeitos viscosos bem como o fluxo potencial são os efeitos mais importantes • Esses efeitos causam esforços na interação do fluido com a estrutura, sendo os principais devido a: Difração de ondas, Forças de Inércia e Forças Viscosas FORÇAS VISCOSAS FORÇAS DE INÉRCIA LIMITE DE RUPTURA DE ONDA DIFRAÇÃO DE ONDAS H: Altura de onda λ: Comprimento de onda D: Diâmetro do cilindro Atuando em nas pernas de uma Plataforma do tipo Jaqueta com diâmetro característico D=1m em um mar com onda regular de H=30m e λ=300m , teríamos H/D=30 e λ/D=300 Assim o efeito predominante nesse tipo de estrutura será o de Força Viscosa
  • 109. INTERAÇÃO ENTRE O SISTEMA OCEÂNICO E O MAR
  • 110. Ações ambientais mais relevantes para o projeto de sistemas offshore
  • 111. DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – CORRENTEZA Não relevante para 2020
  • 112. DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – ONDAS Não relevante para 2020
  • 113. DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – ONDAS Não relevante para 2020
  • 114. DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – ONDAS (zoom) Não relevante para 2020
  • 115. DADOS DO METOCEAN: EXEMPLO – VENTOS Medições feitas para a Bacia de Campos, entre 10/1986 e 05/2003.Padrão: a 10m de altura por 10min. Não relevante para 2020
  • 116. Interação entre o sistema oceânico e o mar UNIDADE FLUTUANTE (RAO) MAR (espectros Sξ) RESPOSTA DINÂMICA (espectros de resposta Sz) SZ(ω) = |RAO(ω)|2.Sξ(ω)
  • 117. Exemplo de Aplicação (Cruzamento Espectral): Seja um navio hipotético com RAO de heave dado a seguir. Determinar sua resposta dinâmica em heave quando excitado pela onda regular dada abaixo. RAO: Excitação regular:
  • 118. RESOLUÇÃO 2: Usando a equação de cruzamento espectral RAO: • Equação do RAO: ➔ Sj(ω) = |RAO(ω)|2.Sξ(ω) Como ω = 2π/3 rad/s: Mas S3 = ½.z3 2, então: